A árvore do Téneré. Eu vou contar a história dela. Prepare-se!
Solitária, sozinha, no meio do nada. Esta é a história de uma simples árvore, talvez a mais importante de todas.
Muitos povos atravessam o Saara em busca de suprimentos diversos, levando mercadorias para a troca, procurando esposas para casar, tudo sem luxo, sem extravagâncias, porque aquele é um mundo completamente à parte e misterioso. Caminha-se por léguas e mais léguas e só se observam as dunas e o céu. Só se pode sentir o escaldante calor durante o dia e o inexplicável frio da noite. Eles sonham também, enquanto as estrelas cintilam lágrimas de louvor à coragem que lhes habita a alma.
Havia uma árvore apenas no caminho desses homens. Uma vistosa Acácia que era a árvore mais isolada do mundo. Ela foi descrita na década de 1930 por militares franceses como um milagre.
Seu nome, era tão simples quanto o ambiente exigia: “A árvore do Teneré”
Esta planta era um símbolo de respeito para os homens do deserto, que durante muito tempo usufruíram da pouca sombra que ela oferecia. Os beduínos e líderes de caravanas sabiam onde estavam e para onde deveriam seguir pois se balizavam por ela.
A Árvore do Ténéré reinou naquele lugar por décadas. Em 1939 um grupo de cientistas escavaram ao seu redor para saber como ela resistia. Descobriram que suas raízes se aprofundavam nada menos que 35 metros na areia para extrair a água necessária de um bolsão.
Ela foi a única árvore que restou de um grupo de acácias que ali nasceram quando o deserto era menos seco, lá pelo final do século 19.
A árvore solitária era a única coisa vegetal viva num raio de 400 quilômetros. Ela resistiu muito bem até 1973 quando, um motorista russo completamente bêbado conseguiu a proeza de BATER COM SEU CAMINHÃO na árvore e acabar ali com uma história que marcou a vida daqueles homens do deserto por tantos anos.
Para eles, o “Ténéré” quer dizer “o nada” e realmente “o nada” se encarregou de seguir sendo o que desejava ser, até porque muitos mistérios que nos cercam não podem mesmo ser explicados. A Árvore do Ténéré foi levada para Niamey, capital do Niger e encontram-se no Museu Nacional local os dois troncos daquela que foi não apenas mais uma árvore, mas talvez, a mais importante de todas na face do planeta.
Em seu lugar, foi erguido um simples monumento de metal que funciona como uma espécie de farol no deserto, além de guardar a memoria da emblemática A Última Árvore do Ténéré.
Tinha que ser os Russos mesmo…
Preconceituoso. Tinha que ser um bêbado mesmo, como tantos outros inclusive brasileiros que vivem fazendo estragos no mundo.
cara mas que fim triste…
Interessante… :)
Poxa, interessante a história.
Parece até um título de livro: A Última Árvore do Ténéré
Não era Russo. A árvore foi atropelada duas vezes. Na primeira sobreviveu, isso foi em 1959 (ela já estava “atropelada nessa data quando o explorador francês Henri Lhotee a fotografou) e depois, em 1973, um motorista Líbio (LÍBIO) atropelou-a e a arrancou de vez. Relatos da época diziam que ele estava bêbado. Mas esta história tbém não é comprovada.