De tudo que me aconteceu
você foi o pior.
E é por isso que eu te detesto,
Te abomino,
você não presta.
Porque você não é nada,
Não serve pra homem, nem pra menino.
Escória da raça humana,
bosta decrépita,
Odiosa e fétida,
Você é lixo.
É pior do que bicho,
é um erro da evolução
Desgraça.
Morte.
Carcaça.
Produto da mais pura falta de sorte,
você é perdição,
sem sentido.
O flagelo da emoção.
Um erro torpe;
É um beco sem saída.
degradação.
Você é um falido,
è solidão.
Você é um erro da matrix,
è a tela azul do computador,
você é um estupor.
É divisão por zero,
você é um peneu furado.
Numa poça de lama,
Um prego no sapato.
Um bug do meu programa.
Você é um cheque sem fundo,
é um imundo.
Você é um engarrafamento no sol,
Um tarado do metrô,
Um ladrão de galinha
Um sem-graça,
Um projeto de meliante.
Uma desgraça,
Um pulha, um pela-saco.
Você é a falta do desodorante
que emana do pior sovaco.
Você é a mosca na sopa,
A minhoca na carne.
O cocô do cavalo do bandido
Você não faz sentido.
Você é o descontrole,
o motim neural;
a falência social.
Você é pior que aneurisma cerebral!
É o túmulo da competência,
e da amizade,
você é o ponto final.
Você só presta para fazer sombra
E nem o capeta vai te querer
Seu velório vai ter festa
Mas as minhocas não irão te comer.
Pela sua ausência do planeta,
O povo vai comemorar.
Você é pior que o veneno.
Veneno de matar.
Você é a curva da morte,
na grota da surucucu.
Você é como sete foiçadas;
e o beijo do candiru.
Você é aquilo que ninguém quer.
É o ponto fora da curva;
É o eixo torcido,
A rebarba cortante
o anjo caído,
A farpa do dedão;
uma completa negação.
A régua torta;
O telefone mudo,
Você é a explosão da comporta.
A conta atrasada
e os juros do cartão.
Você é um infeliz
Um mané
Um lambão.
Ordinário,
Você é mais que um otário.
É um babaca embevecido,
que não passa de um processo indeferido.
Você é um chiqueiro;
Intolerável.
É pau de galinheiro;
miserável.
É um pagador de mico;
imprestável.
Você é o salto partido
O pão embolorado.
O leite vencido
o elevador agarrado.
Você não passa de um nada
Um vácuo.
Um aglomerado de átomo.
Você é mais vazio que o metátomo,
Da cornija,
da igreja.
Você meteu a boca na botija,
enfiou água na cerveja.
E os pés pelas mãos;
Você tem uma pedra no peito,
e merda na cabeça.
Seu tiro saiu pela culatra,
porque você é pateta;
como pica-pau sem bico,
você, criatura abjeta,
não passa é o recheio do penico.
um farrapo sujo de pano…
Mas eu te amo.
Linda poesia.