Se você resolver parar cinco minutinhos para buscar no google por Danell Standing, vai se deparar com uma série de sites contando sua história sensacional. Basicamente, a história de Danell Satanding é a de um cara que foi preso por assassinato e passou perrengues supremos no cárcere. Lá, preso numa camisa de força, ele descobre como se auto-hipnotizar e com isso ele “foge” para o astral, chegando a descobrir, inclusive suas vidas passadas. Aqui está o texto do caso misterioso:
Até o dia em que foi pego matando um colega de trabalho em um dos laboratórios da universidade.
Por esse crime ele acabou sendo preso e torturado na cadeia. Por oito anos ele ficou encarcerado, sendo cinco anos na solitária, onde passava a maior parte do tempo em uma camisa de força, depois ele acabou enforcado.
A parte interessante da história se passa na época em que ele ficou isolado do mundo, preso em uma camisa de força. Pois de alguma maneira Danell conseguiu desenvolver técnicas para controlar suas dores e sua mente, chegando ao ponto de conseguir se auto-hipnotizar.
Dessa forma ele parecia ficar boa parte do seu tempo em um estado de coma, mas na verdade ele estava “vivenciando suas vidas passadas”.
Claro que todos achavam que essas suas experiências eram uma bobagem completa, porém uma das histórias que ele relatou se mostrou bastante intrigante. Um dia Danell revelou que em uma vida passada fora um marinheiro e que no ano de 1809 partiu do porto da Filadélfia com destino às Ilhas da Amizade.
No meio dessa suposta viagem seu navio teria naufragado e ele teria sido o único sobrevivente. Durante 8 anos ele teria ficado preso em uma ilha, até que foi resgatado por um navio que passou por lá. No dia que foi salvo, ele carregava um remo continha esse texto:
“Serve esta para informar pessoa em cujas mãos este Remo vier a cair que DANIEL FOSS, natural de Elkton, Maryland, um dos Estados Unidos da América do Norte, e que zarpou do porto da Filadélfia em 1809 a bordo do brigue NEGOTIATOR rumo às Ilhas da Amizade, foi lançado nesta ilha desolada em fevereiro do ano seguinte e ali erigiu uma cabana e viveu inúmeros anos, subsistindo com carne de foca – sendo ele o último sobrevivente da tripulação do dito brigue, que colidiu com uma ilha de gelo e naufragou aos 25 de novembro de 1809.”
De início ninguém acreditou nessa história, porém Danell Standing pediu que a enviassem para o curador do Museu da Filadélfia o que ele havia escrito e assim foi feito. Em resposta essa carta foi enviada pelo curador:
A questão que fica é: “Como poderia Danell Standing saber da existência do remo e de toda a história se mesmo o curador do museu não sabia?”
É uma história deveras sensacional, e seria muito impactante se ela não fosse FICÇÃO. Incrível como tem gente que vende viagem na maionese como sendo realidade e a massa da galera acredita.
Pra começar, o pior furo de todos está no nome do cara. Não é e nem nunca foi Danell Standing, mas sim Darrell Standing.
Darrel é um personagem ficcional criado pelo escritor Jack London. A história foi publicada no livro The Star Rover, no longíncuo ano de 1915:
A despeito de sua antiguidade, a obra literária de Jack, que mistura poesia e romance ainda está à venda nas livrarias de todo o mundo, provavelmente surfando no conceito mítico de um presidiário que descobre quem ele foi em uma vida anterior. Por aqui ele se chama “O andarilho das estrelas“.
O peso que se dá a história reencarnatória de Jack London se apoia fortemente na alegação que é “baseado em um caso real”. E de fato, o livro de London é mesmo baseado em fatos reais. Porém, os fatos reais são que existiu mesmo a prisão San Quentin State, e lá eles realmente usaram um dispositivo para amansar presos bravos chamados “A jaqueta”, um equipamento que era tão apertado ao corpo que induzia a angina. Mas como Jack poderia saber esses detalhes sobre a terrível prisão? Simples: Ele fez pesquisa.
Jack usou muitas coisas que um preso real que esteve lá na San Quentin e chegou a usar a jaqueta lhe contou.
Gente, é isso que os escritores fazem. Não é preciso gerar tudo da cabeça, uma base real ajuda a tornar uma boa história sólida. E foi isso que ele fez ao conversar com Ed Morrell. Trocaram cartas e acabaram virando grandes amigos, ao ponto de London usar sua fama mundial para tirar o amigo da cadeia.
De acordo com a Wikipedia:
Edward H. Morrell (1868-1946), mais conhecido como Ed Morrell, foi cúmplice de Evans na quadrilha Sontag que roubou a Southern Pacific Railroad, em San Joaquin Valley na década de 1890. De acordo com seu livro de memórias, “The Man 25”, os roubos foram vingança por maus tratos aos fazendeiros locais causados pela poderosa corporação ferroviária. Morrell foi condenado à prisão perpétua em Folsom Prison State em 1894. Ele acabou sendo transferido para San Quentin em 1899, e perdoado em 1908. Cinco de seus anos foram gastos em confinamento solitário, pois ele era conhecido como o Dungeon Man de San Quentin.
Foi o próprio Jack London que defendeu o seu perdão, e Morrell tornou-se um convidado freqüente no London Beauty Ranch em Glen Ellen, Califórnia . Jack London utilizou parte das memórias de Morrell como sendo o de um personagem de seu romance de 1915 “O andarilho das estrelas”.
Morrell foi submetido a abuso físico grave na prisão. Após a sua libertação, ele dissertou amplamente sobre suas experiências e defendeu reforma prisional. Graças ao seu ativismo pelos direitos humanos nas prisões dos EUA, suas informações serviram como base onde foram posteriormente cunhadas as legislaturas da Califórnia e da Pensilvânia com relação ao tratamento de presos. Morrell defendia a abolição da punição corporal.
Em 1914, ele escreveu uma peça de um só ato, o incorrigível, baseado em suas experiências (Incorrigível era um de seus apelidos). Em 1924, ele publicou suas memórias, The Man 25: a estranha história de Ed. Morrell, o herói de Andarilho das Estrelas de Jack London.Morrell morreu aos 78 anos, em Los Angeles em 10 de novembro de 1946.
O caso do tal professor Satnding que consegue se lembrar de sua vida passada me fez parar um momento e refletir sobre como boas histórias podem ser tão repetidas, tão críveis ao ponto de gerarem lendas que suplantam a realidade.
Parei de pensar em Danell Standing e comecei a pensar em ninguém menos que Jesus Cristo. Sabemos que os livros que acabaram compondo a Bíblia como a conhecemos foram escritos muitos anos após a morte do Jesus histórico, o homem que nasceu na judéia e que foi julgado na páscoa por Pôncius Pilatos.
Não estou dizendo que se trata da mesma situação, mas negar que existem similaridades na condição de que uma história não necessariamente real que incorpora elementos históricos reais, tem uma figura cativante que constrói uma estrutura literária que se encaixa e corrobora um determinado sistema de crenças, que é o que realimenta a história ao longo dos anos, isso é inegável.
Não estou sugerindo que Jesus seja um personagem de ficção, embora há céticos que pensam assim. Pra mim houve de fato um homem chamado Jesus que se insurgiu contra o sistema e acabou morto por ele. Se ele era mesmo o filho de Deus, se podia andar sobre as águas e ressuscitar mortos, confesso que não faz a MÍNIMA diferença pra mim.
Essas pirotecnias todas são interessantes do ponto de vista da espetacularidade da história, mas são as palavras do Jesus descrito na Bíblia, e seus ensinamentos o mais importante. Pelo menos na minha opinião. Mas respeito os que só conseguem estruturar sua fé imaginando um cara louro de olhos azuis nascendo na palestina e andando sobre as águas ou fazendo água virar vinho.
Tanto a Bíblia quanto o livro de Jack London tem em sua mais poderosa fonte de poder a construção de um ideal de vida após a morte. Seja com existências subsequentes, como propôs London em sua ficção, seja com o reino dos céus no livro sagrado do cristianismo.
Evidentemente que ao dizer que o “Andarilho das estrelas” é uma ficção não estou obrigando que a reencarnação seja ela em si, uma ficção também. A existência da alma, e o que aconteceria com a consciência após a morte é fruto permanente de um intenso debate que envolve não somente o aspecto religioso, mas uma imensa multiplicidade de arcabouços do conhecimento, como a Medicina, a Biologia, a Filosofia, a Psicologia e até -quem diria – a Física Quântica.
Seria inútil discorrer sobre se a reencarnação é real ou não, ou se Jesus era filho de Deus, extraterrestre, um mito ou apenas um homem corajoso em um momento nevrálgico da História. O importante aqui é percebermos como obras literárias que se apoiam em alicerces específicos encontram nas pessoas que desejam desesperadamente acreditar naqueles alicerces, poderosos instrumentos de propagação da obra.
http://www.youtube.com/watch?v=MPkJyoT_F1Q
O Mário Cortella fala sobre a existência de Jesus, o Cristo e Jesus pessoa.. haha
Caracas! Eu tinha essa história como verdadeira. Descobri ela no início dos anos 90. Não tinha internet. Fazia parte das minhas descobertas em textos sobre minhas experiências pessoais de viagem astral. Tem um livro do isaac Asimov que também tem muitas dessas histórias que hoje são creditadas como falsas: “O Livro dos Fatos”
A bíblia, antigo e novo testamentos, são os livros mais perfeitos já escritos até hoje!
Os ensinamentos passados por ela, principalmente nos quatro evangelhos do novo testamento, acrescidos pelos atos dos apóstolos e cartas de Paulo, nos trazem ensinamentos que há dois mil anos atrás NINGUÉM jamais teria pensado antes.
A bíblia e o cristianismo são assuntos que são estudados há 2000 anos por milhares de pessoas ao redor do mundo inteiro.
Se o Jesus bíblico é verdadeiro?
Busque essa resposta com toda sua força, de toda sua alma e com todo o seu coração, e ela virá!
Se pesquisar mais um pouquinho verá que muito coisa que Jesus ensinava nunca foi novidade alguma, amar o próximo como a si mesmo que muitos chamam de regra de ouro, buda já ensinava isso bem antes e vários outros personagens religiosos.
É como esse texto do Philipe mostrou, basta um pouco mais de mente aberta, um pouco mais de pesquisa para ver certas coisas caírem por terra.
Felipe, primeiro temos que desmistificar a ideia de que a Bíblia é um livro perfeito. Ela está repleta de erros e problemas com múltiplas traduções, foi podada pelo concílio de Nicéia, onde partes inteiras que a constituíam foram removidas, há contradições e ideias bastante primitivas, compatíveis com o tempo em que foi escrita. A Bíblia não é um trabalho de uma pessoa só, mas sim de dezenas, eu arriscaria a dizer centenas ou ate mais, já que quando finalmente os textos foram escritos, eram passados de boca em boca de forma oral por décadas. Eu acho arriscado dizer que os conhecimentos ali eram inéditos, porque tem coisas bastante similares no confucionismo, que data de mais de duzentos anos antes de Jesus Cristo aparecer pela Terra. Novamente, isso não afeta em absolutamente NADA, o valor da mensagem de Jesus. Só não podemos afirmar com absoluta certeza que a mensagem de amar o próximo como a si mesmo é exclusiva do cristianismo e muito menos que era inédita quando apareceu. Precisamos lembrar que inumeros documentos históricos do período mostram que Jesus era um dos DIVERSOS messias que surgiram naquele tempo. (que inclusive também faziam milagres)
http://youtu.be/24QrCHt2fHM
Philipe, acrescento a sua excelente resposta o fato de que na faixa de 550 ANOS ANTES DE CRISTO (deixo isso destacado em letras maiúsculas), houve um carinha excepcional que, em suma, trouxe a mesma mensagem que o próprio Cristo: Sidarta Gautama, isto é, o Buda histórico.
É um erro grotesco querer desmerecer as outras religiões, principalmente em querer inferir que ninguém além de Jesus (a sua época) proferiram ensinamentos destacados para o amor (incondicional) com o próximo.
Como você, não dou a mínima para o fato de os dois (Gautama e Jesus) terem realizado feitos extraordinários. Para mim bastam seus ensinamentos no que diz respeito à compaixão, compreensão da situação humana e a busca pela nosso próprio desenvolvimento e evolução espiritual.
Ah sim, antes que pensem que estou querendo defender o lado do Budismo, não sou budista, muito menos cristão.
Mesmo assim, vejo grande sabedoria e principalmente uma excepcionalidade de caráter tanto no Buda como no Cristo, acredito que tenha sido isso o que principal fator para seu destaque em suas épocas.
Mas não podemos NUNCA desmerecer outros sábios que carregaram consigo e propagaram mensagens semelhantes e nunca inferiores.
Philipe, eu discordo de ti. Infelizmente há muita inverdade espalhada por aí, inclusive por livros de história. Não preciso nem citar o exemplo de Pedro Álvares Cabral e o “descobrimento” do Brasil, né?
E quando o assunto é cristianismo e bíblia, isso daí é aumentado de forma exponencial.
Venho estudando a bíblia, não só os livros em si, mas sua história, interpretação e etc. e tal, e posso te afirmar, com segurança, que não há contradições ou erros. O que há são erros de interpretação.
De fato, a bíblia não é obra de uma única pessoa, mas sim de várias.
Porém discordo que o Concílio de Nicéia a tenha “podado”. O que foram retirados, foram textos que eram incompatíveis com os evangelhos tradicionalmente pregados pela igreja primitiva.
Infelizmente, temos o hábito de ouvir só um dos lados, e, nesse caso, só se ouve e é amplamente divulgado, o lado que acusa a ICAR de ter alterado os manuscritos.
Quanto a erros de tradução, posso te assegurar também que há manuscritos bastante antigos, que remontam aos primeiros séculos da era cristã, cujo texto integral, você pode ter acesso até pela internet, e, até hoje, estes escritos são traduzidos e interpretados da melhor maneira possível.
Posso citar como exemplo, traduções recentes, como a bíblia de João Ferreira de Almeida, versão revisada e fiel, ou a Bíblia de Jerusalém (adotada pela ICAR).
De maneira que não podemos de forma alguma acreditar que existem “erros de tradução” ou “mudanças no sentido dos textos nessas traduções”.
O que há é uma campanha de desinformação muito grande, no sentido de confundir as pessoas e desacreditar os textos bíblicos.
Quanto à questão do ineditismo dos ensinamentos de Cristo, não cabe aqui citar passagens bíblicas que demonstrassem isso, mas se citaram Buda, entre outros, eu só tenho uma pergunta a fazer: eles ou alguém teve acesso, nessa época, ao oriente médio, onde viveu Jesus Cristo?
Bom, vou parando por aqui para não ficar cansativo. Sei que você não é radical como alguns ateus e prefere pesquisar sobre o assunto para só depois tecer comentários, então se você quiser e tiver interesse no nisso, posso te enviar algum material para análise.
No mais, você pode pesquisar por aí sobre arqueologia bíblica.
Abraço!
Eu eu acho que não sou radical mesmo, hehehe. Nem sequer sou ateu, eu sou Católico. Mas isso não quer dizer que eu seja obrigado a aceitar tudo que me dizem como sendo uma verdade absoluta, até porque, fora da matemática, existem poucas áreas onde verdades absolutas existem.
A Bíblia tem um monte de contradições sim, e também alguns erros, como aquele famoso do numero de pernas dos insetos, (que não muda muita coisa, é verdade) Aqui neste site tem mais de 60 desses erros:
http://curiosidadesnanet.com/2011/03/63-contradicoes-da-biblia/
Quando eu digo que existem erros de tradução na Bíblia, isso é um fato absolutamente incontestável, que pode ser percebido até pela escultura de Moisés de Michelangelo, que é representada com chifres na cabeça. Aqueles chifres estão ali por puro erro de tradução. Acredita-se que o erro da tradução estava no Êxodo 34:29-35, feita por São Jerônimo, tradutor da Bíblia do hebraico para o latim, a Vulgata.
Não se sabe se por desconhecimento ou descuido, ao traduzir a Vulgata São Jerônimo ignorou o fato de que a vocalização de Karan (resplandecer) pode torná-lo Keren (chifres), e acabou usando o termo cornuta (do latim, chifres).
Quando eu digo que ela tem erros de tradução me refiro ao livro ao longo desses quase dois mil anos de existência, não a uma versão mais moderna e atualizada. Claro que à medida que mais e mais pesquisadores se debruçam sobre o livro sagrado ele vai sendo ajustado e corrigido nesses erros, mas as Bíblias impressas com erro continuam por aí também, não é mesmo?
Sobre sua pergunta:
Eu não entendi qual é o ponto exatamente, já que sabe-se com certeza o período em que Jesus esteve na palestina, porque a questão histórica daquele momento foi amplamente detalhada pelos historiadores romanos, e a história de Jesus envolveu claros aspectos políticos desde seu nascimento durante do governo de Herodes. Como sabemos que o período de Jesus compreende 33 anos, indo do ano 0 ao 33, é possível determinar que coisas que Buda ou Confucio disseram se deu antes de Jesus por uma simples conferência de datas. Buda é quatro séculos anterior a Jesus, e Confúcio também, embora saibamos que o confucionismo é mais recente, sendo apenas 200 anos antes de Jesus Cristo nascer. Agora se você quer dizer que o ineditismo é local, restrito a região da palestina, aí eu concordo totalmente com você.
Bom saber que você é católico, assim como eu, irmão.
Bom, eu não quis dizer que nunca existiram erros de tradução. Ainda hoje existem alguns, de fato. Poucos e inexpressivos, mas há.
Quanto às contradições citadas, li as primeiras, não li todas por falta de tempo, mas vi que a maioria se trata de erro de interpretação. Problema de hermenêutica bíblica mesmo.
Mais uma vez digo que não cabe aqui estudar caso a caso, sob pena de me prolongar demais, mas posso dizer que muitos, principalmente ateus e agnósticos, incorrem no erro de ler a bíblia como quem lê um romance único, ou um artigo científico e não um livro sagrado antiquíssimo.
Quando se lê a bíblia, não se pode ler os textos com interpretação literal, principalmente o antigo testamento.
Vou citar só o Gênesis como exemplo. Veja só, digamos que você viveu há milhares de anos atrás, numa sociedade profundamente mística e ignorante. Como você explicaria a criação do mundo, o surgimento da humanidade e o seu desenvolvimento? Falaria em universo, nebulosas, estrelas, células, DNA, etc.? Não. Contaria uma “historinha” que tornasse a coisa mais fácil, mais palpável, mais inteligível para as pessoas da época. E é isso que aconteceu. O escritor bíblico do antigo testamento, na grande maioria das vezes, usou de estilos literários para narrar determinados acontecimentos. E como você mesmo disse, foram vários escritores diferentes, e, consequentemente, vários estilos diferentes.
Daí as contradições ao se ler a bíblia como quem lê uma notícia no jornal.
De qualquer forma, as ditas contradições, há muito foram desfeitas. Existe até um grupo especializado nisso no Facebook, chamado “Descontradizendo contradições bíblicas”. Talvez você devesse dar uma olhada.
Outro problema que acontece, ao se ler a bíblia é que, como um livro sagrado que ela é, sempre devemos lê-la tendo pedido antes a inspiração do Espírito Santo de Deus, em ORAÇÃO e, se possível, EM ESTADO DE GRAÇA.
Quanto à questão de Jesus Cristo tiver tido acesso aos pensamentos de Buda ou Confúcio, foi justamente o que você falou. O ineditismo é restrito À REGIÃO, de maneira que Ele não poderia ter apenas desenvolvido e repetido algo que aprendeu de homens.
Lembrando também que, ao contrário do que dizem alguns teóricos, Cristo viveu sua adolescência e início da idade adulta em Nazaré, exercendo a profissão de carpinteiro, conforme Marcos 6:3.
Concluo dizendo que há dois anos eu era o chamado “católico de IBGE”, pois fui criado em família católica, mas dificilmente ia a missa (só quando morria alguém), nem estudava a bíblia, ou o catolicismo.
Só depois que recebi um chamado de Deus e passei a ser vocacionado de uma comunidade Carismática, estudando a religião cristã, a bíblia e o catolicismo, é que descobri e passei a entender MUUUUUITA coisa.
E, de fato, não devemos engolir qualquer coisa, tanto que sou muito questionador nas formações e procuro sempre aprender sobre o “porquê” das coisas. E, te digo, mesmos os dogmas de fé, têm explicações plausíveis.
Busque a verdade e ela te será dita.
Abraço!
Sempre achei que fosse real, obrigada pelo post!
Embora um visitante de já bastante tempo do mundo gump, não me lembro de um texto que destacava a religião assim de forma tão clara… Eu acho.
No entanto, eu sei que você já fez alguns estudos, ãnn, ocultos. Eu ainda morro de curiosidade para saber o que você invocou naquele livro judaico (com sangue?) que você achou num sebo. E se você ativar o modo paranoia, é possível achar teorias conspiratórias do tipo quando o Marcelo Del Debbio apoiou a sua petição do Maglev – Cobra. Eu não ficaria surpreso de você ser maçom ou rosa cruz.
Eu também não, hehehe.
O ser humano quer acreditar em algo sobrenatural. A força. Atualmente, temos várias religiões para todos os gostos. E temos aqueles fervorosos defendendo suas crenças. Mas bastou surgir uma historieta sobre fim do mundo e maias que quase todo mundo mudou de ideia. Até mesmo ateus, que deveriam ser mais descrentes, tem la suas desconfianças.
A civilização maia não é popular no meio pop, tal como a civilização grega. Mas bastou ligar fim do mundo com pouca informação que tivemos um boato correndo o mundo.
Assim fica fácil manipular as massas, pois elas estão praticamente clamando por isso.
E aew, Phillipe, tudo certinho? Mó tempão que não comento por aqui.
Tem um livro sensacional que discute se a bíblia é ou não um livro confiável e toca em muitos pontos que você comentou no texto – muito bom e respeitoso por sinal: “Não Tenho Fé Suficiente pra Ser Ateu”.
É uma perspectiva cristã, fica claro no título, mas traz exatamente argumentos filosóficos, cosmológicos, biológicos e históricos pra embasar tudo. Será que existe uma verdade universal? É plausível que a terra ser um planeta habitável seja fruto do acaso? A seleção natural realmente explica a macroevolução? Os testemunhos bíblicos são historicamente confiáveis?
Só pra dar um gostinho, o livro diz que existem mais de 100 constantes astronômicas que se alteradas “milimetricamente” impediriam a vida na terra. Existem 10 historiadores não-cristãos do primeiro século que citam Jesus de Nazaré, e por aí vai.
Acreditando ou não, creio que ler é sempre bom pra abrir horizontes #fikdik! Hehuehueh
Abração!
Sim, acho que consegui compreender o texto do post ( não é sobre acreditar ou não na bíblia) e lembro que um site de coisas sobrenaturais publicaram um artigo especial com o tema ” O Homem que veio do passado” como algo inexplicável etc… e no final do texto tinha a pergunta que talvez não seria o único? Enfim resolvi pesquisar e achei na net que se tratava de uma história de ficção antiga e tinha se tornado lenda que como sempre os meus brasileiros tomam como verdade ainda mais quando se cita a Times Square.
Eu falei desse cara no post de viajantes do tempo. Valeu.
Quando fui a Alcatraz, havia relatos de prisioneiros, um deles que havia ficado na solitária havia dito que com muita concentração era possível ver uma luz. Com mais concentração podia fazer com que ela parecesse com objetos, e isso tornava o ambiente na solitária menos pior.
Tá, você pode me achar maluca e que eu bati a cabeça (sim ou claro? rsrs táhparey) mas esssa história de viajar para o astral e descobrir suas vidas passadas É VERDADE. Eu vi uma notícia uma vez aqui no mundo gump de um indiano que vivia só de luz, não comia nem bebia. Daí resolvi pesquisar mais sobre, e sabe Deus como, cheguei aqui: http://osaltociencia.blogspot.com.br/2008/12/seminrios-o-salto-muito-alm-da-zona.html
É grande, mas eu GARANTO que não vai se arrepender de ler. BJAO :*
“A palavra de Deus é para mim nada além do que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda primitivas, que são não obstante bastante infantis. Nenhuma interpretação, não importa quão sutil, pode (para mim) mudar isso” Albert Einstein
Interessante seu bom senso e neutralidade. Em geral, costumamos ver perspectivas extremas. Ou acreditam demais nas proposições, tal como a publicação fala dos que acreditam sem considerar as interferências (o “telefone sem fio”) que reveste as ideias; ou também desacreditam apegados à forma que a ciência assumiu hoje e que não a faz perfeita, tão pouco a mais apropriada para apontar-se como indicador da verdade (no passado a ciência incluía outras correntes como a alquimia, a filosofia; a transformação moderna dela foi extremamente necessária, mas é preciso que ela se transforme novamente deixando de ser a religião que é, de perspectiva muito materialista, fechada e que não se atualizou às mudanças presentes).
Há um meio termo que podemos encontrar utilizando o bom senso. A habilidade do bom senso é que é o desafio que só conseguimos superar estudando com dedicação, com atenção e reflexão, prática não muito estimulada nos dias de hoje. Infelizmente tanto as religiões (falando do movimento religioso, da instituição e não da mensagem ou essência da mensagem que carregam) quanto a ciência não incentivam como poderiam a prática da reflexão, e assim muitos se tornam taxativos, parciais excessivamente e generalistas. Num dos casos ao qual você delineou, o caso de Jesus Cristo, quando estudamos com cuidado e mergulhamos inclusive nos resquícios dos costumes judaicos que preservaram raízes (embora tenha sofrido as alterações naturais do tempo), percebemos (apesar de que isso não foge de ser uma opinião) que Jesus existiu e certamente foi um grande homem, arrisco o mais sábio e humano de que se tem notícias, mas sua história também teve o revestimento de aspectos mitológicos para o sincronismo com o velho testamento e composição da belíssima e, muito provavelmente, inigualável obra escrita de que se tem notícia, a bíblia. Neste particular, falo pelo tesouro do trabalho que guarda e da mensagem que cada detalhe prescreve assim como o conjunto da obra. E há que se dizer que o fato da mensagem existir advoga pela própria história que conta, tendo aí trejeitos reais ou não. Trás uma mensagem fractal em seu cerne e sua genialidade fica mais viva quando conhecemos um pouco dessas tradições envolvidas, que por exemplo a fizeram em poema (no hebraico a bíblia é em midrashs), usando e abusando de duplos sentidos que sempre conduzem a uma mensagem de conteúdo moral.
Quanto à história de Darrell Standing, antes de ler o livro “Andarilho das Estrelas” (que por ele vim parar aqui) não sei por onde exatamente fiquei sabendo que a história foi passada de um prisioneiro que, segundo diz, vivenciou a situação, que as memórias chegaram às mãos da mãe de Jack London e que esta foi a última obra dele um ano antes de morrer. Ele é um escritor ficcional e provavelmente pintou a obra entorno das memórias, possivelmente mais simplistas do dono das memórias.
O livro chegou a mim pois costumo ler e estudar sobre “viagem astral”, a tal da pequena morte que o personagem praticava. Certamente tem muitos elementos ficcionais, mas que a viagem astral é possível e acessível de certa maneira e em certas condições pra mim (enfatizo, pois essa só pode ser uma constatação individual) sim. Querer que a ciência determine por provado isto, enquanto a ciência não se transformar em certos aspectos que a fazem hoje mais fechada do que aberta é bem difícil apesar de avanços recentes bem significativos.
Não que a publicação esteja falando isso, não está, apenas estou discorrendo também sobre tal aspecto. O ponto é que apresento em complemento que essa perspectiva da “crença livre e generalizada sem senso crítico” é contraposta pelo outro extremo, do “ceticismo fechado e generalizado sem senso crítico”.
Ademais, show a publicação e o site!! Parabéns!
É uma visão bem madura, Philipe. Obrigado. Li o livro com 17 anos nos anos 90 e naquela época, sem muito senso crítico, apenas acreditei em tudo pois já vinha de uma crença espiritualista na família. Hoje, com 45 anos, relendo a obra e com uma maior compreensão desses debates tenho uma visão muito diferente. Continuo “acreditando” na lógica da reencarnação, mas não é por isso que devo acreditar em todo e qualquer relato de lembranças de vidas passadas.
É possível que a base do livro seja um caso verídico? Talvez. Mas o mais provável é que o grosso do livro seja apenas uma fantasia. Há muitas inconsistências históricas e nada de novo, o que seria esperado se o indivíduo realmente tivesse tido lembranças claras de certos eventos do passado. O episódio da crucificação de Jesus, por exemplo, poderia ter sido escrito pela minha avó, que é espírita. Tenho certeza de que há muita coisa sobre aquele dia que se perdeu na história, coisas que nunca soubemos. Se o cara tivesse lembrado de uma vida em que presenciou pessoalmente os eventos da morte de Jesus, suspeito que ele teria informações novas à acrescentar. Mas no livro não vemos nada diferente do que a Bíblia nos conta.
Ed Morrell tinha ambições de ser escritor. Ele era um cara espiritualista e aparentemente tinha experiências fora do corpo. Não seria possível que a história toda seja uma invenção da cabeça de Morrell?
A mãe de Jack London, quem supostamente obteve os manuscritos do livro, pode também ter contribuído com a escrita, sem que London tivesse revelado.
Contudo, o próprio London dificilmente teria ele mesmo escrito o livro. Este livro destoa no meio dos outros livros dele. É completamente diferente em termos de estilo e linguagem. Ele era cético e costumava criticar a mãe pelas “crendices espiritualistas”. Ele não acreditava no relato do livro e chegou a “renegar” o livro depois de publicado. Alguém escreveu o livro e não foi Jack London. Isso é certo.