quinta-feira, dezembro 26, 2024

Objeto não identificado explode e decepa a mão de pescador no Rio

Até agora ninguém sabe o que era o estranho objeto que foi recolhido do fundo do mangue por pescadores. Segundo a materia do G1 abaixo, ele inicialmente teria sido confundido com uma bateria de carro e depois com uma buzina. O que me parece mais estranho na história é que uma buzina é uma coisa completamente diferente de uma bateria de carro.

2013010420685 | Bizarro | bomba, pescador, polêmica, sinistro
Josias, o pescador que detonou a bomba

Mas o fato é que mesmo estando submerso o objeto em pouco tempo explodiu quando o pescador resolveu “testar” o objeto, quase matando o pescador.

Aqui está a matéria:

Explosivo decepa mão de pescador na Zona Oeste do Rio

Josias Sandro de Oliveira, de 29 anos, está internado em estado grave. Objeto chegou a ser confundido com bateria de carro e buzina.

Gabriel Barreira Do G1 Rio

O pescador Josias Sandro de Oliveira, de 29 anos, teve a mão decepada e corre o risco de perder a visão de um dos olhos por conta da explosão de um objeto não identificado recolhido no Mangue do Furado, em Barra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio. Josias, que está internado no CTI do Hospital Miguel Couto há uma semana, teve ainda queimaduras de 1º e 2º graus no tórax. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, seu estado é grave e não há previsão de alta. O artefato explodiu logo depois de ter sido recolhido por um amigo de Josias, também pescador, na última segunda-feira (31). Irmão de um eletricista que faz trabalhos com instalações em automóveis, Josias achou ter tirado a sorte grande quando recebeu de presente o objeto, inicialmente confundido com uma bateria de carro e, depois, com uma buzina. Por pouco, o estrago não foi maior. “Um pescador da comunidade achou o objeto e deu para meu outro irmão, Paulo Sérgio, que pensou que fosse uma buzina. Ele estava com seu bebê no colo e ia jogar o artefato fora, mas o Josias pediu para testar. Foi aí que o objeto explodiu. O impacto arremessou os três para longe”, disse o outro irmão da vítima, Isaías de Oliveira. Apesar do susto, o bebê e o pai escaparam ilesos. A criança foi levada para o hospital para fazer exames de audição, por conta do estrondo, mas passa bem, segundo Isaías. Reincidência Embora a região do Mangue do Furado fique a quase cinco quilômetros do Quartel de Mangaratiba, não foi a primeira vez que um material explosivo foi encontrado. O próprio Isaías disse ao G1, por telefone, que há cera de duas semanas recolheu um material suspeito das águas do mangue. “Aqui é uma área de pesca e não uma área militar, apesar de ficar próxima do quartel. A bomba pode ter chegado de várias formas, até mesmo por descuido do Exército. Há duas semanas, encontrei uma granada que veio boiando até o meu quintal. Como há sempre criança brincando por lá, levei o explosivo até o outro lado da rua, para um terreno baldio, porque não sabia que providencia tomar”, explicou Isaías. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o Esquadrão Antibomba esteve no local no último sábado (5). A equipe, de fato, encontrou uma granada de exercício, que não contém explosivos. A Polícia Civil não não soube informar se o artefato realmente pertencia ao Exército.

fonte

Fiquei curioso tentando imaginar que diabo de explosivo seria este. Inicialmente pensei que talvez ele pudesse ter “pensado em testar” uma mina terrestre, mas as minas não se parecem com a coisa descrita. Até o momento ninguém sabe dizer o que era. Fico aqui pensando se talvez ele não tenha encontrado algum tipo de bomba de fogos de artifício, dada a proximidade com o reveillon. Se fosse o caso, talvez isso explicasse porque o objeto ainda estava em condições de estourar. Se a explosão somente arrancou a mão do cara, é um artefato de baixo poder destrutivo, o que me leva a especular que talvez não tenha relação com armas de guerra, que são feitas para matar. Mas eu não sei explicar o que fogos de artificio poderiam estar fazendo num mangue. Outro porém é que bombas de artifício precisam de detonadores para estourar, o que não encaixa na história. Como os relatos levam a crer que o objeto estourou espontaneamente por ação mecânica, é possível que se trate de um armamento mesmo, mas não sei de que tipo.

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.
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Comentários

  1. Estranho mesmo. Eu chutaria um fogo de artifício não estourado mesmo. Mas só um acréscimo: uma boa parte dos explosivos de guerra não são para matar e sim para aleijar, incapacitando 1 combatente e ocupando outros 2 para carregá-lo. 3 por 1. Quem me disse isso foi um ex-combatente israelense. É cruel, mas faz sentido…

  2. Uma mina terrestre lembra muito uma buzina, hein! O que me deixa curioso é tentar descobrir como o cidadão resolveu “TESTAR” o objeto estranho. Tinham eletrodos pra fora? Botões? Um pino maior? Como ele julgou que o treco poderia ser “testado”?

  3. Minas terrestres anti-pessoa (as mais tradicionais) não são feitas objetivamente para matar, mas sim para mutilar: além de serem armas de alto efeito psicológico ( o famoso “temor a ferimentos aberrantes”), é mais interessante que um soldado seja incapacitado, tendo a perna arrancada, por exemplo, ocupe recursos médicos, obrigue seu (abalado) esquadrão a recuar, pois pelo menos dois soldados terão de carregá-lo e se “aliviar” de equipamentos para isso, e ainda causará grande impacto sobre aliados que o virem, na base.

    Minas terrestres tem vários formatos, embora os mais comuns sejam o “calota”, “lata de graxa para sapato”. Um equipamento avariado, detonando sem sua carga direcional estar voltada para quem aciona o artefato, poderia causar algo assim – decepar uma mão.

    Uma granada de mão, cujo efeito é lançar estilhaços, também pode causar danos menores se o alvo estiver próximo. E não pode-se descartar a hipótese da granada estar sem sua capa de estilhaços (“abacaxi”).

  4. pode ser até explosivo de “treinamento” utilizado pelo exercito e como dito ele já encontrou “até granada” boiando até seu quintal …

    perdeu a mão por incompetência do orgão militar próximo, junto a possível desonestidade de alguém por lá…

    e claro, eles irão negar até perante juiz caso o infeliz queira uma justa indenização / investigação / punição …

    Agora, parando pra pensar … vai que é falha durante transporte/furto de armamento realizado por pessoas internas ?

    Já ouvi casos até de desmonte de fuzis para furto, levando de pouco em pouco pra não levantar suspeita, após “organização/limpeza” de locais com arsenal …

    Criminosos/Traficantes (rio, sp, …) tem arsenal grande não é a toa e não é somente de importação/contrabando, parte é desvio local.

    Quase off-topic,
    Lembro até hoje, de um maluco que disse ter ido ao rio pra zoar, fumar maconha, etc … o que mais o impressionou foi ele ter conhecido o Rambo na rocinha, só pq o cara andava com uma bazooca/lança-foguetes… coisa pouca XD …

  5. Só para lembrar, a região da restinga da maranbaia, barra de guaratiba, etc, praia e mangues da area são acesso restrito ao exercito, sem contar que são reservas naturais legais. Mas o exercito usa o território como campo de treinamento, o que faz bem provavel que seja algum equipamento militar perdido. Todos sabemos como o glorioso exercito brasileiro é cuidadoso né? e quem conhece a região sabe que a area não é tão restrita assim, se você é filho ou parente de militar você ta dentro, e os moradores dos arredores se embrenham mangue a dentro para pegar sirí, caranguejos etc, nas estradas da região é fácil e barato achar a carne destes animais a venda.

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