Olhe para a imagem acima e me diga se você duvidaria se eu te dissesse que ela é proveniente e uma sonda enviada para um mundo nos confins do sistema solar.
Obviamente que isso aqui não é outro planeta que não o nosso. A terra tem paisagens incríveis, algumas com claras aparências extraterrestres, só não estamos habituados a ver elas. Sabemos que no espaço distante e insondável deve haver infinitos planetas com paisagens semelhantes, porque essas paisagens são formadas em circunstâncias de elementos químicos e temperaturas, somados à ação do vento, a erosão e outros efeitos climáticos que não são um privilégio da Terra.
Vamos ver mais algumas fotos antes de eu te contar que lugar curioso é este:
Bom, isso aí é considerado o lugar mais quente da Terra. É basicamente a panela de um vulcão, e fica na Àfrica.
Trata-se do vulcão Dallol um dos mais baixos do mundo. Ele está localizado a 48 metros ABAIXO do nível do mar e tem um diâmetro de cratera de 1,450 metros. Sabe-se que sua cratera foi formada no planeta há mais de 900 milhões de anos atrás. A temperatura média anual em Dallol também é única. Nos anos 60, a média anual era de 34 ° Celsius, que até hoje continua a ser a mais alta temperatura média anual do mundo (tirando Itaperuna hahahahaha).
Você pode se perguntar, como é que se formam essas cores tão incríveis?
A explicação científica é que após a explosão e erupção do Dallol em 1926 o lago da cratera se encheu de ÁCIDO.
Essa cristalização formou curiosos padrões de cores brancas, amarelas e vermelhas. Eles não são mais do que um resultado de coloração causados por variações iônicas do enxofre e potássio. Some a isso uma constante emissão de gases que surgem das fumarolas permanentes na cratera e temos os ingredientes para um mundo inóspito e belíssimo, que nos lembra como pode ter sido uma Terra primitiva.
Os cientistas que analisam o lugar dizem que ele se assemelha geologicamente ao satélite Io, de Júpiter. Acredita-se que o vulcão foi formado pela erupção do magma basáltico abaixo do vulcão, que por isso tem uma forma bizarra. A boca do Dallol fica em uma região remota da Etiópia, cercado de colinas que elevam-se a 50-60 metros acima das planícies, estas, são inteiramente cobertas com áreas de sal.
Acredita-se que tendo um tamanho de perímetro de 1,5 km x 3 km a cratera do Dallol está localizado no topo dos sedimentos quaternários, incluindo um grande depósito de sais de potássio, e as colinas são remanescentes das paredes da cratera preservada. Mas a idade destes montes e o processo de sua origem ainda permanece um mistério até mesmo para os cientistas e geólogos que investigam o lugar.
Visitando o vulcão neste exato minuto, você certamente poderia testemunhar os processos de atividade vulcânica. Você veria como o sal é lavado e transportado das profundezas do vulcão para se dissolver e recristalizar em nascentes termais gerando formas arredondadas bizarras com tons de amarelo, vermelho, branco e até verde.
No Dallol podem ser encontradas várias áreas de fumarolas, assoreamento de finas camadas de sal, formando elevações brancas e ovais que se assemelham-se a grandes ovos.
O Dallol tem apenas dois lagos de lava, um dos quais está localizado na cratera do vulcão.
Não muito longe de Dallol, perto de Blackrock há uma mina de extração de sal. Anualmente cerca de 1.000 toneladas de sal, são cortadas em lajes retangulares e transportados por camelos para as grandes cidades mais próximas. Estas placas são posteriormente são vendidas em Mekele para a transformação em sal de cozinha.
Existe uma lenda que a boca de um vulcão Dallol seja uma das portas do inferno.
Isso apareceria no “Livro de Enoque”. Ao que parece isso tem origem em escrituras etíopes muito antigas, datadas por peritos do ano 1 A.C. Também há registros do patriarca Enoque onde ele menciona pessoas que guardam as portas do inferno. Apesar do fato de que Enoque não indica a posição geográfica deste lugar terrível, alguns estudiosos sugerem que é lógico que ele pode muito bem ser Dallol. Seria então o Enoque um etíope?
O fato é que quando você bate o olho neste lugar incrível, você esquece de tudo, de enoque, dos problemas mundanos… Você se sente imerso num cenário de Ficção Científica.
Visitar o lugar é tarefa que exige sacrifícios. Localizado no norte da Etiópia, simplesmnete não tem estrada que leve a ele. Imagina a buraqueira poeirenta desgraçada!
Você só pode chegar aqui por meio de trilhas de caravanas, que foram construídas no passado para coletar e entregar o sal. Além disso, este é com certeza um dos mais distantes lugares da civilização. Obviamente que não preciso dizer que o lugar é quase completamente desabitado. Se perder ali é morte garantida.
Talvez por isso o vulcão siga sendo pouco conhecido e apreciado.
O vulcão está localizado na região de Afar, a uma distância de viagem de um dia a partir de Mekele e 2 dias a partir da estrada principal para Adis Ababa, Djibouti. Os viajantes que têm a sorte de visitar Erta Ale, visitam também o Dallol e o consideram um dos lugares mais extraordinários do planeta.
Coordenadas: 14 ° 14 ’30 “N, 40 ° 18 ‘0” E
Pensei que esse lugar fosse altamente tóxico, não só o ar como o chão que os turistas pisam. Acho que ouvi algo assim num documentário da bbc sobre este lugar, fazem um zoom out impressionante do lago e suas cores até a visão completa da cratera.
Realmente impressionante. Parece com as cristalizações que a gente conseguia com um kit de ciência misturando alguns sais e metais, há algum tempo atrás!
Putz e essa foto que o doidão ta fazendo graça se equilibrando entre as piscinas de ácido! #robocopfeelings