“Mais brilhante do que mil sóis” – esta é a descrição de uma mulher (atualmente cega) que olhou para a explosão da bomba, lançada pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e que culminou no fim da Segunda Guerra.
De fato, a explosão parece ter sido tão violenta que a sombra de inúmeros objetos e até pessoas ficaram “gravadas” em substratos diferentes, como mármore, paredes e até no asfalto. Há relatos de que pessoas foram volatizadas com o calor da bomba, isso é, passaram do estado sólido para o gasoso instantaneamente.
As sombras de Hiroshima hoje são uma triste lembrança do que o Ser humano é capaz de fazer.
Quantas vidas não acabaram ali, quantos sonhos não se findaram, quantos desejos que não se concretizaram. Essa é a natureza humana :(
E os hipócritas americanos juram que era necessário explodir as bombas para poupar vidas…
Não é hipocrisia não. Vá ler um pouco. Japão se recusava a se render e, se os EUA entrassem na terra do sol nascente, os 100 mil que morreram nas bombas seriam amostras do que aconteceria. Japonês não se rendia de jeito nenhum. A guerra na Europa já tinha terminado e os nipônicos não se entregavam. Seria um total desgraça um desembarque em solo japonês. O lançamento das bombas foi algo trágico, terrível na história humana, mas não tem nada de hipocrisia nisto.
Não haveria um alvo militar para lançarem a bomba ao invés de cidades?
Bomba numa cidade entre matando velhos, crianças e civis?
Você realmente acha que não houve nem um pouco de propaganda bélica motivando essas bombas?
Não vejo muita diferença entre as bombas nucleares jogadas no Japão para outros ataques terroristas a não ser que nesse caso existe toda uma estrutura estadunidense para justificar e tentar legitimar esse ataque.
Imagino que as vitimas civis eram o alvo para justamente demolir de vez a persistência do Japão com o uso do horror.
a história é contada pelos vitoriosos. acho que isso explica muita coisa. justificar massacres assim nos levou a aguentar, calados, as selvagerias que os EUA cometem por ai, sob qualquer pretexto. Aliás, não querendo – mas já sendo chata – acho que seria um livro muito gump para você o Diário de Hiroshima :).
Valeu a dica, Maria!
Não é hipocrisia. É lavagem cerebral mesmo. A historia é contatada pelos vencedores. Os perdedores foram proibidos ate de fazer filmes, reportagens, documentários. Hollywood por décadas se esforçou em justificar e dramatizar a versão aliada, a ponto de pessoas aceitarem atos criminosos como necessários.
Hoje se sabe que a guerra ja havia terminado há muito para o Japao, que o mesmo procurava se render e que não havia mais condições de resistência. Os soldados nas ilhas do pacifico relutavam em se entregar pois eram enterrados e queimados vivos com lança chamas. Recentemente covas foram encontradas e 60% estavam sem cabeça pois era um costume americano colecionar cabeças de soldados japoneses e também extraiam as obturações de ouro dos soldados. Isso a historia não conta.
A bomba de Hiroshima matou menos de 100 mil pessoas.
À cada ano, no Brasil morrem mais de 50 mil assassinados.
À cada dois anos no Brasil o número de morte é MAIOR do que os mortos de Hiroshima.
Hiroshima aconteceu uma única vez, no passado.
No presente, à cada dois anos morrem muito mais no Brasil.
Todos devem priorizar evitar as mortes do presente ao invés de ficarem lamentando as do passado.
Portanto, cadê a polícia, que tem o monopólio dos serviços policiais, e que resolve menos de 10% dos homicídios!?
Boa pergunta.
Pedro, eu entendi que você cobra solução para os crimes “horríveis e hediondos” do nosso Brasil, não deixando de ter consciência sobre Hiroshima.
Mas só pra contar, Hiroshima tem sua importância ancorada na história, enquanto nossos crimes vão se perdendo como grãos de areia em uma praia. Hiroshima deixou essas sombras macabras. Nossos crimes nem sombras nas mentes daqueles que deveriam fazer algo, deixaram.
Existe uma diferença entre Hiroshima e Nagasaki para o que acontece no Brasil.
Hiroshima e Nagasaki são exemplos do que acontece quando uma nação se organiza objetivando o mal.
Violência no Brasil é o exemplo do mal que acontece quando uma nação não consegue ao menos se organizar.
O monopólio é do Estado mas pessoas cobram da polícia uma independência que ela não tem, isso acaba afastando o foco do verdadeiro responsável, o poder legislativo e o executivo. A organização estrutural da polícia no Brasil é a coisa mais absurda e obsoleta que existe.
Aproveitem o período eleitoral…
Eu acho estranhas as constatações de Hiroshima; se vc ler o Diário de Hiroshima, verá que muita gente no epicentro da bomba sobreviveu por um tempo. O autor do livro estava há 500m e sobreviveu. Por isso, duvido muito da história de “pessoas sumidas como vapor”… o livro não conta nada sobre isso. Aliás, um ótimo livro.
Parafraseando, talvez, mas eu acho que aí os Estados Unidos fizeram um favor para o Japão. PORQUE esse episódio é lembrado, lamentado, reverenciado, não só no Japão mas no mundo todo. Essa foi uma lição que ficou impresso (como as sombras) no âmago das pessoas que são influentes ou podem influenciar nas decisãoes onde estão em risco a vida de muitas outras pessoas que não são só os seus parentes e conhecidos e conterrâneos.
Enquanto isso outros fatores que provocam a morte de muito mais pessosa até (como disse alguém aí anteriormente) ficam relegados ao esquecimento ou são completamente omitidos e desprezados!