Consegue pensar numa coisa mais macabra do que múmias humanas defumadas? Acredite, isso existe!
Durante séculos, a tribo Anga de Morobe Highlands, que habita a Papua, na Nova Guiné, têm praticado uma técnica de mumificação única – A defumação dos mortos.
Uma vez defumadas, as múmias não são enterradas em túmulos ou sepulturas. Em vez disso, eles são colocados em penhascos íngremes, deixando uma estrambúlica paisagem no qual corpos avermelhados e enegrecidos ficam pendurados nas encostas das montanhas.
Pra nós ocidentais, isso pode até parecer bastante grotesco, mas para as pessoas de Anga, esta a maior forma de respeito pelos mortos.
O processo em si é realizado com cuidado e profundidade por embalsamadores experientes. No início, os joelhos, cotovelos e pés do cadáver são cortados, e a gordura corporal é drenada completamente.
Em seguida, vários espetos de bambu ocos são enfiados nas entranhas do morto, e a gosma que sai deles é coletada. Esses pingos são usados – olha que nojo! – como um tipo de creme de cabelo, e loção para a pele dos parentes vivos. Através deste ritual, eles acreditam que “a força do defunto é transferida para ps vivos”.
O resto dos fluídos que pingarem do cadáver, serão guardados para uso posterior como óleo de cozinha. (este post tem o patrocínio dos saquinhos de vômito Express)
Na fase seguinte, os dois olhos, a boca e até o ânus são costurados, a fim de reduzir o consumo de ar e impedir o apodrecimento da carne. Os embalsamadores dizem que este é o passo fundamental que garante que as múmias defumadas estarão perfeitamente preservados durante os séculos que vierem.
As solas dos pés, a língua e as palmas são também cortadas e presenteadas para o cônjuge vivo. Já os restos do cadáver são então jogados em uma fogueira comum e torrados.
Uma vez completamente defumada, a múmia é revestida em barro e ocre vermelho, que funcionam como uma espécie de casulo natural, protegendo o corpo da ação dos animais carniceiros. Ao fim da defumação, o processo já está concluído e a múmia está pronta para ficar em exibição.
Em Anga, os homens, mulheres e até mesmo bebês são mumificados usando o mesmo método. Nos paredões rochosos ainda existem múmias que datam de pelo menos 200 anos, como os corpos no Morobe Highlands.
Durante as celebrações e eventos, as múmias podem ser trazidas para baixo dos penhascos, mas findas as festividades, são devolvidas ao paredão logo depois.
A rara honra é concedida a guerreiros Anga mortos – eles permanecem guardiões da aldeia, mesmo após a morte. As múmias guerreiras são colocados em “estações” especiais nos penhascos; eles se tornam ‘observadores’ que continuam a proteger a vila na vida após a morte. Uma dessas múmias guerreiras remonta à Segunda Guerra Mundial. Ela estava portando uma baioneta das tropas japonesas, que foi preservadas pelos anciãos. Agora a mumia guerreira fica de guarda sobre a tribo Anga, preso com com uma corda junto de seu arco e flecha.
O processo de mumificação Anga pode ser uma coisa impressionante para todos aqueles habituados a ver na morte um ingrato sinal da finitude da vida. Mas para eles viver entre os mortos e antepassados é algo normal e desejável. Embora a pratica de defumar cadáveres tenha sido proibida em 1975, quando Papua Nova Guiné ganhou sua independência.
Hoje, a maior parte das tribos realizam enterros cristãos, e apenas as tribos mais remotas ainda preferem mumificar seus mortos.
Estranho!
Oi Philipe. Vc já leu a respeito disso? achei bem Gump. Abraços!
http://nerdgeekfeelings.com/2014/01/22/conspiracoes-cicada-3301-o-maior-misterio-da-internet/
Tem um documentário que mostra muito bem isso e a luta deles para manter esse ritual.
Obs: E aparecem coisas beeem nojentas hehehehehe
Ao invés de ser enterrado e apodrecer, ficar com seus amigos e parentes por mais uns séculos após a morte, muito louco! Vou sugerir isso aos meus familiares. Gump!
Cara,me lembrou da ilha do king-kong !!
Tb pensei nisso quando estava fazendo o post. Lembra muito mesmo aquela ilha.
Na Papua Nova Guiné também vive um povo com costumes macabros relacionados à necrofagia, não sei se foi aqui no blog que li a respeito disso, mas parece que as esposas, quando ficam viúvas, mantêm o cadáver em casa e usam os líquidos de decomposição para banhar o próprio corpo, depois comem a carne podre. Tenso!!!
credo! estranho demais