Esse aqui é o queijo mais fedido que existe

Queijo Vieux Boulogne: O Mais Fedorento do Mundo e Suas Características Únicas

Pensa numa parada que você chega a querer exorcisar de tanto fedor!

0b7b1130a66cecc8a94665785cd5137c | Curiosidades | bizarro, cheiro, curiosidades, frança, queijo
Vá de retro, queijo do satanás!

Pra mim é impensável que alguém queira gastar seu dinheiro numa barra cremosa de puro chulé, mas é o que acontece aqui, meu amigo. Eu que já tenho aquele problema com o queijo, nem chego perto disso.

O universo dos queijos é vasto e variado, com sabores, texturas e aromas que encantam milhões de pessoas ao redor do mundo. Desde os mais suaves e cremosos até os mais duros e robustos, o queijo é um alimento que desperta paixões. No entanto, há um aspecto do queijo que nem todos conseguem apreciar: o cheiro. Muitos dos queijos mais icônicos do mundo são também conhecidos pelo seu odor forte e, para alguns, até desagradável. Entre eles, o Vieux Boulogne, um queijo francês, detém o título de queijo mais fedorento do mundo, algo que foi cientificamente comprovado em estudos realizados por universidades renomadas.

O Queijo e Seus Diferentes Aromas

Para começar, é importante entender que o cheiro de um queijo é um dos aspectos mais distintos de sua identidade. Queijos como o Limburger, Munster, Epoisses de Bourgogne e o popular Brie de Meaux são famosos tanto por seu sabor quanto por seu odor pungente. Embora esses queijos possuam aromas marcantes, nenhum deles supera o infame Vieux Boulogne. Esse queijo, que é produzido artesanalmente na França, conseguiu se destacar em um universo repleto de opções aromáticas.

A Ciência Por Trás do Cheiro do Queijo

Em 2004, cientistas da Universidade de Cranfield, localizada ao norte de Londres, decidiram fazer um estudo aprofundado sobre os queijos mais “aromáticos” do mundo. O objetivo era determinar qual seria, de fato, o queijo com o pior odor. Eles selecionaram 15 queijos diferentes, conhecidos por seus aromas fortes, e realizaram uma série de testes, utilizando tanto farejadores humanos quanto um “nariz eletrônico” conectado a um computador. O resultado foi conclusivo: o Vieux Boulogne se destacou como o queijo mais fedorento do mundo.

Mas o que faz o Vieux Boulogne ter um cheiro tão marcante? A resposta está na forma como ele é produzido. Este é um queijo artesanal não pasteurizado e não prensado, feito de leite de vaca. Sua casca laranja e úmida é responsável por seu cheiro intenso. Durante o processo de amadurecimento, que dura cerca de dois meses, os queijos são lavados com cerveja, o que desencadeia uma série de reações químicas entre as bactérias da cerveja e as enzimas do leite. É essa interação que gera o cheiro característico e penetrante que fez do Vieux Boulogne uma lenda no mundo dos queijos.

Sabor virilha de mendigo. Mas a essa altura, você pode estar se perguntando aí como que alguém pôde ter a pachorra de fazer esse troço?

A História do Queijo Vieux Boulogne

O Vieux Boulogne foi desenvolvido relativamente recentemente, em 1982, pelos franceses Antoine Bernard e Philippe Olivier. Desde sua criação, ele se tornou conhecido não apenas pelo seu sabor, mas, principalmente, por seu aroma único. Curiosamente, apesar de seu cheiro pungente, o Vieux Boulogne tem um sabor suave, o que o torna uma verdadeira surpresa para quem o experimenta pela primeira vez. O contraste entre o cheiro forte e o sabor delicado é uma das características que o tornam tão intrigante para os amantes de queijo.

Esse queijo é produzido na região de Boulogne-sur-Mer, no norte da França, uma cidade costeira famosa por sua longa tradição na produção de queijos. A produção do Vieux Boulogne segue métodos tradicionais, que foram passados de geração em geração, e é tratada com extremo cuidado, especialmente no processo de lavagem com cerveja. O queijo, com sua forma quadrada, se destaca em qualquer queijaria, não só pelo seu aroma, mas também pela aparência distinta que a casca laranja lhe confere.

O Impacto Cultural e Social do Vieux Boulogne

O cheiro do Vieux Boulogne é tão forte que ele foi proibido de ser consumido em locais públicos na França, como transportes coletivos, pois o odor pode incomodar os outros passageiros. Além disso, o queijo tem sido tema de discussões em torno da gastronomia francesa, dividindo opiniões entre aqueles que o consideram uma verdadeira iguaria e aqueles que não conseguem suportar seu cheiro.

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Outros Queijos Famosos pelo Cheiro

Embora o Vieux Boulogne tenha sido coroado como o queijo mais fedorento, ele não está sozinho no ranking dos queijos com odores fortes. O Limburger, por exemplo, é outro queijo famoso por seu aroma pungente, especialmente na Alemanha. Produzido com leite de vaca e maturado em cavernas úmidas, o Limburger tem um cheiro que muitos descrevem como semelhante ao de pés suados. No entanto, assim como o Vieux Boulogne, o sabor do Limburger é surpreendentemente suave.

Outro exemplo é o Munster, um queijo francês que, apesar de ser mais suave em termos de sabor, possui um cheiro marcante. O processo de produção do Munster envolve lavagens regulares com água salgada, o que ajuda a desenvolver seu aroma intenso.

O Papel do Nariz Eletrônico na Ciência do Queijo

Voltando aos testes realizados pela Universidade de Cranfield, é interessante destacar o papel do chamado “nariz eletrônico” na classificação dos queijos. Esse dispositivo é uma tecnologia avançada que simula a capacidade do olfato humano de detectar e identificar diferentes odores. No caso do estudo sobre queijos, o nariz eletrônico foi essencial para medir e classificar o odor dos queijos de forma objetiva, eliminando possíveis vieses humanos. Em 2007, três anos após o primeiro teste, os cientistas de Cranfield repetiram o estudo, utilizando um nariz eletrônico ainda mais avançado, e o Vieux Boulogne manteve seu título de queijo mais fedorento do mundo.

A Fascinação Pelo Queijo ao Redor do Mundo

A cultura em torno do queijo vai além do aroma. O queijo é uma parte fundamental da culinária em várias regiões do mundo, com cada país e região oferecendo suas próprias especialidades. Na França, por exemplo, o queijo é considerado uma arte, e o país é lar de algumas das variedades mais famosas e apreciadas no mundo, incluindo o Camembert, o Roquefort e o Brie. Na Itália, temos o Parmigiano-Reggiano, conhecido como o “rei dos queijos”, enquanto na Suíça, o Gruyère é um dos preferidos em pratos tradicionais como a fondue.

O fascínio pelo queijo está intrinsecamente ligado à sua diversidade. Seja pelo sabor, textura ou até mesmo pelo cheiro, o queijo desperta paixões e curiosidade. Queijos como o Vieux Boulogne representam o extremo dessa paixão, atraindo tanto curiosos quanto verdadeiros amantes de queijo, que estão dispostos a explorar todas as facetas deste alimento, incluindo os aromas mais intensos.

Enfim, é pra quem tem coragem!

O Vieux Boulogne pode não ser o queijo mais conhecido do mundo, mas certamente é o mais famoso quando o assunto é catinga. Produzido de forma artesanal e com uma técnica única que envolve a lavagem com cerveja, ele se tornou um ícone no mundo dos queijos fedorentos. Apesar de seu aroma penetrante, ele possui um sabor surpreendentemente suave, o que o torna uma experiência única para quem se aventura a prová-lo.

Se você é um amante de queijos e gosta de explorar novos sabores e aromas, o Vieux Boulogne é uma parada obrigatória. No entanto, esteja preparado para um verdadeiro desafio olfativo. Afinal, o queijo é muito mais do que um alimento; é uma experiência sensorial completa, e o Vieux Boulogne é o exemplo perfeito de como o cheiro pode ser tão marcante quanto o sabor.
Agora pense nisso: Se na entrada ele é ruim, imagina na saída se você por ventura chamar o Raul !

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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