Nossa foto Gump do dia é esta curiosa imagem, que mostra a cafeína vista no microscópio. Se você comeu chocolate ou se bebeu café, você acaba de ingerir uma alta dose disso aí!
Esta imagem foi colorizada artificialmente a partir de uma imagem da cafeína obtida com um microscópio eletrônico. A Cafeína é um alcaloide estimulante, o mais usado no mundo, com certeza. Ela está em chás, refrigerantes, doces, energéticos (em quantidades cavalares) e até no chocolate. Hoje cerca de 90% das pessoas do mundo consomem a cafeína regularmente.
Apesar de parecer ruim, a cafeína pode ser boa pra você. Há pesquisas que mostram que a cafeína pode deixar as pessoas mais inteligentes. De acordo com um estudo de 2011 publicado na revista Nature Neuroscience, a cafeína fortalece as ligações cerebrais. Serena Dudek e colegas do Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental (NIEHS, na sigla em inglês) verificaram que os ratos que receberam doses de cafeína comparáveis a duas xícaras de café mostraram atividade elétrica mais forte entre os neurônios na parte do hipocampo chamada CA2 do que os que não receberam a cafeína. A conectividade mais intensa significa aprendizado e memória melhores.
Perigosa para gestantes
O interesse pelo estudo da cafeína começou na década de setenta, quando estudos em animais indicaram que a cafeína estaria relacionada à diminuição no crescimento intra-uterino fetal, redução do peso ao nascer, reabsorção fetal e teratogênese1,2.
Com base nesses achados, ainda na década de setenta, ocorreram os dois primeiros estudos sobre o uso da cafeína durante a gravidez, um nos Estados Unidos e outro na Alemanha. Ambos mostraram associação entre consumo de cafeína e baixo peso ao nascer (BPN), mas somente o primeiro mostrou associação com a prematuridade.
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Desde então, tem-se estudado a relação entre a cafeína e os possíveis efeitos indesejáveis durante a gravidez, sobretudo nos Estados Unidos da América (EUA), onde o Food and Drug Administration (FDA), em 1980, com base nos achados de estudos em animais, sugeriu que as mulheres grávidas evitassem ou diminuíssem o consumo de alimentos e/ou bebidas contendo cafeína.
Os resultados de estudos experimentais animais, entretanto, não podem ser aplicados à experiência humana, pois a absorção, metabolismo, excreção e toxicidade à cafeína podem ser diferentes. Além disso, muitos dos efeitos da cafeína em animais ocorreram com o uso de doses que não estão dentro do limite do consumo humano.
As fontes de cafeína e seu consumo na gravidez
As maiores fontes de cafeína são café, chá, chocolate e refrigerantes do tipo cola. Nesses alimentos o conteúdo de cafeína pode variar enormemente. O conteúdo de cafeína no café pode variar de 29 a 176mg/xícara, no chá, de 8 a 107mg/xícara, no chocolate de 5 a 10mg/xícara e no refrigerante do tipo cola de 32 a 65mg/360mL16.
O FDA, em 1980, relatou que cerca de mil drogas prescritas e 2 mil drogas não prescritas contêm cafeína, e isso pode ser uma importante fonte para uma minoria de pessoas, particularmente para aquelas que não consomem alimentos e/ou bebidas cafeinadas.
A cafeína pode ser encontrada em comprimidos para resfriados e alergias, e em analgésicos (15 a 64mg/U), moderadores de apetite (50 a 200mg/U) e estimulantes (100 a 200mg/U).
Entre drogas prescritas, a dosagem varia de 30 a 100mg de cafeína por cápsula e entre drogas não prescritas varia de 15 a 200mg por cápsula, dependendo do tipo de produto e marca envolvida, e 25 dessas drogas podem ser usadas na gravidez.
A cafeína é, provavelmente, a droga mais freqüentemente ingerida no mundo, sendo consumida por pessoas em todas as idades. O seu consumo é tão amplo que cerca de 95% das mulheres grávidas ingerem alguma cafeína, seja através da alimentação ou através de medicação.
Diversos estudos mundiais mostraram indícios claros de cafeína na alimentação das mulheres grávidas, incluindo as que estavam com dietas restritivas, o que indica que há cafeína escondida em muitas coisas que nem imaginamos.
O consumo diário per capita de cafeína, considerando todas as fontes, é cerca de 3-7mg/kg/dia, aproximadamente 200mg/dia na população geral. Entretanto, grávidas parecem consumir menos cafeína do que outros adultos, com uma redução de 20% a 22% no consumo, que decorre principalmente da redução de café fervido ou instantâneo. Essa redução pode estar relacionada a uma temporária perda do paladar para o café durante a gravidez, e também, possivelmente, em resposta a muitos relatos publicados sobre os efeitos adversos reprodutivos.
Hoje, há um uso indiscriminado da cafeína, e o gráfico abaixo nos dá uma dimensão do aumento no consumo de energéticos à base de cafeína e outros estimulantes.
Legal a matéria cara….principalmente por que eu tomo muito cafe e gosto….