Esta é a câmera pistola – da Doryu 2-16 do Japão, modelo 1955. Essa câmera possuía uma lente de 30 mm de f 2.7 ou, em alternativa, um conjunto mais sofisticado de lentes Nikkor de 25 mm de f 1.4. O suporte era uma réplica muito realista do corpo de uma pistola. Na parte da frente, onde seria o cano da arma, era colocada a câmara propriamente dita, com as lentes e as mini-bobinas com o filme, acionada pelo gatilho, obviamente.
A ideia dessa câmera surgiu como uma arma extra para a polícia, caso fosse preciso registrar o meliante cometendo o crime e assim justificar a alão policial no processo. Essa câmera foi uma melhoria da primeira, a Doryu K.K, ou Doryu 1.
O primeiro modelo, a DORYU 1, produzido em 1952, utilizava película de 9,5 mm mas logo foi abandonado por falta de robustez e pelo formato pouco comum da película. A firma desenhou então uma nova versão para película de 16 mm, que veio a ser a DORYU 2-16.
O detalhe mais gump dessa arma, é que ela usava um sistema engenhoso para o flash: no punho do aparelho entrava um carregador não de munições mas de… cartuchos de magnésio! Estes cartuchos, acionados pelo gatilho como numa arma comum, lançavam o pó de magnésio para o ar e acendia o pó. Ao queimar ele liberava uma potente luz que atuava como um flash que iluminava até 20 metros. Depois de usados, os cartuchos eram ejetados como uma vulgar munição.
Todo o processo era um pouco perigoso para o utilizador, que podia queimar-se. A DORYU 2-16 nunca chegou a ser adotada pela polícia (para quem ela foi projetada), que preferiu um produto idêntico da Mamiya. De fato, há alguns relatos de testes ao aparelho nada favoráveis, referindo a má qualidade das lentes e a pouca funcionalidade dos sistemas mecânicos, o que talvez tenha sido o motivo da sua rejeição. Mesmo assim algumas foram vendidas ao publico e ter uma dessa no japão é um puta simbolo de status.