Hoje eu descobri uma coisa muito louca. Você sabia que uma fêmea de ácaro Histiostoma murchiei – um parasita da minhoca – quando se dá conta de que não existe nenhum macho no recinto, ela CRIA DO NADA o seu parceiro?
Sim, meu amigo. Vivendo e aprendendo. Na hora do aperto, a fêmea de ácaro coloca ovos sem nenhuma fecundação, do qual inacreditavelmente eclodem filhotes machos. Estes filhotes crescem super rápido e três dias após nascerem já copulam com a mãe, e logo depois morrem. Aí sim a mãe ácaro coloca ovos que vão gerar ácaros de “longa duração”.
Eu não sei explicar como machos de vida acelerada nascem do nada só para gerar filhotes oficiais. Só sei que isso é altamente bizarro.
Fonte: Gjelstrup, P. & Hendriksen, N.B. (1991): Histiostoma murchiei Hughes and Jackson (Anoetidae) as a parasite in the cocoons of some Danish earthworms. I Schuster, R. & Murphy, P.W. (eds.): The Acari, Reproduction, development and life history strategies, Chapman and Hall: 441-445.
Cara, esse bixinho aí me lembra os Zergs do StarCraft. Eles tem uma larvinha trii parecida. :3
Tipo, pode ser besteira… Mas eu penso que, talvez ela tenha os genes dos machos, tipo (é ridiculo, eu sei, mas lá vai) “meio-hermafrodita”, saca?
Isso é normal no mundo atrópode. Muitos insetos que têm a determinação do sexo pela ploidia do filhote (haplóide == macho, diplóide == fêmea), não procurei no Google mas podia muito bem ser o caso aqui; no fundo a fêmea só estaria procurando uma forma de variar combinatoriamente seus próprios cromossomos, embora de maneira bem original (se ela produzisse filhotes apenas pela partenogênese não haveria crossing-over).
Engenhoso. Bizarro, mas engenhoso.