Uma testemunha de Jeová que se recusa há décadas a realizar uma cirurgia em sua face horrívelmente desfigurada devido a um tumor, tem nas mãos de um médico inglês e da tecnologia da Medicina uma nova esperança.
José, o nome do infeliz paciente sofre de um Hemangioma, doença que gera anormalidades nos capilares e veias de sua face, dessa forma, o que deveria ser um rio passando sangue, na face de José vira um lago, com o sangue espalhado gerando um grotesco crescimento celular para tudo que é lado.
Recusando-se terminantemente a receber uma transfusão de sangue, Jose Mestre viu o pequeno tumor que surgiu em seu lábio na adolescência crescer, crescer e se agigantar a tal ponto que toda sua face foi recoberta de uma massa amórfica. Agora o tumor tem 6kg e quase 40cm. O tumor já deixou José cego de um olho e faz da alimentação um suplício. quando o tumor começou a obstruir suas vias respiratórias os médicos concluíram que a vida de José corria risco.
Como o tumor não para de crescer e a religião de José o impede de se submeter a um proceso cirurgico, a única chance surgiu quando um novo tratamento proposto por um grupo de cirurgiões faciais, que é a aplicação de um ultrassom que coagulará o sangue antes da cirurgia. Isso permitirá que as partes do tumor sejam removidas sem risco de um pesado sangramento, o que satisfará a proibição religiosa -Uma excrescência sem pé nem cabeça, diga-se de passagem – de receber uma transfusão de sangue; fato que foi o impedimento para a cirurgia facial de José quando ele ainda tinha chances de voltar a ter uma aparência mais ou menos normal.
Meu Deus, que troço horrível! Como o cara vive com isso? Eu preferia 1000x morrer!! ô____ô
Um idiota desses merece morrer, e de um jeito pior que um cara nova nascendo por cima da antiga, tem que ser muito idiota pra ver uma coisa crescendo na sua cara até ter 6Kg e ficar esperando o que? Que Deus faça a mágica e zas. Curado.
Acreditar em Deus não é desculpa para ser burro, se Deus curasse todo mundo que tem fé muita gente não precisaria de médico, mas nem por isso, grande parte pelo menos, das outras religiões te proíbem de receber sangue, um rim ou até mesmo se alistar no exército como eles fazem.
Isso é manter o crente na rédea curta e se é disso que Deus gosta ele é um perfeito cretino.
[quote comment=””]Um idiota desses merece morrer, e de um jeito pior que um cara nova nascendo por cima da antiga, tem que ser muito idiota pra ver uma coisa crescendo na sua cara até ter 6Kg e ficar esperando o que? Que Deus faça a mágica e zas. Curado.
Acreditar em Deus não é desculpa para ser burro, se Deus curasse todo mundo que tem fé muita gente não precisaria de médico, mas nem por isso, grande parte pelo menos, das outras religiões te proíbem de receber sangue, um rim ou até mesmo se alistar no exército como eles fazem.
Isso é manter o crente na rédea curta e se é disso que Deus gosta ele é um perfeito cretino.[/quote]
A religião não o impede de realizar qualquer processo cirúrgico, e sim o aconselha a EVITAR transfusões de sangue e usar tratamentos ALTERNATIVOS. Posso citar 8 se desejarem. É uma total ignorância culpar a religião, em vez de reconhecer a falta de inteligência do cara. É fácil culpar e julgar o que você não conhece. Estudo muito várias religiões e, acreditem, de 300 que estudei essa é a que tem mais nexo no que é dito. Essa e algumas religiões orientais.
Abraços.
[quote comment=””][quote comment=””]Um idiota desses merece morrer, e de um jeito pior que um cara nova nascendo por cima da antiga, tem que ser muito idiota pra ver uma coisa crescendo na sua cara até ter 6Kg e ficar esperando o que? Que Deus faça a mágica e zas. Curado.
Acreditar em Deus não é desculpa para ser burro, se Deus curasse todo mundo que tem fé muita gente não precisaria de médico, mas nem por isso, grande parte pelo menos, das outras religiões te proíbem de receber sangue, um rim ou até mesmo se alistar no exército como eles fazem.
Isso é manter o crente na rédea curta e se é disso que Deus gosta ele é um perfeito cretino.[/quote]
A religião não o impede de realizar qualquer processo cirúrgico, e sim o aconselha a EVITAR transfusões de sangue e usar tratamentos ALTERNATIVOS. Posso citar 8 se desejarem. É uma total ignorância culpar a religião, em vez de reconhecer a falta de inteligência do cara. É fácil culpar e julgar o que você não conhece. Estudo muito várias religiões e, acreditem, de 300 que estudei essa é a que tem mais nexo no que é dito. Essa e algumas religiões orientais.
Abraços.[/quote]
Sei. ¬¬
Muuuuito nexo. Estudou várias religiões. Claaaaro, acredito. “Essa e algumas religiões orientais”: no comments pra comparação.
@ Bi
Cara, que esse senhor é um estúpido e ignorante não há duvida, mas é, geralmente, dessas pessoas mais simples de que as religiões mais se aproveitam e são também essas que vivem as doutrinas mais cegamente, até por não ter capacidade ou mesmo medo de contrariar seus vigias da torre…
Qual o papel da religião se nem ao menos tenta alivia o sofrimento de um fiel?
Se abster dos assuntos temporais e querer achar que tudo que acontece no mundo é pura obra mística e intocável por impuras mãos humanas pra mim é sinal de que algo está errado.
Bem, seja como for, se eu tivesse um tumor assim crescendo na cara e o pastor me orientasse a não operar para não ter que sofrer transfusão de sangue, eu ia mandar o pastor tomar no olho do cú.
O tal do José pode até ter fé e tal. Beleza. Mas convenhamos, é otário. Ficou igual a uma rabanada de natal porque quis.
Ou alguém aqui vai querer me convencer que sofrer uma transfusão de sangue é pior para o infeliz do que esta cara de Bife à milanesa com queijo gratinado?
@ Philipe
Valeu por estragar a graça de duas comidas de uma só vez…
nao ataquem aquilo que nao conhecem
Respondendo ao Moisés: Cara se você não acredita, o que posso fazer? Morrer por causa disto? E outra, se você não tem um hobby, então que vá procurar um, deixe que eu me divirto com o meu (estudar religiões). Reafirmo o meu comentário e anoto a sua crítica que de construtiva não tem nada. Aliás nem com o assunto discutido seu comentário tem a ver. Lamentável. Você tem 12 anos?
Ao Saburo, que construiu de maneira consciente seus argumentos:
Concordo com você até o último parágrafo. A questão é: Devemos analisar os DOGMAS da igreja e não o que OS FIÉIS julgam ser o correto. O que ocorre, Saburo, é que muitas pessoas que dizem entender uma religião, fazem interpretações distorcidas do que realmente ela defende. Nesse momento nasce o PRECONCEITO em pessoas que observam as ações desse “FIEL”. Parece fácil discutir sobre religião; não é. Conseguir diferenciar o que os fiéis te dizem sobre a religião do que realmente a “igreja” diz é, me perdoe a expressão, foda.
“Qual o papel da religião se nem ao menos tenta aliviar o sofrimento de um fiel?”
Essa pergunta é interessante. Antes de estudar a filosofia e religião oriental (calma Moisés, calma) também pensava assim. Procure a sua verdade Saburo. Algumas igrejas tentam aliviar o sofrimento humano, outras para tentar explicar tudo a nossa volta, outras encontrar a verdade nisso tudo, outras defendem outras bandeiras, etc. Não estou classificando as Testemunhas de Jeová, o Hinduísmo, o Catolicismo, Umbanda, ou qualquer outra crença.
Encerro a minha participação sobre este assunto. O que eu quis dizer com isso tudo, o colega do CFLA sintetizou bem. Antes de julgar ou atacar alguma coisa, procure estudar a respeito. Não gere um “pré-conceito” sobre algo que você não tem a mínima idéia do que seja. Poderia citar mil e um exemplos a respeito disso, mas não vou não. Não sou nenhum pastor querendo converter alguém.
Busquem a sua verdade. Ou não. Ou não há “verdade”.
Boa sorte (se você acredita). Tantos assuntos que se relacionam, tanto a comentar e tão pouca vontade em fazê-los.
See you space cowboy =)
essa religiao tem alguns principios q nao dá pra entender… #*%$, transfusao de sangue? qual o problema, é o sangue dos “infiéis porcos”?
o cara teve o que mereceu.
Alguém que entende de religião poderia explicar aqui pra nós por que as Testemunhas de Jeová não aceitam transfusão de sangue?
Deve ter uma explicação pra isso. A gente tem o direito de não concordar, de achar a idéia abilolada, mas eu sinceramente queria saber qual a justificativa das TJ pra recusar um tratamento que pode lhes salvar a vida.
Em filmes e series medicas é comum mostrar isso. Uma vez eu vi um filme onde o filho do cara é atropelado e o sujeito recusa a transfusão para salvar o próprio filho porque isso é contra a religião dele. Se não me engano, o médico usa um dispositivo da lei para expulsar o pai e faz a transfusão na marra.
Primeiramente
Não ataque e nem ridicularize aquilo que vc não conhece. Vc não é tj e portanto não sabe como uma se sente, diante das ridicularizações do mundo.
Segundo: Não obedecemos pastores. Aliás, nem temos pastores. Obedecemos a Bíblia! E ela é explícita em dizer que não se pode aceitar sangue.
As Testemunhas de Jeová e a Questão do Sangue
1 O SANGUE é vital à vida. Embora isto já seja reconhecido desde os tempos antigos, a pesquisa moderna propicia maior entendimento das suas funções sustentadoras da vida.
2 A prática de transfundir sangue humano ocupa um lugar destacado nos cuidados médicos modernos. Os que fazem parte do setor médico, e muitos outros, consideram a transferência de sangue de um humano para outro como método terapêutico aceitável.1 Mas, há pessoas que não aceitam transfusões de sangue. São as Testemunhas de Jeová.
3 As Testemunhas de Jeová prezam e respeitam profundamente a vida. Esta é uma das razões pelas quais não fumam, não usam tóxicos, nem praticam abortos. Aprenderam, pela Bíblia, a considerar a vida como sendo sagrada, algo a ser protegido e preservado, tanto para elas mesmas como para seus filhos.
4 Por que, então, as Testemunhas de Jeová objetam às transfusões de sangue? Existe alguma base racional para tal convicção, que elas sustentam até mesmo em face da morte? E é sua posição sobre o assunto totalmente incompatível com os conhecimentos e os princípios modernos da medicina?
5 Este tópico deve interessar a todos da classe médica, pois, a qualquer hora, um médico pode confrontar a questão da transfusão de sangue. Isto é bem possível, visto haver mais de dois milhões de Testemunhas de Jeová em toda a terra. É provável que algumas delas morem em sua comunidade. O que se segue foi escrito a fim de ajudar os médicos a compreender as Testemunhas de Jeová como pacientes, e para que considerem como é possível haver uma adequação razoável do conceito delas. Primeiramente examinaremos a base religiosa da posição delas. Daí, iniciando na página 17, consideraremos a ética envolvida e algumas descobertas e observações recentes, da parte de médicos habilitados, que possam ser de valor prático na solução dos problemas relativos ao uso do sangue.
6 Mesmo as pessoas que não fazem parte do setor médico são convidadas a examinar este assunto importante. A posição que as Testemunhas de Jeová assumem quanto ao sangue envolve realmente direitos e princípios que podem atingir a cada um de nós. E o conhecimento daquilo em que elas crêem, e da razão disso, ajudarão a pessoa a obter melhor entendimento desta questão que amiúde tem preocupado médicos, juristas e estudiosos da Bíblia. Quais, então, são os fatores básicos da questão?
A BASE RELIGIOSA
7 A maioria dos médicos encaram o uso do sangue como sendo essencialmente uma questão de critério médico, como as suas decisões diárias quanto ao uso de certos remédios ou processos cirúrgicos. Outros talvez encarem a posição das Testemunhas de Jeová como sendo mais uma questão de ordem moral ou legal. Talvez pensem em termos do direito à vida, da autoridade de fazer decisões sobre o próprio corpo, ou das obrigações civis do governo de proteger a vida de seus cidadãos. Todos estes aspectos têm que ver com o assunto. Todavia, a posição assumida pelas Testemunhas de Jeová é sobretudo religiosa; é uma posição baseada no que a Bíblia diz.
8 Muitos talvez se indaguem sobre a validez da declaração acima. Estão a par de que numerosas igrejas apóiam o uso do sangue, estabelecendo programas de bancos de sangue e incentivando a doação de sangue. Assim sendo, surge logicamente a pergunta:
O que diz a Bíblia sobre as criaturas humanas receberem sangue em seus corpos?
9 Até mesmo pessoas que não consideram pessoalmente a Bíblia como sendo a inspirada palavra de Deus têm de admitir que ela tem muito o que dizer sobre o sangue. Desde o primeiro livro da Bíblia até o último, menciona-se o “sangue” mais de quatrocentas vezes. Certos versículos da Bíblia são especialmente pertinentes à questão de sustentar a vida com sangue. Examinemo-los brevemente:
10 O registro bíblico mostra que, bem cedo na história da humanidade, o Criador e Dador da Vida expressou-se sobre a questão do sangue. Logo depois do dilúvio global, quando Deus concedeu pela primeira vez aos humanos o direito de comerem carne animal, ele ordenou a Noé e sua família: “Todo animal movente que está vivo pode servir-vos de alimento. Como no caso da vegetação verde, deveras vos dou tudo. Somente a carne com a sua alma – seu sangue – não deveis comer.” – Gênesis 9:3, 4.
11 Primeiro de tudo, o Criador provia um regulamento alimentar numa ocasião em que a humanidade tinha um novo começo. (Compare com Gênesis 1:29.) Deus mostrou, contudo, que, ao matar os animais para obter alimento, havia algo mais envolvido, além da dieta. Isto se dava porque o sangue duma criatura representava sua vida ou sua alma. Destarte, algumas traduções da Bíblia traduzem Gênesis 9:4 assim: “Somente não comereis da carne ainda com sua vida, isto é, o sangue.” – Tradução do Pontifício Instituto Bíblico de Roma; Almeida.
12 Assim, este regulamento divino não era simples restrição dietética, tal como o conselho dum médico a um paciente para que evite o sal ou as gorduras. O Criador vinculou ao sangue um princípio moral de suma importância. Ao derramar todo o sangue que pudesse ser razoavelmente escoado, Noé e seus descendentes manifestariam seu respeito pelo fato de que a vida procedia do Criador e dependia dele. Mas, examinemos mais este assunto.
13 O texto supracitado se aplica ao sangue animal. Será que o mesmo princípio se aplicaria ao sangue humano? Sim, com ainda maior força. Pois Deus prosseguiu dizendo a Noé: “Além disso, exigirei de volta vosso sangue das vossas almas. . . . Quem derramar o sangue do homem, pelo homem será derramado o seu próprio sangue, pois à imagem de Deus fez ele o homem.” (Gênesis 9:5, 6) Bem, se o sangue animal (representando a vida animal) tinha significado sagrado para Deus, obviamente o sangue humano tinha um significado sagrado de ainda maior valor. As pessoas que obedecessem a estas orientações divinas não derramariam o sangue dos (não matariam) humanos, nem comeriam quer sangue animal quer humano.
No entanto, era esta ordem dada a Noé apenas uma restrição limitada ou temporária? Vigora para as gerações posteriores, inclusive para a nossa?
14 Muitos peritos bíblicos reconhecem que Deus delineou aqui um regulamento que se aplicava, não apenas a Noé e sua família achegada, mas a toda a humanidade desde esse tempo – em realidade, todos os que vivem desde o Dilúvio pertencem à família de Noé. (Gênesis 10:32) Por exemplo, João Calvino, teólogo e reformador, reconheceu quanto à proibição do sangue que “esta lei foi dada ao mundo inteiro, logo depois do dilúvio”.2 E Gerhard von Rad, professor da Universidade de Heidelberg, refere-se a Gênesis 9:3, 4, como “um estatuto para toda a humanidade”, porque toda a humanidade descende de Noé.3
15 Visto que a lei sobre o sangue foi vinculada à declaração de Deus que sublinhava a alta consideração pela vida humana, podemos avaliar as observações do Rabino Benno Jacob:
“Assim, as duas proibições são da mesma classe. Constituem as exigências mais elementares de humanidade, no sentido literal da palavra. . . . A permissão de se comer carne, mas sem seu sangue, e a proibição de derramar-se sangue humano, indicam o lugar do homem dentro do mundo dos viventes . . . Em suma: a razão da proibição do sangue tem caráter moral. . . . Mais tarde, o judaísmo considerava este trecho como estabelecendo a ética fundamental para todo ser humano.” (Grifo acrescentado.)4
Com efeito, judeus posteriores compuseram, da primeira parte de Gênesis, sete “leis básicas” para a humanidade, e esta ordem dada a Noé e seus filhos sobre o sangue era uma delas.5 Sim, apesar de a maioria das nações não a seguirem, tratava-se realmente de uma lei para toda a humanidade. – Atos 14:16; 17:30, 31.
16 Mais tarde, em sua lei dada à nação de Israel, Jeová Deus proibiu o assassínio, comprovando que o mandado que ele dera a Noé ainda vigorava. (Êxodo 20:13) De forma correspondente, Deus também proibiu o consumo do sangue, afirmando:
“Quanto a qualquer homem da casa de Israel ou algum residente forasteiro que reside no vosso meio que comer qualquer espécie de sangue, eu certamente porei minha face contra a alma que comer o sangue e deveras o deceparei dentre seu povo.” – Levítico 17:10.
17 Os israelitas só tinham permissão de usar o sangue animal de uma forma. Esta era para oferecê-lo como sacrifício a Deus, reconhecendo-o como o Dador da Vida, a quem estavam endividados. Ele lhes disse: “A alma da carne está no sangue, e eu mesmo o pus para vós sobre o altar para fazer expiação pelas vossas almas, porque é o sangue que faz expiação pela alma [ou vida] nele.” – Levítico 17:11.
18 Que dizer do sangue dos animais mortos como alimento, e não para sacrifício? Deus disse a seus adoradores que o caçador que pegasse um animal selvagem ou uma ave “neste caso tem de derramar seu sangue e cobri-lo com pó. Pois a alma de todo tipo de carne é seu sangue pela alma nele. Por conseguinte, eu disse aos filhos de Israel: ‘Não deveis comer o sangue de qualquer tipo de carne, porque a alma de todo tipo de carne é seu sangue. Quem o comer será decepado da vida.'” – Levítico 17:13, 14; Deuteronômio 12:23-25.
19 Tal derramamento do sangue não era simples ritual religioso; era, em realidade, uma extensão da lei divina fornecida a Noé. Ao matar um animal, a pessoa deve reconhecer que a vida dele provém de Deus e pertence a Ele. Por não comer o sangue, mas ‘derramá-lo’ sobre o altar ou no solo, o israelita, com efeito, devolvia a vida dessa criatura a Deus.
20 Mostrar um israelita desrespeito pela vida, conforme representada pelo sangue, era considerado erro seríssimo. A pessoa que deliberadamente desconsiderasse esta lei sobre o sangue deveria ser ‘decepada da vida’, executada. (Levítico 7:26, 27; Números 15:30, 31) Certa medida de culpa resultaria de se comer até mesmo a carne, que contivesse sangue, dum animal que morresse por si mesmo ou que fosse morto por um animal selvagem. – Levítico 17:15, 16; compare com Levítico 5:3; 11:39.
Poderia a lei de Deus quanto ao sangue ser posta de lado em ocasiões de emergência?
21 A Bíblia responde que Não. Não havia nenhuma dispensa especial para tempos de grande estresse. Podemos ver isso pelo que ocorreu com alguns soldados de Israel, nos dias do Rei Saul. Famintos após longa batalha, eles mataram ovelhas e gado bovino e os ‘foram comer junto com o sangue’. Estavam famintos e não comiam deliberadamente o sangue, mas, na pressa de comer a carne, não se certificaram de que os animais fossem devidamente sangrados. Será que o fato de parecer tratar-se duma “emergência” desculpava seu proceder? Pelo contrário, seu rei designado por Deus reconheceu a ação deles como sendo ‘pecado contra Jeová, comer junto o sangue’. – 1 Samuel 14:31-35.
Será que esta aversão correta ao sangue também se aplica ao sangue humano?
22 Sim. E isso é inteiramente compreensível, pois a lei de Deus proibia o consumo de “qualquer espécie de sangue”, do “sangue de qualquer tipo de carne”. (Levítico 17:10, 14) Podemos ver como a nação judaica considerava esta lei por considerarmos um incidente que envolvia alguns dos judeus que tinham seguido e ouvido a Jesus. Em certa ocasião, ele falou figuradamente sobre ‘beber-se seu sangue’, pois sabia que, com o tempo, seu sangue seria derramado numa morte sacrificial e que isso resultaria em vida para aqueles que, com fé, aceitassem seu sacrifício. (João 6:53-58) Não compreendendo, evidentemente, que Jesus falava em sentido simbólico, alguns de seus discípulos judaicos ficaram chocados com as palavras dele e deixaram de segui-lo. (João 6:60-66) Sim, a idéia de ingerir sangue humano era completamente detestável para tais adoradores judaicos de Deus.
QUE DIZER DOS CRISTÃOS?
23 A lei mosaica apontava para a vinda e a morte sacrificial do Messias. Por isso, depois que Jesus morreu, os adoradores verdadeiros não mais estavam obrigados a cumprir a lei mosaica. (Romanos 10:4; 6:14; Colossenses 2:13, 14) As restrições dietéticas da Lei, tais como as que proibiam comer gordura ou a carne de certos animais, não eram mais obrigatórias. – Levítico 7:25; 11:2-8.
Assim, aplica-se aos cristãos a proibição divina sobre o sangue?
24 Este assunto mereceu consideração em 49 E.C., durante uma conferência dos apóstolos e anciãos de Jerusalém, que serviam como o corpo central de anciãos para todos os cristãos. A conferência foi realizada em resposta a uma questão sobre a circuncisão. Este concílio apostólico decidiu que os não-judeus que aceitaram o cristianismo não tinham de ser circuncidados. Durante a discussão, Tiago, meio-irmão de Jesus, trouxe à atenção do concílio outras coisas essenciais que ele julgou importante que incluíssem em sua decisão, a saber, “que se abstenham das coisas poluídas por ídolos, e da fornicação, e do estrangulado, e do sangue”. (Atos 15:19-21) Ele se referiu aos escritos de Moisés, que revelavam que, mesmo antes de ser dada a Lei, Deus desaprovava as relações sexuais imorais, a idolatria e o comer sangue, o que incluiria comer a carne, que continha sangue, de animais estrangulados. – Gênesis 9:3, 4; 19:1-25; 34:31; 35:2-4.
25 A decisão do concílio foi enviada, por carta, às congregações cristãs. Acha-se agora incluída na Bíblia, como parte das Escrituras inspiradas, que são proveitosas “para ensinar . . . para endireitar as coisas”. (2 Timóteo 3:16, 17) A decisão foi:
26 “Pareceu bem ao espírito santo e a nós mesmos não vos acrescentar nenhum fardo adicional, exceto as seguintes coisas necessárias: de vos absterdes de coisas sacrificadas a ídolos, e de sangue, e de coisas estranguladas, e de fornicação. Se vos guardardes cuidadosamente destas coisas, prosperareis.” – Atos 15:28, 29.
27 Sim, muito embora os cristãos não estivessem sob a lei mosaica, era “necessário” que se abstivessem do sangue. Tratava-se apenas da opinião pessoal dos apóstolos? De forma alguma. Conforme declararam, essa decisão fora feita em harmonia com o espírito santo de Deus.
28 A respeito desse decreto cristão, o Professor Walther Zimmerli, da Universidade de Gottingen, Alemanha, comentou:
“A primeira congregação cristã-judaica, na decisão relatada em Atos 15, fez uma distinção entre a Lei dada a Israel, mediante Moisés, e a ordem dada [mediante] Noé a todo o mundo.” – Zürcher Bibelkommentare.6
29 A ordem de ‘abster-se do sangue’ não era simples restrição dietética, mas era sério requisito moral, conforme visto por ser tão sério para os cristãos quanto ‘absterem-se da idolatria ou da fornicação’.
OS CRISTÃOS PRIMITIVOS E O SANGUE
30 O concílio de Jerusalém enviou esta decisão explícita às congregações cristãs, com resultados positivos. Lemos em Atos, capítulo 16, a respeito de Paulo e seus associados: “Enquanto viajavam através das cidades, entregavam aos que estavam ali, para a sua observância, os decretos decididos pelos apóstolos e [anciãos] que estavam em Jerusalém. Portanto, as congregações continuavam deveras a ser firmadas na fé e a aumentar em número, dia a dia.” – Atos 16:4, 5.
Era a decisão registrada em Atos 15:28, 29 um simples requisito temporário, e não uma obrigação que continuava a vigorar para os cristãos?
31 Algumas pessoas sustentam que o decreto apostólico não era uma obrigação permanente para os cristãos. O livro de Atos, porém, indica claramente o contrário. Mostra que, cerca de dez anos depois de o concílio de Jerusalém expedir tal decreto, os cristãos continuavam a obedecer à “decisão, de que se guardem do que é sacrificado a ídolos, bem como do sangue, e do estrangulado, e da fornicação”. (Atos 21:25) Isto mostra que estavam cônscios de que a exigência de se absterem do sangue não se limitava aos conversos gentios em certa área, nem se aplicava apenas a um curto período.
32 Mas, qual era a situação nos séculos posteriores, quando o cristianismo se difundiu a lugares distantes? Consideremos a evidência dos séculos que se seguiram à publicação do decreto registrado em Atos 15:28, 29.
33 Eusébio, escritor do terceiro século, que é considerado o “pai da história da Igreja”, relata o que ocorria em Lião (agora em França) no ano 177 E.C. Os inimigos religiosos acusaram falsamente os cristãos de comer crianças. Durante a tortura e execução de alguns cristãos, uma jovem chamada Bíblias respondeu à falsa acusação, dizendo: “Como podemos comer crianças – nós, a quem não é nem lícito comer o sangue de animais?”7
34 Acusações falsas similares moveram o teólogo latino, Tertuliano (c. 160-230 E. C.), a apontar que, embora os romanos comumente bebessem sangue, os cristãos certamente não bebiam. Escreve ele:
“Corai de vergonha pelos vossos modos desnaturais, diante dos cristãos. Nós nem mesmo temos o sangue dos animais em nossas refeições, pois estas consistem em alimentos comuns. . . . Nos julgamentos dos cristãos, oferecei-lhes chouriços cheios de sangue. Estais convictos, naturalmente, de que a própria coisa com a qual tentais fazê-los desviar-se do caminho correto lhes é ilícita. Como é, então, que, quando estais confiantes de que ficarão horrorizados diante do sangue dum animal, credes que se deliciarão ansiosamente com o sangue humano?”8
35 Também, referindo-se ao decreto de Atos 15:28, 29, ele afirma: “O interdito do ‘sangue’, nós entenderemos como sendo [um interdito] ainda mais do sangue humano.”9
36 Minúcio Félix, advogado romano que viveu até cerca de 250 E.C., frisa o mesmo ponto, escrevendo: “Evitamos tanto o sangue humano que não usamos o sangue nem mesmo dos animais comestíveis em nossa alimentação.”10
37 A evidência histórica é tão abundante e clara que o Bispo John Kaye (1783-1853) pôde declarar categoricamente: “Os Cristãos Primitivos obedeciam escrupulosamente ao decreto proclamado pelos Apóstolos em Jerusalém, de abster-se das coisas estranguladas e do sangue.”11
Mas, são os ‘cristãos primitivos’ e as Testemunhas de Jeová dos tempos modernos os únicos que adotaram tal conceito baseado na Bíblia?
38 De jeito nenhum. Comentando Atos 15:29, o perito bíblico católico, Giuseppe Ricciotti (1890-1964) se refere ao incidente de Lião (já descrito antes) como evidência de que os primitivos ‘cristãos não podiam comer sangue’. Daí, acrescenta, “mas, até mesmo nos séculos que se seguiram, até à Idade Média, encontramos ecos inesperados desta primitiva ‘abominação’ [ao sangue], devida inquestionavelmente ao decreto”.12
39 Exemplificando: O Concílio Qüinissexto, realizado em 692 E. C. em Constantinopla, declarou: “A Escritura divina nos manda abster-nos do sangue, das coisas estranguladas, e da fornicação. . . . Se alguém, daqui por diante, aventurar-se a comer de qualquer modo o sangue dum animal, se for um clérigo, que seja destituído; se for um leigo, que seja extirpado.”13 Similarmente, Otto de Bamberg (c. 1060-1139 E. C.), famoso prelado e evangelista, explicou aos conversos na Pomerânia “que não deveriam comer nenhuma coisa imunda, ou que morresse por si mesma, ou que fosse estrangulada, ou sacrificada aos ídolos, ou o sangue de animais”.14
40 Chegando mais perto de nossos tempos, Martinho Lutero também reconheceu as implicações do decreto de 49 E. C. Ao protestar contra as práticas e crenças católicas, inclinava-se a agrupar o concílio apostólico com concílios eclesiásticos posteriores, cujos decretos não faziam parte da Bíblia. Ainda assim, Lutero escreveu a respeito de Atos 15:28, 29:
“Daí, se quisermos ter uma igreja que se ajuste a este concílio (visto ser correto, uma vez que é o primeiro e o principal concílio, e foi realizado pelos próprios apóstolos), temos de ensinar e insistir que doravante, nenhum príncipe, senhor, burguês, ou campônio, coma gansos, corça, veado, ou leitão cozinhado em sangue, . . . E os burgueses e campônios têm de abster-se especialmente da morcela e do chouriço com sangue.”15
41 No século dezenove, Andrew Fuller, considerado como “talvez o mais eminente e influente dos teólogos batistas”, escreveu a respeito da proibição do sangue, de Gênesis 9:3, 4:
“Isto, sendo proibido a Noé, parece também ter sido proibido a toda a humanidade; nem deve tal proibição ser considerada como cabendo às cerimônias da dispensação judaica. Não só foi ordenada antes que tal dispensação existisse, mas também foi imposta aos cristãos gentios pelos decretos dos apóstolos, Atos XV. 20. . . . O sangue é a vida, e Deus parece reivindicá-la para si mesmo como sagrada.”16
42 Poderia o cristão pretender que o exercício do que alguns chamam de “liberdade cristã” lhe devia permitir ignorar esta proibição do sangue? Em seu livro The History of the Christian Church (A História da Igreja Cristã), o clérigo William Jones (1762-1846) responde:
“Nada pode ser mais explícito do que a proibição, Atos XV. 28, 29. Podem aqueles que alegam sua ‘liberdade cristã’ com respeito a este assunto indicar-nos qualquer parte da Palavra de Deus em que esta proibição tenha sido subseqüentemente anulada? Se não puderem, talvez nos seja permitido perguntar: ‘Com que autoridade, exceto a dele mesmo, pode qualquer das leis de Deus ser anulada?'” – P. 106.
43 A conclusão é clara: Sob a orientação do espírito santo, o concílio apostólico decretou que os cristãos que desejam ter a aprovação de Deus têm de ‘abster-se do sangue’, como Deus exige desde os dias de Noé. (Atos 15:28, 29; Gênesis 9:3, 4) Este conceito bíblico era aceito e seguido pelos cristãos primitivos, mesmo quando fazê-lo lhes custava a vida. E, através dos séculos, tal requisito tem sido reconhecido como “necessário” para os cristãos. Assim, a determinação das Testemunhas de Jeová de abster-se do sangue se baseia na Palavra de Deus, a Bíblia, e é apoiada pelos muitos precedentes na história do cristianismo.
O SANGUE COMO REMÉDIO
44 Até este ponto, estabelecemos que a Bíblia exige o seguinte: Um humano não deve sustentar sua vida com o sangue de outra criatura (Gênesis 9:3, 4) Quando se tira a vida dum animal, o sangue que representa tal vida deve ser ‘derramado’, sendo devolvido ao Dador da Vida. (Levítico 17:13, 14) E, conforme decretado pelo concílio apostólico, os cristãos devem ‘abster-se do sangue’, o que se aplica tanto ao sangue humano como ao sangue animal. – Atos 15:28, 29.
Será que estas declarações bíblicas, contudo, se aplicam à aceitação da transfusão de sangue como um processo médico que salva a vida?
45 Algumas pessoas contendem que a Bíblia proíbe a ingestão de sangue como alimento, e que isto difere fundamentalmente de se aceitar uma transfusão de sangue, um processo médico que não era conhecido nos tempos bíblicos. É válida tal posição?
46 Não se pode negar que, nos tempos bíblicos, a lei de Deus tinha aplicação específica ao consumo do sangue como alimento. A administração intravenosa de sangue não era praticada então. Mas, muito embora a Bíblia não considerasse diretamente as técnicas médicas modernas que envolvem o sangue, ela, com efeito, as antecipou e abrangeu, em princípio.
47 Note, para exemplificar, a ordem para que os cristãos persistam em ‘abster-se do sangue’. (Atos 15:29) Não se declara nada aqui que justifique uma distinção entre tomar sangue pela boca ou recebê-lo nos vasos sanguíneos. E, realmente, existe qualquer diferença básica, em princípio?
48 Os médicos sabem que uma pessoa pode ser alimentada pela boca ou intravenosamente. De forma similar, certos remédios podem ser ministrados por vários meios. Alguns antibióticos, por exemplo, podem ser tomados por via oral, em forma de cápsulas, ou injetados nos músculos da pessoa ou no seu sistema circulatório (intravenosamente). Que dizer se tivesse tomado certa cápsula de antibiótico e, por manifestar perigosa reação alérgica, fosse avisado de que deveria abster-se de tal droga no futuro? Seria razoável considerar que tal aviso médico significava que não mais poderia tomar tal droga em forma de cápsula, mas poderia injetá-la seguramente em sua corrente sanguínea? Dificilmente! O ponto principal não seria a via de administração, mas que deveria abster-se completamente desse antibiótico. Similarmente, o decreto de que os cristãos têm de ‘abster-se do sangue’ abrange de modo claro receber sangue no corpo, quer pela boca, quer diretamente na corrente sanguínea.
Quão importante é esta questão para as Testemunhas de Jeová?
49 As pessoas que reconhecem sua dependência do Criador e Dador da Vida devem estar determinadas a obedecer às suas ordens. Esta é a posição firme que as Testemunhas de Jeová assumem. Estão plenamente convictas de que é correto obedecer à lei de Deus que ordena a abstenção do sangue. Nisso, não seguem um capricho pessoal ou algum conceito fanático e sem base. É por obediência à autoridade suprema do universo, o Criador da vida, que elas se recusam a introduzir sangue em seus sistemas, quer por comê-lo, quer pela transfusão.
50 A questão do sangue para as Testemunhas de Jeová, portanto, envolve os princípios mais fundamentais sobre os quais elas, como cristãos, baseiam sua vida. Sua relação com seu Criador e Deus está em jogo. Ademais, crêem de todo o coração nas palavras do salmista: “As decisões judiciais de Jeová são verdadeiras; mostraram-se inteiramente justas. . . . Há grande recompensa em guardá-las.” – Salmo 19:9, 11.
51 Algumas pessoas que só olham para os efeitos a curto prazo de suas decisões talvez duvidem de que obedecer à lei de Deus sobre o sangue possa ser considerado ‘recompensador’. Mas as Testemunhas de Jeová estão seguras de que obedecer às orientações de seu Criador é para o seu bem duradouro.
52 Os cristãos primitivos também pensavam assim. A história mostra que sua obediência a Deus às vezes era provada ao máximo. No Império Romano, foram submetidos a grande pressão para realizar atos de idolatria ou para empenhar-se em imoralidade. Sua recusa em ceder poderia significar ser lançados na arena romana a fim de ser despedaçados por animais ferozes. Mas, tais cristãos se apegaram à sua fé; obedeceram a Deus.
53 Pense só no que isso envolvia. Para os cristãos primitivos que eram pais, a recusa de violar a lei de Deus talvez significasse a morte de seus filhos. Todavia, sabemos pela história que tais cristãos não voltaram, temerosamente e sem fé, suas costas para Deus e para os princípios segundo os quais viviam. Criam nas palavras de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem exercer fé em mim, ainda que morra, passará a viver.” (João 11:25) Por isso, apesar do custo imediato, tais cristãos obedeceram ao decreto apostólico de abster-se das coisas sacrificadas aos ídolos, da fornicação e do sangue. A fidelidade a Deus significava tanto assim para eles.
54 Hoje em dia, também significa tanto assim para as Testemunhas de Jeová. Elas sentem corretamente uma obrigação moral de fazer decisões, quanto à adoração, para si mesmas e para seus filhos. Por esse motivo, as Testemunhas de Jeová não pedem a outrem, quer seja um médico, um administrador hospitalar ou um juiz, que faça tais decisões morais por elas. Não desejam que outrem tente assumir sua responsabilidade perante Deus, pois, na realidade, nenhuma outra pessoa pode fazê-lo. Trata-se duma responsabilidade pessoal do cristão para com seu Deus e Dador da Vida.
É A RECUSA UMA FORMA DE SUICÍDIO?
55 Em face de maciça perda de sangue, resultante de ferimentos, de doença ou de complicações cirúrgicas, amiúde se têm ministrado transfusões de sangue na tentativa de preservar a vida. Por isso, quando as pessoas ouvem dizer que alguém recusa uma transfusão de sangue, talvez imaginem que, na realidade, está tirando sua própria vida. Dá-se isso realmente?
É “suicídio” ou exercer o “direito de morrer” recusar alguém uma transfusão de sangue?
56 O suicídio é tentar tirar a própria vida. É uma tentativa de autodestruição. Mas, qualquer pessoa que esteja mesmo de leve familiarizada com as crenças e práticas das Testemunhas de Jeová pode ver que elas não tentam autodestruir-se. Embora recusem transfusões de sangue, acolhem a assistência médica alternativa. Um artigo publicado em The American Surgeon (O Cirurgião Estadunidense) comentava de modo correto:
“Em geral, a recusa de cuidados médicos não equivale ao ‘suicídio’. As Testemunhas de Jeová procuram assistência médica, mas recusam somente uma faceta dos cuidados médicos. A recusa dos cuidados médicos ou de partes deles não é um ‘crime’ cometido contra si mesmo por um ato evidente do indivíduo de destruir-se, como é o suicídio.” (Grifo acrescentado.)17
O Professor Robert M. Byrn indicou em Fordham Law Review (Sinopse Jurídica de Fordham) que ‘rejeitar a terapia salvadora e tentar o suicídio são tão diferentes na lei como são as maçãs das laranjas’.18 E, falando a uma conferência médica, o Dr. David Pent, do Arizona, EUA, comentou:
“As Testemunhas de Jeová acham que, caso morram por causa de sua recusa de receber uma transfusão de sangue, morrem devido às suas crenças, quase da mesma forma que os primitivos mártires religiosos o fizeram séculos atrás. Se isto é suicídio médico passivo, há vários médicos na assistência, agora mesmo, que fumam cigarros, isso provavelmente constitui um suicídio igualmente passivo.”19
57 Que dizer da idéia de que, ao recusarem as transfusões, as Testemunhas de Jeová exercem seu “direito de morrer”? A realidade é que as Testemunhas de Jeová desejam continuar vivas. É por isso que procuram assistência médica. Mas, não podem violar e não violarão suas convicções religiosas arraigadas, e baseadas na Bíblia.
58 Os tribunais de justiça amiúde têm sustentado o princípio de que toda pessoa tem direito à sua integridade física, querendo dizer que, em última análise, a própria pessoa é responsável de decidir o que será feito com seu corpo. Realmente, não é assim que gostaria que acontecesse, caso ficasse doente ou fosse hospitalizado? Visto que é a sua vida, a sua saúde e o seu corpo, não deveria ter a palavra final quanto a se algo lhe será feito ou não?
59 Há conseqüências lógicas deste conceito inteligente e de senso moral. Um folheto publicado pela Associação Médica Americana explica: “O paciente tem de ser o árbitro final quanto a se correrá os riscos do tratamento ou da operação recomendada pelo médico, ou se se arriscará a viver sem tal. Este é o direito natural da pessoa, que a lei reconhece.” “Um paciente tem o direito de negar seu consentimento ao tratamento salvador. Assim sendo, pode impor os termos, as condições, e os limites que deseje, ao dar seu consentimento.”20
60 Isto se aplica à transfusão de sangue, assim como a qualquer outro “tratamento salvador”. O Dr. jur. H. Narr, de Tübingen, Alemanha, declarou: “O direito e o dever de curar do médico é limitado pela liberdade básica do homem, de autodeterminação com respeito a seu próprio corpo. . . . O mesmo se dá com outra intervenção médica, daí, também, com a recusa da transfusão de sangue.”21
61 Compreensivelmente, algumas pessoas ficam abaladas diante da idéia de alguém recusar sangue, caso isso possa ser perigoso ou até mesmo fatal. Muitos acham que a vida é a coisa principal, que a vida deve ser preservada a todo custo. Na verdade, a preservação da vida humana é um dos interesses mais importantes da sociedade. Mas, deve isto significar que “preservar a vida” vem antes de todo e qualquer princípio?
62 Em resposta, Norman L. Cantor, Professor Adjunto da Faculdade de Direito de Rutgers, EUA, indicou:
“A dignidade humana é ressaltada por se permitir que o indivíduo determine por si mesmo por que crenças vale a pena morrer. Através das eras, uma multidão de causas nobres, religiosas e seculares, têm sido consideradas como dignas do auto-sacrifício. Por certo, a maioria dos governos e das sociedades, inclusive a nossa, não consideram a santidade da vida como sendo sempre o valor supremo.”22
O Sr. Cantor citou como exemplo o fato de que, durante as guerras, alguns homens voluntariamente enfrentaram ferimentos e a morte ao lutar pela “liberdade” ou pela “democracia”. Será que seus concidadãos encararam tais sacrifícios, a bem de princípios, como sendo moralmente errados? Será que suas nações condenaram tal proceder como ignóbil, visto que alguns dos que morreram deixaram viúvas e órfãos que precisavam de cuidados? Acha que os advogados ou os médicos deveriam ter obtido mandados judiciais para impedir que tais homens fizessem sacrifícios em prol de seus ideais? Daí, não é óbvio de que a disposição de correr riscos por causa de princípios não é exclusividade das Testemunhas de Jeová e dos cristãos primitivos? O fato é que tal lealdade a princípios tem sido altamente respeitada por muitos.
63 Também, vale a pena tornar a enfatizar que, embora as Testemunhas de Jeová não aceitem transfusões de sangue, acolhem tratamentos alternativos que podem ajudá-las a continuar vivendo. Por que, então, deveria alguém insistir e até mesmo impor certa terapia que viola totalmente os princípios e as mais profundas crenças religiosas duma pessoa?
64 Todavia, isso tem acontecido. Alguns médicos ou administradores hospitalares até mesmo recorreram aos tribunais para obter autorização legal de impor sangue a uma pessoa. A respeito dos que seguiram este proceder, o Dr. D. N. Goldstein escreveu em The Wisconsin Medical Journal (Revista Médica de Wisconsin), EUA:
“Os médicos que assumem esta posição negaram os sacrifícios de todos os mártires que glorificaram a história com sua suprema devoção aos princípios mesmo ao custo de sua própria vida. Pois os pacientes que preferem a morte certa a violar um escrúpulo religioso são da mesma massa que os que pagaram com sua vida pela fé em Deus, ou que foram para a estaca ao invés de aceitar o batismo [forcado]. . . . O nosso dever é salvar vidas, mas, bem que podemos questionar se não temos também o dever de salvaguardar a integridade e preservar os poucos gestos de autenticidade pessoal que continuam a ocorrer em uma sociedade cada vez mais arregimentada. . . . Nenhum médico deve procurar obter assistência legal para salvar um corpo por destruir uma alma. A vida do paciente pertence a ele mesmo.”23
O PAPEL DO MÉDICO
65 Já vimos que, por causa de suas fortes crenças religiosas, as Testemunhas de Jeová evitam tanto o alimento que contenha sangue como o sangue ministrado como terapêutica. Mas, como é que tal posição influi em outros, tais como nos médicos que tratam pacientes que são Testemunhas?
66 Os médicos estão dedicados a salvar ou prolongar a vida. Essa é sua profissão. Por conseguinte, quando um médico acostumado a considerar a transfusão de sangue como prática normal está tratando dum paciente que está gravemente enfermo ou que tenha perdido muito sangue, talvez ache angustiante saber que o paciente recusa o sangue. Ao passo que a consciência biblicamente treinada do paciente não permite a transfusão de sangue, o médico, também, tem sua consciência, e segue uma ética que lhe é extremamente importante.
Deve o médico seguir sua própria formação e suas próprias convicções médicas caso ache que uma transfusão de sangue, embora recusada pelo paciente, é necessária para salvar a vida de tal pessoa?
67 Não resta dúvida de que, em tais casos, existe uma situação delicada. Mas, cada um de nós pode perguntar: Caso eu estivesse numa situação em que houvesse um conflito entre a minha consciência, como paciente, e a convicção sincera dum médico que me tratasse, que proceder acho eu que deveria ser seguido? Considere as observações feitas pelo Dr. William P. Williamson, no Primeiro Congresso Nacional de Ética e Profissionalismo Médicos:
“Por certo, o primeiro pensamento do médico tem de estar voltado para o bem-estar do paciente. Visto que a vida é uma dádiva do Criador para o indivíduo, a decisão primária cabe de direito ao paciente, visto que o paciente é o depositário de tal dádiva. . . . O médico deve tratar o paciente segundo os ditames da religião do paciente, e não impor suas próprias convicções religiosas ao paciente.” (Grifo acrescentado.)24
68 Há outra razão, uma razão legal, para não se desprezar a consciência do paciente. Conforme o Professor Byrn escreveu em Fordham Law Review: “. . . Não quero dizer que o médico esteja limitado pela opção do paciente a fazer algo contrário à consciência do médico. . . . Quero realmente dizer que o paciente não está limitado pela consciência do médico a fazer algo contrário à opção do paciente, e, por conseguinte, que o médico poderá ter o direito e a opção de não fazer nada. A lei do consentimento esclarecido não teria nenhum significado se a opção do paciente fosse subserviente ao critério médico consciencioso.” (Grifo acrescentado.)25
69 Existe a possibilidade de que um médico nesta situação ‘não faça nada’, isto é, se retire do caso; mas, é essa a única alternativa? Em seu artigo “Processos de Emergência Cirúrgica de Testemunhas de Jeová Adultas”, o Dr. Robert D. O’Malley comentou: “A recusa do paciente em aceitar a transfusão de sangue não deve ser usada como desculpa para ser abandonado pela classe médica.”26
70 O que, então, poderia fazer o médico? O Dr. J. K. Holcomb declarou num editorial duma revista médica:
“Não há dúvida de que nós, como médicos, nos sentimos frustrados, e até mesmo irados, quando um paciente obstinado recusa aceitar o que consideraríamos o regime preferível de terapia. Mas, será que deveríamos honestamente sentir-nos assim quando o paciente cita uma crença religiosa como a base de sua relutância em aceitar determinado tratamento? Se formos honestos com nós mesmos, admitiremos que nos contentamos com algo inferior ao tratamento ideal no caso de muitos pacientes em nossa clínica cotidiana. . . . Se podemos fazer isto por respeito às nossas convicções médicas, não deveríamos nós, da mesma forma, estar dispostos a fazer o melhor que podemos quando as convicções de um paciente, especialmente as religiosas, impedem-nos de oferecer o que consideraríamos a forma desejável de terapia? Em geral, os pacientes que têm razões religiosas para não aceitar transfusões de sangue, etc., estão cônscios dos riscos médicos envolvidos em sua decisão, mas estão dispostos a correr esses riscos e pedem apenas que façamos o melhor que pudermos.”27
71 Há outra ponderação quanto ao aspecto moral do assunto. John J. Paris, Professor-Adjunto de Ética Social, indicou: “Há grande consenso, tanto na comunidade médica como na moral, de que a pessoa não tem nenhuma obrigação moral de submeter-se ao tratamento médico ‘extraordinário’. E, se o paciente não tem nenhuma obrigação moral de submeter-se ao tratamento ‘extraordinário’ – não importa quão comum seja no exercício regular da medicina – tampouco tem o médico qualquer obrigação moral de fornecê-lo; nem o juiz de ordená-lo.”28 Para as Testemunhas de Jeová, que pautam sua vida pela Bíblia, as transfusões de sangue certamente são um tratamento “extraordinário”. Com efeito, são moralmente proibidas.
COOPERAÇÃO ENTRE PACIENTE E MÉDICO
72 Todos os interessados neste assunto podem estar certos de que as Testemunhas de Jeová não são fanáticos que se opõem aos cuidados médicos. Lembre-se de que Lucas, que escreveu o relato bíblico do decreto contrário ao sangue, era ele próprio um médico. (Colossenses 4:14) Assim, quando as Testemunhas de Jeová ficam doentes ou sofrem um acidente, não esperam que ocorra alguma “cura pela fé” milagrosa. Antes, procuram socorros médicos. Nisso, não tentam ditar aos médicos como exercer a medicina ou até mesmo como lidar com seu problema específico. A única coisa que solicitam coerentemente aos médicos é que não se use sangue.
73 As Testemunhas têm elevado respeito pela formação profissional e pelas habilitações das pessoas do setor médico. Apreciam sinceramente os médicos que usam sua perícia para tratar um paciente, mas, que o fazem segundo as crenças conscienciosas do paciente. As Testemunhas reconhecem que é preciso coragem para um médico operar sem estar livre para usar sangue. Também, é preciso certa medida de coragem para contrariar os conceitos dos seus contemporâneos médicos e concordar em exercer a medicina sob condições que possam ser consideradas como abaixo das ideais, em sentido médico.
74 Naturalmente, as Testemunhas de Jeová estão cônscias de que certos processos cirúrgicos talvez envolvam tanta perda de sangue que um médico talvez creia honestamente que não possam ser realizados nos termos que as Testemunhas apresentam. A maior parte da cirurgia, contudo, pode ser realizada sem sangue. É verdade que os médicos talvez achem que, por não usarem sangue, a operação se torna mais perigosa. Mas, as Testemunhas estão dispostas a enfrentar tais riscos aumentados, com a corajosa ajuda de médicos peritos.
75 Durante um painel realizado na Universidade de Pensilvânia, EUA, o Dr. William T. Fitz relatou um caso interessante. Envolvia um paciente de 34 anos que sangrava gravemente devido a um tumor no cólon. O rapaz, uma das Testemunhas de Jeová, disse aos médicos que “se submeteria de bom grado a qualquer processo cirúrgico, conquanto não lhe dessem sangue”. Os médicos concordaram em operá-lo, prometendo que não ministrariam sangue. Durante a operação, e depois dela, a perda de sangue foi tão grande que a taxa de hemoglobina do paciente, que normalmente é de 14 ou 15 gramas, caiu para 2,4 gramas. Mas, ele não morreu. Ao invés, sua condição se estabilizou e, daí, seu hematócrito aumentou. Comentando a promessa dos médicos de não lhe ministrar sangue, o Dr. Francis Wood, Diretor do Departamento de Medicina, disse: “Acho que tinham perfeito direito de prometer. O rapaz iria morrer se não o operassem. Ele tinha alguma possibilidade de ficar bom em resultado da operação sem transfusão de sangue; portanto, acho que estavam perfeitamente justificados em lhe dar tal oportunidade, nos próprios termos dele.”29
LIVRAR OS MÉDICOS DA RESPONSABILIDADE
76 Os médicos acham-se em posição difícil ao tratar de qualquer caso grave, pois deixar de usar todos os recursos disponíveis talvez os envolvam num processo de erro médico. As Testemunhas de Jeová, contudo, estão dispostas a assumir a responsabilidade de sua recusa em aceitar a transfusão de sangue. Assinarão termos de responsabilidade que livrarão a equipe médica e o hospital de qualquer responsabilidade quanto a processos, no caso em que os danos sejam atribuídos a operarem sem sangue.
77 A Associação Médica Americana recomendou um formulário intitulado “Recusa de Permitir a Transfusão de Sangue” para os pacientes que não querem aceitar sangue devido a crenças religiosas. Reza: “Eu (Nós) solicito(amos) que nenhum sangue ou derivados de sangue sejam ministrados a ……………….. durante esta hospitalização, não importa que tal tratamento possa ser considerado necessário, na opinião do médico que cuida do caso ou de seus assistentes, a fim de preservar a vida ou promover a recuperação. Eu (Nós) isento(amos) o médico que cuida do caso, seus assistentes, o hospital e sua equipe, de qualquer responsabilidade quanto a quaisquer resultados indesejáveis devido à minha (nossa) recusa de permitir o uso do sangue ou de seus derivados.”30 Este documento deve ser datado e assinado pelo paciente e pelas testemunhas presentes. Um parente próximo, tal como um cônjuge ou genitor (no caso dum filho menor) também poderia assinar o formulário.
78 A disposição das Testemunhas de Jeová de assumir a responsabilidade pessoal no que tange à sua posição sobre o sangue é indicada ainda mais pelo fato de que a maioria delas carrega um cartão assinado que solicita “Não Admito Transfusão de Sangue!” Tal documento reconhece que o portador compreende e aceita as implicações da recusa do sangue. Assim, mesmo que esteja inconsciente ao ser levado a um médico ou hospital, esta declaração assinada torna clara a sua posição firme.
Poderia um médico ou um hospital ser responsabilizado criminalmente se não der sangue?
79 Um artigo no University of San Francisco Law Review (Sinopse Jurídica da Universidade de São Francisco) considerou este ponto, com relação aos Estados Unidos. Explicou que o Ministro Warren Burger, que se tornou o Ministro Presidente do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, disse que um processo de erro médico “pareceria sem base” no caso em que se havia assinado um termo de responsabilidade. Continuava o artigo:
“A possibilidade dum processo criminal é ainda mais remota. Um comentarista que pesquisou a literatura relatou: ‘Não consegui encontrar nenhuma autoridade para a declaração de que o médico incorre . . . em responsabilidade criminal por deixar de impor uma transfusão a um paciente não disposto.’ O risco parece ser mais o produto duma mente legal fértil do que uma possibilidade realística.”31
80 A respeito da situação na Inglaterra, Emergencies in Medical Practice (Emergências no Exercício da Medicina) dizia: “Se se deixou bem clara a posição perante o paciente, e ele morrer sem ser transfundido, não se pode mover nenhum processo contra o médico, pois nenhum paciente é obrigado a preservar sua vida pelo uso de medidas especiais ou extraordinárias.”32
81 Um médico que espera operar um paciente desejará, naturalmente, explicar de forma clara quais são os possíveis riscos de recusar sangue. Mas, uma vez tenha feito isso, o médico não precisa sentir nenhuma obrigação moral de aprofundar-se no assunto. Por certo, seria falta de ética tentar “cansar” ou atemorizar o paciente a submeter-se a isso, quando ele decidiu resolutamente não aceitar sangue.
82 Visto que as Testemunhas de Jeová voluntariamente assumem a responsabilidade de sua decisão, os médicos ficam legal e, com efeito, moralmente livres de qualquer obrigação de insistir em dar sangue. E é assim que muitos médicos de ética e sinceros preferem que seja. “Não se pode avisar com demasiada insistência do perigo de se enfraquecer o direito humano de autodeterminação, inclusive o do paciente”, escreveu o cirurgião G. Haenisch, de Hamburgo, Alemanha. “A concessão de autoridade para que o médico realize um tratamento que considera correto, embora seja contrário à vontade do paciente, deve ser rejeitada de forma intransigente.” – Deutsche Medizinische Wochenschrift.33
83 Em vista deste direito humano, as publicações legais e médicas em alguns países avisam repetidas vezes que a administração duma transfusão contra a vontade dum paciente poderia tornar o médico (ou a equipe hospitalar) criminalmente responsável a um processo de agressão qualificada ou a um justificado processo de erro médico.
O que dizer de se ministrar o sangue sem contar ao paciente, talvez quando ele estiver inconsciente?
84 Muitos médicos sinceros acham que, em algumas situações, tais como no câncer terminal (fase final), é bondoso não dar ao paciente informações plenas sobre seu quadro clínico. Ao passo que talvez haja opiniões variadas sobre o acerto de se reter pormenores do quadro clínico dum paciente, isso é bem diferente de um médico ministrar deliberadamente um tratamento que sabe que o paciente proibiu. Escrevendo no New York State Journal of Medicine (Revista Médica do Estado de Nova Iorque), o Dr. Bernard Garner e seus colegas sublinharam tal ponto. Reconheceram que, às vezes, um médico tem deixado que um paciente que é Testemunha fique inconsciente e então lhe dado sangue, talvez imaginando: ‘O que ele não sabe não lhe fará mal.’ Mas, concluíram de modo enfático: “Embora o motivo possa ser altruísta, isto seria muitíssimo repugnante, em sentido ético.”34
85 Por que isto se dá foi esclarecido por Marcus L. Plante, Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Michigan, EUA. Ele escreveu que “o médico mantém uma relação fiduciária [uma baseada em confiança] com seu paciente, e tem obrigação absoluta de jamais enganar o paciente, por palavras ou pelo silêncio, quanto à natureza e ao caráter do processo médico que propõe utilizar”.35
86 Ademais, em algumas localidades, caso o médico prometa não dar sangue e então, sub-repticiamente o faça, isso é legalmente errado. Por exemplo, na Medical Tribune da Alemanha Ocidental foi indicado que “nada muda quando o paciente fica inconsciente”. Isto se dá porque a ‘recusa de aceitar uma transfusão de sangue, uma vez expressamente declarada por um paciente capaz, também é válida caso ele fique inconsciente’.36 Ressaltando o assunto com mais ênfase, declarou a Suprema Corte de Kansas, EUA:
“. . . Cada homem é considerado dono de seu próprio corpo, e ele pode, se goza de sanidade mental, proibir expressamente a realização duma cirurgia que salve a vida, ou outro tratamento médico. Um médico bem que pode crer que certa operação, ou forma de tratamento, é desejável ou necessária, mas a lei não lhe permite substituir o julgamento do paciente pelo seu próprio, por nenhuma forma de artifício ou de engano.” (Grifo acrescentado.)37
87 Por conseguinte, ministrar enganosamente uma transfusão de sangue a uma das Testemunhas de Jeová é contrário à ética profissional dos médicos de boa moral. Isso poderia tornar um médico passível dum processo legal.
RESPEITO PELA RESPONSABILIDADE PARENTAL
88 É provável que o aspecto desse assunto mais altamente carregado de emoções envolva o tratamento duma criança. Todos nós compreendemos que as crianças precisam de cuidado e de proteção. Os genitores tementes a Deus, em especial, avaliam isso. Amam profundamente seus filhos e sentem vividamente sua responsabilidade, dada por Deus, de cuidar deles e de fazer decisões em favor do bem-estar duradouro deles. – Efésios 6:1-4.
89 Também a sociedade reconhece a responsabilidade parental, admitindo que os genitores são os primariamente autorizados a cuidar de seus filhos e de fazer decisões por eles. Logicamente, as crenças religiosas da família têm que ver com isso. Os filhos são certamente beneficiados se a religião de seus pais sublinha a necessidade de se cuidar deles. Isto se dá com as Testemunhas de Jeová, que de nenhum modo desejam negligenciar seus filhos. Reconhecem que é sua obrigação, dada por Deus, prover alimento, roupa, abrigo e cuidados médicos para eles. Ademais, o genuíno apreço da necessidade de fazer provisões para os filhos também exige inculcar-lhes a boa moral e o respeito pelo que é correto. Como já foi mencionado, os cristãos primitivos eram exemplares nisso; os pais não só ensinavam a seus filhos, mas também viviam pessoalmente segundo os princípios morais que proclamavam. A história relata que famílias inteiras às vezes ficaram expostas à morte nas arenas romanas porque os pais não violavam suas crenças conscienciosas.
90 Todos estamos a par de que a falta de ensino e exemplo moral dos pais contribui para que muitos jovens, hoje, não possuam quaisquer valores básicos; não acham nada demais pôr em perigo sua saúde e sua vida, bem como a vida de outros, numa busca irrestrita de emoções. Não é muito melhor que os jovens tenham genitores que promovam a boa moral e o respeito pelos princípios elevados? Os pais que são Testemunhas de Jeová mostram grande amor a seus filhos, bem como a Seu Deus, por usarem a Bíblia para ajudar os filhos a se tornarem pessoas de boa moral. Assim, quando tais filhos crescem o suficiente para saber o que a Bíblia ensina sobre o sangue, eles mesmos apóiam a decisão de seus pais de ‘abster-se do sangue’. – Atos 15:29.
Precisa um médico achar que tem de transfundir sangue em uma criança, apesar da vontade resoluta dos pais, e talvez até mesmo da própria criança?
91 Francamente, em vista do bem-reconhecido direito da responsabilidade parental, a posição moral, baseada em princípios e coerente dum médico é reconhecer a responsabilidade de os pais amorosos e preocupados fazerem decisões para seus filhos menores.
92 Neste particular, o Dr. A. D. Kelly, Secretário da Associação Médica Canadense, escreveu que “os pais de menores, e o parente próximo de pacientes inconscientes, possuem o direito de interpretar a vontade do paciente, e deveríamos aceitar e respeitar seus desejos. . . . Não admiro os trâmites dum tribunal simulado, convocado às 2 horas da madrugada, para retirar uma criança da custódia de seu genitor”.38
93 Alguns membros da classe médica e jurídica reconhecem que um adulto capaz tem o direito de recusar uma transfusão de sangue. Mas, sustentam que, se os pais recusam a permissão para seu filho, a transfusão deve ser imposta por mandado judicial. Tal posição, contudo, carece de coerência e harmonia fundamentais, conforme indicado pelo periódico Forensic Science (Ciência Forense):
“Devemos, então, presumir que os tribunais se dispõem a designar para os filhos uma religião diferente da de seus pais, quando as estatísticas mostram que a maioria absoluta dos filhos são criados, e deveras seguem, a mesma denominação religiosa de seus pais? Não eqüivaleria isso também ao cerceamento dos direitos religiosos dos filhos, por parte dos tribunais, os mesmos direitos que o tribunal tenta proteger para os adultos, de acordo com a Primeira Emenda [da Constituição dos EUA], por não permitirem a transfusão quando o adulto tiver objeções? Não estão os tribunais, em essência, designando uma religião aos filhos, se negam as transfusões por motivos religiosos, para os adultos, e as permitem para os filhos desses mesmos adultos?”39
94 Existe, não raro, outra crassa incoerência moral em impor uma transfusão de sangue a uma criança cujos pais solicitaram que fossem usados outros tratamentos médicos. Em alguns hospitais, os médicos em uma sala talvez imponham uma transfusão a uma criança. Todavia, numa sala vizinha, outros médicos talvez estejam realizando abortos legais, acabando com vidas apenas alguns meses mais jovens do que a criança a quem se impõe sangue ‘para salvar uma vida’. Isto tem levado as pessoas refletidas a imaginar se ‘preservar a vida’ é sempre a verdadeira questão por trás de transfusões impostas.
95 Considere as implicações do tratamento médico ordenado pelo Estado, que remove à força o direito da responsabilidade parental. Na Escócia, A. D. Farr, conferencista universitário sobre técnicas de transfusão de sangue, escreveu a respeito de impor transfusões a adultos e crianças:
“A decisão superior contrária, com respeito a uma crença religiosa minoritária, se estende à decisão superior contrária ao inteiro princípio de que se permite que um adulto aceite ou rejeite determinada forma de tratamento médico. . . . O Estado está gradualmente assumindo a função decisória do indivíduo. É deste modo que os países livres deixam de ser livres e se tornam totalitários. Foi deveras a tomada das crianças alemãs para o movimento da Juventude Hitlerista que a liberdade e a privatividade foram finalmente suprimidas na Alemanha Nazista. Não se trata de simples especulação fantasiosa. A liberdade é uma possessão preciosa e comparativamente rara, a ser zelosamente guardada naqueles países em que ela existe. Qualquer cerceamento da liberdade individual já é excessivo.”40
96 Adicionalmente, mesmo que o médico creia sinceramente que a criança precisa duma transfusão de sangue, significa isso que nenhum outro tratamento serviria? Ou significa, ao invés, que ele acha que uma transfusão oferece mais possibilidade de êxito do que os tratamentos alternativos? Neste sentido, um conselho de juízes dos Estados Unidos da América escreveu em “Orientações Para o Juiz em Caso de Mandados Médicos Que Atinjam Crianças”:
97 “Se existir a opção de processos – se, por exemplo, o médico recomenda certo processo que tenha 80 por cento de possibilidades de êxito, mas que os genitores desaprovam, e os genitores não tenham objeção a certo processo que só tenha 40 por cento de possibilidades de êxito – o médico precisa seguir o proceder mais arriscado, do ponto de vista médico, mas que não inclui objeções por parte dos pais.”41
98 Estes magistrados também afirmaram que “o conhecimento médico não é suficientemente adiantado para habilitar um médico a predizer, com razoável certeza, que seu paciente viverá ou morrerá, ou que sofrerá permanente deficiência ou deformação física”. Não existe muita verdade nisso? Não sublinham as autoridades médicas que, no máximo, só podem dizer o que parece provável que aconteça? Assim sendo, muitos médicos e cirurgiões respeitados cooperam com as Testemunhas de Jeová, provendo excelentes tratamentos médicos tanto para jovens como para idosos, ao passo que respeitam suas convicções sobre o sangue, alicerçadas na Bíblia.
TRATAR O “HOMEM INTEIRO”
99 O pessoal do setor médico avalia cada vez mais que é importante lidar com um paciente como um “homem inteiro” ou “como um todo”. O que precisa de tratamento não é apenas uma tireóide ou um fígado, mas a pessoa inteira, uma criatura humana com sentimentos e crenças que, em realidade, podem influir em sua resposta ao tratamento. Num editorial do Texas Medicine, o Dr. Grant F. Begley escreveu que “quando eu trato uma doença que influi no corpo, na mente, e no espírito da pessoa sob meus cuidados, é o que ela crê que é importante. São as crenças dela, e não as minhas, que a fazem sentir medo, dúvida e culpa. Se meu paciente não crê nas transfusões de sangue, não importa o que eu creio sobre elas”.42
100 Tratar o “homem como um todo” é tanto humano como prático, em vista dos resultados trágicos que podem advir de se agir de outra forma. “O médico perceptivo”, instou o Dr. Melvin A. Casberg em The Journal of the American Medical Association, “tem de estar cônscio destas facetas separadas, mas inter-relacionadas, do corpo, da mente e do espírito, e avaliar que a cura do corpo em face duma mente ou dum espírito esfacelado não é senão uma vitória parcial, ou, até mesmo, completa derrota”.43
101 Um médico segue assim o proceder sábio e trata o “homem inteiro” quando mostra respeito pelas convicções religiosas de seu paciente quanto ao uso do sangue.
É DESARRAZOADA EM SENTIDO MÉDICO A POSIÇÃO DELAS?
102 Muito embora a objeção básica das Testemunhas de Jeová às transfusões de sangue seja por motivos religiosos, muitos consideram tal posição como desarrazoada do ponto de vista médico. Mas, será que é? Visto que a posição das Testemunhas quanto ao sangue se relaciona a uma questão médica, há proveito em se examinar brevemente as implicações médicas de se recusar o sangue.
103 Apenas nos Estados Unidos, no Japão e em França, cerca de 15 milhões de unidades (500 cc. cada uma) de sangue são transfundidas cada ano. É apropriado perguntar: É todo esse sangue ministrado porque é necessário para salvar vidas?
104 A conclusão tirada por 800 médicos europeus, reunidos em Paris, era a de que “o sangue mui amiúde é considerado um ‘tônico milagroso’ fornecido ao paciente, quer ele precise dele quer não”. Tais médicos desaprovaram, em especial, as transfusões de uma só unidade, que eles disseram ser “inúteis em 99 dentre 100 casos”.44 Um estudo feito nos Estados Unidos sugeria que 72 por cento das transfusões em alguns lugares são ‘desnecessárias ou questionáveis’.45
105 O Dr. Rune Eliasson, de Estocolmo, Suécia, aventou a opinião de “que muitos médicos, talvez desorientados pelo poder da palavra sobre a mente, permitiram-se ficar facilmente cegados pelo halo que eles próprios colocaram em torno da transfusão de sangue, a ponto de não poderem ver as vantagens e as desvantagens desta forma de tratamento em sua perspectiva correta”.46
106 Quer concorde quer não com as razões religiosas pelas quais as Testemunhas de Jeová não aceitam transfusões de sangue, as “vantagens e desvantagens desta forma de tratamento” merecem consideração. Isto se dá, em especial, visto que alguns juízes, ao considerarem as transfusões, recomendaram que os desejos dum paciente quanto ao tratamento alternativo fossem seguidos, se houvesse claro risco associado ao tratamento padrão.
O SANGUE – COMPLEXO E ÍMPAR
107 Ao passo que alguns talvez chamem prontamente a rejeição do sangue de “suicida”, um enfoque razoável do assunto exige que se reconheça que há incertezas e até mesmo perigos inerentes à transfusão de sangue.
108 Os médicos sabem que o sangue é extremamente complexo. Isto se manifesta até mesmo na questão dos tipos sangüíneos. As obras de referência declaram que há cerca de quinze a dezenove sistemas de grupos sangüíneos conhecidos. Quanto a somente um deles, o sistema do grupo sangüíneo Rh, recente livro sobre o sangue disse que “no tempo atual, cerca de trezentos tipos diferentes de Rh podem ser teoricamente reconhecidos”.47
109 Outra faceta da complexidade e qualidade ímpar do sangue de cada pessoa é a variedade de anticorpos nele. Numa reunião de cientistas em Zurique, Suíça, um grupo de criminologistas ingleses apontou que os anticorpos são tão diversificados que se poderia dizer que o sangue de cada pessoa é específico e ímpar. Os cientistas esperam poder “reconstruir, à base duma mancha de sangue, a imagem da personalidade de cada pessoa que deixe atrás de si um vestígio de sangue”.48
110 Ser o sangue um tecido extremamente complexo, que difere de uma pessoa para outra, tem significativa relação com a transfusão de sangue. Este é um ponto que frisou recentemente o Dr. Herbert Silver, do Banco de Sangue e da Divisão de Imunohematologia do Hospital de Hartford (Connecticut, EUA). Ele escreveu que, considerando-se apenas os fatores sangüíneos cujos testes podem ser realizados, “há uma possibilidade de menos de 1 em 100.000 de se dar a uma pessoa o sangue exatamente semelhante ao dela”.49
111 Por conseguinte, quer nutram objeções religiosas às transfusões de sangue quer não, muitas pessoas talvez rejeitem o sangue simplesmente por se tratar, em essência, de um transplante de órgão que, no máximo, só é parcialmente compatível com seu próprio sangue.
AS TRANSFUSÕES DE SANGUE – QUÃO PERIGOSAS SÃO REALMENTE?
112 Os médicos sabem que qualquer preparado médico apresenta certa medida de risco, mesmo os remédios comuns como a aspirina e a penicilina. Assim, poder-se-ia esperar que o tratamento com uma substância tão complexa como o sangue humano envolvesse algum perigo. Mas, exatamente quanto perigo? E que relação poderia isso ter com o conceito dum médico sobre a posição assumida pelas Testemunhas de Jeová?
113 Uma avaliação franca dos fatos prova que a transfusão de sangue deve honestamente ser considerada como um processo que envolve considerável perigo e até mesmo como sendo potencialmente letal.50
114 O Dr. C. Ropartz, Diretor do Departamento Central de Transfusões em Ruão, França, comentou que “um frasco de sangue é uma bomba”. Visto que os resultados perigosos talvez não surjam senão depois de certo tempo, acrescentou ele, “ademais, pode também ser uma bomba-relógio para o paciente”.51 Uma publicação do Governo dos Estados Unidos estampava um artigo sobre os perigos do sangue e dizia que
“. . . doar sangue pode ser comparado a se enviar uma arma carregada a uma pessoa insuspeita e despreparada. . . . Como a arma carregada, há um pino ou trave de segurança que governa as transfusões de sangue. Mas, quantas pessoas morreram por ferimentos a bala em resultado de crerem que o pino estava ‘seguro’?”52
Podem os médicos entendidos no assunto rejeitar os perigos declarados como sendo exagerados?
115 Dificilmente, pois, a realidade dos perigos não raro é frisada pelos próprios médicos. “Nenhum produto biológico”, escreveu Winfield S. Miller, em Medical Economics, “tem maior potencial para erros fatais no exercício da medicina do que o sangue. Mais de um médico já aprendeu, para sua tristeza, que cada frasco de sangue nos bancos de sangue é um frasco de nitroglicerina em potencial”.53
116 O paciente, ou sua família, talvez não compreenda os perigos até que já seja tarde demais. O Dr. J. Garrot Allen, da Universidade de Stanford, EUA, destacado perito no problema sangüíneo, calculou que as transfusões de sangue matam pelo menos 3.500 estadunidenses por ano, e causam danos a outros 50.000.54 Mas, existe forte motivo para se crer que este é, em realidade, um total subestimado. Por exemplo, o Southern Medical Journal sugeriu, em data recente, que o cálculo de “entre 3.000 e 30.000 mortes atribuíveis às transfusões” é, provavelmente, um cálculo moderado.55 E tenha presente que são totais de apenas um país, para não se dizer nada do resto do mundo.
117 Numa reunião do Colégio Americano de Cirurgiões, o Dr. Robert J. Baker relatou que o ‘perigo de efeitos adversos do sangue é muito maior do que se cria anteriormente, um de cada 20 pacientes apresentando uma reação’. Quantas pessoas discernem isto? Mostrando porque tal relatório devia deixar preocupados a todos nós, o Dr. Charles E. Huggins, diretor-adjunto dum grande banco de sangue, adicionou: “O relatório é atemorizador, mas realístico, porque os mesmos problemas confrontam toda instituição [por todo] o mundo.”56
118 Há algum alívio em vista? Muitos, talvez até mesmo alguns da classe médica, possivelmente achem que a ciência tem feito verdadeiros progressos em vencer os perigos da transfusão de sangue. Mas, como foi declarado num número recente da revista Surgery (Cirurgia), “grandes problemas novos relacionados à transfusão maciça têm sido propostos, problemas dificilmente considerados, ou não considerados de forma alguma, até mesmo há cinco anos atrás, todavia, que sobrepujam potencialmente quase todos os problemas que deixavam sobressaltada a consciência dos técnicos de bancos de sangue, dos clínicos e dos pesquisadores nos primeiros 40 anos dos bancos clínicos de sangue”.57
QUAIS SÃO ESSES PERIGOS?
119 Sem insistir demais que existem perigos, podemos examinar brevemente quais são alguns deles. Embora muitos médicos estejam familiarizados com a informação que segue, isso talvez possa ajudar outras pessoas a av
QUAIS SÃO ESSES PERIGOS?
119 Sem insistir demais que existem perigos, podemos examinar brevemente quais são alguns deles. Embora muitos médicos estejam familiarizados com a informação que segue, isso talvez possa ajudar outras pessoas a avaliar que, muito embora a posição assumida pelas Testemunhas de Jeová seja por motivos religiosos, ela tem seus méritos em sentido médico.
120 O compêndio Hematology contém a seguinte tabela:58
Tipos de Reações Transfusionais
Febris
Anticorpos dos leucócitos
Anticorpos das plaquetas
Pirogênios
Alérgicas
Hemolíticas
(transfusão incompatível)
Transmissão de doença
Hepatite sérica
Malária
Sífilis
Infecção por citomegalovírus
Maciça contaminação bacteriana
Sobrecarga circulatória
Intoxicação pelo citrato
Intoxicação potássica
Hemorragia anormal
Transfusão incompatível
Transfusão maciça
Isossensibilização
Hemossiderose transfusional
Mistas
Tromboflebite
Embolia gasosa
Injeção de matéria estranha
121 Estes numerosos tipos de reações transfusionais são deveras graves, pois podem provocar a morte. Consideremos alguns deles.
122 A tabela apresenta, primeiro, algumas das reações “imediatas”. Uma reação febril pode usualmente ser tratada com êxito. No entanto, conforme relata o Professor de Medicina, James W. Linman, “graves reações febris ocorrem e podem ser suficientemente estressantes a ponto de ameaçar a vida no caso de certos pacientes agudamente enfermos”.58 O sangue incompatível produz uma reação hemofílica, envolvendo a rápida destruição dos glóbulos vermelhos, que pode provocar a insuficiência renal, o choque e até a morte. As reações hemolíticas são especialmente perigosas para os pacientes sob anestesia, pois os sintomas podem não ser notados até que já é tarde demais.59
123 A “transmissão de doenças” também é alistada entre as possíveis reações. Existe qualquer perigo substancial dessa fonte?
124 A hepatite B (hepatite sérica ou por vírus) é uma complicação perigosa das transfusões de sangue. O sangue dum doador, sem que se suspeite disso, pode conter o vírus da hepatite que pode prejudicar a saúde duma pessoa que receba tal sangue, ou até mesmo matá-la. Quanto mais transfusões receber alguém, maior é a probabilidade de que contraia a hepatite sérica. Todavia, não é preciso muito sangue. Menos de uma gota já serve; poderá contrair tal doença de tão pouco quanto uma milionésima parte de um mililitro de sangue infetado.60
125 Quão provável é que contraia hepatite por uma transfusão de sangue? Até certo ponto, isso depende de onde vive, pois a hepatite pós-transfusional é mais comum em terras onde parte do sangue provém de “doadores” pagos, pessoas que vendem seu sangue.
126 Uma estimativa que amiúde aparece nas revistas médicas é de que um por cento, ou uma pessoa em cada cem, contrai a hepatite depois duma transfusão.61 No entanto, a evidência indica que a real incidência dela pode ser muito maior. Isto se dá porque a hepatite B tem um período de incubação de até seis meses, de modo que a doença talvez não surja senão muito tempo depois da transfusão. Os Drs. John B. Alsever e Peter Van Schoonhoven escreveram em Arizona Medicine:
“Sua incidência, nos últimos dez a quinze anos, nos grandes centros comunitários de sangue, tem sido de cerca de 1%, em estudos retrospectivos relatados da doença clinicamente manifesta. Entretanto, quando se estuda os pacientes transfundidos prospectivamente no laboratório, em intervalos de 2 a 4 semanas, descobre-se uma incidência até dez vezes superior de infecção.”62
127 Veja isso de outro ponto de vista. Não raro se tem dito que, nos Estados Unidos, há 30.000 casos de hepatite pós-transfusional a cada ano, com 1.500 a 3.000 mortes.63 Se essa fosse mesmo a situação, já seria bastante grave. Outrossim, a informação fornecida pelo Centro de Controle de Doenças, do Governo dos EUA, aponta um total moderado para os casos de hepatite B como sendo de 200.000 ou mais, anualmente.64 E quem pode sequer calcular o total de casos de hepatite relacionada com as transfusões para toda a América do Norte e do Sul, a Europa, a África e a Ásia?
128 Naturalmente, alguns consideram a possibilidade de contraírem hepatite por uma transfusão de sangue como um risco justificável. Um médico talvez arrazoe: “Eu prefiro que meu paciente continue vivo, com hepatite, que eu posso tratar, do que morto por não receber uma transfusão.” Mas, tal raciocínio não é base válida para considerar como ‘suicidas’ e indignas de consideração as objeções conscienciosas dum paciente à transfusão.
Pode um paciente ter a garantia razoável de que sobreviverá à hepatite pós-transfusional?
129 Faz-nos pensar o fato de que as autoridades admitem que cerca de 10 a 12 por cento dos que contraem a hepatite sérica por transfusões morrem em resultado disso.65 No caso de pessoas com mais de quarenta anos, a taxa de mortalidade é de 20 por cento – uma de cada cinco.66 Nos pacientes com mais de 60 anos, cerca de metade morre devido à hepatite.67
130 Ademais, não existe nenhum meio seguro de se eliminar o elevado risco de se contrair hepatite pelas transfusões. The Journal of Legal Medicine reconheceu que “nenhum dos métodos agora conhecidos de preservação do sangue possui quaisquer propriedades antivirais. Qualquer modalidade que destrua ou até mesmo atenue o vírus da hepatite também destruirá o sangue ou a fração sanguínea.”68
131 Que dizer dos progressos das técnicas de laboratório, a fim de identificar e assim eliminar o sangue contaminado? O Dr. M. Shapiro, do Serviço Sul Africano de Transfusão de Sangue, indicou recentemente que “até mesmo com os testes mais sensíveis, talvez apenas 1 em cada 8, ou menos, casos de hepatite pós-transfusional sejam evitáveis através apenas da seleção, feita em laboratório, dos doadores de sangue”.69
132 Por conseguinte, mesmo que a hepatite sérica fosse o único perigo pós-transfusional, haveria amplos motivos médicos para uma pessoa nutrir reservas quanto a aceitar sangue. A realidade, porém, é que a hepatite é apenas um dos riscos. Observe estes outros:
133 “O sangue deve ser considerado um remédio perigoso, e deve ser usado com a mesma cautela que, por exemplo, a morfina.”70 Assim, o Professor H. Busch, diretor dum departamento de medicina transfusional, concluiu um relatório feito a um congresso de cirurgiões do norte da Alemanha. Nele, mencionou um dilema a respeito das transfusões de sangue. Ele disse que, para ter seu valor biológico ideal, o sangue doado deveria ser transfundido dentro de vinte e quatro horas; depois disso, os riscos metabólicos aumentam por causa das mudanças que ocorrem no sangue estocado. Por outro lado, o sangue deve ser estocado pelo menos por setenta e duas horas, pois do contrário pode transmitir a sífilis. E até mesmo os testes para identificar sangue sifilítico não constituem salvaguarda, pois não detectam a sífilis em seus estágios iniciais. Não há necessidade de descrever aqui os danos que podem advir a uma pessoa que recebe sangue infetado de sífilis, bem como os danos causados à família dele ou dela.
134 O relatório alemão também sublinhava o perigo de transfusões de sangue que espalham as infecções por citomegalovírus e a malária. O citomegalovírus é reconhecido como sendo especialmente perigoso para as crianças. Com boa razão, então, os médicos alemães foram avisados dos “resultados muito graves, até mesmo fatais” que existem em potencial nas transfusões de sangue. E a Associação Médica Americana avisou que “com o aumento das viagens globais, e a volta de soldados das áreas endêmicas, tem havido um aumento na incidência da malária nos receptores da transfusão de sangue”.71
135 Nas áreas tropicais, há várias outras doenças que podem ser transmitidas pelas transfusões de sangue, tais como a doença de Chagas (com índice de mortalidade de uma em cada dez pessoas), a tripanossomíase africana (doença do sono africana), a bouba e a filariose.72
136 Outro perigo que não pode ser despercebido é a maciça contaminação bacteriana do sangue. Certos tipos de bactérias podem multiplicar-se até mesmo em sangue refrigerado, representando grave ameaça para qualquer pessoa que mais tarde receba tal sangue. Embora menos pacientes apresentem esta complicação do que, digamos, a hepatite sérica, os resultados são trágicos para os que a manifestam. A taxa de mortalidade se acha entre 50 e 75 por cento.73
137 O que reserva o futuro quanto aos perigos inerentes às transfusões de sangue? “A lista das doenças transmissíveis”, relata o Dr. John A. Collins, da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, EUA, “variará e certamente aumentará, e considerável inquietação poderá pairar, à medida que mais vírus relacionados a tumores sejam identificados no sangue humano”.74 Assim sendo, muitos hospitais exigem agora que o paciente assine um termo de responsabilidade ou acordo de que não considerará o médico nem o hospital responsáveis pelos danos resultantes duma transfusão de sangue.75
138 Significa esta breve consideração de apenas alguns dos riscos médicos do sangue que as Testemunhas de Jeová objetem às transfusões primariamente por razões médicas? Não, este não é o caso. A razão fundamental de não aceitarem transfusões de sangue é o que a Bíblia diz. A sua objeção é basicamente religiosa, e não médica. No entanto, haver graves riscos em se tomar sangue simplesmente sublinha a razoabilidade, até mesmo do ponto de vista médico, da posição das Testemunhas de Jeová.
TRATAMENTOS ALTERNATIVOS
139 Se o proceder seguido pelas Testemunhas de Jeová fosse um proceder fanático, que não tivesse nenhuma base, e, inevitavelmente, significasse dano para si mesmas e talvez para outros, haveria motivos de preocupação. Neste respeito, poder-se-ia indagar:
É este conceito religioso assumido pelas Testemunhas de Jeová tão incompatível com os padrões da sociedade humana e com os conhecimentos médicos que não possa haver uma adequação razoável dele?
140 A resposta fatual é que sua objeção ao sangue, baseada na Bíblia, certamente pode ser adequada na maioria dos casos pelo uso de tratamentos alternativos.
141 Como é bem conhecido, no caso da cirurgia de eleição, os médicos podem ‘fortificar o sangue do paciente’ antes e depois dela, como por exemplo, com aminoácidos e compostos de ferro orais e injetáveis76; isto pode reduzir qualquer necessidade de transfusão. A hipotermia profunda (redução da temperatura do corpo do paciente) resultou vantajosa em minimizar a perda sangüínea durante a cirurgia, até mesmo em bebês.78 Similarmente, a hipotensão induzida (redução da pressão sangüínea) pode reduzir o sangramento dos vasos diminutos durante a cirurgia. E, provavelmente, o que resultou ter muitíssimo êxito é a atenção meticulosa à sutura de até mesmo os menores vasos cortados. Em American Journal of Obstetrics and Gynecology (Revista Americana de Obstetrícia e Ginecologia), certo médico que já operou muitas Testemunhas de Jeová disse:
“Não resta dúvida de que a situação em que opera sem a possibilidade duma transfusão tende a melhorar sua técnica cirúrgica. Faz-se um esforço mais cuidadoso de pinçar cada vaso que sangre.”79
Se o paciente perdeu muito sangue durante a cirurgia ou num acidente, é razoável o conceito de que não existe nenhuma alternativa para a transfusão?
142 Alguns fatos apresentados pelo Professor James W. Linman em Hematology servem como excelente base para se avaliar a resposta:
“O sangue não é um tônico ou um estimulante; não promoverá a cura dos ferimentos nem suprimirá uma infecção; e sua capacidade de condução de oxigênio raramente é, se for alguma vez, um fator limitativo da cirurgia. Uma transfusão serve apenas para aumentar o volume total de sangue, para ampliar a capacidade de transporte de oxigênio do sangue, e como fonte dos constituintes normais do plasma.” (Grifo acrescentado.)80
143 Consideremos primeiro a questão de ‘aumento do volume total do sangue’. Com muita freqüência, quando uma pessoa perde muito sangue, o que, fundamentalmente, é necessário para impedir o choque ou a morte é a reposição do volume do fluido perdido. Num congresso da Associação Médica da África do Sul, um especialista em transfusões de sangue explicou que uma pessoa pode perder até 1,5 litros de sangue e ainda ter mais de 60 por cento de seus glóbulos vermelhos,81 quantidade adequada para nutrir seus tecidos. Mas, a pessoa precisa de mais fluido em seus vasos para que os glóbulos vermelhos continuem circulando.
144 O periódico britânico Anaesthesia (Anestesia) relatou que soluções isentas de sangue fazem isso mais eficazmente do que as transfusões de sangue, pois não reduzem a eficiência cardíaca, uma complicação comum que acompanha a transfusão de sangue. Dizia o artigo que, em ocasiões em que quantidades aparentemente adequadas de sangue total falharam em produzir o resultado desejado, no caso do trauma, o uso de soluções isentas de sangue amiúde produziu dramática melhora. Por isso, o artigo observava:
“Mesmo que um suprimento adequado de sangue total esteja disponível, contudo é duvidoso se é o fluido de eleição para o tratamento inicial para a transfusão rápida de pacientes maciçamente hipovolêmicos [os que perderam muito sangue].”82
145 Não é lógico que uma pessoa normalmente possa perder o equivalente a uma unidade (500 cc.) ou mais de sangue sem haver resultados fatais? Muitos doaram uma unidade de sangue e daí continuaram em suas atividades diárias. O estudo clínico controlado indica que uma pessoa com ‘grande volume sangüíneo pode tolerar a perda de até dois litros [2.000 cc.] de sangue total’ sem exigir nada mais do que a reposição do fluido perdido por soluções isentas de sangue.83
146 Que dizer, porém, de se ‘ampliar a capacidade de transporte de oxigênio do sangue’? Os médicos sabem que as soluções alternativas não são, realmente, “substitutos do sangue”. Por que não? Porque a hemoglobina dos glóbulos vermelhos conduz o oxigênio através do corpo. As soluções isentas de sangue não contêm isto.
No caso dum paciente que perdeu muito sangue, é preciso ministrar sangue total ou um concentrado ou papa de hemácias a fim de suprir oxigênio a todo o seu corpo?
147 Este é o conceito freqüentemente expendido, mas, harmoniza-se com os fatos?
148 Uma pessoa possui normalmente cerca de 14 ou 15 gramas de hemoglobina em cada 100 cc. de sangue. Os médicos geralmente assumem a posição de que ‘sob condições sofisticadas, uma taxa de hemoglobina de 10,3 a 10,5 gramas é considerada o valor mínimo seguro para a cirurgia de rotina’.84 Mas, em realidade, grande parte da hemoglobina duma pessoa está em reserva, para ser usada durante esforços estrênuos, daí, um paciente acamado amiúde se sente confortável com apenas 5 ou 6 gramas.85 M. Keith Sykes, Professor de Anestesia Clínica da Universidade de Londres, recentemente indicou: “Embora a maioria dos centros escolha um valor de 9 ou 10 g por cento como a linha divisória entre a aceitação e a recusa para operações eletivas, deve-se sublinhar que não existe evidência conclusiva de que os valores acima deste nível sejam ‘seguros’ ou de que os valores abaixo deste nível signifiquem um risco extra para a cirurgia. Por conseguinte, parece desarrazoado escolher um algarismo arbitrário como nível aceitável da hemoglobina.”86 Semelhantemente, o Dr. Jeffrey K. Raines, do Hospital das Clínicas de Massachusetts, EUA, declarou que “podemos permitir que o hematócrito abaixe muito mais do que pensávamos. Costumávamos pensar que um paciente tinha de ter um valor de hemoglobina 10, mas sabemos agora que não é realmente assim”.87 O Dr. Ricardo Vela, dum departamento de anestesia de Madri, Espanha, teve experiências neste sentido com pacientes que são Testemunhas de Jeová. Ele escreveu que níveis muito baixos de hemoglobina que, antes, teriam sido considerados proibidos, “eram surpreendentemente bem tolerados pelos pacientes”.88
149 Existe outro aspecto deste assunto que não tem sido amplamente avaliado, mesmo no setor médico.
Será que a transfusão aumentará imediatamente a capacidade de transporte de oxigênio do sangue?
150 Muitos crêem que aumentará, mas recente editorial de Anaesthesia frisou o seguinte ponto interessante: “Vale a pena lembrar também que a hemoglobina das hemácias conservadas, em solução de citrato de sódio, não se torna plenamente disponível para a transferência do oxigênio para os tecidos por cerca de 24 horas após a transfusão . . .; a transfusão rápida de sangue, portanto, tem de ser considerada primariamente como simples expansor do volume nos estágios iniciais.”89 Pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, EUA, descobriram que a razão disso é que ocorrem mudanças químicas no sangue conservado. Suas investigações mostraram que o sangue conservado por mais de dez dias “não melhora, ou talvez até mesmo piore, a oxigenação dos tecidos logo depois da transfusão”. E descobriram que a oxigenação dos tecidos ainda estava abaixo de seu nível normal 24 horas depois.90
Quais são alguns dos fluidos isentos de sangue usados como alternativas para as transfusões de sangue? Estão sendo usados eficazmente? Quais são suas vantagens?
151 É provável que o substituto de emergência do plasma mais amplamente disponível e utilizado com maior freqüência seja a simples solução salina (0,9%). É fácil de preparar, barata, estável e quimicamente compatível com o sangue humano.91 A solução de Ringer com lactato de sódio (solução de Hartmann) é uma solução eletrolítica ou cristalóide adicional que tem sido utilizada com êxito em casos de queimaduras maciças ou na cirurgia em que os pacientes perderam até 66 por cento do volume líquido de seu sangue.92
152 Outro enfoque é substituir o sangue perdido por colóides, tais como a dextrana. Trata-se duma solução clínica de açúcar que resulta valiosa tanto na cirurgia como no tratamento de casos de queimaduras e choque.93 Às vezes é combinada com uma solução salina tampão, de modo a ressaltar as melhores propriedades de cada uma delas. O Haemaccel e a solução de hidroxietila de amido também têm sido empregados com bons resultados em várias situações cirúrgicas como expansores do volume do plasma.94
153 Cada um destes fluidos tem suas próprias propriedades e méritos. Mas, a respeito das situações calamitosas, comentou Anaesthesia:
“Inicialmente, no estágio agudo, o exato fluido escolhido uma vez que não seja positivamente prejudicial, é relativamente sem importância. Mais tarde uma vez se tenha expandido o volume circulatório, as exigências específicas de determinado caso devem ser levadas em conta.”95
154 Significa isso que tais fluidos são apenas para emergências? De forma alguma. A respeito de “todos os grandes tipos de operação”, os cirurgiões da Faculdade de Medicina da Universidade de Kentucky, EUA, escreveram:
“Cem pacientes perderam, cada um, mais de 1.000 ml de sangue quando eram operados, e receberam de duas a três vezes esse volume da solução de Hartmann. A mortalidade e a morbidade pós-operatórias não foram afetadas pela falta de sangue no regime de reposição. . . . Apesar da tradição persistente de que o sangue é o único substituto eficaz do sangue perdido, a prática de usar soluções salinas para a reposição de parte ou de todo o sangue tem ganhado terreno em muitos centros.”96
155 Embora as Testemunhas de Jeová não aceitam sangue, por motivos religiosos, não apresentam tais objeções quanto ao uso de expansores do plasma isentos de sangue. Do ponto de vista dum médico, então, estes produtos têm a vantagem de poderem ser usados nos pacientes que são Testemunhas. Mas, há inúmeras outras vantagens.
156 “Os substitutos não-biológicos do sangue”, escreveu o Professor E. A. Moffitt, do Canadá, “podem ser fabricados em grandes quantidades e conservados por longos períodos de tempo. . . . Os riscos da transfusão de sangue são as vantagens dos substitutos do plasma: evitar a infecção bacteriana ou viral, as reações Transfusionais e a sensibilização ao fator Rh”.97
157 Existe outro benefício, digno de nota, de se usarem expansores do plasma. Quando o sangue humano é conservado, é preciso adicionar-lhe substâncias químicas para impedir a coagulação. Mais tarde, quando este sangue é dado a um paciente, os aditivos podem interferir na capacidade natural do próprio sangue dele de coagular-se; o resultado pode ser de contínua perda de sangue. O cardiocirurgião Dr. Melvin Platt, trouxe à atenção que este problema é evitado quando se usa “uma substância neutra” tal como a solução de Ringer com lactato de sódio, ao invés de sangue conservado.98
GRANDE CIRURGIA SEM SANGUE
158 Os médicos corajosos que concordaram em operar as Testemunhas de Jeová sem usar sangue amiúde verificaram que tal experiência era reveladora. Isto é ilustrado pelos aperfeiçoamentos um tanto recentes na cirurgia a coração aberto. No passado, usavam-se normalmente quantidades maciças de sangue. Mas, a equipe cirúrgica do Dr. Denton Cooley, do Instituto do Coração do Texas, decidiu tentar operar as Testemunhas de Jeová. Visto que os médicos não podiam usar sangue como volume de escorva para a necessária máquina coração-pulmões, nem transfundir sangue durante a cirurgia ou depois dela, utilizaram expansores do plasma isentos de sangue. Relata o Dr. Cooley: “Ficamos tão impressionados com os resultados obtidos com as Testemunhas de Jeová que começamos a usar tal processo com todos os nossos pacientes cardíacos. Temos tido resultados surpreendentemente bons, e o utilizamos também em nossos transplantes [cardíacos].” Adicionou: “Temos um contrato com as Testemunhas de Jeová, de não dar transfusões sob nenhuma circunstância. Os pacientes assumem o risco, pois nem sequer reservamos sangue para eles.”99
159 Quais têm sido os resultados a longo prazo da ‘cirurgia cardíaca sem sangue’ feita em adultos e crianças? Escreveu o Dr. Jerome H. Kay, da Califórnia, EUA: “Já temos feito aproximadamente 6.000 operações a coração aberto no Hospital S. Vicente em Los Angeles. Desde que não temos usado sangue para a maioria dos pacientes, é nossa impressão de que os pacientes passam melhor.”100 Certo estudo canadense fornecia pormenores específicos, revelando que, quando fluidos isentos de sangue, tais como a dextrana e a solução de Ringer, foram usados, ao invés de sangue, “o número de mortes baixou de 11 por cento para 3,8”.101 Este tipo de cirurgia também tem sido realizado com êxito em Testemunhas de Jeová e em crianças na Noruega, na Austrália, na África do Sul, em França, na Inglaterra e no Japão.
160 Cirurgiões experimentados estão cônscios, porém, que os pacientes de cirurgia geral são responsáveis por maior parte do sangue usado do que os que sofrem operações mais dramáticas, tais como a cirurgia a coração aberto. O que tem ocorrido com as Testemunhas de Jeová que requerem operações mais comuns, em que normalmente se usam quantidades substanciais de sangue?
161 Sob o título de “Grande Cirurgia Feita em Testemunhas de Jeová”, um grupo de médicos de Nova Iorque relatou vários casos que envolviam extensiva cirurgia, tais como a remoção total de órgãos cancerosos, e explicou que, por empregarem técnicas cirúrgicas precisas, tais processos podem ser realizados sem sangue.102 Outros processos realizados com êxito sem se transfundir sangue incluem operações radicais na cabeça e no pescoço, extensiva cirurgia abdominal e hemipelvectomias (amputação de perna e quadril).103 Depois de remover grande aneurisma cerebral de uma Testemunha, o Dr. J. Posnikoff questionou a “opinião corrente da maioria dos neurocirurgiões, de que a transfusão de sangue é absolutamente essencial” para tal cirurgia cerebral. Instou com outros cirurgiões que “não negassem rotineiramente uma grande cirurgia aos que talvez precisassem dela desesperadamente, mas que não podiam aceitar moralmente uma transfusão de sangue”.104
162 A conclusão a que chegou o Dr. Philip R. Roen em “Extensiva Cirurgia Urológica sem Transfusão de Sangue” era:
“Nossas experiências com as Testemunhas de Jeová que exigiam processos operatórios demonstraram que as transfusões de sangue não são necessariamente essenciais, mesmo quando os níveis de hemoglobina são baixos – chegando até a 5 g por 100 ml. . . . A posição das Testemunhas de Jeová, ao recusarem a transfusão de sangue durante grandes e extensivos processos operatórios necessários, representa considerável problema e desafio para o urologista. Tais pacientes não podem e não devem ser abandonados por causa de suas crenças religiosas. Nós não temos hesitado em realizar todo e qualquer processo cirúrgico indicado em face da proscrita reposição de sangue.”105
O QUE FARÁ?
163 Ao considerar a posição das Testemunhas de Jeová sobre o sangue, temos dado atenção a certos aspectos importantes. Temos examinado a base de sua recusa do sangue, e temos visto que o fazem por motivos religiosos baseados na Bíblia. Também recapitulamos a ética envolvida, mostrando que toda pessoa tem o direito de determinar o que será feito com seu próprio corpo e de decidir quanto ao tratamento médico para si mesmo e seus filhos. Ao analisar o papel do médico, temos visto que tratar o indivíduo de acordo com as crenças do paciente é coerente com os princípios fundamentais da classe médica. E, ao discutir os aspectos médicos da transfusão de sangue, demonstramos que a posição das Testemunhas de Jeová pode merecer uma adequação, em sentido médico. Os casos médicos provam que, na maioria das ocorrências, médicos peritos e corajosos podem tratar com êxito de pacientes que são Testemunhas sem empregarem sangue.
164 Ao passo que tudo isso pode acontecer, não devemos considerar o assunto como simples discussão abstrata de uma questão interessante. Cada um de nós talvez tenha de utilizar estas informações para decidir o que fará, pessoalmente.
O que dizer do médico?
165 À luz de tudo que consideramos, um médico deve avaliar que as Testemunhas de Jeová não são fanáticos religiosos “suicidas” que se opõem a todos os cuidados médicos. Antes, são pessoas razoáveis, dotadas de senso moral, que estão ansiosas de continuar vivas; amam a vida e a boa saúde, razão pela qual procuram assistência médica qualificada. O médico, porém, deve entender também que as Testemunhas de Jeová refletiram seriamente sobre suas crenças religiosas e estão cabalmente convencidas de que elas e suas famílias não devem aceitar sangue. Assim, quando confrontadas com esta recusa de aceitar sangue, o pessoal do setor médico não deve encará-la como algum capricho emocional que possa ser ignorado. Trata-se de importante convicção religiosa que deve ser respeitada e honrada.
O que significa isso, na prática?
166 Significa que, a fim de mostrar respeito pelos princípios milenares, não se deve impor o sangue a uma das Testemunhas de Jeová. Na verdade, para que haja uma adequação, da parte do médico, da convicção religiosa delas, talvez será necessário que ajuste sua terapia costumeira. Mas, considerando os assuntos numa base de longo alcance, não é melhor que o tratamento médico seja um tanto circunscrito pelas convicções religiosas do que permitir que as crenças religiosas fundamentais sejam ditadas ou sejam denegadas pela prática médica atual? A consideração equilibrada prova que isso é verdadeiro. Por cooperar com uma das Testemunhas de Jeová, um médico pode mostrar seu genuíno compromisso de apoiar os direitos humanos e seu respeito pelo livre exercício da consciência religiosa. Ao mesmo tempo, estará tratando o “homem inteiro”, usando os tratamentos que servem para curar o paciente em sentido físico, ao passo que não o prejudicam emocional ou espiritualmente. Isto será nos interesses duradouros do paciente e dignificará a ética básica que o médico se dedica a seguir.
Que dizer das Testemunhas de Jeová ou de outros que estão preocupados em aplicar a Palavra de Deus em sua vida?
167 Nossa análise da questão do sangue deve aumentar ainda mais o respeito da pessoa pelas injunções da Bíblia contrárias a que se sustente a vida por meio do sangue.
168 Cada cristão faz corretamente a determinação de continuar firme em sua fé. Ao lidar com pessoal médico, o cristão deve demonstrar razoabilidade e um espírito cooperador, ao mesmo tempo deixando claro que qualquer tratamento médico que lhe seja oferecido deve ser coerente com suas crenças religiosas, tais como sua recusa de aceitar sangue. Se for necessária a cirurgia, será importante que, com antecedência, se considere com os médicos a posição cristã no que tange ao sangue, de modo a obter a garantia deles de que sob nenhuma circunstância se transfundirá sangue antes, durante ou depois da operação. E, se determinado médico não achar que possa realizar a cirurgia sem recorrer ao sangue, o cristão, por saber isso de antemão, poderá recorrer aos serviços de outro médico.
169 Ao empenhar-se em apoiar a lei de Deus sobre o sangue, as Testemunhas de Jeová manifestam seu apreço pelo fato de que sua vida procede e depende do Criador e Dador da Vida. Ele afirma, na Bíblia que a felicidade e vida contínua do cristão, no futuro, baseiam-se em sua fé e obediência. (1 João 2:3-6) Por essa razão, os cristãos primitivos preferiam arriscar sua vida presente a agir de forma contrária às suas crenças religiosas. As Testemunhas de Jeová, hoje em dia, estão igualmente determinadas a manter sua boa relação com Deus. Assim, continuarão a obedecer à ordem da Bíblia de ‘abster-se do sangue’. – Atos 15:29.
And the oscar of biggest reply in the history of Mundo Gump Goes to… Carolina!
clap, clap, clap!
Espero que mais alguém além de mim leia isso tudo Carol.
Infelizmente, eu tenho uma absoluta descrença na Bíblia, na Gênese, Noé e correlatos. Não acredito que a alma de qualquer ser vivente esteja no sangue deste. Mas tem quem acredite, e a gente tem que respeitar.
Infelizmente não posso impedir que todos os que não acreditam rejeitem a posição extremista dos TJ, porque os que não acreditam também tem seu direito de não acreditar.
Pessoalmente, acho que dentro de uma pesrpectiva global, Deus está certo e no controle de tudo. Se ele taxa esta lei de que as TJ não podem ter transfusão de sangue é porque Deus está querendo fazer uma seleção natural.
Afinal, a religião serviu para quê em nosso mundo?
Tornar as pessoas obtusas, ovelhas, inertes diante da própria desgraça?
Dopadas de ignorância milenar?
quem leu a Bíblia sabe que ela, a Bíblia, se contradiz e se contradiz de novo dezenas de vezes.
“destruirei seus inimigos e os lançarei numa fornalha de fogo”, ao mesmo tempo que “não matarás”…
“o vidente morrerá de fome”, ao mesmo tempo que a profecia é dom que deve ser procurado e o que mais agrada a Deus…
Quer dizer, para que serviu a religião a não ser para patrocinar guerras, fomentar preconceito e ignorância e modernamente proibir as pessoas de usar camisinha numa época de AIDS?
Leia a Bíblia acrescentando uma interrogação em cada parágrafo para ela fazer sentido.
ficará legal.
Não tenho palavras. Parabéns a Carolina sobre as explicações, é um tapa na cara de quem não se informa. Peço desculpas à ela por não ter colocado os argumentos em favor das Testemunhas de Jeová para defender a crença do sangue, não o fiz por pura preguiça e falta de material adequado. Ao caro Philipe digo somente uma coisa: Direito de não acreditar tudo bem, mas nenhum HOMEM tem o direito de ridicularizar, xingar, humilhar ninguém (ou crença). Os posts acima estão cheios disso! Por exemplo:
“Um idiota desses merece morrer”.
“Acreditar em Deus não é desculpa para ser burro, se Deus curasse todo mundo que tem fé muita gente não precisaria de médico, mas nem por isso, grande parte pelo menos, das outras religiões te proíbem de receber sangue, um rim ou até mesmo se alistar no exército como eles fazem”.
“Isso é manter o crente na rédea curta e se é disso que Deus gosta ele é um perfeito cretino”.
“essa religiao tem alguns principios q nao dá pra entender… #*%$, transfusao de sangue? qual o problema, é o sangue dos “infiéis porcos”?
o cara teve o que mereceu.”
Off: O comentário do exército é de lamentar (olha o cara apoiando o alistamento). Reparei agora.
Como você se sentiria se eu começasse a julgar a ufologia sem que nem ao menos eu tivesse lido um texto a respeito? Você sabe que muitas pessoas julgam as pessoas que acreditam em OVNIs sem nem ao menos perguntarem para eles sobre o assunto (é apenas um exemplo).
Outro ponto (além daquele de julgar sem nem ao menos conhecer) que noto de interessante é uma certa “perseguição” com a religião das pessoas. Quando alguém faz alguma coisa errada certas pessoas logo já dizem: “Olha, é Testemunha de Jeová”, “Também, é macumbeiro! (referindo-se a Umbanda)”, “típico de um crente evangélico (religiões evangélicas em geral)”. Além do tom preconceituoso notamos que as pessoas colocam em xeque A RELIGIÃO, ao invés de analisar o INDIVÍDUO. E mesmo analisando O INDIVÍDUO, fazemos algo (nesse ponto são os meus ideais falando) que somente quem nos criou (como seres vivos) pode fazer: JULGAR A AÇÃO DE ALGUÉM. São nessas notícias IDIOTAS que nos perguntamos: “Tá, o cara acredita nisso e, por isso, sofre as conseqüencias ruins e, no futuro após-apocalíptico, receberá coisas boas por suas ações. MAS QUÊ MERDA TENHO A VER COM ISSO”?
Tenho NOJO de pessoas que acham que são superiores à outras e acham que podem se intrometer na vida destas. O phil (posso te chamar assim?) sabe que este assunto tem muito “pano pra manga”, por isso (e por preguiça e ignorância) não vou alongar o assunto.
Reafirmo que as Testemunhas de Jeová e algumas religiões orientais são as que têm mais nexo no que acreditam. Para desespero do Moisés.
A todos desejo que cultivem sua fé. Ao José, vejo você em um futuro próximo. Não só a José como a todos. Deus (Jeová, Alá, Javi, Buda, tanto faz o nome, quando falo em Deus, falo pensando no ser que nos criou) não está querendo fazer uma seleção natural. Deus não quer (e não leva ninguém) à morte. Pelo contrário, nosso Deus é um Deus de amor. São tantas coisas para dizer, volto a noite e explico melhor.
Bi, as pessoas são livres para acreditarem no que quiserem. E não acreditar tem tanto valor quanto acreditar.
Ao contrario do que você pode imaginar, eu nunca fui discriminado porque acredito em disco voador, porque acredito de um ponto de vista científico e não religioso. Eu vejo algo no céu, eu não penso na hora -é um disco voador.
Se alguém cético ou não me prova por A+B que não é, então não é e tá falado.
Eu acho importante uma coisa ficar clara aqui. A religião de dois mil anos não pode ser taxada de retardada. Retardadas são as pessoas. Quando alguém fala que o tal José é um idiota que deve morrer. Eu não entendo nisso uma culpa a religião. Ninguém está amarrando o cara. Ele recusa o tratamento porque quer. POrque tem fé.
Como eu disse no post, ele ter fé tá beleza. ele pode acreditar no que bem entender, Se ele acha que Darth Vader do planeta Vulcano vaia parecer pra ele e o salvar no dia do Juízo final, ótimo. Se ele acredita no monstro do espaguete, ótimo também. Do meu ponto de vista não há a menor diferença. Por que? Porque eu não estou entrando na seara da fé. Meu foco está no indivíduo.
É por isso que eu disse e repito que se fosse comigo, eu ligava o foda-se e ia fazer a cirurgia. Como saber se o médico não estava inspirado por Deus ali para me dar uma chance de cura? Outra coisa, deus não faz milagres? A literatura está cheia de milagres, erros da matrix, seja lá como queira chamar. Quem garante pro tal José que o ferimento ia sangrar mesmo? E se a fé dele impedisse de acontecer?
Não pode? Ué, cadê a fé do cara?
Outra coisa, e neste caso, se Deus operou para Jesus converter água em vinho, não pode operar para o sangue se purificar?
Além disso, se deus criou o céu, a terra e todos os viventes, criou também o sangue. Se o homem é feito a imagem e semelhança do criador, o sangue é impuro?
O livro que a Carolina fez Ctrl+X/Crtl+V é muito bonito e tal, mas acrescenta pouco ao debate, porque parte de um monte de premissa errada para justificar algo injustificável, como eu temia.
A primeira delas é considerar verdade o que está na Bíblia. (Gênse, Noé? Puts!) Ora, isso é uma questão de fé. Qualquer pessoa mais esclarecida sabe que a Bíblia foi escrita e traduzida inúmeras vezes, e aquilo que está ali só foi ser escrito centenas de anos depois que as coisas aconteceram de fato. Levar ao pé da letra nos dias de hoje algo que é totalmente contraditório cheio de partes faltando e escrito por pessoas de todos os tipos em diferentes épocas é sacanagem…
Phil, respeito seu ponto de vista e afirmo que ele tem lógica sim! Como você disse é uma questão de acreditar ou não; vai de cada um. Não sei se você percebeu mais esses papos “religiosos” e “esotéricos” (como aquele seu conto do “espírito” que te perseguia) são UM dos mais comentados e vistos no blog. Acho que o blog tem abertura para debate e deve ser usado mais e mais.
Aliás peço desculpas, meus primeiros comentários e não o parabenizei pelo extraordinário site, sempre que dá, entro aqui pra ver o conteúdo. Não mude. E escreva mais, gosto dos seus textos. Ah, uma cois aque sempre tive curiosidade em perguntar: Já que você gosta de fazer bonecos, já teve a idéia de fazer um “mini-phil”? Você vende seus bonecos? xD
O que eu gostaria de dizer, e que espero que alguém ainda sintonize, é o seguinte:
Se você pegar o texto sagrado, desde a Gênese, e passar a ler os parágrafos assim, ou seja, colocando um sinal de interrogação ( ? ) diante de cada parágrafo, aqueles versículos vão virar perguntas.
E se você responder mentalmente a essas perguntas com toda sinceridade para com você mesmo, terá uma surpresa.
Ficará mais ou menos assim:
– Deus fez o mundo em 6 dias e descansou no sétimo?
– No inicio DEUS criou o homem?
– Ele fez o homem do barro?
– Deus criou a mulher a partir de uma costela do homem?
E assim por diante, até perceber que aquilo não tem sentido, é apenas uma encheção de linguiça para parecer douto diante de uma massa ignorante que PRECISA ser controlada para bem de um reino ou de um estado…
Aos Ufólogos, considerem o que a Bíblia fala sobre as estrelas: QUE EXISTEM PARA ILUMINAR O CÉU À NOITE!
Ou seja, todo o Universo em volta de um planetinha de décima quinta categoria foi criado apenas para servi-lo!
E olhe que o próprio DEUS EM PESSOA CRIOU O HOMEM À SUA IMAGEM E SEMELHANÇA – não é pretensão demais?
Todos sabem que primatas evoluiram de mamíferos, mamíferos de répteis e répteis de animais marinhos.
Humanidade, não está na hora de acordar, e deixar de lado essa mania de grandeza?
De que Deus criou um homem igual a si próprio, ou seja, de que você próprio é Deus?
E será que não foi mesmo o homem que criou um Deus à sua imagem e semelhança, para assim, torcendo os fatos, se sentir maior do que realmente é?
O que aconteceria se déssemos a real dimensão do que somos para nós próprios?
Talvez uma criatura como esse José Mestre não tivesse que sofrer tanto, causa da ignorância humana.
Talvez o povo na África não estivesse morrendo de fome e de AIDS.
Talvez os Estados Unidos não estivessem assando o mundo com efeito estufa.
Pobres homens com suas crenças ultrapassadas e obtusas, a se destruirem por causa delas.
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Olá tudo bem?
Seu site está nos meus favoritos muito legal.
Sou Testemunha de Jeová e as vezes me pergunto: Pq as pessoas falam mal sem ao mesmo saber o pq não fazemos transfusão de sangue? Vi nos comentários muitas pessoas falando mal das TJ, passamos nas casas das pessoas praticamente toda semana, será que essas pessoas que julgam não deveriam nos dar um direito de resposta, se tem dúvidas pergunte, não fale mal do que não conhece. Conheço várias pessoas que fizeram transfusão sem sangue, é um substituto do sangue.
Leia a explicação abaixo sem preconceitos.
Vou dar minha explicação:
1º Deus condenou o uso do sangue para os Cristãos -Atos 15:28, 29: “Pareceu bem ao espírito santo e a nós mesmos não vos acrescentar nenhum fardo adicional, exceto as seguintes coisas necessárias: de persistirdes em abster-vos de coisas sacrificadas a ídolos, e de sangue, e de coisas estranguladas [ou: abatidas sem se deixar escoar o sangue], e de fornicação. Se vos guardardes cuidadosamente destas coisas, prosperareis. Boa saúde para vós!” (Neste texto, o comer sangue é igualado à idolatria e à fornicação, coisas em que não devemos desejar empenhar-nos.)
2º É uma transfusão realmente o mesmo que comer sangue?
Num hospital, quando um paciente não consegue alimentar-se pela boca, ele é alimentado endovenosamente. Ora, será que alguém que jamais poria sangue em sua boca, mas que aceitasse sangue por meio de transfusão, estaria realmente obedecendo à ordem de ‘persistir em abster-se de sangue’? A título de comparação, considere o caso de um homem a quem o médico dissesse que precisa abster-se de álcool. Estaria ele obedecendo à ordem, se deixasse de beber álcool, mas fizesse que este lhe fosse injetado diretamente nas veias?
3º No caso de um paciente que recusa sangue, há tratamentos alternativos?
Com freqüência, uma simples solução salina, a solução de Ringer e o dextrano podem ser usados como expansores do volume do plasma, e estes estão disponíveis em quase todos os hospitais modernos. Na verdade, os riscos acompanhantes do uso de transfusões de sangue são evitados pelo uso dessas substâncias. O Canadian Anaesthetists’ Society Journal (de janeiro de 1975, p. 12) diz: “Os riscos da transfusão de sangue são as vantagens dos substitutos do plasma: evitar a infecção bacteriana ou viral, as reações transfusionais e a sensibilização ao fator Rh.” As Testemunhas de Jeová não têm objeção religiosa ao uso de expansores do plasma que não contenham sangue.
Na verdade, as Testemunhas de Jeová se beneficiam de tratamento médico melhor devido a não aceitarem sangue. Certo médico, escrevendo para o American Journal of Obstetrics and Gynecology (de 1.° de junho de 1968, p. 395), reconheceu: “Não resta dúvida de que a situação em que [o cirurgião] opera sem a possibilidade duma transfusão tende a melhorar a sua técnica cirúrgica. É um pouco mais ativo quanto a pinçar cada vaso que sangre.”
Todo tipo de cirurgia pode ser realizado com sucesso sem transfusão de sangue. Isto inclui cirurgias cardíacas a céu aberto, cirurgias cerebrais, amputação de membros e a extirpação total de órgãos cancerosos. Escrevendo para o New York State Journal of Medicine (de 15 de outubro de 1972, p. 2527), o dr. Philip Roen disse: “Nós não temos hesitado em realizar todo e qualquer processo cirúrgico indicado em face da proscrita reposição de sangue.” O dr. Denton Cooley, do Instituto de Cardiologia do Texas, EUA, disse: “Ficamos tão impressionados com os resultados obtidos [do uso de expansores do plasma que não contêm sangue] com as Testemunhas de Jeová que começamos a usar tal processo com todos os nossos pacientes cardíacos.” (Union de San Diego, EUA, de 27 de dezembro de 1970, p. A-10) “Cirurgias cardíacas ‘sem sangue’, a céu aberto, originalmente desenvolvidas para membros adultos da seita das Testemunhas de Jeová, porque a sua religião proíbe transfusões de sangue, foram agora adaptadas com segurança para serem utilizadas em procedimentos cardiológicos delicados, em bebês e crianças.” — Cardiovascular News, de fevereiro de 1984, p. 5.
Ah, só pra complementar, lembrei de algo muito importante. Um membro muito próximo da minha família teve câncer maligno no útero e em um estágio arriscado (demorou muito para que fosse identificado o câncer) e fez cirurgia sem sangue. Hoje ela é linda e nem parece que teve câncer, exceto pela pequena mancha da cicatriz na barriga. Acho que isso é um bom argumento. Outro ponto, ignorante é quem acha que só existe a transfusão de sangue como método. Modernizem-se.
depois de ler os comentarios gigantescos da Carolina eu fiquei pensando… o q leva um ser a escrever tudo isso??Resume tudo… nos primeiros paragrafos ja da pra saber o q vc quer falar, nao precisa encher a pagina desse modo!!
sobre o ultimo comentario que Yako fez eu me perguntei se Deus existe mesmo, ou pelo menos fez somente o citado na Bíblia..
@ Bi
Cara, primeiro eu não defendi alistamento, e olha sua atitude um tanto preconceituosa:
“Off: O comentário do exército é de lamentar (olha o cara apoiando o alistamento). Reparei agora.”
Cara e se eu achasse certo? Não é exatamente de você querer que sua opinião fosse respeitada e não ridicularizada que se baseiam seus comentários? Que atitude então é essa quanto à opinião dos outros?
Segundo, eu tive de me alistar, acho que todos que comentaram aqui tiveram, mesmo não concordando com alistamento compulsório. Isso não me fez nenhum mal além de algum tempo perdido nessa besteira, e acho que não vai ser esse o motivo pelo qual eu vou pro inferno…
Essa é uma discussão em que os dois lados sempre estão certos, e nunca vai haver consenso.
Acha certo matar outro individuo porque um governante determina que isso é o melhor para uma nação?
Ninguem tem o direito de tirar a vida de outro individuo.
Nao somos animais.
Deveriamos conviver o mais pacifico o possivel uns com outros…
E tem mais…
Essa historia de alistamneto compulsorio nao existe…
Se sua consciencia nao permite isso ( a matança, o odio…) vc pode entrar com uma açao por meio dum documento de objetor de consciencia e nao se alista…
Eu sou TJ, e fiz isso, e eu tenho o meu certificado de alistamento (CAM).
O mais engraçado e que vc condena a objeçao do sangue porque isso e falta de amor, mas acha que entrar numa instituiçao que esta pronta para exterminar os outros nao tem problema…
Reflita um pouco…
obs.:
As testemunhas de Jeova enfrentaram extrema perseguiçao ao longo da sua historia por causa disso…
Na 2 guerra, tanto TJ’s americanas quanto Alemas foram perseguidas por nao irem pra guerra.
As alemas foram para campos de concentraçao por causa disso….
Mas preferiram morrer do que se submeter ao nazismo e matar seus irmaos americanos…
Isso meu amigo e que e amor….
Até hoje tem TJ sendo presa na coreia do sul por causa do alistamento, porque o governo nao dispensa ou nao concede o serviço alternativo aos objetores de conciencia.
Deus não existe.
Sorry.
Se existir algum inferno, ele me pune e nos encontramos todos por lá, até mesmo o cara de pizza auto-vitimado.
Incrível que 200 anos depois de Darwin ainda exista isso…
Recomendo ler “Deus: um delírio” pra quem se interessar
Grande abraço. Nos vemos por lá, rsrsrs
Continuem assim TJ’s, vcs estarão extintos em breve, darwin awards pra vcs de montão. A imbecilidade tem seu preço, a vida é justa, lalala.
Caro Philipe,
Quem quer respeito, respeita. Vc tem todo o direito de crer ou descrer do que vc quiser. Mas daí a zombar ou rir das crenças dos outros, só pq vc não as entende ou pq não acredita nelas… Bom, isso é muito ruim!
Só essa reportagem já mostra a força do caráter desse homem e da nossa crença, que é compartilhada por sete milhões de pessoas pelo mundo afora (Além de uns 10 milhões de simpatizantes). Se crer no que nós cremos fosse bobagem ou uma coisa sem sentido, vc acha que esse homem se submeteria a viver assim? Não, claro que não!
E tanto Deus existe, que recompensou a fé dele, dando-lhe um médico que irá operá-lo sem sangue.
Philipe, eu gosto do seu site, sério. Gosto muito. Só peço que vc modere quando for falar de religião, qualquer que seja. É um tema delicado e ofende quando é mal colocado. Acho que nem é preciso dizer isso, né?
Lembre-se de como certas revistas, livros, filmes etc. mostraram os judeus ao resto do povo, na época da segunda guerra mundial. E lembre-se no que isso resultou. Pessoas inocentes sendo julgadas INJUSTAMENTE!
E mais, vc já leu a Bíblia, SEM PRECONCEITOS? Acho que não, né? E mais, qual premissa errada eu coloquei? Saiba, meu querido, que todos os pontos que eu coloquei são tirados de revistas médicas e científicas. Tanto não estão errados, que vc não apontou nenhum. E quanto á Bíblia ser contraditória… bem, vc acha isso porque nunca leu realmente a Bíblia e nem conversou A FUNDO com uma TJ sobre ela.
É muito fácil acreditar no que filósofos e supostos “entendidos” dizem sobre o livro sagrado. Eu não faço isso. Fiz faculdade (cursei jornalismo) e sempre tive uma mente crítica. Analizo a fundo tudo o que leio. Faça isso também! Não vai te fazer mal nenhum, sabia? Converse com uma TJ, qualquer uma. Mas converse sem preconceito, com a mente aberta.
Acredite, vc vai se surpreender.
Carolina Bastos e demais fundamentalistas religiosos, estou pasmo de ver as “opiniões democráticas” de vocês para com o colega Felipe e demais católicos “pés-no-chão”. Sério, dá-se a impressão que ou voltamos aos tempos das cruzadas ou que viramos o Irã. Lembrando que fundamentalismo=fanatismo religioso. E olha o preconceito aí nesse tipo de coisa gentem. Explico:
Vocês querem acreditar em algo? Estejam à vontade. Estamos em um país “democrático”, certo? Mas daí impor suas crenças para os outros é coisa de Aiatolás. Desculpem-me a franqueza de minha parte, mas tipos católicos “pés-no-chão”, ou Darwinistas como vocês adoram chamar, somos assim mesmo.
Querem acreditar que viemos da lama ao invés dos macacos? Ótimo acreditem, só não queiram que eu aceite tal blasfêmia, afinal, vir da lama para mim não é nadica “celestial”. Thanks, prefiro acreditar na “burra” da ciência que provou por meio de fósseis e de DNA que viemos do macaco (no caso, o Chimpanzé é o macaco com cromossomos mais próximo ao nosso).
Querem acreditar que uma simples transfusão de sangue é algo que lhe joga nno inferno (ou coisa assim)? Ótimo, acreditem mas quando vocês sofrerem algo, forem para um hospital e precisarem de tal coisa, irão falecer com certeza. Daí para onde vocês forem, não terão as opiniões de “pecadores” como eu e o Philipe para aborrecer-los.
Resumindo: Acreditem no que quiserem senhores, mas respeitem as opiniões dos outros. Parem de dar uma de comunistas e evangélicos e parem de taxar como “preconceituosos” quêm pensar diferente de vocês. Isso sim é coisa de gente preconceituosa. Hitler e Stalin que o digam.
Só um detalhe…
Não acreditamos num inferno de fogo onde as pessoas são atormentadas…
A palavra traduzida do hebraico para “inferno” e “seol” e do grego e “hades”.
Segundo a bíblia, essas palavra dão a entender que isso e um lugar para onde todos vão.
Isso e a sepultara comum da humanidade.
Isso mesmo, se voce for bonzinho, mauzinho ou seja la o que seja durante a vida, voce vai pro
seol, ou para o inferno.
A biblia diz em Ezequiel: “A alma que pecar, essa vai morrer…”
Eclesiastes 9:5 diz:”Os mortos não estão conscientes de absolutamente nada”
E diz também e Romanos:”O salario pago pelo pecado e a morte..”
Então resumindo: Se você morrer não vai sofrer nem ganhar nada.
MORREU, ACABOU…
NÃO TEM MAIS NADA…
INFERNO = SEPULTURA
Carolina. O livro no mundo que tem mais contradições (queira você ou não) é a Bíblia. É fácil apontar o dedo acusatório para todo e qualquer um que discordar da fé cristã. MAs como explicar essas claras contradições no livro sagrado?
Devemos Matar?
* Êxodo 20:13 “Não Matarás”
* Levítico 24:17 “Quem matar alguém, será morto”
vs.
* Êxodo 32:27 “mas teus servos passarão, cada um armado para a guerra, perante o SENHOR, como diz meu SENHOR.”
* I Samuel 6:19 “… feriu deles setenta homens; então o povo chorou, porquanto o Senhor fizera tão grande morticínio entre eles”
* I Samuel 15:2,3,7,8 “Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Castigarei a Amaleque pelo que fez a Israel…… Vai pois, agora e fere a Amaleque, destrói totalmente a tudo o que tiver; nada lhe poupes, porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos… Então feriu Saul os amalequitas… Tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas; porém a todo povo destruiu ao fio da espada.”
* Números 15:36 “Levou-o, pois, toda a congregação para fora do arraial, e o apedrejaram; e ele morreu, como o SENHOR ordenara a Moisés”
* Oséias 13:16 “Cairá à espada, seus filhos serão despedaçados, e suas mulheres grávidas serão abertas pelo meio.”
Para uma discussão sobre a defesa de os Mandamentos proibirem somente assassinatos, veja “Murder, He Wrote” (”Assassinato, Ele Escreveu”), capítulo 27 (Losing Faith In Faith: From Preacher To Atheist).
Devemos Mentir?
* Êxodo 20:16 “Não dirás falso testemunho contra teu próximo”
* Provérbios 12:22 “Os lábios mentirosos são abomináveis ao SENHOR.”
vs.
* I Reis 22:23 “Eis que o SENHOR pôs o espírito mentiroso na boca de todos estes teus profetas, e o SENHOR falou o que é mau contra ti.”
* II Tessalonicenses 2:11 “É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira.”
Also, compare Joshua 2:4-6 with James 2:25.
Devemos Roubar?
* Êxodo 20:15 “Não furtarás”
* Levítico 19:13 “Não oprimirás o teu próximo nem o roubarás.”
vs.
* Êxodo 3:22 “e despojareis os egípcios.”
* Êxodo 12:35-36 “Fizeram, pois os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés… E despojaram os egípcios.”
* Lucas 19:29-34 “[Jesus] enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia fronteira e ali, ao entrar, achareis preso um jumentinho que jamais homem algum montou; soltai-o e trazei-o. Se alguém vos perguntar: Por que o soltais? respondereis assim: Porque o Senhor precisa dele. E indo os que foram mandados, acharam segundo lhes dissera Jesus. Quando eles estavam soltando o jumentinho, seus donos lhes disseram: Por que o soltais? Responderam: Porque o SENHOR precisa dele.”
Sempre aprendi desde criança que pegar algo sem pedir é roubo.
Devemos Guardar o Sábado?
* Êxodo 20:8 “Lembra do dia de sábado, para o santificar.”
* Êxodo 31:14 “Portanto guardareis o sábado porque é santo para vós outros: aquele que o profanar, morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo.”
* Êxodo 31:15 “Qualquer que no dia do sábado fizer algum trabalho, certamente será morto.”
* Números 15:32,36 “Estando pois os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado… o trouxeram a Moisés e a Arão…o SENHOR disse a Moisés: Tal homem será morto…e o apedrejaram; e ele morreu, como o SENHOR ordenara a Moisés.”
vs.
* Isaias 1:13 “O incenso é para mim abominação, e também as luas novas, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene.”
* João 5:16 “E os judeus perseguiam a Jesus porque fazia estas cousas no sábado.”1
* Colossenses 2:16 “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados.”
Devemos Fazer Imagens Sagradas?
* Êxodo 20:4 “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima dos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.”
* Levítico 26:1 “Não fareis para vós outros ídolos, nem vos levantareis imagens de escultura nem coluna, nem poreis pedra com figuras na vossa terra, para vos inclinardes a ela.”
* Deuteronômio 27:15 “Maldito o homem que fizer imagem de escultura, ou de fundição.”
vs.
* Êxodo 25:1,2,18 “Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta…Farás dois querubins de ouro; de ouro batido farás, nas duas extremidades do propiciatório.”
* I Reis 7:15,16,23,25 “[O Rei Salomão] Formou duas colunas de bronze; A altura de dezoito côvados, e um fio de doze côvados era a medida de sua circunferência. Também fez dois capitéis de fundição de bronze…Fez também o mar de fundição, redondo, de dez côvados duma borda até à outra borda, e de cinco de alto; e um fio de trinta côvados era a medida de sua circunferência. [e assim por diante].”2
Somos Salvos Por Obras?
* Efésios 2:8,9 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”
* Romanos 3:20,28 “Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei…Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independente das obras da lei.”
* Gálatas 2:16 “Sabendo contudo que, o homem não é justificado por obras da lei, e sim, mediante a fé em Cristo Jesus, também nós temos crido em Cristo Jesus, para que fossemos justificados pela fé e, Cristo e não por obras da lei, pois por obras da lei ninguém será justificado.”
vs.
* Tiago 2:24 “Verificais que uma pessoa é justificada por obras, e não por fé somente.”
* Mateus 19 16-21 “E eis que alguém, aproximando-se lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus…guarda os mandamentos…Replicou-lhe o jovem:Tudo isso tenho observado; que me faltas ainda? Disse lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem, e segue-me.
A defesa usual aqui é que “nós somos salvos pela fé e pelas obras”. Mas Paulo disse “não vem das obras”
Boas Obras Devem Ser Vistas?
* Mateus 5:16 “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que estás no céus.
* I Pedro 2:12 “Mantendo exemplar o vosso procedimento para com os gentios, para que…observando-vos em vossas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação.”
vs.
* Mateus 6:1-4 “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte não tereis galardão junto de vosso Pai Celeste…para que tua esmola fique em secreto: e teu Pai que vê em secreto te recompensará.”
* Mateus 23:3,5 “Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles [Fariseus] vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras…Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens.”
Devemos Ter Escravos?
* Levíticos 25:45-46 “Também os comprareis dos filhos dos forasteiros que peregrinam entre vós,… e vos serão de possessão…perpetuamente os fareis servir.”
* Gênesis 9:25 “E [Noé] disse: Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos.”
* Êxodo 21:2,7 “Se comprares um escravo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo sairá fôrro de graça…Se um vender sua filha para ser escrava, esta não lhe sairá como saem os escravos.”
* Joel 3:8 “Venderei vossos filhos e vossas filhas aos filhos de Judá, e estes aos sabeus, a uma nação remota, porque o SENHOR o disse.”
* Lucas 12:47,48 [Jesus falando] “Aquele servo porém que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade; será punido com muitos açoites. Aquele, porém que não soube a vontade do seu senhor e fez cousas dignas de reprovação, levará poucos açoites.”
* Colossenses 3:22 “Servos obedecei em tudo a vossos senhores.”
vs.
* Isaias 58:6 “Desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo.”
* Mateus 23:8-10 “Vós, porém não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre…porque um só é vosso Guia, o Cristo.”
Versos da bíblia a favor da escravidão foram citados por muitas igrejas no Sul (dos EUA) durante a Guerra Civil, e foram usados por alguns teólogos na Igreja Reformada Holandesa para justificar o apartheid na África do Sul. Há muito mais versos pró-escravidão do que os citados aqui.
Deus Muda de Opinião?
* Malaquias 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo.”
* Números 23:19 “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? ou tendo falado, não o cumprirá?”
* Ezequiel 24:14 “Eu, o SENHOR, o disse: Será assim, e assim e eu o farei; não tornarei atrás, não pouparei nem me arrependerei.”
* Tiago 1:17 “…descendo do Pai das Luzes, em que não pode existir variação, ou sombra de mudança.”
vs.
* Êxodo 32:14 “Então se arrependeu o SENHOR do mal que dissera havia de fazer ao povo.”
* Gênesis 6:6,7 “Então se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra…Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei…porque me arrependo de os haver feito.”
* Jonas 3:10 “E Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria, e não o fez.”
Veja também II Reis 20:1-7, Números 16:20-35, Números 16:44-50.
Em Gênesis 18:23-33, tenta barganhar com o SENHOR sobre o numero mínimo de justos requeridos em Sodoma para que a mesma não fosse destruída, o numero de 50 baixou para 10. (Um Deus onisciente deveria ter sabido que estava jogando com as esperanças de misericórdia de Abraão – ele destruiu a cidade assim mesmo.)3
Somos Punidos Pelo Pecado de Nossos Pais?
* Êxodo 20:5 “Porque eu sou o SENHOR teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.” (repetido em Deuteronômio 5:9)
* Êxodo 34:6-7 “…SENHOR Deus compassivo, clemente…ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos, e nos filhos dos filhos até a terceira e quarta geração.”
* I Coríntios 15:22 “Porque assim como em Adão todos morrem…”
vs.
* Ezequiel 18:20 “…O filho não levará a iniqüidade do pai…”
* Deuteronômio 24:16 “Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais: cada qual será morto pelo seu pecado.”
Deus é Bom ou é Mal?
* Salmos 145:9 “Deus é bom para todos…”
* Deuteronômio 32:4 “…Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é Justo e reto.”
vs.
* Isaias 45:7 “Eu formo a luz, e crio as trevas; faço a paz, e crio o mal; eu o SENHOR, faço todas estas cousas.” See “Out of Context” for more on Isaiah 45:7.
* Lamentações 3:38 “Acaso não procede do altíssimo assim o mal como o bem?”
* Jeremias 18:11 “…Assim diz o SENHOR: Eis que estou forjando mal e formo um plano contra vós outros…”
* Ezequiel 20:25,26 “Pelo que também lhes dei estatutos que não eram bons, e juízos pelos quais não haviam de viver; e permiti que eles se contaminassem com seus dons sacrificiais, como quando queimavam a fogo tudo o que abre a madre, para horrorizá-los a fim de que soubessem que eu sou o SENHOR.”
Deus Prova as Pessoas?
* Tiago 1:13 “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta.”
vs.
* Gênesis 22:1 “Depois dessas cousas pôs Deus Abraão à prova…”
Deus é Pacifico?
* Romanos 15:33 “E o Deus da paz seja com todos vós.”
* Isaías 2:4 “Estes converterão as suas espadas em relhas de arados, e suas lanças em podadeiras: uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais guerra.”
vs.
* Êxodo 15:3 “O SENHOR é homem de guerra.”
* Joel 3:9-10 “…Apregoai guerra santa; suscitai os valentes; cheguem-se, subam todos os homens de guerra. Forjarei espadas de vossas relhas de arado, e lanças de vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte.”4
Jesus Era Pacifico?
* João 14:27 “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.”
* Atos 10:36 “Esta é a palavra que Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando-lhes o evangelho da paz, por meio de Jesus cristo.”
* Lucas 2:14 “…E paz na terra entres os homens…”
vs.
* Mateus 10:34-36 “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. assim os inimigos do homem serão os da sua própria casa.”
* Lucas 22:36 “Então lhes disse…o que não tem espada, venda sua capa e compre uma.”
Jesus Era Confiável?
* João 8:14 “Posto que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro…”
vs.
* João 5:31 “Se eu testifico a respeito de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro.”
Para a versão em inglês da bíblia, as palavras “Record” e “witness” dos versos acima provém da mesma palavra grega (martyria), que significa “testemunha”.
Devemos Insultar as Pessoas?
* Mateus 5:22 “…E quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.” [Jesus falando]
vs.
* Mateus 23:17 “Insensatos e cegos…” [Jesus falando]
* Salmos 14:1 “Diz o insensato no seu coração: não há Deus.”
Alguém Já Viu Deus?
* João 1:18 “Ninguém jamais viu a Deus.” repetido em I João 4:12
* Êxodo 33:20 “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá.”
* João 6:46 “Não que alguém tenha visto ao pai, salvo aquele que vem de Deus [Jesus]; este o tem visto.”
* I John 4:12 “Ninguém jamais viu a Deus.”
vs.
* Gênesis 32:30 “Vi a Deus face a face.”
* Êxodo 33:11 “Falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo.”
* Isaías 6:1 “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o SENHOR assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo.”
* Jó 42:5 “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.”
Quantos Deuses Existem?
* Deuteronômio 6:4 “O SENHOR vosso Deus é o único.”
vs.
* Gênesis 1:26 “Também disse Deus: Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança.”
* Gênesis 3:22 “Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal.”5
* I João 5:7 “E há três que dão testemunho no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo: e esses três são um.”6
Não ajuda muito dizer que a terceira pessoa utilizada se refere ao “nós” proveniente da autoridade. Tal uso implica a inclusão de todas as autoridades sob a liderança do rei. Invocar a Trindade não resolve nada, pois tal idéia é mais contraditória que o problema que tenta resolver.
Todos Somos Pecadores?
* Romanos 3:23 “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.”
* Romanos 3:10 “Como está escrito: Não há justo, nem sequer um.”
* Salmos 14:3 “…Não há quem faça o bem, não há nenhum sequer.”
vs.
* Jó 1:1 “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem integro e reto, temente a Deus.”
* Gênesis 7:1 “Disse o SENHOR a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração.”
* Lucas 1:6 “Ambos eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do SENHOR.”
Qual a Idade de Acazias?
* II Reis 8:26 “Acazias tinha vinte e dois anos quando começou a reinar.”
vs.
* II Crônicas 22:2 “Tinha quarenta e dois anos quando começou a reinar [Acazias].”
Devemos Fazer Juramento?
* Números 30:2 “Quando um homem fizer voto ao SENHOR, ou juramento… não violará a sua palavra; segundo tudo que prometeu fará.”
* Gênesis 21:22-24,31 “Agora, pois, jura-me aqui por Deus que não me mentiras…Respondeu Abraão: Juro…Por isso se chamou aquele lugar Berseba, porque ali juraram eles ambos.”
* Hebreus 6:13-17 “Pois quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo…Pois os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim toda contenda. Por isso quando Deus quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento.”
Veja também Gênesis 22:15-19, Gênesis 31:53, e Juizes 11:30-39.
vs.
* Mateus 5:34-37 “Eu porém vos digo: De modo algum jureis: Nem pelo céu, por ser o trono de Deus…nem pela terra…nem jures pela tua cabeça…Seja porém a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.”
* Tiago 5:12 “…não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto; antes seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não, para não cairdes em juízo.”
Quando Jesus Foi Crucificado?
* Marcos 15:25 “Era a hora terceira quando o crucificaram.”
vs.
* João 19:14-15 “E era a parasceve[sexta feira] pascal, cerca da sexta hora; e disse aos judeus: Eis aqui vosso rei. Eles porém clamaram…crucificai-o.”
Uma defesa ad hoc para esta contradição é que havia dois métodos de contar o tempo. Nunca se mostrou que este seria o caso aqui.7
Devemos Obedecer a Lei?
* I Pedro 2:13 “Sujeitai-vos a toda autoridade humana . . . quer ao rei, como soberano, quer aos governadores.”
* Mateus 22:21 “Dai, pois, a César o que é de César.”
Veja também Romanos 13:1,7 e Tito 3:1.
vs.
* Atos 5:29 “Importa antes obedecer a Deus que aos homens.”
Quantos Animais Haviam na Arca?
* Gênesis 6:19 “De tudo o que vive, de toda carne, dois e cada espécie, macho e fêmea, farás entrar na arca.”
* Gênesis 7:8-9 “Dos animais limpos, e dos animais imundos, e das aves, e de todo réptil sobre a terra, entraram para Noé, na arca, de dois em dois, macho e fêmea, como Deus lhe ordenara.”
* Gênesis 7:15 “De toda a carne, em que havia fôlego de vida, entraram de dois em dois para Noé na arca.”
vs.
* Gênesis 7:2 “De todo animal limpo levarás contigo sete pares: o macho e sua fêmea; mas dos animais imundos, um par: o macho e sua fêmea.”8
O Homem e a Mulher Foram Criados Iguais?
* Gênesis 1:27 “Criou Deus pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”
vs.
* Gênesis 2:18,23 “Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só: farlhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea…E disse o homem: Esta, afinal é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.”
As Árvores Foram Criadas Antes dos Humanos?
* Gênesis 1:12-31 “A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie, e árvores que davam fruto cuja semente estava nele, conforme a sua espécie…Houve tarde e manhã, o terceiro dia…Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem…Houve tarde e manhã, o sexto dia.”
Vs
* Gênesis 2:5-9 “Não havia nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma planta do campo havia brotado; porque o SENHOR Deus não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo. Então formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra…E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradável à vista e boa para alimento.”9
Mical Teve Filhos?
* II Samuel 6:23 “E Mical, filha de Saul não teve filhos, até o dia de sua morte.”
vs.
* II Samuel 21:8 “Mas o rei tomou os dois filhos de Rizpa . . . e os cinco filhos de Mical filha de Saul.”10
Quantos Cavalos Tinha Salomão?
* I Reis 4:26 “Tinha Salomão quarenta mil cavalos em estrebarias para os seus carros.”
vs.
* II Crônicas 9:25 “Tinha Salomão quatro mil cavalos em estrebarias para os seus carros.”
Os Homens de Saulo Ouviram Uma Voz?
* Atos 9:7 “Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo contudo, ninguém.”
vs.
* Atos 22:9 “Os que estavam comigo viram a luz, sem contudo perceber o sentido da voz de quem falava comigo.”11
(Para mais detalhes sobre esta contradição, com uma análise de lingüística das palavras gregas, veja “Did Paul’s Men Hear A Voice?”? por Dan Barker, publicado no The Skeptical Review 1994#1, o texto é em inglês.)
Deus é Onipotente?
* Jeremias 32:27 “Eis que eu sou o SENHOR, o Deus de todos os viventes; acaso haveria cousa demasiadamente maravilhosa para mim?”
* Mateus 19:26 “Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível.”
vs.
* Juizes 1:19 “Esteve o SENHOR com Judá, e este despovoou as montanhas; porém não expulsou os moradores do vale, porquanto tinham carros de ferro.”
Deus Vive na Luz?
* I Timóteo 6:15-16 “…O Rei dos reis e o Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem nenhum jamais viu.”
* Tiago 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descende do pai das luzes…”
* João 12:35 “Disse-lhes então Jesus: . . . pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai.”
* Jó 18:18 “Da luz o lançarão nas trevas [os ímpios], e o afugentarão do mundo.”
* Daniel 2:22 “Ele [Deus] revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.” Veja também Salmos 143:3, II Corintios 6:14, e Hebreus 12:18-22.
vs.
* I Reis 8:12 “Então disse Salomão: O SENHOR declarou que habita em trevas espessas.” (Repetido em II Crônicas 6:1)
* II Samuel 22:12 “Por pavilhão pôs, ao redor de si, trevas, ajuntamento de águas, nuvens dos céus.”
* Salmos 18:11 “Das trevas fez um manto em que se ocultou; escuridade de águas e espessas nuvens dos céus eram o seu pavilhão.”
* Salmos 97:1-2 “Reina o SENHOR, Regozije-se a terra…nuvens e escuridão o rodeiam.”
Deus Aceita Sacrifício Humano?
* Deuteronômio 12:31 “Não farás assim ao SENHOR teu Deus, porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses: pois até a seus filhos e suas filhas queimaram com fogo aos seus deuses.”
vs.
* Gênesis 22:2 “Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.”
* Êxodo 22:29 “Não tardarás em trazer ofertas do melhor das tuas ceifas e das tuas vinhas; o primogênito de teus filhos me darás.”
* Juizes 11:30-39 “Fez Jefté um voto ao SENHOR, e disse: Se, com efeito, me entregares os filhos de Amom nas minhas mãos, quem primeiro na porta de minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso dos filhos de Amom, esse será do SENHOR, e eu o oferecerei em holocausto. Assim Jefté foi de encontro aos filhos de Amon…e o SENHOR os entregou nas mãos de Jefté…vindo, pois, Jefté a Mispa, a sua casa, saiu-lhe a filha ao seu encontro, com adufes e com danças…ao fim de dois meses, tornou ela para seu pai, o qual lhe fez segundo o voto por ele proferido; assim ela jamais foi possuída por varão.”
* II Samuel 21:8-14 “Porém tomou o rei [Davi] os dois filhos de Rispa…também os cinco filhos de Merabe12…e os entregou nas mãos dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte perante o SENHOR; caíram os sete juntamente. Foram mortos nos dias da ceifa…depois disto Deus se tornou favorável para com a terra.”
* Hebreus 10:10-12 “…temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas… Jesus, porém, tendo oferecido para sempre, um único sacrifico pelos pecados, assentou-se à destra de Deus.”13
* I Corinthians 5:7 ” . . . Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado.”
Quem Foi o Pai de José?
* Mateus 1:16 “E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus.”
vs.
* Lucas 3:23 “Ora tinha Jesus cerca de trinta anos ao começar o seu ministério. Era, como se cuidava, filho de José, filho de Heli.”14
Fonte:http://str.com.br/Atheos/contradicoes.htm
Será que ele era mesmo fiel? será que ele tinha fé?
Vocês não sabem o que estão falando, Deus cura, mas também ele não vai curar ninguem de graça!!!
Pensem e reflitem!!! :X
Nossa,prefiro 1000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 vezes 1 trilhão morrer do que ficar com essa cara Nuss :omg:
ahh… verdade eu li ou na Super Interessante ou na Mundo Estranho esse ngc de não “comereis sangue”.. e por isso que eles nao podem fzr o transplante ou essas coisas do gênero…
Pergunta: Isso vale pra galinha a cabidela? o.o
Muito esclarecedor esse post sobre contradições.
zzzzzzzzzzz… aki existe um misto de “debatedores” e “debochadores”, pessoas que querem explicar suas crencas e aqueles que so querem polemizar. Tem certas coisas que nao adianta tentar explicar… nem entender…
Olás! Vou só perguntar duass coisas ao TJ, Quando a Bïblia foi escrita? Existiam na época transfusões de sangue? Vocês seguem um livro um pouquinho desatualizado…o mundo mudou depois do dilúvio…
Isso é montagem ^-^
acha q se fizessem uma nova biblia com pessoas + inteligentes q antigamente, acho q daria mais dinheiro e enganaria + gente hj em dia, imagina.. uma coisa velha ja faz uma lavagem cerebral q todo mundo ve hj em dia, imagina uma coisa atual?
se bem q a biblia ta sempre mudando pra se adequar isso prova q deus disse coisas q n devia agora ficam mudando kkkkkk
Meo, parabéns para o Yako e parabéns para o Philipe das contradições. Ótimos posts. Um simples “não” à ignorância e um pacífico “jamais” ao fanatismo.
“O que aconteceria se déssemos a real dimensão do que somos para nós próprios?”
Estou num dia bom hoje, mas normalmente eu também digitaria:
“Teve o que mereceu”. Pobre homem do tumor…
Espero que consiga alguma coisa agora, mesmo que tarde.
Parabéns ao blog, como sempre!
(y)
Nao consigo entender esta mentalidade das testemunhas de jeová. Acho lastimável, digno de pena.
E é realmente uma ladainha sem fim, como aqueles outros tantos testemunhas de jeová que batem de porta-em-porta tentando pregar a tal da “palavra” .
Acredito que já vi o bastante; Primeiro eram as pessoas bem simples que quase nao tinham o que comer, mas estavam lá na igreja de roupa e sapato novos afinal, a frase “voce é o que voce come” perdeu seu posto para “voce é o que voce veste” ; Como a quantidade de “analfabetos funcionais” (devido ao sistema de ensino falho que dá a possibilidade à um aluno de passar p o próximo ano sem realmente ter absolvido tudo o que deveria) aumenta a quantidade de pessoas que se convertem para estas “pseudo-religioes”. triste é que tais pastores ainda preparam os coitados de pessoas que conseguem enxergar toda esta mentira dizendo que os mentirosos somos nós!
Cara, converso com Deus todos os dias antes de dormir. Ele nao me deixa na mao e depois de visitar tantas religioes diferentes, percebi que o importante é ele estar dentro de voce e nao que existe a necessidade de ir à alguma igreja para visitá-lo.
E aí, entendeu ou quer que eu desenhe?!
Eu nao li estes post imensos nao…cada um tem a sua crença , eu respeito, mas o que explica a pessoa sofrer de uma doença quando se existe a cura?
* sem contar que eles batem de porta em porta as 8hs da manhã enchendo o saco e as mulheres nao raspam em baixo do braço…a droga falei xD :(
Cara burro, porcausa do que o pastor disse ele resolveu ficar com um monte de escrotos na cara, ainda tinha chance de restaurar o rosto antes, mas agora ja era, tudo porcausa desses pastores vagabundos e ladrões. Aposto que o pastor que disse isso pra ele, quando olha pra cara dele agora, se mata de dar risada e pensa: eeee esses crentes são uns otários mesmo… Afinal todo mundo sabe que entre os crentes os únicos que saem ganhando são os pastores.
Eu acho que cada um tem a religião que quiser e também acredita no que melhor lhe convir, mas por favor parem de tentar convencer as pessoas do que é certo ou errado! Se vocês acham que é errado receber transfussões sanguíneas, tudo bem, é a opinião de vocês! Mas, não a minha! Eu acho isso um absurdo!
O problemas dos TJ’s, crentes e afins é tentar convencer as pessoas de que só a religião ou pensamentos deles prestam.
Querem acreditar que não devem receber transfussões sanguíneas… Problema de vocês! Parem de tentar convencer as pessoas do que para muitos parece absurdo! Ou vocês têm necessidade de auto afirmarem o que acreditam?!
Comentários entristecedores…. pessoas assim um dia precisarão da verdade e buscarão por ela, mais será tarde , pois o tempo do fim está próximo e virá como um ladão, sem avisos e todos serão julgados pelos seus atos, pelas palavras fúteis e pelos pensamentos hipóritas que um dia tiveram… não julgues para que não sejais julgados…. Jeová é um Deus Misericordioso e em breve logo esse sistema terá fim e nós como suas Testemunhas, poderemos em fim viver para fazer a tua vontade Pai Jeová…. Senhor …tenham piedade destes…eles não sabem o que falam …..