Imagine um mundo onde a inteligência artificial não apenas analisa o presente, mas também projeta o futuro, incluindo momentos cruciais, como a hora da sua morte. É exatamente isso que um grupo internacional de pesquisadores alcançou com o Life2vec, um modelo de transformador revolucionário treinado para prever diversos aspectos da vida humana, sobretudo seu fim.
Desenvolvido por uma equipe de cientistas dinamarqueses e americanos, o Life2vec foi alimentado com uma enorme quantidade de dados demográficos e de saúde de seis milhões de pessoas na Dinamarca. Informações como hora de nascimento, níveis de escolaridade, histórico educacional, salário, condições de habitação e detalhes sobre a saúde foram utilizados para treinar o modelo de IA. Depois verificou-se o que ela conseguia prever com isso.
Os resultados foram surpreendentes.
O Poder da Previsão: Life2vec e a Hora da Morte
Em testes realizados em um grupo de pessoas com idades entre 35 e 65 anos, dos quais metade faleceu entre 2016 e 2020, o Life2vec demonstrou uma precisão notável. Com uma taxa de acerto de insanos 78%, o modelo conseguiu prever quem viveria e quem não sobreviveria.
Essa capacidade de antecipação, especialmente em eventos tão delicados quanto a mortalidade, levanta questões sobre o alcance e o impacto da inteligência artificial em nossas vidas.
A liderança do professor Sune Lehmann Jørgensen, da Universidade Técnica da Dinamarca, enfatiza que o Life2vec foi treinado exclusivamente com dados dinamarqueses. Portanto, a aplicabilidade dos resultados pode variar para pessoas de outros países.
Ele também destaca a importância ética, sugerindo que modelos como esse não devem ser utilizados por seguradoras, pois a premissa do seguro é compartilhar o risco desconhecido.
O cientista diz isso, mas no “pau da goiaba” a gente sabe que o que vai acontecer é que os planos de saúde, (normalmente os mais canalhas da face da Terra depois dos políticos) vão negar seguro e/ou aumentarão estratosfericamente o preço ao saberem esses dados.
Ética e Utilização Responsável: Desafios do Life2vec
Embora o Life2vec não esteja atualmente disponível para o público em geral, os criadores suspeitam que modelos semelhantes já estão em uso por grandes empresas de tecnologia. O professor Jørgensen expressa preocupação com o potencial uso indevido dessas tecnologias e aconselha cautela em sua implementação.
“É evidente que nosso modelo não deve ser utilizado por uma seguradora”, adverte o professor Jørgensen. Ele destaca que a ideia do seguro é baseada na partilha do desconhecido, e utilizar tal predição para propósitos comerciais pode desvirtuar essa premissa fundamental.
Benefícios e Desafios: O Caminho Adiante
Embora as implicações éticas da previsão precisa da IA possam gerar debates intensos, a equipe por trás do Life2vec vê benefícios potenciais. A capacidade de identificar mecanismos que impactam os resultados da vida pode abrir portas para intervenções personalizadas.
Claro, o trabalho dele como cientista é empurrar as fronteiras mesmo. Os governantes é que precisam ter culhão para regulamentar o uso. Mas aqui no Brasil pelo menos, a gente sabe como é. A sacanagem vai ser inexorável. A tecnologia vai foder muito a vida do povo antes de ajudar.
A equipe destaca a possibilidade de descobrir estratégias que ajudem a evitar mortes prematuras, transformando essa inovação em uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida.
No entanto, a questão ética permanece, e a sociedade precisa enfrentar os desafios associados a tecnologias tão poderosas. Enquanto nos aventuramos nesse território desconhecido da inteligência artificial preditiva, é crucial equilibrar a inovação com a ética, garantindo que o progresso beneficie a humanidade de maneira responsável.