Hoje em dia, as Barbies ainda vendem muito, mas já existe uma concorrência enorme na área de bonecas infantis. Acho que foi durante a década de 80 que a Barbie nadou de braçada aqui no Brasil, com vendas astronômicas a cada ano que passava.
Eu me lembro muito claramente como era interessante ver as escolas repletas de brinquedos nos dias letivos após o dia das crianças. Enquanto os meninos ganhavam bolas, falcons, comandos em ação, robôs, carrinhos de controle remoto, patinetes, e o escambau a 4, (menos bicicleta que naquele tempo era caro e eu só via alguém ganhar no natal), a maioria das meninas que eu via na escola surgiam com suas Barbies.
Não era somente uma boneca. Era todo um universo da Barbie. Eu acho que me lembro de pensar em como as meninas pareciam idiotas ganhando uma mesma boneca, com a mesma cara e só roupas diferentes, ano após ano, enquanto nosso arsenal de comados em ação e falcons crescia, com bonecos que eram sempre diferentes, mesmo que muitas vezes a diferença fosse só uma barbinha. Mas a Barbie… Porra, a Barbie tinha até o mesmo nome e eles nem disfarçavam!
Aquilo me parecia totalmente sem pé nem cabeça e me dava um vislumbre preliminar de quão complexo o universo feminino já começava a se mostrar desde o início.
Claro que eu ainda não tinha instrumentos para mensurar o quanto interessante aquilo poderia ser para o cérebro coletor feminino… Juntar todas as versões, modelos, estações do ano, a casa, o carro, o cachorro, e de quebra um Ken ou outro para formar uma mini-sociedade de consumo que gira ao redor de uma figura feminina que projeta uma certa perfeição. Surgiam ali as Barbies profissionais, as Barbies gravidas, e aquele era um brinquedo que mais que colecionar permitia que as meninas produzissem enredos onde cada boneca tinha uma personalidade. Como menino, ainda sem irmãs, eu era limitado pelo universo masculino e tinha grande dificuldade de entender como que pode ser interessante uma brincadeira de Barbie onde elas não saem na porrada, não resgatam um explorador que caiu num desfiladeiro mortal cheio de criaturas aterrorizantes, como o chinelo do meu avô e nem explodem o QG inimigo feito com as sobras do jornal do domingo e uma caixa de sapatos velha.
De uma forma ou de outra, a Barbie é mais que somente uma boneca. É um ícone mundial. Pouca gente sabe, no entanto, que a Barbie original era baseada numa boneca erótica.
A Barbie foi concebida por Ruth Handler e o seu marido Elliot Handler em 1959. Eles tinham uma filha de nome Barbara (por isso a boneca se chama Barbie, que era o apelido da filha deles). O casal um belo dia percebeu que Barbara brincava apenas com bonecas bebês quando criança. E ela era apaixonada por bonecas. Quando cresceu, já pré-adolescente, seu pai observou que Barbara ainda brincava com as suas bonecas de bebê. Então, a sua mãe, Ruth Handler, teve a ideia de criar uma boneca adolescente. O primeiro conceito da Barbie foi baseado numa boneca erótica alemã. Segundo a história, ela foi construída na garagem do casal. Mas a verdade é que a barbie era descaradamente “chupada” da boneca original, a Lili Doll. Sim, amigo, a Barbie era copiada, ao ponto que a empresa alemã que fazia a bonequinha erótica processou a empresa do casal, a Mattel, e ganhou a indenização.
No início de sua carreira de sucesso, o casal donos da Mattel vendia cada Barbie por 3 dólares e a primeira tiragem da Barbie foi de 340.000 bonecas. O sucesso só cresceu. Por conta disso, foram criadas outros modelos de Barbies (como a barbie dançarina) e logo a boneca também ganhou uma família: em 1961 chegava às lojas seu namorado Ken. Estima-se cerca de 1 bilhão bonecas Barbie já tenham sido produzidas, e há mais de 100.000 colecionadores oficiais da Barbie.
Ao longo de todos estes anos, Ken também sempre acompanhou a moda da época, e variava o corte do cabelo de acordo com o último estilo. E vivia no mundo da moda. A Barbie também foi a primeira boneca a ser maquiada e a receber acessórios. Continuou a sua trajetória em 1960, lançando novos modelos, cada vez mais inspirados na moda contemporânea.
Desde os anos 80, começaram a aparecer alguns modelos limitados da Barbie, verdadeiras relíquias voltadas para o mercado (em expansão) de colecionadores. Essas Barbies são de várias épocas, reproduzidas com riqueza de detalhes. São modelos que, de alguma forma, fazem uma homenagem, lembrando alguém ou alguma época, como a Barbie patriota, de roupa militar da revolução americana do século XVIII. Fazem parte desse universo também as Barbies de fantasia, vestidas de fada, pássaro ou anjo, assim como as Barbies de “carreira”, como a de bailarina (que teve várias versões, em 1961, 73, 76, 91 e 98), cantora, pianista, médica, professora, policia, piloto, astronauta, etc.
Nos anos 80, surgiu a coleção étnica, com modelos vestidas de roupas típicas de vários países, como México, Chile, Jamaica, Brasil, Inglaterra, Holanda, França, Itália, Japão e Nigéria. E nos anos 90, foi criada uma coleção focada no universo da alta-costura, pelos designers da Mattel, inspirados em grandes costureiros, como Givenchy. Aliás, muitos estilistas famosos vestiram a boneca em várias ocasiões, como Christian Dior, Coco Chanel, Donna Karan, Giorgio Armani, John Galliano, entre muitos outros, e também marcas como a Gucci ou a Levis.
Apém de tudo isso, a Mattel gerou homenagens aos clássicos do cinema, teatro e televisão. Dessa forma, surgiram as versões de Barbie e Ken, como Romeu e Julieta, O Mágico de Oz, Star Trek e Toy Story, tal como algumas divas, Marilyn Monroe, Audrey Hepburn, Elizabeth Taylor e Vivien Leigh, que tiveram Barbies vestidas à imagem das suas personagens mais famosas. Também foram criadas Barbies inspiradas em series de TV como I Love Lucy e Jeannie é um Gênio. Ou filmes como Grease, High School Musical, E o Vento Levou, entre outros.
Com tantas variações e acessórios infinitos, é de se imaginar que alguém deve gastar todo dinheiro que tem (e que não tem) só para comprar tudo da Barbie.
Este post é sobre Bettina Dorfmann, a maior colecionadora de Barbies do mundo.
Bettina Dorfmann, é uma alemã que vive em Dusseldorf, Alemanha. Ela figurará na edição de 2013 do Guinness Book por sua inacreditável coleção, com nada menos que 15.000 itens da Barbie! Bettina começou a colecionar Barbies em 1993 e não parou mais.
As Barbies de Bettina vem de diversas procedências. Bettina costuma perguntar às pessoas se elas tem alguma bonecas antiga da Barbie para vender ou dar de presente. Ela também procura por Barbies em praticamente todos os lugares em, que vai. Não tardou a começar a ganhar Barbies de presente para aumentar sua coleção. Para poder guardar sua coleção de 15.000 itens, ela teve que ampliar seu escritório e tornar o segundo andar um “museu” da Barbie, mas nem isso resolveu e ela precisou usar outros lugares, como em outras salas ao redor da casa e até na adega. Uma das soluções foi montar uma exposição intinerante que viaja pelo mundo todo, aparecendo em várias exposições de bonecas.
Embora para a maioria das pessoas todas elas pareçam iguais, Bettina sabe o valor de cada uma. O item mais valioso de sua coleção é a Barbie Número 1, com rabo de cavalo, nunca usada, e completamente nova, que com todos os seus acessórios, custa mais de US $ 10.000.
eu também nunca entendi como uma boneca magricela pode fazer tanto sucesso! lembro que minhas colegas de infancia adoravam a Barbie, e minhas primas tinham acessórios que nem cabiam numa mala, mas eu olhava para aquilo e pensava: prefiro um carrinho de rolimã! o mesmo para aqueles brinquedos de limpar casinha, eu nunca achei graça naquilo. podia achar divertido a primeira hora, mas depois logo virava alguma maluquice infantil que não tinha mais a ver com ‘o mundo encantado da vida doméstica’. acho que por eu ser tão estranha e diferente das outras meninas, eu sempre tive mais amigos, para trocar coleções de bolinhas de gude, haha! mas sério, deve dar medo viver rodeada de bonecas…
Gosteri do seu site, Filipe! eu sempre entro pra ler os artigo, muito interessantes!!
Eu tambem coleciono barbies e outras bonecas, ja chegues em minha colecao em 500 e pouco, quem tem ou conheca quem tem bonecas pra doar entre em contato no meu e-mail:
daria_fateeva@yahoo.com.
Eu moro em Sao Paulo capital.
AAh que pena que não vi seu comentario antes,Tenho 12 anos e eu ia doar minhas bonecas que colecionava des de pequena ,Já as doei para uma moçinha (rs) que mora numa fazenda!! desculpa que pena!!!tinha umas 200 + ou – era mtmtmtm msm !! bjs qualquer assunto de barbies fala cmg vou colecionar barbies esse ano rsrs
Meu G-mail: brunna009@gmail.com <—entre em contato por favor!!des de já,agradeço