A história de uma pequena e misteriosa múmia chamada de “múmia da Serra de San Pedro” começa em outubro de 1932, quando dois garimpeiros chamados Cecil Maine e Frank Carr, estavam minerando ouro nas montanhas de San Pedro, Wyoming, EUA. Eles descobriram uma estranha múmia:
Foi puro acidente. Um deles tropeçou em uma pequena caverna escondida no fundo de uma rocha grossa. A entrada do buraco era tão pequena que eles tiveram que alargá-la com bananas de dinamite para entrar no que pareceu ser uma caverna.
O corpo da múmia parecia bastante bem preservado, a pele estava intacta e as unhas minúsculas eram visíveis nas mãos. Na posição sentada, a altura da múmia era de apenas 18 cm e, se fosse possível endireitar as pernas, o crescimento dessa criatura seria de aproximadamente 36 a 46 cm.
Acima de tudo, os dois ficaram maravilhadas com a cabeça dessa criatura, seu crânio tinha uma forma estranha, como se alguém o tivesse achatado de cima, seus olhos estavam esbugalhados, sua boca era muito larga e seu nariz era grande.
A cabeça, além disso, estava coberta com algum tipo de substância gelatinosa escura, sobre a qual nenhuma informação pode ser encontrada posteriormente.
Quando os mineiros mostraram esta múmia ao público, a princípio poucas pessoas acreditaram neles, considerando esta pequena múmia uma farsa ruim, uma escultura de qualidade duvidosa, e foi chamada de “boneca de papel machê” e os dois foram acusados de usar os restos de um macaco para tentar chamar a atenção e quem sabe vender a história para um tablóide…
Não era boneco
No entanto, em 1950, a “boneca” caiu nas mãos de um grupo de cientistas que tiraram raios-x e viram que a múmia tinha uma estrutura esquelética bastante semelhante à humana. Em particular, eles descobriram que a múmia tinha fraturas na clavícula, na coluna e lesões no crânio.
Além disso, esses cientistas chegaram à conclusão de que na frente deles, provavelmente, estavam os restos de uma criança pequena com anencefalia (ausência dos hemisférios cerebrais), que morreu de morte violenta. Eles explicaram o tamanho anormalmente pequeno da múmia pelo fato de que, devido a anomalias congênitas, a criança quase não cresceu desde o momento do seu nascimento. Estranho hein?
Entre outras coisas, ele revelou que a boca da múmia tem “presas” que são muito grandes para tal corpo e são “como os dentes de um vampiro” em sua forma.
As descobertas de Shapiro foram chocantes, mas foram confirmadas pela Universidade de Harvard e seu departamento de antropologia. No entanto, em 1971, o Dr. George Gill, um antropólogo forense, assumiu o estudo da múmia de San Pedro, que também estudou raios-x e propôs outra teoria. Ele disse que a múmia poderia ser o corpo de uma criança de alguma pequena tribo indígena desconhecida.
Gill confirmou as conclusões dos pesquisadores de 1950 de que se tratava de uma criança com anencefalia e, além disso, realizou uma análise de DNA do corpo, que mostrou que a múmia, sem dúvida, tinha genes dos nativos americanos. Com a ajuda da análise de radiocarbono, descobriu-se que este homenzinho nasceu antes de 1700.
A múmia sumiu
Análises modernas de DNA podem mostrar muito mais, mas, infelizmente, agora não se sabe onde está localizada a múmia de San Pedro. Depois que Gill a estudou, a múmia foi parar em Meatits, Wyoming, em uma farmácia local, onde ficou exposta como curiosidade por vários anos.
Em seguida, foi comprada por Ian Goodman, um empresário de Casper, Wyoming. Depois foi parar nas mãos de Leonard Wadler, empresário de Nova York. Daí em diante, outros vestígios da criatura foram perdidos.
Há hipóteses de que a múmia de São Pedro tenha pertencido ao povo dos “homenzinhos”, que os índios Shoshone conheciam há centenas de anos e a quem chamavam a palavra “nimerigar”.
Nos contos e lendas dos Shoshone, esses homenzinhos eram muito agressivos e brigavam constantemente com os índios, possuindo magistralmente arcos com flechas envenenadas. A lenda dos homenzinhos, segundo a Wikipédia aparece em diversas mitologias de tribos norte-americanas.
Curiosamente, se a memória não está me pregar uma peça, o mitólogo Luis da Câmara Cascudo, cita em seu livro “Geografia dos mitos e lendas do Brasil” a existência de uma tribo de homenzinhos agressivos também, chamados de “Goiazís pelos índios”. A existência dos Goiazís nunca foi confirmada para além das lendas.
De volta a múmia misteriosa de San Pedro, ela desapareceu, mas buscando provar que a evolução estava errada, uma oferta de uma recompensa de $ 10.000 foi feita para a pessoa que encontrasse a múmia desaparecida de acordo com o Casper Star-Tribune, mas ainda hoje ela segue desaparecida, talvez oculta no gabinete de curiosidades de algum milionário.