domingo, dezembro 29, 2024

A moeda vermelha – Parte 3

A misteriosa figura ficou ali, parado perto da janela.
Dave tentou se mexer mas não conseguia. Parecia paralisado.

Seu desespero foi aumentando progressivamente quando notou que o esquálido velho chinês estava lentamente se aproximando da cama. Conforme se aproximava, a sensação de opressão que a figura emanava também aumentava. Era um desconforto generalizado, que parecia comprimir o ar de maneira desagradável, como seu uma tonelada de angústia fosse movida para cima de seu peito a cada minuto que o velho passava ali, na penumbra.
Dave quis gritar. O Grito não saía.

O velho agora estava bem ao lado da cama, olhando pra ele. Dave Viu os olhos do velho atrás dos óculos de aros redondos. Os olhos começaram a brilhar com um tipo de fulgor alaranjado. Era uma imagem assustadora.
Dave ouviu um leve gemido que gradualmente foi aumentando para um tipo de risada abafada. O velho estava rindo e olhando pra ele com os olhos mais assustadores que ele já tinha visto em toda sua vida. Então, pra piorar, o velho maldito colocou sua mão gelada no braço dele e apertou e começou a sacudir, sussurrando de forma macabra:

— Ééééé pra vocêêêê… Éééé… Pra… Vo-cêêê…

Dave queria gritar. A mão gelada queimando seu braço e o velho sussurrando aquilo simplesmente sumiu bem diante dos olhos arregalados dele. Mas ele ainda estava sendo sacolejado na cama e a voz do velho ainda ecoava em seus ouvidos quando ele escutou:

— Atende, amor. Atende, que é pra você. É pra você!
A opressão foi como se tivesse sido desligada. Dave saltou na cama encharcada de suor. Clementine estava agarrando no braço dele, sacudindo:
— O telefone, Dave! Atende logo essa merda aí! Vai acordar as crianças!
Dave agarrou o telefone que tocava loucamente no criado-mudo.

— Alô? Alô?

Do outro ado da linha, um pigarro e uma tosse e então uma voz metálica se fez ouvir.

— Dave? É o Dave Atkins?
— Sim, sou eu. Quem fala?
— Ah, oh, que bom… É… bom dia, Dave, aqui é o Dean Goodman. A gente se falou outro dia e…

— Que horas são?
— São quatro e quarenta, Dave.
— Porra… Quatro da manhã?
— Desculpa a hora, David. Foi mal. Quase cinco, né? É que nos horários comuns é difícil falar contigo e…
— Vai cara… Fala logo. O que tá pegando?

— Lembra do meu conhecido que estava interessado na moeda? Então, eu fiz contato com ele, sabe? Ele está me pressionando, e eu fico numa situação… É… digamos, desconfortável, né? O senhor pode por favor colocar um preço na moeda? Assim eu falo com ele, ele resolve com o senhor, e eu não fico enchendo o seu saco…

Dave esfregou os olhos e sentou-se na cama. Ainda podia lembrar em detalhes da silhueta assustadora do velho na janela. Felizmente tinha sido um pesadelo.

— Dave? Está aí? Alô? Alô? — Perguntou o velho jornalista irritante.

— Estou.
— Ah, que bom, é que eu achei que você tinha desli…
— Olha, eu quero doze milhões de dólares.

O jornalista começou a tossir lá do outro lado.
— Como é?
— Doze milhões de dólares. Nem um centavo a menos.
— Certo… Certo. — Ele disse entre pausas. Estava anotando.

Dave ficou em silêncio na linha escutando. Dava pra ouvir o som de buzinas de carros. O homem parecia estar num telefone público.

— Bem, tudo bem. Vou falar com ele. Obrigado pelo seu tempo e desculpe incomodar seu sono, senhor Dave.

— Ok, Até logo.

Dave desligou o telefone.
— Esse cara é um chato de galochas, hein? — Clementine gemeu e se aconchegou no marido.

Dave respirou fundo e fechou os olhos. Tinha pouco tempo para dormir mais um pouco antes de dar a hora de levantar.

Quando o sol finalmente rompeu no céu, iluminando a cidade, Dave estava tomando banho para descer. As crianças já estavam lá em baixo, tomando café e batendo boca sobre um joguinho. Clementine estava servindo o café. Dave beijou os dois filhos.

— Ai sai, pai!
— Ué, não quer o beijinho babado do papai é? Vem cá!

— Ahhhh! Me solta, ahhhh!
— Para Dave. Para de encher o saco dos moleques. Todo dia é essa merda!

Clementine parecia irritada.

Dave sentou-se e comeu uma torrada com geleia. Ligou a tv da cozinha para ver os noticiários. Clementine colocou café na caneca dele de “O melhor pai do mundo”,  presente de dia dos pais de algum ano.

— O que foi aquele cara ligando de madrugada?
— Ah, é o tal jornalista. Como é o nome dele?
— Dean Goodman, do Weird Facts  Report. — Disse Clementine, imitando a voz dele, passando geleia no pão.
— Isso!
— O cara fala isso toda hora que ele liga, Dave. E ele liga o tempo inteiro!
— Bom, agora ele vai parar de encher o saco. Eu pedi doze milhões pela moeda!

As crianças pararam de olhar o jogo eletrônico e viraram-se em choque para o pai.

Clementine também parecia chocada, segurando a fatia de pão no ar.

— Quê?

— Você disse Doze milhões? Doze milhões de dólares?
— Disse, ué.
— Ninguém vai pagar isso, pai. Tá doido?
Dave sorriu para o filho mais velho.

— Se não pagar, tudo bem. Mas o cara não vai ficar enchendo o saco. Agora o problema de arrumar o dinheiro é dele, não meu. O preço eu já dei. E digo mais: Tem dois compradores querendo!
— Ah, seria tão lindo se você vendesse essa porcaria amaldiçoada! Por qualquer dinheiro já era lucro, Dave. Vamos, vamos. Andrew pegue as coisas. Pega a mochila… Vem Toby. Larga isso aí! Quando voltar você joga. Vamos! Vamos. Estamos atrasados! Vamos Toby, larga essa merda! Pega a mochila. Amor, lava essa louça pra mim antes de sair? Beijo!

Clementine saiu, levando as crianças pra escola.

— Tchau, pai!
— Tchau!
— Tchau crianças! Beijo amor.

Minutos depois, a casa havia voltado ao estado tranquilo.  Dave estava sozinho ouvindo as noticias da TV. Acabou o café e foi lavar a louça. Conforme lavava ouviu a propaganda na TV. Era promoção na Crown Jewel Pawnbrokers. Dave se irritou. Ele não tinha grana nem pra propaganda no rádio e os desgraçados fazendo chamadas na Tv a cada dez minutos… Desligou a TV e depois saiu.

Chegou na Twins Pawn e encontrou os empregados já esperando na porta, junto com dois ou três clientes de penhor de mau humor, e caras feias.

— Bom dia pessoal.  Tão fazendo o que aqui?
— O Mario ainda não chegou. Normalmente ele abre a loja às cinco. — Disse Sarah.
Dave abriu a loja e os funcionários entraram. Ele pediu desculpas aos clientes do penhor que estavam na porta e disse que o sistema ia ser ligado e dali a cinco minutos a loja abriria para os clientes.

Assim que chegou em sua mesa, Wilson apareceu na porta:

— Dave, entupiu o vaso do banheiro feminino dos clientes. Tá vazando merda pelo banheiro todo!

— Ah meu caralho! Já vi que vai ser mais um dia daqueles.
— Já chamei o Miguelito. Estou só avisando caso você fique preocupado com o odor de bosta…

— Tá, tá… Neguinho, depois manda a Tânia chamar a equipe de faxina e dar uma geral lá. Cheiro de cocô é foda que entranha em tudo.
— Beleza. — Wilson fechou a porta.

Dave se levantou, ligou a cafeteira, ligou o radio, estava tocando uma musiquinha new age andina tocada numa flauta de pan.  Dave acendeu um incenso pra ver se o astral melhorava.

Dave começou a despachar uma serie de contratos e assinaturas que estavam empilhados na mesa,  quando a porta abriu de supetão. Era o Wilson de novo.

— Ah, que foi dessa vez, neguinho?
— Dave, o cara do aparelho de som, ta de novo aí enchendo o saco.
— Meu Deus, cara. Esse arrombado vai vir todo dia? Acabamos de abrir! Vamos lá.

Dave chegou no salão com Wilson e viu o velho socando a barriga de Zed.

— Filho da puta! Me dá meu som! Me dá meu som!
— Ei, ei, ei… Ou, ei, tio. Calma aí!
O velho estava fora de si, do mesmo jeito que esteve em todos os dias da semana.

— Eu quero meu aparelho de som! Vocês sumiram com o meu som!
Dave pacientemente o chamou para perto do balcão. Zed largou o velho que estava sendo segurado pelo colarinho.
— Você sumiram com o meu som! Eu preciso dele…
— Senhor, já falamos diversas vezes sobre isso, lembra? O senhor veio ontem, veio anteontem, e antes de anteontem… É sempre a mesma coisa, o senhor lembra?
— Mentira! Mentira! Eu quero meu som que vocês roubaram! — E puxando um escarro de dentro do peito, cuspiu no balcão.

Dave olhou para o catarro verde no balão, bem perto do braço dele. A vontade era de encher o velho de sopapos, mas ele mentalizou para tentar resolver com calma.
— Olha, o senhor tem que ter um papelzinho azul. Sem o documento de resgate do seu bem não temos como devolver ele pra você, amigo. Cadê o papel?

O velho começou a apalpar os bolsos. Deu de ombros finalmente, desistindo de procurar.
— Sei lá! Não tenho merda de papel nenhuma! Enfia o papel no seu cu! Quero o meu som!
— Senhor, olha aqui… — Dave pegou um dos papeis de penhor debaixo do balcão. — Olha aqui o que está escrito no papel que você assinou. “A apresentação desse documento em conjunto com um documento de identificação oficial com foto é OBRIGATÓRIA PARA A RETIRADA DO VOLUME. Em caso de perda ou rasura desse documento o objeto do penhor não será  devolvido.” Viu? O Senhor assinou, o senhor sabia. Agora o senhor tem vindo aqui todo dia, não traz o papel que precisa, não traz um documento com foto e quer gritar e bater nos funcionários. Assim não dá.

— Não grite comigo. Quem você pensa que é pra gritar comigo? Eu quero meu som, seu ladrão!
— Eu não estou gritando senhor.

— Chama o dono. Quero falar com o gerente!
— Eu sou o dono e o gerente, senhor.

— Mentira! Eu quero meu som! Quero meu som agora e você vai me dar!
— Bom, já que o senhor não quer colaborar, vou pedir ao Zed… Zed, dá uma ajuda aqui.

O Segurança veio andando a passos largos e meteu um tapão bem no meio do peito do velho, que capotou pra trás e ficou caído no chão, berrando.

— Maldito! Meu som! Vai me roubar meu som? Devolve o meu soooooom!
— Vamos, vamos tio. O senhor já encheu demais por hoje! — Disse Zed erguendo o velho que se sacudia.

— Me larga, me larga, baleia! Baleia! Saco de bosta! Saco de bostaaaaaa!
— Tenha um bom dia.
O velho foi jogado pela porta afora. Capotou no asfalto do estacionamento. Ficou berrando coisas desconexas lá fora, jurando vingança.
Zed e os outros seguranças ficaram junto a janela pra ver se ele ia tornar a entrar.

Dave olhou para Wilson.
— Não tá mole, companheiro.
— Wilson manda limpar esse catarro aí do balcão.
— O maldito cuspiu outra vez. Dave, se esse cara vier aqui cuspir no balcão de novo, eu te juro que vou esfregar a fuça dele até limpar!
— Isso aí, neguinho. É difícil ter saco com essa xepa de cliente que sobrou na cidade…

Dave voltou para sua sala e quase na hora do almoço foi chamado novamente. Dessa vez, um cliente querendo vender um relógio de bolso da Tiffany. Dave avaliou com cuidado. Os diamantes estavam certos e tudo parecia no lugar. O relógio tinha mais de cem anos de idade. Dave forçou o cliente a pedir um preço. O jogo de sempre.
O homem pediu trinta mil dólares. Dave sabia que o relógio valeria pelo menos duzentos mil.
— Dou seis mil.
O homem se indignou.

— Como assim? Seis mil? Esse relógio vale pelo menos uns oitenta!
— Tá, mas você não autenticou. Como vou ter certeza que é real?
— O que é isso está duvidando de mim, cara?
— Vamos fazer o seguinte… Você manda para a Tiffany em Manhattan pra autenticar. Traz a peça com o documento aqui e eu te compro ela por oitenta.

Apesar da boa proposta, o homem ficou muito nervoso, começou a suar. Eram maus sinais.
— É um absurdo! É um absurdo!  — Ele repetia sem parar, enquanto embalava o relógio e guardava na caixa de isopor.
O homem saiu pela porta afora, praguejando e falando sozinho, injuriado. Dave sentiu um alivio. Com certeza devia ser uma furada. Ele aprendeu com o falecido pai que às vezes, os falsários conseguem alguma parte de antiguidade e misturam com a máquina de um outro relógio e tentam vender como um Tiffany totalmente original.

Dave já estava para sair pra almoçar quando um monte de homens vestindo ternos pretos entraram na loja. Eram cinco caras e todos eram mais ou menos parecidos, muito pálidos, cabelos pretos, curtos, todos tinham os mesmos óculos escuros. Eram ternos bem cortados de alfaiataria fina. Gravatas também pretas. Todos vestiam coletes, e os sapatos reluziam, muito bem engraxados.
Dave olhou para Wilson no balcão de casacos de peles.

Wilson olhou pros homens e retornou o olhar para Dave.

Os homens estavam curiosos, olhando as vitrines em silêncio.
Dave viu Wilson acenar pra ele.
“Matrix” — Ele disse movendo os lábios em silêncio.
Dave sorriu, pareciam mesmo vários agentes Smith.

— Posso ajudar?
Todos pararam e olharam para Dave ao mesmo tempo.
— Estamos… Dando uma… Olhada.  — Um deles falou, de maneira pausada e mecânica.
A porta se abriu e vieram mais dois homens para o salão da loja de penhores. Um deles tinha o mesmo padrão, o mesmo cabelo com gel penteado para trás, o terno preto, a mesma gravata, o sapato de verniz. O outro  que o acompanhava era uma figura já conhecida.

— Dave!  Como vai?
— Olá Sr. Goodman.
O velho jornalista chegou até o balcão acompanhando do sexto homem igual aos outros.
— Deixe eu apresentar meu amigo… Este é o senhor Malphas.

Malphas devia ter quarenta e poucos anos. O rosto apresentava marcas de expressão, mas parecia muito bem cuidado. A barba cuidadosamente aparada, o cabelo perfeitamente penteado. Era um homem bonito de traços másculos. A coisa mais estranha, contudo, era a absurda semelhança entre ele e os outros cinco, exatamente iguais a ele, que estavam, andando pela loja.

O homem estendeu a mão pálida onde despontava um belo anel de pedra preta no dedo mindinho.

— Malphas Tenebris.

— Como vai? Dave Atkins, ao seu dispor.

Os dois ficaram em silêncio diante do balcão de relógios.
Dave olhou para o homem e para os outros cinco que estavam olhando as outras vitrines. Eram absurdamente iguais a ele, seriam gêmeos sêxtuplos?
“Só podem ser irmãos, a semelhança é estonteante…”

Dave olhou pra eles e os dois estavam ali, estáticos diante dele. Dean Goodman sorria.
— Então? O que vão querer?
— Dave… O telefonema, nos falamos mais cedo, lembra? O telefone? — Disse Goodman, fazendo o gesto com o polegar e mindinho no ar.

— Ah… Sim, sim. Entendi! Venha, vamos conversar no meu escritório. Por aqui, venha, por aqui.
O jornalista mal vestido e o homem que o acompanhava entraram pela lateral do balcão.
Dave sinalizou com um rápido movimento de cabeça, para Wilson ficar de olho nos irmãos gêmeos do cara.

Na parte restrita da loja os três avançaram pelo corredor até o final, onde era a sala de Dave.
— Fique à vontade. Aceita um café? Uma água? Refrigerante?
— Eu vou aceitar um cafezinho. –Disse Goodman.
Dave foi até o aparador e pegou o café da cafeteira e estendeu o copinho de isopor ao Dean.
— O senhor?
— Eu estou bem, obrigado. — Disse Malphas.
Dave sentou-se em sua grande poltrona de couro do outro lado da mesa de granito.
— Muito bem, sou todo ouvidos.
— Bom, Dave… Então, como você sabe, a gente se falou hoje cedo, né? E você me passou o valor para a moeda…

Dean Goodman tirou o bloco de anotações do bolso interno do casaco tweed surrado e jogou na mesa.
Ali estava a cifra: “U$ 12.000.000”.
Dave estava em silêncio. Olhou para Dean, que estava limpando os óculos com a gravata e sorrindo. — Pega a moeda lá…
Malphas interrompeu o jornalista.

— É um valor alto, senhor Dave… Mas é um valor que posso desembolsar.  A moeda está aqui?
— Está sim.
— Posso vê-la?
Dave não podia acreditar no que estava vendo. O jornalista maluco de araque realmente desenterrou de algum lugar um bilionário rico, tão rico que andava por aí com cinco sósias, talvez com medo de sequestro. E o homem ia comprar a moeda e resolver todos os seus problemas financeiros, num passe de mágica.
Dave pediu licença aos homens, saiu da sala foi até  a sala do cofre, digitou a senha de acesso e abriu com a chave a gaveta 446. Ali estava a caixinha de madeira.
Dave a pegou com muito cuidado e a colocou numa bandeja retangular. Trancou o cofre e voltou para a sala.
Na sala, Dean estava se servindo de café. O homem misterioso continuava sentado como um boneco de cera, olhando para o nada.

— Aí está ela! Oh meu Deus! Oh, meu Deus! — O jornalista mal podia conter sua emoção.
Dave colocou a bandeja na mesa de pedra.
Ele cuidadosamente abriu a caixinha e lá estava ela, a moeda preta. Completamente preta se destacando contra o fundo vermelho escarlate.

— É linda! É magnífica! — Dean exclamou.
Malphas estava quieto, concentrado, olhava fixamente para a moeda.

— Eu… Eu não gosto de ficar olhando essa coisa… — Disse Dave.
— Ela é perigosa, né? Eu disse, olha, senhor… — O jornalista cochichou algo incompreensível para o magnata.
— Sim… É ela. É ela… –Dizia Malphas.
Então o telefone tocou. Dave se virou para atender o telefone na mesa e enquanto falava, ele viu o milionário estender a mão para pegar na moeda.
Dean Goodman começou a gritar.  Dave jogou o telefone para cima. Tudo transcorreu numa fração de segundo, que pareceu acontecer em câmera lenta.

— Nãããããããão!
O rico Malphas pegou a moeda e a colocou na palma da mão. E então fez uma expressão de puro êxtase.
Dave e Dean sabiam o que estava para acontecer e se entreolharam tomados pelo horror.

CONTINUA
[Aproveitando a oportunidade para deixar um abraço ao Marcelo pelo aniversario dele, e para o Leonardo Henrique. Os dois são fãs de longa data aqui do Mundo Gump. Marcelão,  desejo muitas felicidades e saúde pra vc. Abração!]

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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