Em um passado surpreendente, os ricos e poderosos gastavam fortunas em uma cura que, hoje, parece completamente insana: água destilada com infusão de rádio.
NEGO TOMOU RADIAÇÃO ACHANDO QUE FAZIA BEM!
Neste artigo, mergulharemos no fascinante, porém trágico, período do início do século XX, quando esse chamado “remédio” estava na moda entre as socialites ricas, apenas para descobrir os horrores que se escondiam por trás dessa novidade.
O Auge do Charlatanismo Radioativo
O Radithor, uma água destilada contendo rádio e mesotório, destaca-se como um exemplo icônico desse charlatanismo radioativo. Fabricado pelos Bailey Radium Laboratories de East Orange, Nova Jersey, esse elixir mortal era vendido como um tônico milagroso capaz de combater a fadiga e curar uma ampla gama de doenças, desde câncer até impotência.
Promessas Falsas: Anunciado como uma panaceia, o Radithor prometia energia e cura para dezenas de doenças, mas suas promessas revelaram-se trágicas.
Consumo Desenfreado: Eben Byers, um rico socialite americano, consumiu cerca de três garrafas diárias de Radithor por dois anos, acreditando que o tônico era responsável por seu bem-estar geral.
O Horrível Declínio de Eben Byers
Eben Byers, inicialmente convencido da eficácia do Radithor, tornou-se sua vítima mais notória. O empresário, que consumiu cerca de 1.400 garrafas, testemunhou os efeitos devastadores do “remédio” radioativo.
Seus dentes começaram a cair, e em 1931, seu estado era chocante: maxilar inferior e queixo desaparecidos, buracos no crânio expondo o cérebro e um corpo em desintegração.
Tragédia e Desinformação: A condição de Eben Byers chocou as autoridades, revelando os horrores do consumo desenfreado de Radithor.
Fim do Charlatanismo: Sua morte, em 1932, sinalizou o declínio do Radithor, com a Comissão Federal do Comércio movendo um processo contra os Bailey Radium Laboratories.
A Herança Radioativa de Eben Byers
Após a morte de Eben Byers, seus restos mortais foram selados em um caixão revestido de chumbo, impedindo a liberação de radiação de seus ossos. Em 1965, ao serem exumados, surpreendeu os cientistas com níveis radioativos de 225.000 becquerels, indicando a longa meia-vida do rádio.
Erro Estimado: A estimativa inicial de 100.000 becquerels revelou-se um erro significativo, sugerindo que Byers consumiu mais Radithor do que se acreditava.
Lição do Passado: A história de Eben Byers serve como um lembrete horripilante de como, no passado, as pessoas buscavam soluções aparentemente milagrosas, sem perceber os perigos ocultos.
Em um mundo atual dominado por bebidas energéticas modernas, é essencial lembrar que, em tempos passados, as pessoas ingeriam água radioativa em busca de energia, um testemunho trágico da busca incessante por soluções rápidas e milagrosas.