domingo, dezembro 22, 2024

Como se comunicar com aliens

Claro que preciso fazer um parêntesis aqui para dizer que esse estudo pode – ou não – se tratar de uma obra ficcional. E claro, ele parte de uma série de pressupostos básicos, onde:

  • Aliens existem
  • Aliens conseguem vir até nosso planeta
  • Aliens tem interesse em comunicar-se com humanos
  • Aliens tem uma estrutura de pensamento compatível com a nossa ao ponto de haver compatibilidade linguística em algum grau

Claro que todos esses pressupostos básicos podem estar em algum grau equivocados ou completamente errados. Dessa forma, torna-se um exercício de criatividade conceder uma “licença poética” para desfrutar das elocubrações do autor.

Antes de passar ao link propriamente dito, é importante dizer que este não é um texto -pelo menos não me parece ao nível de profundidade de minha pesquisa inicial para este post – cínico. Trata-se de um homem que acredita realmente que tem um contato direto com um ser de outro planeta, físico, completamente similar a um humano, de modo que este ser passa despercebido de qualquer um. Essa “pessoa” cósmica, teria dado a ele uma série de informações importantes sobre o mundo, mas como a área do cara é a linguagem, ele centrou seus estudos na compreensão semiótica da comunicação entre espécies assemelhadas mas com origens distintas.

Eu descobri este texto através da indicação de uma amiga. Logo que li “contatado”, já quis descartar logo, afinal, eu não nego, tenho preconceito com pessoas contatadas e acho ainda mais detestável as que se dizem contatadas. Mas isso é um erro e uma postura anti-investigativa da minha parte. Por mais que a grande massa das pessoas que se dizem contatadas sejam na verdade delirantes, pessoas com problemas mentais em busca de atenção e /ou malandros querendo fundar sociedades  alternativas ou mesmo seitas fundamentando-se como líder “escolhido” dos deuses, anjos (ou aliens, que no caso, estão circunscritos ao mesmo arquétipo de nosso inconsciente coletivo) se eu partir do princípio que haja uma espécie não humana inteligente em ação aqui, e se essa espécie estabelece uma relação -seja ela qual for – de contato com um nativo terreno, isso tornará essa pessoa uma contatada querendo ela ou não.

Ainda assim, se eu não posso provar que essas histórias de contatados são uma falácia, seria estupidez virar as costas para o que essas pessoas tem a dizer sem ao menos considerar sua validade. Ouvir não significa acreditar. O pesquisador, -pelo menos num plano idealizado – deveria ouvir como um delegado escuta um depoimento num inquérito. Ele não sabe qual a verdade. E por isso se cerca de versões. Não raro, todas as versões são falsas. Mas para o investigador policial, até mesmo versões falsas podem fazer avançar uma investigação.

Deixando o lero-lero de lado e partindo para as vias de fato, temos aqui o caso de um homem distinto, um professor, autor e personalidade conhecida e respeitada em Portugal, ao ponto de ter até verbete na wikipedia sobre ele.

Pedro Barbosa (Porto, 1948) é um escritor, professor e pesquisador português.

É conhecido sobretudo por seu trabalho de criação e teorização na área da literatura eletrônica e ciberliteratura. Licenciado em Filologia e Literaturas Modernas (Universidade de Coimbra), mestre em Estética Informacional (Universidade de Estrasburgo) e doutor em Ciências da Comunicação (Universidade de Lisboa). Lecionou e fez investigação em Portugal, França, Itália e Brasil. Fundou em 1996 o CETIC, Centro de Estudos de Texto Informático e Ciberliteratura na Universidade Fernando Pessoa, e integra ainda como investigador os seguintes Centros: Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens (CECL) da Universidade Nova de Lisboa, Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência (CTEC) na UFP, Núcleo de Pesquisas em Hipermídia (NuPH) na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Brasil) e o Centre de Recherches sur les Textes Électroniques Littéraires (CERTEL), na Universidade de Artois (França).

Não é o “Zé das couves” que bebe pinga na esquina. O fato de ser um acadêmico, e imagino, alguém com talvez mais a perder do que a ganhar com a existência de sua amiga alienígena, metamorfa, de uma espécie chamada Antariana, deixa a coisa mais interessante e atrativa.

Dito isso, veja aqui o PDF  Comunicação com Seres Alienígenas: uma abordagem exo-semiótica

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. Valeu Philipe, tinha conseguido uma cópia em cache mas sem as imagens, agora baixei a versão que você salvou.

    Parece que a cópia do site português era a única que tinha por aí, todos os outros sites apontavam para aquela.

    Ou seja, agora você é o guardião dessa informação. :3

  2. Repetindo um comentário que li esses dias por aqui, os posts estão subindo de nível.
    Muito interessante esse PDF, nem duvidando nem acreditando como o próprio autor diz, mas a ideia do desafio comunicacional que é existente nessa situação.
    Post me deixou 2 dias pensando, e ainda não parei de pensar. Muito Legal!

  3. Aliens existem??? Mesmo??? Então, cadê eles??? Que interesse uma civilização muito mais adiantada teria em nós??? Partir de “pressupostos” duvidosos ou sem o menor fundamento, não pode levar uma “elocubração” ao patamar de realidade incontestável.

    Se o “post subiu de nível”, nem imagino o que rolava quando o nível era “inferior”…

    • “patamar de realidade incontestável” é por sua conta. Não falei isso em lugar nenhum. A reflexão do professor lá sobre como se dá a relação de comunicação entre espécies inteligentes distintas não precisa efetivamente de uma comprovação irrefutável da existência dessas espécies para ocorrer. O que ele faz é teorizar como SERIA essa comunicação, partindo da base de relatos existentes. Se essa base de relatos tem validade científica ou não, é uma outra pesquisa que não esta.

      • Caro Francisco, sei muito bem o que “pressuposto” e outras palavras que escrevo significam. E, caso não soubesse, a wikipédia e outros dicionários on-line estão aí para resolver isso.

        Conforme expliquei em outro “reply”, foi um primeiro comentário, um tanto ácido, e sem conhecimento de causa. Posteriormente, lendo outros tópicos, passei a entender melhor as postagens e, creio, já ter me redimido com o Philipe. Acabei me tornando mais um fã.

        Finalizando, se for traduzir meu “nick”, John Doe quer dizer “João Ninguém”, ou, abrasileirando, Zé Ninguém. Mas nunca “Mané”…

        Abraços.

  4. Caro John Doe,
    Os leões da África sabem que você existe?
    Porque você não vai à África e simplesmente vai de encontro aos leões para eles conhecerem você? Fique andando no meio deles sem se importar da possibilidade de causar uma desestabilização nas relações no grupo. Grupo este que não terá inteligência suficiente para dividir com responsabilidade cada pedaço do seu corpo para cada felino que está faminto.
    Outra comparação pode ser possível com as baratas da sua casa. Por que você não se apresenta para elas? Porque elas NÃO IMPORTAM PARA VOCÊ.

    • Caro Jairo, confesso que essa minha primeira postagem soou um tanto “ácida”, mas foi por desconhecimento de causa, e acredito já ter me redimido com o autor do blog. Com relação ás suas perguntas, bem, se os leões da África sabem que eu, ou nós, existimos, eu desconheço. mas como eu sei que eles existe, e o perigo que eles representam, jamais iria até o território deles sozinho, só por brincadeira, e pior ainda, desarmado.Animais ditos “irracionais” – muitos de nós se encaixam na definição – não possuem os conceitos que possuímos, daí não dá para dizer sobre estabilidade, ou não, em relações de seus grupos. Na lei deles, a da selva, manda o mais forte e obedece quem não quiser morrer.
      Com relação ás baratas da minha casa – a sua está livre delas? – admito que ela me interessam, e muito. Não porque me importe com as apresentações, mas sim como exterminá-las de modo eficiente e seguro, visto serem transmissoras de doenças.Apenas penso que muitas pessoas, simplesmente por não encontrarem uma explicação palusível logo de cara para determinado fenômeno, jogam para o sobrenatural ou extraterrestre. Pense bem e imagine se há cem anos alguém imaginaria a televisão, o fax e o celular? Se alguém daquela épocavisse um desses aparelhos, certamente acreditariam ser de outro planeta.

      Mas agradeço suas considerações. O importante ´e o debate saudável.
      Abraços.

  5. Em minha paranóica opinião, não acredito que os extraterrestres “falem” com a gente, pela diferença biológica natural de formação e conformação de suas próprias cordas vocais. Acredito que eles fazem pelo pensamento e/ou uso de tradutores eletrônicos instantâneos, em qualquer idioma do planeta Terra. Em minha insanidade mental também creio que qualquer “contactado” de verdade, que puder provar este fato, sofre perigo de morte.

  6. Retificando meu antigo comentário, talvez os humanóides consigam sim comunicar-se oralmente com os humanos. A semelhança corporal é muito acentuada entre nós e eles. Talvez haja uma compatibilidade entre nossas cordas vocais e aparelho fonador. Se vamos entendê-los vai depender dos fonemas que puderem produzir. Mas acho que não teriam dificuldades nisso.

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