quinta-feira, dezembro 26, 2024

A arte de criar um livro

Criar um livro (não a parte intelectual da obra, mas a física) é hoje uma questão de poucos minutos. A tecnologia atual nos oferece maquinas que conseguem fazer um livro completo, do inicio ao fim com qualidade surpreendente.

Maquinas como esta abaixo, podem fazer livros sob demanda com tiragens a partir de 1 único exemplar:

Espresso-book-printers

A tecnologia moderna tornou tudo tão simples, tão imediato, que podemos esquecer como era um trabalho extenuante e braçal a criação de um único livro no passado. Para todos aqueles que se esqueceram da arte de construção de um livro, recomendo este video. Veja só:

Depois de ver toda essa ralação sem fim, quem não sente uma dor no coração ao lembrar que a juventude nazista, sob o comando do Hitler queimou milhares de livros em praça pública?

Hitler-Youth-burn-anti-Ge-006

book-burning

Esse momento triste da história foi até eternizado no filme Indiana Jones e a Última Cruzada.
BerlinRally

As queimas de livros foram motivadas pelas campanhas realizadas pela União dos Estudantes alemães para cerimonialmente queimar livros na Alemanha nazista e também na Áustria. Era livros escritos por liberais, clássicos, anarquistas, socialistas, pacifistas, comunistas, judeus, e também de outros autores, cujos escritos eram vistos como “subversivos” ou cujas ideologias tivessem algum conflito com os ideias Nacional-Socialistas do partido Nazista. fonte

Quais eram os livros que os nazistas queimaram?

Todos os seguintes tipos de literatura deviam ser queimados:

  •  As obras de traidores, emigrantes e autores de países estrangeiros “que acreditam que podem atacar e denegrir o novo alemão” (HG Wells, Rolland);
  •  A literatura do marxismo, o comunismo e bolchevismo;
  •  Toda Literatura Pacifista;
  •  Literatura com liberais, tendências e atitudes democráticas e escritos de apoio à República de Weimar (Rathenau, Heinrich Mann);
  •  Todos os escritos históricos, cujo objetivo fosse denegrir a origem, o espírito e a cultura do Volk alemão, ou para dissolver a “ordem racial” e estrutural do Volk, ou que nega a força e importância das principais figuras históricas em favor do igualitarismo e as massas, e que procura arrastá-los no meio da lama (Emil Ludwig);
  •  Escritos de natureza filosófica e social, cujo conteúdo trata com o iluminismo científico falso do darwinismo primitivo e Monismo (Hackel, Benedict);
  •  Livros que defendem a “arte” que é decadente, sem derramamento de sangue, ou puramente construtivista (Grosz, Dix, Bauhaus, Mendelsohn);
  •  Escritos sobre sexualidade e educação sexual que servem o prazer egocêntrico do indivíduo e, assim, destruir completamente os princípios da raça e Volk (Hirschfeld);
  •  Os escritos decadentes, destrutivos e prejudiciais aos preceitos do Volk, de “asfalto e Civilização” literatos! (Graf, H. Mann, Stefan Zweig, Wassermann, Franz Blei);
  •  Literatura de quaisquer autores judeus, independentemente do campo ou assunto;
  •  Literatura de entretenimento popular que retrata a vida e vida das metas de uma forma doce superficial, irrealista e doente, com base em um burguês ou exibição de classe alta da vida;
  •  Kitsch nacionalista e patriótico na literatura.
  •  Porn e literatura explícita por autores judeus.
  •  Todos os livros considerados “degradantes pureza alemã”.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. nossa, assisti o vídeo da fabricação do livro e lembrei na hora de um tio meu, ele tinha uma gráfica daquelas antigas (não tão antiga quanto a do vídeo), mas ainda usava aquelas plaquinhas com letras que usavam pra formar o texto na copiadora, eram uns trambolhos gigantes, muito interessante. Infelizmente hoje acho difícil uma criança conhecer esses maquinários antigos, provavelmente só quem coleciona ou tem no fundo de casa.

  2. Tenho muitos destes livros aqui em casa (herdados do meu pai). O método de impressão eu já conhecia, mas a encadernação… Sempre que via essas linhas entre as folhas, ficava pensando em como haviam sido costuradas ali. Muito bom esse vídeo; vou olhar com muito mais ternura para esses livros encardidos em minha estante.

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