Ela tem várias companheiras menores que orbitam ao seu redor, chamadas de galáxias satélites. Essas galáxias são atraídas pela força gravitacional da Via Láctea e fazem parte do seu subgrupo, que por sua vez pertence ao Grupo Local, um conjunto de mais de 50 galáxias próximas entre si.
As galáxias-satélites mais conhecidas e visíveis a olho nu são as Nuvens de Magalhães, que podem ser observadas no hemisfério sul do céu. A Grande Nuvem de Magalhães é a maior e mais próxima delas, com cerca de 4 milhões de anos-luz de distância da Via Láctea e um diâmetro de 14 mil anos-luz.
Já a Pequena Nuvem de Magalhães é um pouco mais distante e menor, com cerca de 6 milhões de anos-luz de distância e um diâmetro de 7 mil anos-luz. Ambas são classificadas como galáxias irregulares, ou seja, que não têm uma forma definida, é só um bagunção, tipo um baile funk. Uma hipótese disso é especulado que um dia foi uma galáxia espiral barrada que foi desfeita pela Via Láctea e se tornou irregular.
Mas essas não são as únicas galáxias satélites da Via Láctea. Na verdade, existem mais de 50 delas confirmadas, e muitas outras ainda por descobrir. A maioria dessas galáxias são muito fracas e pequenas, com poucas estrelas e uma baixa luminosidade. Por isso, elas são chamadas de galáxias anãs, e só podem ser detectadas com telescópios poderosos ou com técnicas especiais de observação.
Galáxias anãs super legais
Aqui estão algumas das dezenas de galáxias anãs que estão aqui por perto. (entenda por perto em distâncias tão cavalares que sua mente racional é incapaz de conceber)
A sócia mais recente do clube
Queria poder colocar a imagem dela mas é só um quadrado preto.
A galáxia satélite mais recentemente descoberta é a Ursa Major III/UNIONS 1, que foi anunciada em novembro de 2023 por uma equipe internacional de astrônomos. Essa galáxia é a menos brilhante de todas, com uma magnitude absoluta de apenas 2,2 na banda V, o que significa que ela é cerca de 100 mil vezes menos luminosa do que a Via Láctea. Ela também é muito compacta, com um raio de apenas 10 anos-luz e contendo ridiculamente entre 50 e 60 estrelas. Para efeito comparativo observe que a nossa galáxia, a Via Láctea, possui de 200 a 400 bilhões de estrelas estimadas.
A sua órbita é interessante, pois ela passa perto do disco da Via Láctea em alguns momentos, a uma distância de cerca de 52 mil anos-luz do centro galáctico.
As galáxias satélites da Via Láctea são objetos fascinantes, que nos revelam mais sobre a história e a estrutura da nossa galáxia. Elas também são importantes para o estudo da matéria escura, uma substância misteriosa que compõe a maior parte da massa do universo, mas que não emite nem reflete luz. Acredita-se que as galáxias anãs sejam dominadas pela matéria escura, e que a sua distribuição e movimento sejam influenciados por ela. Por isso, observar essas galáxias pode nos ajudar a entender melhor a natureza e o comportamento da matéria escura.
Se você se interessa por esse assunto, fique atento às novidades que podem surgir a qualquer momento. Quem sabe quantas outras galáxias satélites da Via Láctea ainda estão esperando para serem descobertas?
Como dizia Cris Carter, o criador do Arquivos X, “a verdade está lá fora”.
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.
Há um tempão atrás, precisamente no dia 14 de abril do ano passado, eu fiz um post em que compilei um monte de filmes dos anos 80. O post em questão, chamei de "Os...