Balanço de 1 ano em Portugal

Meu amigo Eden Wiedemann se mudou há um ano para Portugal. Eden foi um grande incentivador para que eu também me mudasse pra lá com um visto de empreendedor de startup, mas uma série de situações complicaram minha ida ( eu não desisti de dar no pé da maluquice que virou o Brasil), mas felizmente ele conseguiu. Hoje, Eden completou um ano de vida lá do outro lado do Atlântico e traz pra nós um balanço franco de sua experiência por lá.

Um longo texto para quem pensa em sair do Brasil e migrar para Portugal.

Hoje fazemos um ano de Portugal. Um ano que embarcamos em uma aventura, sabendo que a saudade da família doeria, mas que estávamos tomando a decisão acertada, diante do que o Brasil vem, infelizmente, se tornando. Lembro que quando comentei com meu pai o quão impressionado estava com a qualidade de vida aqui ele me disse “ah, tem pouco tempo que você chegou, ainda está na fase da paixão, falamos ao completar um ano”. Completamos. Querem saber o que tenho para dividir sobre a experiência? Bom, senta que lá vem textão.

Segurança

O primeiro motivador da mudança foi, sem dúvida, segurança. Recife parece uma zona de guerra, usar o celular na rua, andar com o vidro do carro abaixado ou mesmo usar o caixa eletrônico são sempre um tremendo risco. Luciana já havia escapado de um sequestro – levaram o carro dela sob a mira de um revólver e ela só escapou porque se recusou a ir junto -, isso era um ponto importante de nossa decisão.
Brasil – A permanente sensação de que você pode ser o próximo na fila do azar

Talvez isso seja o mais chocante de Portugal. Aqui dois caras em uma moto são apenas dois caras em uma mota. Em Braga, onde moramos, a violência é quase um boato. Assalto com faca vira capa de jornal. E o assaltante quase sempre é preso, julgado e trancafiado. Frequentamos parques de 22h da noite, usamos o celular na rua, entramos no carro sem pressa, deixamos a bicicleta encostada em uma árvore e o carro dorme sempre estacionado na rua.

Andamos a pé com a mochila nas costas e a bolsa a tira colo, sem medo ou pânico de ruas mais escuras. Outra vida. Aqui você pode comprar um iPhone e pagar em 24x sem medo de ter que pagar 23 parcelas enquanto outro dono usa.

Aluguel

Aluguel em Portugal é “caro” e está ficando mais e mais. São centenas de brasileiros chegando diariamente, de mala e cúia. Fora isso aposentados de todos os lugares do mundo, além de profissionais que podem trabalhar remoto, tendo custo Portugal e salário de outros países. O mercado está muito aquecido e, algumas vezes, é necessário oferecer mais do que o proprietário pede e pagar até um ano de aluguel adiantado (por padrão são duas cauções e quatro alugueis). Apartamentos passam dois a três dias anunciados e são alugados.
Mas, ainda assim, pra quem vive em capitais como São Paulo, Rio e Brasília o aluguel em cidades menores (fora das cercanias de Lisboa e Porto) ainda não muito em conta. Com 700 Euros é possível alugar um apto 3 quartos, mobiliado, com execlente localização. Isso é preço de quarto e sala no Jardins, gente.
Há um ano era possível achar o mesmo imóvel por 500 Euros.
Outro ponto, com as taxas de juros daqui são quase hilárias é possível comprar um apartamento e pagar, de parcela, metade do que pagaria de aluguel. Lindo, né?

Alimentação

Em Portugal não se consome muito fast food. Os portugueses são mesmo é chegados a uma pastelaria, basicamente cafés, doces e salgados locais (quase sempre servidos frios). Come-se bem, muita verdura, legumes e frutas, tudo muito fresco. É difícil encontrar um português acima do peso, o que é incrível em um país com o número de diabéticos que tem. Eles comem muito pão, tomam sopa no almoço e na janta e tem pratos muito similares a pratos regionais nossos, como a nossa galinha ao molho pardo, dobradinha, moela e outros.
Carne vermelha é pouco consumida, vão mais de peixes e crustáceos, porco (cortes muito diferentes do Brasil), frango e, vejam só, peru. Tem bife de peru, hambúrguer de peru, almondega de peru e o que mais imaginar.
Um ponto que definitivamente chama atenção é a qualidade dos insumos. No maior supermercado ou na quitando da esquina irão sempre achar frutas e verduras lindas. A linha branca, produtos com marcas dos supermercados, são fantásticas e pouco ou nada deixam a dever para grandes marcas.
Comer fora é “caro”, desta forma o português come muito em casa. Eles não tem, por exemplo, o hábito do happy hour. Casa e janta.
E, convenhamos, sair? Quando se compra vinhos maravilhosos pelo preço que compramos, queijos, frios, embutidos e frutos do mar?

Serviços

Outro ponto que chama atenção. Serviços são caros quando comparados com o Brasil e é bem complexo conseguir atendimento de urgência para muitas coisas. O português parece não ter pressa para nada nesse sentido também, mas não é exatamente isso. As empresas são muito enxutas, não há mão de obra parada, esperando serviço, estão sempre ocupados. Algo que me impressionou aqui é chegar em um talho (nosso açougue) e ter apenas duas pessoas trabalhando, enquanto no Brasil um estabelecimento como aquele teria sete ou oito batendo cabeça.
Aqui se tem muita opção na contratação de serviço de telefonia, gás e eletricidade, gerando concorrência e, claro, benefícios para os usuários. Vale mesmo a pena escolher bem, afinal eles são bem rígidos quanto a contrato de fidelidades.
E, é bom lembrar, concorrência em Portugal é coisa linda. Muitos dos grandes estabelecimentos dão benefícios mil para manter os clientes. Faça as compras e ganhe vinhos, sorvete, 10% das compras revertido em gasolina, entrada para cinema, isenção de impostos naquela compra e muito mais. Economizamos até 25 Euros mês de gasolina por fazermos compras no Pingo Doce, por exemplo.

Deslocamento e transportes

Não há como começar a falar sobre isso sem falar de distância x tempo. Para o português tudo é longe. TUDO. Confesso dar boas risadas ao vê-los reclamando de distância ou de trânsito. Vejam bem, em Recife eu levava 1h30 todo dia para cruzar 12km. Aqui eu levo 35 minutos para cruzar 55km. Não há, em Braga, onde moro, lugar que eu leve mais que 15 minutos para chegar. Na verdade, com esse tempo, dá para chegar em outra cidade.
Me acostumei a fazer quase tudo andando (o clima e a segurança ajudam) e de bicicleta (sem medo de ao voltar encontrar apenas o quadro preso em uma corrente enquanto todo o resto foi roubado), mas a malha de ônibus – todos elétricos – é ótima. Lisboa e Porto contam com metrô, Braga não, mas confesso que aqui não faz falta.
Usa-se muito também os trens, posso ir e voltar a Lisboa em um mesmo dia, em viagem de 3h30 em cada trecho, gastando 35 Euros por percurso.
Gasolina – e diesel – é cara. Coisa de 2 Euros o litro em média. Mas, bom, carros elétricos são uma realidade aqui e o custo de combustível cai até 4x quando usa-se um deles. E tem mais, um carro que faz 15km/l aqui é beberrão. Sim, a gasolina é mais pura e os carros 1.0 aqui chegam a ter 120 cavalos, ou seja, fazem menos força e são bem mais econômicos (no Brasil carros 1.0 tem baixa potência devido a benefícios fiscais, com isso temos carros beberrões e arrastados). É muito comum ter carros com 20 anos de uso. Carros com 150 mil km rodados são vendidos sem grandes problemas. As estradas são ótimas – os carros novos não tem nem estepes -, a manutenção sempre em dia (ou o carro é proibido de rodar), a gasolina é boa e as distâncias curtas. Os carros duram.
Quer um carro? Pode financiar em 10 anos. Sim, um carro zero, sem entrada, tem parcela menor que 30% do salário mínimo. Detalhe, quando seu carro fizer 10 anos você irá vendê-lo sem grandes dificuldades. E é fácil financiar? Não, no mínimo 4 meses de salário e o valor da parcela não pode, em média, ultrapassar 20% de sua renda familiar. Por esse motivo os imigrantes costumam comprar carros mais antigos, mas a vista. E aí percebem que não precisam de carros novos…

Custo de vida

Esse deve ser o ponto que interessa a maioria de vocês. Quanto custa viver em Portugal, afinal? Não há resposta correta para isso, vai depender da família, do estilo de vida, da cidade e de outros pontos importantes, mas dá para ter uma ideia geral.
Vou falar do custo de vida de cidades menores, na periferia das grandes capitais (onde o custo de vida chega a ser até 30%) mais barato. Eu costumo dizer que meu custo de vida caiu em 40% ao me mudar para cá. Por “N” motivos. Aqui ninguém tem empregada doméstica, não se precisa de seguro de saúde ou de escola privada, seguro de carro é mais barato e se come melhor gastando-se menos.
Mas a conta é:
Com 3 salários mínimos, cerca de 2,1 mil Euros, um casa com dois filhos tem uma boa qualidade de vida. Não sobra, mas não falta. Uma conta rápida:
  • 600 de aluguel
  • 60 de telefonia e internet (pode chegar a 100)
  • 60 de seguro de saúde (se quiser, co-participado)
  • 45 de água
  • 85 de energia e gás (verão, no inverno dobra)
  • 350 de mercado
Aí tem que somar deslocamento, lazer, parcelamentos e o que for, mas dá pra dar uma ideia. Há uns dias Luciana foi no shopping, comprou 10 peças de roupas para Carol, e gastou 25 Euros. O preço de uma camisa safada no Brasil. Meh.
Eu pergunto: no Brasil você consegue viver com 3 salários mínimos? Consegue viver com 11 mil Reais mês tendo dois filhos? Viver, ok, não sobreviver, sei da situação atual do país.

Escola

Pública e de excelente qualidade. A maior parte dos serviços públicos em Portugal não é exatamente gratuitos. Quando você tem uma renda familiar muito baixa são de graça, a medida que sua renda vai subindo começam a cobrar, mas sempre muito pouco quando comparado com o Brasil. Minha filha estuda em escola pública, das 9h às 17h, pode ficar até as 20h (por uma taxa mensal extra de 35 Euros). Mandamos dois lanches, almoça na escola. Lá oferecem aula de música, teatro, jogos de tabuleiros, línguas e mais. Chegou agora a requisição para retirar um notebook com um modem (10 gigas de dados mês), há uns dois meses recebeu um lindo jogo de tabuleiro, “minha primeira startup”. Custo? Zero. Fazemos uma doação para a escola, para as festinhas e afins, nada mais. Ah, os livros e apostilas também foram de graça, o material de apoio compramos, mas, se não tivéssemos renda, também seriam de graça.

Emprego

“Vou me mudar para Portugal, arrumar um emprego em minha área e viver como um rei e…”
Duas chances: você veio do Brasil já contratado ou trabalha com tecnologia, fora disso você provavelmente irá SUAR MUITO para conseguir emprego em sua área.
Tem muito emprego? Tem, em fábrica, lojas, restaurante e em funções que você, com seu cargo de gerente, jamais sonharia em trabalhar. Para atuar em sua área talvez seja necessário validar seu curso e diploma, o que não é rápido e nem fácil. Depois disso precisa brigar por vagas concorrendo com português que na maioria das vezes tiveram ensino melhor que o seu e, vejam só, são locais. É publicitário? Diretor de arte sênior? Aqui, se quiser, será júnior e precisará escalar novamente.
Outra coisa que assusta muito o brasileiro é descobrir que a diferença entre o salário do gerente e do peão é muito pequena. A guria que lava a louça ganha a metade da que coordena a operação do restaurante. O gap salarial é muito pequeno.
O ponto, gente, é que dá pra ter uma vida decente trabalhando de balconista, mesmo por um tempo.
Ah, arrumar trabalho estando ilegal não é tão fácil, aviso logo.

Adaptação cultural

Nos adaptar aqui foi muito mais fácil do que imaginei. “Ah, a língua é a mesma e…”, nem é isso, até porque muitas vezes simplesmente não entendo o que o português está dizendo. É fácil aprender a viver bem, pessoal. Não sofremos nenhum preconceito, de tipo algo, talvez por moramos em Braga onde moram – segundo consta – 40 mil brasileiros. Mas o fato e que fomos muito bem recebidos, por todos.

Algumas coisas ainda incomodam, tipo os restaurantes fecharem de 15h, mesmo nos fins de semana, para abrirem novamente apenas as 18 ou 19h. O fato deles não terem pressa, de serem burocratas por natureza e da falta de informação do serviço público. Mas são quase nada diante do que ganhamos.
Multas? Esquece, só se fizer merda. Aqui não há indústria da multa com guardas em cada esquina. Segurança? Ah, um sonho para a maior parte dos brasileiros. Hospital público melhor que muito hospital privado no Brasil? Temos.
Aqui aprendemos a fazer piqueniques, frequentas praias fluviais, levar os filhos em festas infantis onde adultos não são bem vindos, a receber ligação da professora para saber se nossa filha está bem e porque ela não foi para a escola, receber ligação do serviço público de saúde para saber se estamos melhor da doença que apresentamos há uma semana e coisas assim. Aprendemos a sair de casa só pra ver o por do sol, a caminhar para todo lugar sem medo, a curtir folhas caindo no inverno e jardins floridos na primavera. Acho que aprendemos a viver um pouco melhor.

Imigração

Recomendo a imigração? Olha, recomendo a fuga do Brasil, a verdade é essa. De todo e qualquer jeito? Não, as coisas não são tão simples quanto muita gente pensa. Não é porque Portugal não exige visto de entrada que é só chegar. Semana passada vi um casal com dois filhos barrados na imigração, informações desencontradas e nervosos.
Se fixar em Portugal não é barato, entre alugueis adiantados e dinheiro para se sustentar até começar a trabalhar, pode haver uma bolada. Não dá pra vir de todo jeito, não recomendo, apesar de entender quem tenta. O povo do Brasil está meio desesperado mesmo.
Para quem se animou, minha dica: fala com Luciana Camelo, vai lá no Instagram dela @lucianascp e procura informações sobre todo o processo. Ela pode ajudar indicando quem pode tirar seu visto, tirar seu NIF (CPF português), abrir conta em banco e cuidar de todo o processo de aluguel ou compra de casa aqui.
Os clientes dela saem do aeroporto para seus novos apartamentos e casas, encontram todos os serviços funcionando (água, gás, luz e internet) e até mesmo a geladeira cheia.
Ainda tem dúvidas? Comentários estão aí para isso.
Eden Wiedemann

Espero que tenham gostado e caso não tenha visto, aqui está outros post falando sobre a vida em Portugal:

 

Como sair do Brasil e ir morar em Portugal?

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Eu me mudei pra Alemanha há 10 anos. Eu poderia praticamente repetir tudo o que o colega contou sobre Portugal. A maioria dessas coisas sao bem padrao oeste europeu. Quando a gente conta que morar por aqui supera a sua melhor expectativa, MESMO com os problemas que você enfrenta, ninguém acredita.

    Mas especialmente pra gente BR, hiper-social como a gente é, tem que se mudar com mentalidade de integracao, de procurar alguma coisa pra fazer em matéria de hobby logo quando chegar. Esse é o segundo problema que o brasileiro enfrenta ao vir pra cá: depressao, saudade da vida antiga, solidao (porque muitas vezes o parceiro trabalha e você, sem falar a língua, nao tem como fazer nada na rua)…

    Pra se mudar do BR pra um outro país tem que planejar bastante, e nao só financeiramente.

  2. Uma visão meio descolada da realidade de 80% da população brasileira, que sobrevive com, no máximo, 2 salários mínimos.

    Outra, faço parte de grupos de motoboys que foram tentar a vida em Portugal e que dizem que o preconceito contra brasileiros é enorme.

    Então é bom frisar que a visão é de alguém “estabelecido”, com uma “boa” condição financeira, para que as pessoas não se iludam.

    • Certamente você tem razão, sem duvida. MAs a pergunta é: O cara precisa ter uma visão que abranja 100% das pessoas de um país para sua experiência ser válida? Não, né?
      Acho que quem está em estado de pobreza total ou semi-total como a ampla maioria das pessoas no Brasil, está mais preocupado em saber se vai conseguir comer e não em mudar para um país com mais qualidade de vida. Agora no meu ponto de vista, se um cara está nessa, precisa primeiro criar um plano para poder se preparar. O melhor caminho que eu vejo hoje é investindo nele mesmo. Entretanto:
      -Educação é cara. É mesmo. O que fazer? Eu recomendo procurar ajuda no Sistema S (que nós pagamos para o povo com nossa extorsão imposto). O SENAC possui centros de formação com cursos em diversas áreas, algumas ALTAMAMENTE disputadas onde o cara já sai empregado, como as na área de TI. Existem bolsas onde o cara não paga nada ou quase nada. Basta ir lá conversar e ver. Grupos do telegram. Existe grupo no telegram de tudo, de golpe, de 171, de hacking, de putaria… E acredite se quiser, existe grupo no telegram de cursos piratas. O que é isso? Alguém altruísta vai compra esses cursos que os GURUS dizem que mudará sua vida num piscar de olhos e disponibiliza pra quem quiser estudar. Se vc não tem grana, mande a ética às favas e estude no material pirata e foda-se. Tem tb curso de inglês lá no mesmo esquema.
      No youtube tem uma porrada de canal bom com dicas VALIOSAS em diversas áreas. Uma que eu aprecio é o dropshipping. Tem canal que ensina do ZERO.
      Também há podcasts que ajudam na formação, ajuda a fazer a cabeça. Eu recomendo o livro “pai rico,pai pobre” que tem free no spotify para ouvir. Outro canal do spotify que eu recomendo é o Mayk Santos. Ele entrevistas pessoas de todos os tipos, inclusive gente que era favelada, traficava droga e hoje ganha milhões por mês. Esses caras contam suas histórias e como fizeram para sair da merda. (esse canal é legal pq o cara é uma figuraça e entrevista todo tipo de empreendedor até os 171)
      Outra coisa que eu indicaria é estudar o que não tem gente estudando. Como saber o que é melhor estudar? Depende da área. Área que nada de braçada só no lucro hoje é a área de games. Então se o cara quer entrar nessa área ele entra no linkedin, e no artstation e faz uma engenharia reversa no que as empresas estão precisando. Olha nas vagas o que estão pedindo. Estuda aquilo, fica bom naquilo e aplica já direcionado.
      Portugal e Canadá são um países que recebem imigrantes de braços abertos… Desde que você seja um imigrante qualificado.

  3. Perfeito seu comentário. Mas como seu site, que acompanho a anos, é lido por pessoas de todas as classes e níveis educacionais, achei interessante fazer um comentário de alerta por que muita gente se deslumbra com esses relatos. Eu já fui um deles. Meu comentário anterior foi no sentido de que muita gente lê essas coisas e mete o loko achando que vai chegar lá e vai ser tranquilo. Conheço relatos de gente assalariada que pega o acerto da firma e se mete numa dessas, sem qualificar-se nem nada, as chances de dar errado são enormes.

    Em nenhum momento questionei a validade do relato do rapaz, que por sinal, achei muito interessante. No final, inclusive ele relata que é caro se estabelecer, que não adianta ir de qualquer jeito, etc. O relato, inclusive me fez pesquisar no maps como é a cidade de Braga, pesquisei valores de aluguel, etc.

    Você resumiu bem, a vida nesses países tendem a ser mais “tranquilas” para a mão de obra qualificada.

  4. adorei o texto. dia 15/06 eu faço um ano aqui em portugal e também notei as mesmas coisas que o Éden enumerou. e sobre os produtos de marca própria dos supermercados, a Pingo Doce Cola é melhor que a coca-cola tradicional (e bem mais barata)

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