sexta-feira, março 14, 2025
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Censura nossa de cada dia: Como o governo encontra maneiras de censurar a internet

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Uma coisa que me incomoda tremendamente é o uso do mecanismo de censura. Veja, não estamos falando de um cara escrever alguma coisa ilegal, ou gerar fake news, (isso a gente já sabe que rola direto) mas forma não clara, e não limpa juridicamente de lidar com o que incomoda na internet. Não sei se tem a ver com isso ou não, mas tem um tempo que meu instagram virou um esgoto a céu aberto com cenas de extrema violência, putas, mortes, e gente com deformidades físicas que parece que o app foi feito pelo PT Barnum.

A virada de casaca do tio Zuk

Mark Zuckeberg: Relogio de uma milha no pulso e más notpícias para a esquerda: 2024: "Facebook não está suprimindo a liberdade de expressão"2025: "Vamos parar de suprimir a liberdade de expressão"
Mark Zuckeberg | Relógio de uma milha no pulso e más notícias para a esquerda.  2004: “Facebook não está suprimindo a liberdade de expressão”
2025: “Vamos parar de suprimir a liberdade de expressão”

Recentemente, a sociedade se chocou com uma súbita “virada de casaca” do Mark Zuckeberg.

Bom, eu nunca achei que esse cara fosse confiável, a começar pelo fato publico e notório que o Facebook é uma ideia roubada do Brasileiro Eduardo Saverin, (que ficou multibilionário com o processo que ganhou do Zuck). Se o cara começou a vida dando tapetada em amigo, a gente não pode esperar muito. Esse maluco nunca me enganou e é por isso que eu sempre digo que essa fé inabalável no mundo lindo e maravilhoso das redes sociais só dura até a pagina 2. 

Mas voltando a essa súbita virada de casaca, quando os “verificadores de fatos” do facebook agora passaram a ter viés político, no entender do Zuck. Algo que estranhamente a META sempre negou que tivesse.

É de se esperar que todo e qualquer empresário do mundo dos bilionários irá mentir deliberadamente ou torcer a realidade dos fatos para aninhar seus planos dentro de um arcabouço paradigmático de seu tempo. Nada de novo aqui. Mas o que me chama atenção mesmo, é  uma outra coisa: “Os tribunais secretos na América Latina.”

Tribunais secretos

Obviamente que ele está falando da gente aqui.  Isso é conversa fiada de bilionário para justificar sua nova agenda 180 graus? Não. Ele está (infelizmente) falando a verdade.

Quando Mark Zuckerberg afirma que há tribunais na América Latina emitindo ordens secretas para censura em redes sociais, ele inclui o Brasil nesse cenário.

Lembra da treta do careca com o bilionário maconheiro?
Em setembro de 2024, o perfil oficial do X no Brasil revelou ordens sigilosas desse tipo, expedidas pelo STF. Segundo a análise do setor jurídico da rede, tais decisões apresentam possíveis ilegalidades. Para entender melhor, recomendo conferir os documentos e análises disponíveis neste link: https://lnkd.in/dr3xsfsp.

Reduzir esse posicionamento de Zuckerberg a somente uma mudança ideológica conservadora ou alinhamento a Trump é enxergar apenas parte da verdade.

As redes sociais, incluindo a Meta, enfrentam uma situação delicada na América Latina, marcada por ordens de censura sigilosas, prazos absurdos de apenas 2 horas para retirada de conteúdo, multas pesadas e embasamento legal questionável.

Deve ser muito chato. Imagina o facebook lá ganhando tranquilamente seu dinheiro dos golpistas e estelionatários que a gente denuncia e eles não derrubam (porque dinheiro de bandido é dinheiro), quando do nada vem uma ordem : ” Ordeno que tire fulaninho do ar agora!”

Esse cenário cria uma pressão significativa e, em muitos casos, inviabiliza a operação sob tais condições. Portanto, não é surpreendente que a postura dessas plataformas esteja mudando.

Não é de hoje que ordens sigilosas passaram a ser emitidas por autoridades brasileiras para bloqueio de conteúdos online. Provedores de internet têm recebido essas determinações de forma confidencial, como detalhado aqui: https://lnkd.in/duH-pPWK.

Sempre pode piorar

Além disso, a Anatel está testando um sistema centralizado e automatizado de censura, conhecido como “lacre virtual”.

Nesse modelo, as empresas de telecomunicação sequer são notificadas diretamente.

A Anatel insere comandos de bloqueio diretamente nos roteadores de borda dos Sistemas Autônomos e nos servidores de DNS, eliminando a necessidade de intervenção humana no processo. Mais detalhes podem ser vistos neste vídeo: https://lnkd.in/dZsTCTcF.

O mau uso da ferramenta

É inegável que este tipo de instrumento dá um poder desbalanceado ao governo vigente. Se um conteúdo incomoda, ele tem o botão de tirar do ar. Sem processo, sem ordem, sem trâmite legal. Esses esquemas são montados devagarzinho, na surdina, lentamente para não assustar.

Atualmente, existem milhares de endereços IPs e domínios bloqueados de forma sigilosa e permanente na internet brasileira. Esses bloqueios são realizados sem um processo legal adequado, sem direito ao contraditório, sem qualquer transparência e sem a possibilidade de auditoria, seja por parte dos usuários, seja pelos responsáveis pelos conteúdos bloqueados.

Isso já configura uma violação clara ao princípio da transparência. Além disso, todos esses bloqueios são compulsórios, ou seja, não há escolha para quem é obrigado a implementá-los.

Com as empresas privadas sendo compelidas pelo órgão regulador a realizar esses bloqueios, muitas médias e grandes operadoras já criaram equipes exclusivas para lidar com a demanda, tamanha é a frequência dessas ordens.

Diante disso, qual das opções abaixo você acredita que elas escolherão:

a) Continuar executando os bloqueios de forma manual, usando seus próprios funcionários e equipamentos, como é exigido atualmente.
b) Adotar um mecanismo automático de bloqueio, que dispensa o uso de mão-de-obra e recursos das operadoras e provedores, embora facultativo.

Agora, considerando que há cerca de 20 mil empresas privadas que integram a cadeia produtiva da internet no Brasil, qual dessas alternativas você acha que será a escolha predominante enquanto o uso do mecanismo automático permanecer opcional?

O mau uso disso é praticamente garantido. Vai se construir uma condição que nos colocará em igualdade com a Russia, a China e a Coreia do Norte: “A sua liberdade termina quando seu assunto me incomodar.”

“Ah, mas o governo é legal, o Lula é amigo dos pobres, ele é gente boa, quer o Nobel da Paz, ele não vai fazer isso com a gente. A Janja não ia deixar, nem o Felipe Neto…”

OK, talvez não o Lula, mas quem garante que amanhã um outro presidente abilolado das ideias entre no poder e tenha esse instrumento na mão?
Quem bateria palmas para algo assim é um político da linha do Chávez/Maduro.
Veja, quando dizem que “o Brasil está se Venezuelando” coisas assim me fazem temer pelo pior, pois é muito mais rápido do que eu esperava.
O governo pode pagar o silêncio e a complacência da grande mídia com dinheiro, e tem a chave geral para desligar quem incomodar.

Brasil, a terra dos Sigilos de conveniência

Esse monte de sigilos esquisitos me incomodam terrivelmente (a começar pelo sigilo de 100 anos no cartão corporativo do Lula). Só o Bolsonaro meteu mais de MIL sigilos de 100 anos em sua passagem pelo palácio do Planalto. Exatamente 1108 sigilos.
O sigilo acontece quando o órgão público invoca um trecho do artigo 31 da LAI que restringe a divulgação de informações pessoais, sem interesse público.
Um estudo da ONG Transparência Brasil mostrou que  37% dos sigilos impostos desde 2015 são indevidos; Esse índice salta para 80% no governo Bolsonaro; 413 das 513 negativas irregulares foram decretadas em seu governo.

Captura de tela 2025 01 10 110546 | Textos | facebook, informação, meta, política, Tecnologia, Textos

Que porra de tara é essa por sigilo de cem anos, mermão?

Parece que agir em sigilo virou a nova modinha dos homens da capa preta também.

A publicidade de atos de agentes públicos é um dos fundamentos da transparência do Poder Público.

CF.: Art. 5º, XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

 

E aqui não estamos nem falando do Marco Civil da Internet, que é infra, e tá sendo atropelado. Estamos falando de não observância de direitos basilares inscritos em cláusulas pétreas da Lei Maior do país.

As big techs e sua parcela de culpa

Seria inocência também pensar que isso chegou ao ponto que chegou, sem uma ajuda das grandes corporações.
Trata-se da resposta do Judiciário proporcional às práticas que as big techs vêm adotando há décadas, frequentemente dificultando o cumprimento de ordens judiciais e atrapalhando investigações de crimes graves, incluindo aqueles contra a vida. Desde os tempos do Orkut, essa postura tem sido recorrente.

Elas costumam se recusar a remover conteúdos ou a fornecer dados às autoridades policiais, apresentando as mais diversas justificativas, como: “não viola nossos termos de uso” ou “não temos sede no Brasil, portanto não estamos sujeitos à legislação brasileira”.

Foram anos driblando o Judiciário, empurrando com a barriga e deixando de colaborar.  Por que? Porque essas grandes empresas perceberam o GIGANTESCO poder que têm nas mãos e não querem abrir mão dele. Quem se recorda do caso Cambridge Analytica?

Governos versus Big Techs é luta de filhos da puta no gel, mermão.

Censura dos meios de comunicação na China
É pro seu bem, falô?

Conforme o Judiciário decidiu agir com mais rigor, a coisa vai ficando mais perigosa para a sociedade.  Em quem confiar? Não dá pra confiar em ninguém.
Talvez, se não tivesse havido décadas de má vontade por parte dessas empresas, o cenário hoje poderia ser menos severo para elas. Mas, no fim das contas, estão apenas colhendo o que plantaram. Só que isso pode espirrar em outras paragens.
Se um político não gostar de alguma denuncia contra ele, pode requerer um blablablá a um juiz amigão e a Anatel suspender o Ip do site via lacre virtual?

“É para o seu bem.”

Essa frase (muito usada pela Receita Federal) sempre me dá arrepios, já que estamos democraticamente perdendo a liberdade.

O que isso significa? Significa o governo voltando a controlar a informação

Se nem os donos de sites são notificados, imagina o cliente. Para os consumidores, a situação é ainda mais opaca. Quando um cliente brasileiro entra em contato com seu provedor reclamando que “não consegue acessar determinado site”, o provedor não pode sequer informar que o bloqueio foi ordenado por uma autoridade.

É o shadowban institucionalizado, mano! Saiba mais sobre o lacre virtual (usando a tv box de bucha)

Como Zuckerberg destacou, de fato há conteúdos abomináveis que, sim, devem ser removidos da internet. Mas pense: qual justificativa republicana embasaria essa remoção sob o manto do sigilo? É claro que debaixo desse angu tem caroço político. Tem que ser muito inocente para achar que não. Aliás, tem que ter nascido ontem.

Lembro de uma frase de um psicanalista famoso:

“No século XXI, o pudor migrou do sexo para o dinheiro.”

Hoje, muitos falam abertamente sobre orientação sexual, mas hesitam ao revelar sua renda.

No entanto, sabemos quanto cada juiz ganha, graças ao Portal da Transparência. Nesse aspecto, estão completamente expostos à sociedade. Por que, então, precisam operar sob sigilo quando censuram conteúdos na internet?

Quem realmente se beneficia com esse véu de segredo sobre tais decisões?

Assim, as decisões secretas são um problema serio e muito real, e muito mais pra nós do que pro safado do tio Zuck.

Segue o jogo.

Impressão 3d: Um condomínio inteiro

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Impressão 3d é um assunto que eu adoro. Então, eu fiquei impressionado quando eu vi que uma empresa chamada Icon, está imprimindo de uma só vez, um condomínio inteiro.
Essa empresa desenvolveu uma impressora especialmente para a tarefa, que é montada num tipo de braço de robô gigante que chega no ambiente sobre uma carreta. Esse braço é capaz de fazer as casas, depositando um tipo de linha de massa sobre a outra.

Segundo eles, o complexo tem mais de CEM CASAS impressas em 3d e são casas bem legais. A Icon está também construindo pequenas casas para desabrigados. As casas ICON são construídas em parceria com a Fundação Lennar, o braço de caridade de Lennar, um dos principais construtores de casas do país, e fazem parte da expansão da “Community First!” Vila, que está em andamento atualmente. Uma vez concluída a expansão e com capacidade total, será o lar de cerca de 1.800 idosos sem-lar.

casas desabrigados | Textos | 3d, arquitetura, casa, casas, impressão 3d

As camadas de impressão, feitas de CarbonX
As camadas de impressão, feitas de CarbonX
A vila de pequenas casas populares impressas em 3d
A vila de pequenas casas populares impressas em 3d
As casas durante a impressão
As casas durante a impressão

Os robôs da impressão 3d de casas

Para imprimir essas casas, eles fizeram dois robôs. Um se chama Phoenix e o outro se chama “vulcano”.

ICON Phoenix Multistory 3D Printer edit | Textos | 3d, arquitetura, casa, casas, impressão 3d
O Robô Phoenix
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O robô vulcan

São esses dois robôs que podem construir casas com as mais variadas formas. Não só casas populares de baixo custo, como as aqui de cima, mas outras mais modernosas.

impressão 3d de casas
impressão 3d de casas

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“Ranch Mesa” A impressão 3d na arquitetura 

Projetado pela firma de arquitetura mundialmente renomada BIG, a planta do “Ranch Mesa” da coleção TexNext homenageia a história e o património arquitetônico do Texas enquanto a reimagina e renova para o futuro.

A parte interessante é que apesar de ser bem tecnológico o processo de construção ele é muito rápido, com muito baixo desperdício e as casas ficam mais baratas. Segundo o site, uma casa impressa em 3d está saindo a partir de 429 mil dólares. Um pouco mais barato do que uma casa nas mesmas dimensões tradicional que sai acima de 500 mil.
Conforme o processo de impressão de casas vai se popularizando, é possível que no futuro esse preço venha a cair com a construção e disponibilidade de mais robôs construtivos.

impressão 3d de casas
impressão 3d de casas

O material usado nessas impressões se chama CarbonX e foi desenvolvido pela Icon. Segudo eles, o CarbonX é uma nova fórmula de concreto extrudável/imprimível de baixo carbono. Quando combinado com o sistema de parede e métodos de construção robótica da ICON, a fórmula CarbonX da ICON é o sistema de construção residencial de menor carbono pronto para ser usado em escala.

Um white paper em coautoria com o MIT Concrete Sustainability Hub, “Reduzindo as emissões de carbono no ambiente construído: um estudo de caso em casas impressas em 3D” (publicado em 12 de março de 2024), apresenta um estudo de caso de casas impressas em 3D empregando CarbonX. Os resultados da avaliação do ciclo de vida do white paper mostram que os impactos operacionais e incorporados de casas impressas em 3D são menores do que a construção com estrutura de alvenaria/madeira.

A ICON enviará o CarbonX para o campo em abril de 2024. A ICON também anunciou que disponibilizará seu material para outros projetos e clientes, não apenas para seus próprios projetos impressos em 3D. Formulações futuras do CarbonX já estão em desenvolvimento para reduzir ainda mais a pegada de carbono e devem ser anunciadas esse ano.

casa | Textos | 3d, arquitetura, casa, casas, impressão 3d

ICON WimberleySprings 3D Printed Homes ALPHABETA H INTERIOR | Textos | 3d, arquitetura, casa, casas, impressão 3d

As casas impressas em 3d da Icon oferecem alto desempenho térmico. As classificações HERS para uma casa ICON geralmente ficam entre 40 e 55. Essa classificação HERS torna as casas impressas pelos robôs de 45 a 60% mais eficientes em termos de energia do que uma casa comum. As casas geralmente vêm com um controlador central de casa inteligente, termostato inteligente para operação com eficiência energética e uma campainha de vídeo inteligente. Este sistema permite que os proprietários adicionem seus dispositivos favoritos de casa inteligente ao controlador central.

ICONs CODEX Storm Collection DarkSky Interior designed by BIG | Textos | 3d, arquitetura, casa, casas, impressão 3d
Condomínio impresso em 3d

Tá mais pra um bairro, hehehe.

Enfim, um projeto bem legal. Os caras parecem estar indo bem  estão fazendo até hotéis já, além de mais de um condomínio.  Falando em condomínio, o projeto é bem ambicioso olha aí a maquete:

Captura de tela 2025 01 09 142254 | Textos | 3d, arquitetura, casa, casas, impressão 3d

Ele já está em construção e promete ser o maior conjunto de casas feitas em 3d do mundo. (se bem que a China também não está de brincadeira nesse setor. Em 2015 eles já faziam prédios.)

Uma sacada boa deles foi fazer parceria com escritórios de arquitetura. Eles ficam na parte de “levantar o barraco”. O “desenho do barraco”, você contrata no escritório que melhor lhe aprouver.  Mas eles já oferecem alguns bons modelos no site.
Não demora eles botam uma IA cuidado disso também e você poderá passar um dia inteiro brincando de desenhar sua casa futurista.

Impressão 3d: Sua criatividade é o limite
Impressão 3d: Sua criatividade é o limite

E você moraria numa casa impressa em 3d? Eu confesso que essas reentrâncias aí me dão agonia. A mão de meter uma massa corrida chega a coçar, hahahaha.
Daqui a pouco sai um robô que alisa parede também. Não duvido de mais nada.

Foto Gump do dia: O túmulo de Nureyev

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Nossa foto Gump do dia de hoje é o incrível túmulo do bailarino Nureyev em Paris
A Tapeçaria não é de tecido, é feito de mosaicos muito pequenos de cores diferentes.
Parece um kilim.
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A textura e as pregas são de um realismo incrível.
detalhes intrincados do tumulo
detalhes intrincados do tumulo
O túmulo foi desenhado pelo italiano Ezio Frigerio, grande amigo do dançarino, a partir do cenário do ballet Romeu e Julieta.

Rudolf Nureyév (1938-1993), o lendário bailarino russo, amplamente aclamado como o maior de todos os tempos, nasceu na antiga União Soviética e conquistou renome global por suas interpretações sublime do ballet clássico nos principais palcos da Europa e dos Estados Unidos. Além de seus movimentos de uma elegância, graça e perfeição inigualáveis, Nureyév também é lembrado por seu refinado gosto artístico e seu olhar peculiar para a moda.

Nureyev se apresenta
Nureyev se apresenta

A abordagem estética de Nureyév sempre se pautou pela máxima “excessão é o novo luxo”. Guiado por essa filosofia, o artista impunha altos padrões a si mesmo, o que se refletia não apenas em sua arte, mas também em sua vida privada e no ambiente de sua residência, como atestam as fotografias. Dada a vasta admiração que recebeu em vida, é coerente que seu legado tenha sido igualmente celebrado após sua morte.

Nureyev em sua casa em Paris
Nureyev em sua casa em Paris
Em 1961 Nureyév já era uma estrela mundial ballet quando, durante uma apresentação que realizava em Paris com o Ballet Kirov, conseguiu escapar dos guarda-costas da KGB (serviço secreto soviético) e desertou, se exilando na França – o primeiro de muitos dançarinos a fazê-lo. O “Salto para a Liberdade”, foi como a imprensa na época noticiou o feito. Na França, seu lar a partir de então, Nureyév se tornou o diretor da prestigiada Ópera de Paris. E decidiu que quando morresse, seus restos mortais deveriam ficar em solo francês. Seu corpo partiu, mas sua arte permanece viva na memória e nos movimentos dos jovens bailarinos inspirados pelo mestre.
RN FOTO 8 Detalhes do Tumulo de Rudolf Nureyev | Textos | esculturas, foto gump do dia, tumulo
O túmulo é uma das atracções do cemitério comunal de Sainte-Geneviève-Bois, na área metropolitana de Paris.
É conhecido popularmente como o “Cemitério Russo”, porque uma parte está ocupada por mais de 5.000 sepulturas de imigrantes russos ou franceses de origem russa.
Para mais esculturas de cemitério sensacionais tem um post disso aqui para sua alegria. 

Névoa misteriosa causa pânico: Arma química?

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O mundo das teorias da conspiração não tira férias nem na virada do ano, maluco. Agora vem essa: Requentaram a conspiração dos chemtrails em uma versão 2.0 como uma “névoa misteriosa” que está assustando os seguidores da Carol Chapéu.  Acho que já vi isso em algum lugar…

MV5BMTU2NjQyNDY1Ml5BMl5BanBnXkFtZTcwMTk1MDU1MQ%40%40. V1 FMjpg UX1000 | Textos | bizarro, fog, neblina, TextosStephen King feelings, hein?

Mas vamos entender que merda é essa, afinal.

Batizada de Fogvid-24, essa nova teoria sugere que uma misteriosa névoa que recentemente cobriu partes dos Estados Unidos não é apenas um fenômeno natural, mas sim uma arma química criada pelo governo ou alguma força obscura.

Parece coisa de filme de ficção científica, né? Mas, como toda teoria da conspiração que ganha tração, ela mistura fatos reais com suposições dramáticas e vídeos virais, o que só ajuda a amplificar o pânico e as dúvidas. Vamos mergulhar nessa história e entender o que está por trás dessa intrigante neblina – ou será que é algo mais?

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O Que é Fogvid-24?

Nos primeiros dias de 2025, uma densa neblina começou a cobrir diversas regiões dos Estados Unidos. Não demorou para que pessoas começassem a relatar nas redes sociais sensações estranhas ao entrar em contato com a névoa:

  • Cheiros incomuns, descritos como semelhantes a enxofre ou produtos químicos.
  • Dificuldades respiratórias, irritação na garganta e nos olhos.
  • Fadiga inexplicável e sintomas parecidos com os de resfriado.

Com essas experiências sendo compartilhadas, vídeos no TikTok e X (antigo Twitter) começaram a ganhar força, mostrando pessoas usando lanternas para revelar partículas “anormalmente grandes” flutuando no ar. Foi aí que surgiu o nome Fogvid-24, uma brincadeira inspirada em pandemias fictícias e no impacto que a Covid-19 ainda tem na memória coletiva.

@david_bamberIt tastes and smells like after setting off a lot of fireworks. That sulfur smell. Anyone else expereicning something like this? Kinda freaking me out.♬ original sound – It’s all a dream

Mas o que exatamente as pessoas estão alegando?

Os teóricos da conspiração sugerem que essa névoa não é natural, mas sim parte de um plano maior. Eles acreditam que ela foi criada para espalhar substâncias químicas ou biológicas, possivelmente para testar algum tipo de controle populacional ou experimento. Alguns vídeos até relacionam a névoa a avistamentos de drones misteriosos e ao aumento de chemtrails (as trilhas deixadas por aviões, que também são alvo de teorias de conspiração).

Relatos de Sintomas Bizarros

As descrições de sintomas associados ao Fogvid-24 ajudaram a alimentar ainda mais os rumores. Aqui estão alguns exemplos compartilhados nas redes e na mídia:

  • Uma pessoa no estado da Flórida contou ao Daily Mail:

    “Dentro de uma hora, comecei a espirrar sem parar por cerca de três horas, e meus olhos estavam muito inchados. Me senti quente, como se estivesse com febre, e tive Dores no estômago.”

  • Em outra postagem no X, um usuário comentou:

    “Esse cheiro de enxofre e a sensação de queimar o nariz não têm explicação, a não ser que o governo despejou um monte de micróbios no país essa semana, na forma de neblina.”

Com tantas experiências sendo compartilhadas, o pânico começou a crescer, levando algumas pessoas a evitar sair de casa durante os dias mais nebulosos.

O medo de uma arma química

Soldados alemães correm em meio a gás venenoso durante o treinamento.
Frente ocidental: soldados alemães durante um ataque com gás em Flandres. Crédito: akg-images/Newscom

Sendo os EUA um país naturalmente treteiro, que foi montado num sistema onde é preciso fabricar inimigos permanentemente para justificar todo um parque mafioso de consumo de recursos na indústria bélica – que praticamente controla o país e forma um ralo multibilionário de recursos, é natural que o cidadão tenha medo.

O primeiro uso em larga escala de armas químicas foi em 1915, quando alemães usaram gás cloro,  usando 5.730 cilindros de gás ao longo de um trecho de 4 milhas de estrada perto das trincheiras fora da cidade belga de Ypres. Esse ataque de cloro matou mais de 1.100 soldados e feriu muitos outros e deu início a uma corrida armamentista química entre as partes em guerra. No final da Primeira Guerra Mundial, cientistas trabalhando para ambos os lados avaliaram cerca de 3.000 produtos químicos diferentes para uso como possíveis armas; cerca de 50 desses venenos foram realmente testados no campo de batalha, diz Joseph Gal, historiador de química na Universidade do Colorado, Denver. fonte

No século passado, o gás venenoso matou milhões de civis ao redor do mundo: passageiros no metrô de Tóquio, manifestantes antigovernamentais na Síria e aqueles encarcerados em campos de concentração do Terceiro Reich. A ideia de uma nuvem mortal foi gadualmente se fixando na mente das pessoas, porque ela efetivamente existiu!

 

Máscara de gás para cavalos na Primeira guerra mundial
Máscara de gás para cavalos na Primeira guerra mundial

O redneck de hoje, extremamente religioso e doutrinado a pensar neles como “o melhor povo do mundo”, “os supremos”, “os fodões” que resolverão todos os problemas na bala, e ora têm medo dos soviéticos, ora dos Russos, ou Muçulmanos, também dos Chineses …e por ai vai, com um presidente que é uma máquina de xenofobia de conveniência eleitoreira e mentiras, vai ficar em pânico até com a própria sombra.
O medo de fumaça e gases mortais enviados pelos inimigos segue como uma profunda marca nas armas químicas da primeira Guerra Mundial. Um instinto de Pânico que pode ser ativado com um mero post alarmista na internet.

A Ciência Por Trás da Névoa

Embora as teorias conspiratórias sejam criativas e, às vezes, até cômicas, a ciência tem explicações mais simples e racionais para esses fenômenos. Vamos aos fatos:

  1. O Que é Fog?
    A neblina, ou fog, é basicamente um aglomerado de gotículas de água ou cristais de gelo que se formam próximos à superfície da Terra quando o ar atinge seu ponto de saturação (ponto de orvalho). Isso acontece quando a umidade é muito alta e as temperaturas caem rapidamente.
  2. Por Que as Partículas São Visíveis?
    Quando você brilha uma lanterna forte na névoa, especialmente à noite, as gotículas de água refletem a luz, tornando-se mais visíveis. Isso não significa que sejam partículas “químicas anormais” – é apenas física básica em ação.
  3. Cheiros Estranhos e Poluição
    A névoa tem a capacidade de absorver partículas presentes no ar, incluindo poluentes. Em áreas urbanas ou industriais, isso pode incluir compostos químicos que realmente têm odores desagradáveis, como enxofre. Esse fator é amplificado em locais onde há altos níveis de poluição atmosférica. Assim, uma neblina após o reveillon, onde milhares de toneladas de pólvora explodiram na atmosfera vai ter cheiro de enxofre.
  4. Sintomas Respiratórios
    A alta umidade da névoa pode causar desconforto respiratório em algumas pessoas, especialmente aquelas com condições pré-existentes, como asma. Além disso, cristais de gelo minúsculos podem irritar a garganta e os pulmões, causando sintomas como dor ao respirar ou tosse.

 

De Onde Vêm as Conspirações?

Teoria da conspiração
Teoria da conspiração

Conspirações são uma parte indissolúvel da vida moderna. Elas existem porque realmente, diversas conspirações são reais. Claro que o termo “teoria da conspiração” ganhou todo um elã de mentira e gente sequelada que acredita em qualquer bosta, como terra plana, reptilianos e doença de morgellons. Mas apesar das maluquices, saiba que conspirações, principalmente as da CIA existem DE FATO.
Se você não acredita eu tenho este post aqui pra você mudar de ideia. 

Já o Fogvid-24 não surgiu do nada. Ele é o resultado de um cenário onde as pessoas já estão predispostas a questionar eventos naturais, especialmente após a pandemia da Covid-19. O impacto global do vírus deixou muitas pessoas mais sensíveis a possíveis ameaças à saúde pública, e o medo do desconhecido, mais o advento do problema REAL dos drones de Nova Jersey, somado ao que parece ser uma onda ufológica global,  cria terreno fértil para teorias.

Além disso, fenômenos como os chemtrails e drones não identificados já são recorrentes no mundo das conspirações. A combinação de todos esses fatores em uma narrativa única, envolvendo névoa química, é quase irresistível para quem está imerso nesse universo.

A ideia de uma neblina misteriosa e perigosa está por aí desde muito tempo. Em revistas pulp histórias sobre neblinas macabras já faziam a cabeça das pessoas nos anos 50.

As névoas misteriosas da literatura e cinema

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A ideia de neblinas ou nevoeiros misteriosos como elementos ameaçadores tem raízes profundas na literatura, revistas pulp, e filmes B, e muitos deles podem ter influenciado inconscientemente Stephen King em sua criação de The Mist ou mesmo alimentado o imaginário coletivo sobre o medo do desconhecido escondido na névoa do pânico do Fogvid-24.

Aqui estão algumas obras que podem ter desempenhado esse papel:

Livros e Histórias de Revistas Pulp

“The Fog Horn” (1951) – Ray Bradbury
Um conto clássico sobre um monstro marinho gigante atraído pelo som de um farol em uma noite de neblina. A história, publicada na Saturday Evening Post e depois compilada em The Golden Apples of the Sun, explora o medo e o mistério associados à névoa.
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“A cor que caiu do espaço” (1927) – H.P. Lovecraft

 

216 A Cor Que Caiu do Espaco | Textos | bizarro, fog, neblina, Textos
“A cor que caiu do espaço” virou filme, com Nicolas Cage

Embora não trate diretamente de uma neblina, esta história de Lovecraft aborda uma força alienígena que corrompe tudo ao seu redor de maneira invisível e insidiosa. A atmosfera opressiva e os elementos desconhecidos podem ter ecoado no no medo de drones extraterrestres estarem lançando esse pó na atmosfera.

“The Fog” (1902) – William Dudley Pelley

The Fog 1923 1 | Textos | bizarro, fog, neblina, Textos

  • Publicado na era pulp, esse conto narra uma neblina que parece possuir características malignas e devoradoras. A história enfatiza o terror psicológico causado pela incapacidade de ver ou escapar da ameaça. A obra virou filme 22 anos depois do livro.

Histórias de Fantasmas de M.R. James (Século XX)

    • James usava elementos climáticos como neblinas para intensificar o mistério e o medo. Contos como “Oh, Whistle, and I’ll Come to You, My Lad” criam uma sensação de isolamento, muito parecida com a atmosfera de The Mist e outros produtos que vieram à reboque.

 

Filmes B com Temática de Névoas ou Nevoeiros

“The Fog” (1980) – John Carpenter

Este clássico do terror explora uma névoa sobrenatural que traz consigo fantasmas vingativos de marinheiros mortos. Embora tenha sido lançado após The Mist (1979), ele é parte do mesmo imaginário coletivo sobre névoas carregadas de perigos ocultos.

“Caltiki, The Immortal Monster” (1959)

    • Um filme italiano de terror no qual uma criatura ameboide emerge de uma área nevoenta. A atmosfera claustrofóbica e os elementos de terror cósmico podem ter influenciado o subgênero.

“The Crawling Eye” (1958)

    • Também conhecido como The Trollenberg Terror, este filme B britânico apresenta um monstro que vive em uma montanha constantemente envolta em névoa. A associação entre a neblina e o perigo iminente é central.

“The Phantom Ship” (1935)

    • Embora o filme foque em um navio fantasma, ele usa a neblina como cenário para criar um ambiente de mistério e horror, alimentando a ideia de que a neblina esconde segredos mortais.

Influências Literárias Mais Amplas

“Heart of Darkness” (1899) – Joseph Conrad

    • Embora não seja uma história de terror, Conrad usa a neblina e o clima para simbolizar o mistério e o medo do desconhecido. Elementos dessa obra permeiam muitas narrativas de suspense.

“Dracula” (1897) – Bram Stoker

    • Em diversos momentos, a névoa é usada como um símbolo de transformação e ocultação, ajudando o Conde Drácula a se deslocar sem ser detectado.

“The Invisible Man” (1897) – H.G. Wells

    • Embora o nevoeiro não seja o foco, a ideia de algo invisível e perigoso se movendo sem ser visto no ambiente pode ter sido uma influência temática.

 

Temas Recorrentes que Alimentaram o Medo da Névoa

  • As Névoas de Fenômenos Naturais como Metáfora:
    Muitas narrativas usam a névoa para representar o desconhecido. O medo primal de não enxergar o que está à frente, combinado com a ideia de que algo pode estar espreitando, é universal.
  • Terror Cósmico:
    Lovecraft e outros escritores pulp frequentemente associavam névoas a invasões alienígenas ou dimensões paralelas, o que é um tema central em The Mist.
  • Folclore e Mitos:
    Histórias de vilarejos desaparecidos em neblinas ou espíritos que se escondem no nevoeiro fazem parte de muitas culturas. Esses mitos ajudam a perpetuar o medo inconsciente da névoa.

A névoa sempre foi um cenário perfeito para o terror: ela esconde, isola e transforma o comum em algo inquietante.

A Verdade Sobre Fogvid-24

Apesar das alegações dramáticas, até agora, não há nenhuma evidência científica ou oficial que sugira que essa névoa seja algo além de um fenômeno natural amplificado por condições atmosféricas específicas e poluição.

Mas por que isso importa?

intro 1557773802 | Textos | bizarro, fog, neblina, Textos
A neblina e o medo do desconhecido

Porque entender a ciência por trás de eventos como esses nos ajuda a combater a desinformação e evitar pânicos desnecessários. Mais do que isso, nos lembra que, mesmo em um mundo cheio de incertezas, muitas vezes a explicação mais simples é a correta.

O Fogvid-24 pode até parecer uma ameaça digna de ficção científica, mas, no fundo, ele é mais um exemplo de como nossa percepção da realidade pode ser moldada pela falta de informações claras e pela criatividade das redes sociais. Enquanto alguns vídeos no TikTok podem parecer convincentes, é importante lembrar que uma lanterna iluminando partículas não é evidência de um plano maligno dos Illuminati, Maçons ou aliens.

No final das contas, a névoa não é um vilão; ela é um lembrete de que a natureza, embora misteriosa, sempre encontra formas de nos surpreender – mesmo que às vezes cause um espirro ou dois.

E você, o que achou dessa teoria? Já se deparou com o Fogvid-24 ou conhece outras histórias curiosas como essa? Comenta aí!

 

 

O nazista que foi absolvido

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Se você é como eu e gosta de ver filmes da Segunda Guerra Mundial, já deve ter se deparado com muitas histórias envolvendo os nazistas e os campos de extermínio, onde seres humanos foram mortos com gigantesca crueldade.

Esses filmes, como “A vida é Bela”, “O pianista” e “A lista de Schindler” nos dizem repetidas vezes que todos os nazistas eram maus, verdadeiros malditos cães do inferno sob o comando de um ditador completamente louco e inescrupuloso, capaz de matar qualquer um que estivesse em sua frente para atrapalhar seus planos de dominação mundial. Há até mesmo livros que tentam explicar como Hitler conseguiu convencer todo um país.

O nazista que não era mau

A sensação que dá é que todo nazista era um belo dum FDP; um facínora, ao ponto de que o termo nazista acabou virando um adjetivo contemporâneo, muito mal usado por sinal – em qualquer discussão. Hoje se xinga de “nazista” até o sindico que quer aumentar a cota do condomínio.

Mas nem todo nazista foi naturalmente mau e aqui está um artigo que talvez te surpreenda. Há pelo menos um nazista que foi absolvido no tribunal da guerra. Aqui está ele:

Hans Wilhelm Münch
Hans Wilhelm Münch

Em 1947, na Polônia, autoridades comunistas iniciaram uma série de julgamentos de pessoas acusadas de participar de assassinatos em massa no campo de concentração de Auschwitz. Na ocasião do julgamento, Münch foi apelidado de O Bom Homem de Auschwitz por sua recusa em ajudar nos assassinatos em massa lá.

O segundo desses julgamentos, confusamente chamado de “O Primeiro Julgamento de Auschwitz” (Pierwszy Proces Oświęcimski), envolveu 40 réus — a maioria deles eram oficiais e administradores de alto escalão no campo de concentração.

Dos quarenta réus, vinte e três foram condenados à morte por enforcamento, seis à prisão perpétua, sete a 15 anos de prisão e três a 10, 5 e 3 anos de prisão, respectivamente.

Mas estranhamente, um deles foi absolvido de todas as acusações.

Até onde as evidências sugerem, o Dr. Münch era um membro de carteirinha do partido nazista, tendo se filiado por crença genuína em seus ideais ou por motivos egoístas para progredir em sua carreira como médico e bacteriologista.

Em 1943, ele foi recrutado como um cientista pela SS e enviado para ajudar com experimentos médicos em Auschwitz.  Sua tarefa era prevenir epidemias nos campos superlotados.  Lá Münch continuou a pesquisa bacteriológica pela qual era conhecido antes da guerra, bem como fez inspeções ocasionais nos campos e nos prisioneiros.

Mas algo estranho aconteceu lá: o nazista quando viu o que estava acontecendo lá se chocou. E mais, ele se recusou a permitir os crimes de seu superior, Josef Mengele, e – com grande risco pessoal – começou a ajudar os internos do campo.

O livro sobre os médicos da SS de Auschwitz, de Robert Jay Lifton (1986), menciona Münch como o único médico cujo compromisso com o juramento de Hipócrates se mostrou mais forte do que o da SS.

Primeiro, ele se recusou terminantemente a participar das infames “seleções” na plataforma ferroviária, que determinavam quem seria colocado para trabalhar, quem seria submetido a experimentos e quem seria condenado à morte imediatamente.

Segundo, ele manteve as vítimas de Mengele vivas ao deliberadamente criar experimentos falsos e elaborados, que na realidade eram apenas uma forma de fornecer tratamento médico real às pessoas e evitar que elas fossem mortas por não serem mais úteis ao Dr. Mengele.

E, finalmente, antes de deixar o campo à frente do avanço do Exército Vermelho, ele deu seu revólver pessoal a um prisioneiro sugerindo que ele usasse a arma para se defender e escapar.

E assim, em dezembro de 1947, enquanto pessoas com todo o direito de odiar os nazistas descreviam os crimes de 39 réus em detalhes, eles surpreenderam todos os juízes e promotores ao defender um homem da SS e membro do partido nazista que trabalhava para um dos maiores monstros da história no campo que foi relatado por muitos como sendo o inferno na Terra. O tribunal decidiu pela absolvição:

“não apenas porque ele não cometeu nenhum crime de dano contra os prisioneiros do campo, mas porque ele teve uma atitude benevolente para com eles e os ajudou, enquanto ele tinha que assumir a responsabilidade. Ele fez isso independentemente da nacionalidade, raça e origem religiosa e convicção política dos prisioneiros.”

Ninguém realmente esperava isso, mas os depoimentos foram tão sinceros, consistentes e vieram de tantos detentos do campo, que até mesmo os promotores comunistas tiveram que admitir que sobre aquele homem as acusações eram infundadas, e assim Hans Münch foi autorizado a sair, retornar à Alemanha e viver o resto de sua vida praticando medicina.

Hans Münch foi o único soldado da SS cuja virada do mal foi tão completa que ele enfrentou a justiça comunista e viveu para contar a história.

Sua história nos mostra que mesmo em momentos tenebrosos e sombrios algumas pessoas podem enfrentar grande risco para não aceitar se banhar no rio de sangue e sofrimento.

Existe um filme sobre a vida dele chamado “Dr. Münch – médico em Auschwitz

Munch no fim da vida
Hans Münch no fim da vida

 

Controvérsias: Ele era mesmo tão legal assim?

Como tudo na vida, nem Hans Münch escaparia de ter seu passado vasculhado e ser acusado de ser “lobo em peles de cordeiro”.

A maior das acusações contra ele veio de um ex-presidiário, chamado Imre Gönczy, também conhecido como “Emmerich”.

Segundo Emmerich, Münch não apenas participou de seleções, mas também usou a carne dos cadáveres para cozinhar “um caldo” que foi usado como meio para seus micróbios. Ele também supostamente infectou pessoas, incluindo Gönczy, com reumatismo , Gönczy ainda sofrendo os efeitos do qual no momento de uma entrevista posterior. Eles se encontraram pouco antes da morte de Münch (quando Münch já estava com o mal de Alzheimer), e a reunião foi coberta por um jornalista do jornal alemão Die Welt. Na reunião, Münch disse que “se pudesse voltar no tempo e escolher ir para Auschwitz novamente, ele o faria”.

Para alguns isso foi visto como uma frase de um teor maligno, para outros foi uma declaração de um homem que sabia ter salvado vidas.
Seja como for, muita gente passou anos em cima dele tentando obter qualquer declaração possível que desse ruim pra ele. E isso efetivamente aconteceu numa entrevista dele em 1988, quando já com a doença de Alzheimer avançando ele deu declarações que foram vistas como declarações nazistas, sobre como “os ciganos são patéticos e problemáticos” e que “e que as câmaras de gás seriam a única solução para eles”.

Munch foi julgado culpado após a entrevista, mas uma junta médica o considerou “psicologicamente perturbado” em função da doença e ele não foi preso. Em maio de 2001, Münch foi condenado em Paris por “incitação ao ódio racial ” e “menosprezo por crimes contra a humanidade”. O promotor não exigiu a prisão de Münch, mas sua libertação sob licença. Münch foi considerado culpado, mas devido à sua idade avançada e sua saúde mental, o tribunal de apelação de Paris decidiu que Münch, de 89 anos, não deveria cumprir a pena.

Durante seus últimos anos, Münch viveu na região de Allgäu , perto do Lago Forggen. Ele morreu aos 90 anos em 2001.
Enfim, suas declarações infelizes no final da vida podem ser produto de um nazista safado, um cara tão esperto que evitou a morte no julgamento? Não sei. Sabemos que o mal de Alzheimer pode afetar negativamente o comportamento das pessoas.

Enquanto alguns o culpam por seus experimentos médicos com bactérias e vírus em Auschwitz, muitos outros prisioneiros testemunharam a seu favor e os resultados das documentações de suas pesquisas endossaram o fato de que ele realmente inventou complicados experimentos apenas para que os prisioneiros não morressem na câmara de gás.
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Descoberta uma misteriosa biblioteca que tem 84.000 livros

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Os manuscritos da Biblioteca Sakya estão empilhados. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
Os manuscritos da Biblioteca Sakya estão empilhados. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr

No ano de 2003, uma sensacional descoberta arqueológica veio à tona no coração do Monastério Budista Sakya, localizado na porção sudoeste da República Popular da China, dentro da Região Autônoma do Tibete. Situado a aproximadamente 480 quilômetros a oeste da cidade de Lhasa, o Monastério Sakya permanece como um centro nevralgico do budismo tibetano e de estudos religiosos.

Por trás de uma parede, escondida ao longo dos anos, uma biblioteca de dimensões impressionantes foi trazida à luz, abrigando mais de 80.000 manuscritos intactos. Especialistas acreditam que essa ocultação foi uma medida de proteção contra as perseguições promovidas pelo regime comunista chinês. Esta revelação arqueológica sem precedentes promete desvendar segredos inéditos sobre a rica história da região.

Vamos separar o joio do trigo: Exploraremos fatos comprovados e mitos envolvendo a misteriosa Biblioteca de Sakya.

A Biblioteca Sakya, com 84.000 manuscritos, remonta a 10.000 anos? 

Os manuscritos da Biblioteca Sakya estão empilhados. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
Os manuscritos da Biblioteca Sakya estão empilhados. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr

Os manuscritos na Biblioteca Sakya. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
Os manuscritos na Biblioteca Sakya. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr

A maioria das postagens e artigos de mídia social mencionam que a biblioteca tem 84.000 manuscritos que contêm 10.000 anos de história humana e segredos de civilizações antigas. Desde então, muitos acadêmicos e especialistas se apresentaram para esclarecer a alegação.

 

 

Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr

Todos eles acreditam que 10.000 anos seriam anteriores à primeira escrita registrada na história humana. De acordo com um editor e pesquisador da Ancient History Encyclopedia , Joshua J. Mark, a literatura escrita mais antiga conhecida é o Poema Épico de Gilgamesh , a grande obra suméria que remonta a 2150 a 1400 a.C. Este fato também foi corroborado por outros especialistas e estudiosos que concordam que a obra escrita mais antiga da história humana foi de fato inventada na Mesopotâmia pelos sumérios. Isso foi há cerca de 5.500 anos. Portanto, é improvável que a alegação de 10.000 anos seja verdadeira.

(Esquerda) Tabuleta de argila neoassíria. Épico de Gilgamesh, Tábua 11: História do Dilúvio. Conhecida como a “Tabua do Dilúvio”. (Direita) Tábua V da Épica de Gilgamesh. Créditos da imagem: BabelStone/British Museum via Wikimedia , Osama Shukir Muhammed Amin FRCP(Glasg)/Wikimedia
(Esquerda) Tabuleta de argila neoassíria. Épico de Gilgamesh, Tábua 11: História do Dilúvio. Conhecida como a “Tabua do Dilúvio”. (Direita) Tábua V da Épica de Gilgamesh. Créditos da imagem: BabelStone/British Museum via Wikimedia , Osama Shukir Muhammed Amin FRCP(Glasg)/Wikimedia

Os manuscritos, ou papel no qual esses pergaminhos são escritos, provavelmente não têm mais de 10.000 anos. Os pergaminhos egípcios antigos em papiro têm cerca de 5.000 anos. Além disso, o papel foi descoberto pela primeira vez na China há apenas cerca de 2.000 anos.

O fato de que esta biblioteca secreta contém 84.000 manuscritos foi verificado por algumas agências de notícias. A Comissão Executiva do Congresso sobre a China menciona em seu site que há 80.000 volumes na coleção de textos centenários no Mosteiro Sakya. Portanto, 84.000 manuscritos não parecem ser absurdos, e isso pode muito bem ser verdade.

A Biblioteca Sakya tem um livro que pesa meia tonelada!

Dentro do Salão Principal de Cantos do Monastério Sakya. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
Dentro do Salão Principal de Cantos do Monastério Sakya. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr

Em um armazenamento quase completamente obscurecido, localizado a cerca de 76 metros do salão principal de um mosteiro, em uma câmara reservada atrás do altar central, a Comissão descobriu uma vasta coleção de livros empilhados em estantes gigantescas, medindo aproximadamente 61 metros de comprimento e 9 metros de altura. Apesar de séculos de imobilidade, esses volumes permanecem intactos, aguardando a atenção de especialistas. Embora o processo seja moroso devido à magnitude da tarefa, as análises já estão em andamento.

O Coração da Biblioteca Sakya: Diversidade de Conhecimentos

A maioria dos textos na Biblioteca Sakya compreende escrituras budistas, cuidadosamente transcritas à mão em idiomas como chinês, tibetano, mongol e sânscrito. Além disso, a coleção abrange uma rica variedade de obras sobre literatura, astronomia, matemática, arte, agricultura, história e filosofia. Destaca-se, notadamente, um manuscrito de peso impressionante, superior a 500 quilogramas, um verdadeiro tesouro da biblioteca.

Um Projeto de Preservação em Andamento

Em 2003, a Academia Tibetana de Ciências Sociais (TASS), responsável pela execução do projeto da Biblioteca Digital Tibetana na Região Autônoma do Tibete, realizou uma minuciosa avaliação da Biblioteca Sakya. A TASS continua a verificar e categorizar a colossal coleção de livros e manuscritos em folhas de palmeira. Um marco significativo foi alcançado em 2022, com a indexação completa de todos os livros, enquanto mais de 20% da coleção já foi sujeita a digitalização assegurando a preservação desses tesouros culturais para as gerações futuras.

Relatos históricos descrevem livros escritos em letras douradas e encadernados em ferro.

Créditos da imagem: Justin C. /Tripadvisor
Créditos da imagem: Justin C. /Tripadvisor

Antecedendo a descoberta da recém-revelada biblioteca oculta em 2003, o Mosteiro Sakya já era renomado por abrigar uma coleção de escrituras de inestimável valor. O erudito indiano Sarat Chandra Das, especialista em língua e cultura tibetana, realizou duas expedições ao Tibete, em 1879 e 1881. Em seus registros, Das descreve a existência de volumes suntuosos escritos com letras douradas na Biblioteca Sakya. Alguns manuscritos notáveis apresentam dimensões impressionantes, medindo cerca de 1,8 metros de comprimento e 45 centímetros de largura. A coleção também inclui livros com margens ricamente iluminadas, obras encadernadas em ferro e, em alguns casos, adornadas com imagens de mil Budas, conferindo um aura de mistério ao local. Esses relatos fascinantes, segundo historiadores, remontam a uma época em que esses manuscritos excepcionais foram criados sob as ordens diretas do imperador Kublai Khan, como uma oferenda ao venerado Phagpa Lama, o quinto líder da Escola Sakya do Budismo Tibetano.

 

 

Uma Breve História do Mosteiro Sakya

Créditos da imagem: Antoine Taveneaux/Wikipedia
Créditos da imagem: Antoine Taveneaux/Wikipedia

Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr

O monastério Sakya, um lugar de adoração piedoso, é um tesouro escondido nas montanhas áridas. É uma sede da seita Sakya do budismo tibetano, situada na Região Autônoma do Tibete, a cerca de 78 milhas a oeste de Shigatse.

 

 

Créditos da imagem: Antoine Taveneaux/Wikimedia
Créditos da imagem: Antoine Taveneaux/Wikimedia

A parte norte do mosteiro, construída em 1073 d.C., era grandiosa, com mais de 100 edifícios. Foi construída por Khön Könchok Gyalpo, um monge Nyingmapa da poderosa família Tsang. Ele se tornou o primeiro Sakya. O mosteiro do sul foi fundado em 1268 d.C. do outro lado do Rio Zhongqu, que separava a parte sul da parte norte. Era colorido de vermelho, branco e cinza em homenagem aos três budistas Tulkas. Mas a maior parte deste mosteiro do sul foi incendiada no século XVI e restaurada apenas em 1948.

Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr

Após a revolta de Lhasa em 1959, que pretendia proteger o 14º Dalai Lama do Partido Comunista da China, a maioria dos monges fugiu do monastério. No entanto, durante a Revolução Cultural em 1966, o monastério do norte foi totalmente destruído. O que resta agora é um salão de dois andares com vista para o monastério do sul. Dizem que a Biblioteca Sakya foi poupada a mando do primeiro-ministro Zhou Enlai. Ela foi reconstruída apenas em 2002.

 

 

Corredor com duas fileiras de rodas de oração ao longo das paredes no Mosteiro Sakya, Tibete, China. Créditos da imagem: Vladimir Zhoga/Shutterstock.com
Corredor com duas fileiras de rodas de oração ao longo das paredes no Mosteiro Sakya, Tibete, China. Créditos da imagem: Vladimir Zhoga/Shutterstock.com

Hoje, a maioria dos especialistas acredita que a Biblioteca Sakya é o maior relato sobrevivente da história das áreas tibetanas da China e, portanto, tem imensa importância hoje.

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Por que o metal de navios naufragados está sendo usado na medicina?

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Hoje descobri por puro acaso uma coisa muito interessante que quero compartilhar com vocês. O metal de navios naufragados há muito tempo está sendo um item muito desejado pela indústria de precisão na área da Medicina.  Mas por que razão? Porque todo o aço que está disponível hoje está contaminado com radiação! 

O aço desses navios se chama comercialmente de Low-background steel. 

O Que é o Low Background Steel?

Para começo de conversa, “low background steel” é um aço com níveis extremamente baixos de radiação. Isso o torna uma raridade no mundo moderno, onde a radiação ambiente subiu graças a eventos como os testes nucleares do século XX e o uso difundido de materiais radioativos na indústria. Esse aço, por incrível que pareça, não pode mais ser fabricado como era antigamente.

Por quê? Porque o ar e o ambiente em que vivemos estão contaminados por partículas radioativas de bombas nucleares e acidentes como Chernobyl e Fukushima. E, adivinhem, esse “background radioativo” afeta até os processos industriais que usamos para criar aço.

De onde ele vem?

O segredo do low background steel está no fato de que ele foi fabricado antes da era nuclear, ou seja, antes de 1945, quando o mundo ainda não tinha mergulhado no caos radioativo que conhecemos hoje. Uma das fontes mais famosas desse aço vem de… navios naufragados!

Sim, navios afundados durante as primeiras guerras mundiais ou mesmo antes disso se tornaram verdadeiros “cofres do fundo do mar”. Entre eles, destacam-se os destroços do SMS Kronprinz Wilhelm, um navio alemão afundado em 1919. Esses gigantes de aço, protegidos pelas profundezas do oceano, escaparam da contaminação radioativa e se tornaram uma fonte inesperada de um material agora essencial.

Para Que Serve Esse Aço “Fantasma”?

O low background steel não é só uma curiosidade histórica; ele é indispensável para experimentos científicos de alta precisão. Seu baixo nível de radiação o torna perfeito para:

  • Detectores de partículas e radiação: Usados em física nuclear e estudos sobre o universo.
  • Equipamentos médicos sensíveis: Como aparelhos de tomografia e medição de radiação.
  • Pesquisa de materiais ultra-sensíveis: Onde qualquer traço de radiação pode comprometer os resultados.

Pense nele como o “ouro” dos cientistas. Sem ele, muitos experimentos simplesmente não seriam mais possíveis.

O Problema: A Escassez

O Low Background Steel é o aço de navios que não foi exposto à radiação
Uma sala de contagem de corpos na fábrica de Rocky Flats em Denver, Colorado , feita inteiramente de aço anterior à Segunda Guerra Mundial

Agora vem o drama: não há mais como produzir low background steel da forma tradicional. Todo o aço moderno contém níveis mínimos de radiação devido à contaminação atmosférica pós-1945. Isso significa que o material disponível hoje é limitado aos estoques antigos e ao que pode ser recuperado de naufrágios históricos.

Porém, a extração desses materiais tem suas complicações. Além de ser caro e tecnicamente desafiador, há questões éticas e ambientais sobre explorar destroços de navios que, muitas vezes, são túmulos históricos.

A redução gradual do problema

Desde o fim dos testes nucleares atmosféricos , a radiação de fundo diminuiu para níveis muito próximos dos naturais, tornando o aço especial de baixo ruído de fundo não mais tão necessário para a maioria dos usos sensíveis à radiação, já que o aço novo agora tem uma assinatura radioativa baixa o suficiente para que possa ser usado em geral.

Ainda há alguma demanda para os usos mais sensíveis à radiação, como contadores Geiger e equipamentos de detecção a bordo de naves espaciais. Para os itens mais exigentes, até mesmo o aço de baixo ruído de fundo pode ser muito radioativo e outros materiais, como cobre de alta pureza, podem ser usados.

 

ETs e a radiação

O low background steel é mais do que um material raro; ele é um testemunho do impacto que o homem deixou no planeta. É um lembrete de que nossas ações têm consequências catastróficas de longo prazo – às vezes até nos lugares que menos imaginamos.

O pior é pensar que alguns casos DE ETS nos avisaram disso ao longo da história. Se você fuçar na casuística ufológica, vai aparecer alguns casos em que extraterrestres falam claramente sobre isso, às vezes diretamente, às vezes usando imagens projetadas.

Casos envolvendo supostos extraterrestres demonstrando preocupação com o uso de armas nucleares também são bastante recorrentes na literatura e nos relatos da ufologia. Aqui estão alguns exemplos:

1. Incidente de Malmstrom (1967)

  • Local: Base Aérea de Malmstrom, Montana, EUA.
  • Relato: Guardas da base relataram ter avistado um objeto luminoso pairando sobre a instalação de mísseis nucleares. Durante o evento, vários mísseis Minuteman, equipados com ogivas nucleares, ficaram temporariamente inoperantes. O oficial Robert Salas, que estava de plantão, descreveu o incidente como inexplicável e acredita que o OVNI estava demonstrando controle sobre o arsenal nuclear.

2. Incidente de Bentwaters-Woodbridge (1980)

  • Local: Floresta de Rendlesham, perto das bases RAF Bentwaters e Woodbridge, Reino Unido.
  • Relato: Durante uma série de avistamentos de OVNIs, militares relataram luzes estranhas na floresta e um objeto metálico próximo às bases que abrigavam armas nucleares. Charles Halt, vice-comandante da base, liderou uma investigação e gravou um memorando descrevendo o evento. Testemunhas acreditam que os aliens estavam monitorando a atividade nuclear.

3. Testes Nucleares no Atol de Bikini (1946)

  • Local: Ilhas Marshall, Oceano Pacífico.
  • Relato: Durante os testes nucleares da Operação Crossroads, testemunhas relataram avistamentos de objetos desconhecidos no céu. Embora não existam provas concretas, ufólogos sugerem que os objetos poderiam estar observando ou investigando o impacto das explosões atômicas.

4. Incidente de Minot (1968)

  • Local: Base Aérea de Minot, Dakota do Norte, EUA.
  • Relato: Um OVNI foi avistado por militares perto de silos de mísseis nucleares. O objeto teria interferido nos sistemas eletrônicos e nos radares da base. Documentos desclassificados pela Força Aérea mencionam o incidente, mas atribuem-no a falhas técnicas, embora testemunhas discordem.

5. Encontros no Local de Testes de Nevada

  • Local: Deserto de Nevada, EUA.
  • Relato: Vários relatos de OVNIs durante testes nucleares na década de 1950 sugerem que objetos não identificados foram vistos monitorando as explosões. Alguns ufólogos interpretam isso como preocupação de seres extraterrestres com o impacto dessas armas no planeta.

6. Encontro de Robert Jacobs (1964)

  • Local: Base de Vandenberg, Califórnia, EUA.
  • Relato: O tenente Robert Jacobs afirmou ter visto, através de câmeras de teste, um OVNI interferindo em um lançamento de míssil com ogiva nuclear. O objeto teria desativado o míssil em pleno voo.

7. Declarações do Projeto Disclosure (2001)

  • Relato: Durante uma conferência organizada pelo Projeto Disclosure, militares aposentados e testemunhas civis relataram dezenas de casos em que OVNIs foram avistados em áreas nucleares. Eles afirmaram que os alienígenas estariam preocupados com o potencial destrutivo das armas nucleares.

8. Incidente de Voronezh, Rússia (1989)

  • Local: Voronezh, União Soviética (atual Rússia).
  • Relato: Durante a Guerra Fria, avistamentos de OVNIs em áreas militares russas foram relatados. Embora este caso específico envolva interações com civis e relatos fantásticos, ufólogos acreditam que os eventos na União Soviética frequentemente envolviam instalações nucleares.

Sempre ficamos pensando que os aliens talvez estivessem preocupados com nossa sobrevivência, numa hecatombe nuclear, tipo o filme “Day After“, mas e se os aliens estivessem apenas preocupados com justamente esse problema?

A liberação de radiação na Terra  está afetando até os metais no planeta. Isso poderia prejudicá-los de alguma forma? Afetar seus veículos misteriosos? Não sei, só sei que eu nunca tinha nem ouvido falar desse problema até hoje.

É triste e ao mesmo tempo, é fascinante pensar que o aço, um símbolo de força e progresso, carrega consigo uma história tão delicada e complexa. E que, para a ciência avançar, às vezes precisamos olhar para o passado, até mesmo para o fundo do oceano.

E aí, já conhecia essa parada? Deixe um comentário!

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Gafanhotos: Da explosão populacional à extinção

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Uma história muito louca que dá pra contar na mesa de bar e ser chamado de mentiroso (as boas são sempre assim) pelos seus amigos, é a dos gafanhotos das montanhas rochosas, que dominaram os EUA.

A praga de gafanhotos

O gafanhoto das montanhas rochosas
O gafanhoto das montanhas rochosas

O gafanhoto das montanhas rochosas foi um grande problema devido às suas explosões populacionais. Surtos de gravidade variável surgiram em 1828, 1838, 1846 e 1855, afetando áreas por todo o Oeste. Pragas visitaram Minnesota em 1856–1857 e novamente em 1865, e Nebraska sofreu repetidas infestações entre 1856 e 1874. Os últimos grandes enxames de gafanhotos das Montanhas Rochosas ocorreram entre 1873 e 1877, mas foi o de 1875 o pior.

Como tudo começou

É difícil estabelecer com certeza as razões para a imensa nuvem de gafanhotos que assolou os Estados Unidos naquela época. Mas uma das boas hipóteses tem a ver com outra espécie igualmente perigosa: O homem

Homem posa ao lado de uma montanha de cabeças de bisões abatidos nos EUA.
Homem posa ao lado de uma montanha de cabeças de bisões abatidos nos EUA.

Quando o presidente Thomas Jefferson enviou  Lewis e Clark  na expedição do Corps of Discovery, vastos rebanhos de bisões americanos se estendiam de horizonte a horizonte, até onde os olhos podiam ver. Os historiadores estimam de 30 a 60 milhões dessas criaturas, cada uma pesando até 908 kg e medindo 3,6 metros. Era por baixo, 27,22 bilhões de quilogramas de biomassa, precisando de algo para comer.

O artista ocidental George Catlin estimou que, em 1841, cerca de dois a três milhões dessas criaturas foram abatidas por suas peles. As populações de bisões ficaram sob crescente pressão à medida que os nativos adquiriam cavalos e armas, mas o verdadeiro massacre começou com as guerras indígenas e a “caça por ferrovia”, quando cada bisão morto era visto como um índio morto.
Lembra do Buffalo Bill? Então, ele matava bisão, não búfalo.
No final da década de 1880, apenas algumas centenas de indivíduos permaneciam vivos no Parque Nacional de Yellowstone.

Com o desequilíbrio causado pelo ser humano ao eliminar os bisões, veio uma nova onda de vegetação, e com a oferta de alimento,  surgiu uma multidão nova e muito diferente, que veio se alimentar.

Durante o século XIX, a agricultura se expandiu para o oeste, para o habitat favorito do gafanhoto, desencadeando surtos massivos em seus números.

O castigo veio pelo ar: As explosões populacionais do gafanhoto

Em 1875, um enorme enxame de gafanhotos das Montanhas Rochosas se estendeu por 1.800 milhas de comprimento e 110 milhas de largura. A nuvem de gafanhotos era tão densa que bloqueou o sol por vários dias enquanto passava pelo centro dos Estados Unidos.

Mas o bizarro é que em apenas algumas décadas, a espécie foi extinta.

Essa espécie teve um absurdo surto populacional, possivelmente em decorrência do desequilíbrio ecológico causado por fatores naturais, como o excesso de alimentos decorrentes da eliminação dos Bisões, que também ao pastar, destruíam os ovos dos insetos. Seu numero foi aumentando e se espalhou pela metade ocidental dos Estados Unidos e algumas porções ocidentais do Canadá.

Nuvens de gafanhotos não são um fenômeno raro no mundo e estão presentes até no Antigo Testamento.

O que impressiona são os números.  Os grandes volumes foram vistos e registrados até o final do século XIX. Os avistamentos frequentemente colocavam seus enxames em números muito maiores do que qualquer outra espécie de gafanhoto , com um avistamento famoso em 1875 estimado em 198.000 milhas quadradas (510.000 km 2 ) de tamanho (isso dá uma área maior do que a área da Califórnia), e estima-se que eles deviam pesar 27,5 milhões de toneladas. A nuvem dos insetos foi estimada em cerca de 12,5 trilhões de insetos, a maior concentração de animais já especulativamente calculada, de acordo com o Guinness World Records .

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Cartum de 1875 de Henry Worrall mostrando fazendeiros do Kansas lutando contra gafanhotos gigantes

O enxame de Albert foi o nome que essa nuvem de gafanhotos recebeu,  e foi nomeado em homenagem a Albert Child, um médico interessado em meteorologia, que calculou o tamanho do enxame em 198.000 milhas quadradas (510.000 km 2 ) multiplicando a velocidade estimada do enxame pelo tempo que levou para se mover pelo sul de Nebraska. 

O enxame de 1875 é mencionado repetidamente em um registro histórico do oeste do Missouri que explica: 

Foi o ano de 1875 que será lembrado por muito tempo pelas pessoas de pelo menos quatro estados, como o ano do gafanhoto. O flagelo atingiu o Missouri Ocidental em abril de 1875 e começou a devastar algumas das mais belas porções de nossa nobre comunidade. Eles fizeram uma visita séria e avassaladora a Henry [Condado] , e demonstraram com uma rapidez surpreendente que seu apetite era voraz, e que tudo que era verde pertencia a eles para seu sustento.

A extensão do dano

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A praga de gafanhotos abrangeu o Território de Dakota , o Território de Montana , o Território de Wyoming , o Território do Colorado , Iowa , Minnesota , Missouri , Nebraska , Kansas , o Território Indígena e Texas .

 A praga de gafanhotos também atingiu os Territórios do Noroeste e Manitoba ; um observador de 1877 teorizou que uma variedade de madeira de coníferas os impediu de ultrapassar algumas partes de Saskatchewan.

Comissão Entomológica dos Estados Unidos escreveu em 1880 que a infestação “cobria uma faixa igual às áreas combinadas de Connecticut, Delaware, Maine, Maryland, Massachusetts, Nova Hampshire, Nova Jersey, Nova York, Pensilvânia, Rhode Island e Vermont”.

Essa explosão populacional foi um negócio literalmente colossal.

Devastação apocalíptica

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Por onde a nuvem passava só restava a morte. Foi um incêndio biológico, uma nevasca viva que apagou o sol, 12,5 trilhões de insetos, cada um do tamanho do dedo de uma criança, cada um comendo seu próprio peso por dia.

Eles comiam tudo que tinha pela frente. Os gafanhotos que chegavam se acumulavam até mais de 30 centímetros de altura, formando um macabro “tapete” de devastação, e comiam plantações, árvores, folhas, grama, lã de ovelhas, arreios de cavalos, tinta de carroças e até os cabos de enxada.

Os gafanhotos comiam durante vários dias nos campos e nas árvores e, em alguns casos, também comiam alimentos dentro das casas dos agricultores, que fugiram desesperados.

Tapetes e roupas foram consumidos. Os excrementos e as carcaças dos gafanhotos mortos poluíam lagoas e riachos.

 Os trilhos dos trens ficavam repletos de animais esmagados, e faziam com que os trens perdessem tração, e ficassem patinando na gosma, de acordo com o livro It Happened in Nebraska.

Um pioneiro do Kansas foi citado dizendo:

“Eles pareciam uma grande nuvem branca e brilhante, pois suas asas captavam a luz do sol e os faziam parecer uma nuvem de vapor branco.”

Outro colono do Kansas disse:

“Eu nunca vi uma visão assim antes. Esta manhã, quando olhamos para o sol, pudemos ver milhões no ar. Eles pareciam flocos de neve.”

O historiador de Nebraska Addison E. Sheldon descreveu a cena:

“Em um dia claro e quente de julho, uma névoa cobriu o sol. A névoa se aprofundou em uma nuvem cinza. De repente, a nuvem se transformou em bilhões de gafanhotos cinzentos voando sobre a terra. A vibração de suas asas encheu o ouvido com um som estrondoso como uma tempestade violenta. Até onde os olhos podiam alcançar em todas as direções, o ar estava cheio deles. Onde pousavam, cobriam o chão como um tapete pesado e rastejante.”

 

Tentativas de combater a praga

Os fazendeiros tentaram matar os gafanhotos com fogo e até com explosões de pólvora,  mas algo ainda mais estranho ocorreu:  a massa de gafanhotos era tão imensa que sufocou as chamas.

Outros esforços malsucedidos para deter a praga incluíram cobrir os campos com lençóis e fumar gafanhotos longe das plantações e em valas cheias de água e óleo para afogá-los.

O Hopperdozer
O Hopperdozer

Um dispositivo chamado hopperdozer foi inventado para combater os gafanhotos: seu raspador era revestido com alcatrão de carvão e puxado por cavalos. Arrastados contra o vento, os gafanhotos jovens eram soprados para o alcatrão, mas só funcionava em campos planos, e diante do volume, era como enxugar gelo.

O entomologista estadual do Missouri, Charles Valentine Riley, afirmou que os gafanhotos não eram venenosos, eram tão nutritivos quanto ostras e podiam ser usados ​​para fazer uma variedade de pratos, ou fritos com mel.

Mas como os fazendeiros estavam furiosamente retirando gafanhotos de seus poços para evitar a contaminação de sua água potável, e seu gado e cavalos estavam se recusando a beber de riachos manchados de marrom por gafanhotos, não é provável que muitos fazendeiros fixassem gafanhotos para o jantar. Galinhas e perus se tornaram intragáveis: os pássaros ficavam felizes em comer gafanhotos, mas a carne e os ovos ficavam manchados com um “óleo marrom avermelhado”.

Esforços de socorro

OS gafanhotos das montanhas rochosas colocavam seus ovos na areia
OS gafanhotos das montanhas rochosas colocavam seus ovos na areia

Os danos às colheitas causados ​​pelos gafanhotos foram estimados em mais de 200 milhões de dólares na época. Isso seria aproximadamente equivalentes a 5,258 bilhões de dólares em 2025.

As perdas resultantes da combinação da peste e da seca foram difíceis de recuperar, uma vez que o país ainda se encontrava na Longa Depressão desencadeada pelo Pânico de 1873.

As autoridades locais estavam preocupadas que os fazendeiros desistissem e se mudassem e que os assentamentos ocidentais sofressem, então, inicialmente, os governadores do Kansas e Nebraska estabeleceram agências de assistência privadas para distribuir alimentos e suprimentos em vez de buscar assistência estadual ou federal. A Nebraska Relief and Aid Association, organizada em setembro de 1874, coletou “dinheiro, provisões, roupas, combustível, sementes e outros suprimentos necessários” de fontes privadas.

A atitude predominante da época em relação à assistência pública era que apenas os “pobres merecedores” deveriam receber ajuda. “Merecedores” era definido como significando que sua pobreza não era resultado de imoralidade, ociosidade ou fracasso individual. Os próprios fazendeiros compartilhavam dessa perspectiva, e alguns se recusavam a aceitar qualquer ajuda, exceto na forma de empréstimos temporários.
O Governo interviu com empréstimos também.

Steven R. Kinsella, autor de 900 Miles from Nowhere, escreve que as pragas de gafanhotos da década de 1870 “iniciaram um relacionamento entre os produtores agrícolas e o governo que continua até hoje.” Riley escreveu em seu livro de 1877 The Locust Plague in the United States que a morte e a fome nas regiões afetadas foram evitadas pela ajuda. 

Outras pragas de gafanhotos continuaram nas Grandes Planícies durante os dois anos seguintes. Estima-se que uma praga de gafanhotos de 3,5 trilhões ocorreu em junho de 1875, mas durante várias primaveras após a invasão de 1874, os fazendeiros encontraram milhões de ovos de gafanhotos enquanto aravam seus campos, o que destruiu os ovos no processo.

Uma geada precoce na primavera de 1875 também ajudou a combater futuras infestações. A população de gafanhotos das Montanhas Rochosas continuou a diminuir a cada ano após 1874; o desenvolvimento do Oeste pode explicar sua extinção no início dos anos 1900. 

O gafanhoto das Montanhas Rochosas habitou ao longo de ambos os lados das Montanhas Rochosas e na maioria das áreas de pradaria. Reproduzindo-se em áreas arenosas e prosperando em condições quentes e secas, foi levantada a hipótese de que eles podem ter dependido das plantas altas da pradaria durante períodos mais secos. A destruição do habitat da pradaria e a incursão de nova flora e fauna, juntamente com práticas agrícolas, podem ter levado à extinção da espécie.

Um grande número de gafanhotos, incluindo um grande número de gafanhotos das Montanhas Rochosas sepultados no gelo nas Montanhas Rochosas, deram seu nome à Geleira Grasshopper.

A superpopulação de gafanhotos

Trabalho árduo para extinguir os insetos

Os fazendeiros responderam com força à destruição do enxame; uma lei de Nebraska de 1877 dizia que qualquer pessoa entre 16 e 60 anos tinha que trabalhar pelo menos dois dias eliminando os gafanhotos na época da eclosão ou enfrentar uma multa de US$ 10. No mesmo ano, o Missouri ofereceu uma recompensa de US$ 1 por alqueire para gafanhotos coletados em março, 50 centavos por alqueire em abril, 25 centavos em maio e 10 centavos em junho. Outros estados das Grandes Planícies fizeram ofertas de recompensa semelhantes. Na década de 1880, os fazendeiros se recuperaram o suficiente de seus problemas com gafanhotos para poderem enviar vagões de milho para as vítimas das enchentes em Ohio . Eles também mudaram para culturas resilientes como o trigo de inverno, que amadurecia no início do verão, antes que os gafanhotos pudessem migrar. Essas novas práticas agrícolas reduziram efetivamente a ameaça dos gafanhotos e contribuíram muito para a queda da espécie.

Relatos dessa época sugerem que os fazendeiros mataram mais de 150 caixas de ovos por polegada quadrada enquanto aravam, gradeavam ou inundavam.

Parecia que esta espécie vivia e se reproduzia na pradaria apenas temporariamente durante os anos de enxameação, com cada geração sendo menor que a anterior e se espalhando cada vez mais longe das Montanhas Rochosas, auxiliados pelo vento, enquanto os locais de reprodução permanentes desta espécie pareciam estar restritos a uma área entre 7,8 e 7.770 quilômetros quadrados de solos arenosos perto de riachos e rios nas Montanhas Rochosas, o que coincidia com terras aráveis ​​e pastoris exploradas pelos colonos.

Como os gafanhotos das montanhas rochosas eram uma forma de gafanhoto que aparece quando as populações atingem altas densidades, foi teorizado que M. spretus pode não estar extinto, que indivíduos da “fase solitária” de um gafanhoto migratório podem ser capazes de se transformar no gafanhoto das Montanhas Rochosas, dadas as condições ambientais certas; no entanto, experimentos de reprodução usando muitas espécies de gafanhotos em ambientes de alta densidade falharam em invocar o famoso inseto.

O status de M. spretus como uma espécie distinta foi confirmado por uma análise de DNA de 2004 de espécies norte-americanas do gênero Melanoplus .

O Melanoplus spretus foi formalmente declarado extinto pela UICN em 2014.

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O maçarico Esquimó

Foi sugerido que o maçarico-esquimó, agora criticamente ameaçado, alimentou-se do gafanhoto durante a sua migração primaveril e que a sua extinção pode ter aumentado as pressões sobre as populações de maçarico-esquimó, que já estavam em declínio, incluindo a caça e a conversão do seu habitat de pastagens para a agricultura.

De volta ao gafanhoto das montanhas rochosas, o último espécime vivo foi visto no Canadá, em 1902. Um assustador declínio para uma criatura que se contou aos trilhões, e talvez um tenebroso aviso para nós:

Nenhum ser vivo da Terra está a salvo da extinção.