Os manuscritos da Biblioteca Sakya estão empilhados. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
No ano de 2003, uma sensacional descoberta arqueológica veio à tona no coração do Monastério Budista Sakya, localizado na porção sudoeste da República Popular da China, dentro da Região Autônoma do Tibete. Situado a aproximadamente 480 quilômetros a oeste da cidade de Lhasa, o Monastério Sakya permanece como um centro nevralgico do budismo tibetano e de estudos religiosos.
Por trás de uma parede, escondida ao longo dos anos, uma biblioteca de dimensões impressionantes foi trazida à luz, abrigando mais de 80.000 manuscritos intactos. Especialistas acreditam que essa ocultação foi uma medida de proteção contra as perseguições promovidas pelo regime comunista chinês. Esta revelação arqueológica sem precedentes promete desvendar segredos inéditos sobre a rica história da região.
Vamos separar o joio do trigo: Exploraremos fatos comprovados e mitos envolvendo a misteriosa Biblioteca de Sakya.
A Biblioteca Sakya, com 84.000 manuscritos, remonta a 10.000 anos?
Os manuscritos da Biblioteca Sakya estão empilhados. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
Os manuscritos na Biblioteca Sakya. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
A maioria das postagens e artigos de mídia social mencionam que a biblioteca tem 84.000 manuscritos que contêm 10.000 anos de história humana e segredos de civilizações antigas. Desde então, muitos acadêmicos e especialistas se apresentaram para esclarecer a alegação.
Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
Todos eles acreditam que 10.000 anos seriam anteriores à primeira escrita registrada na história humana. De acordo com um editor e pesquisador da Ancient History Encyclopedia , Joshua J. Mark, a literatura escrita mais antiga conhecida é o Poema Épico de Gilgamesh , a grande obra suméria que remonta a 2150 a 1400 a.C. Este fato também foi corroborado por outros especialistas e estudiosos que concordam que a obra escrita mais antiga da história humana foi de fato inventada na Mesopotâmia pelos sumérios. Isso foi há cerca de 5.500 anos. Portanto, é improvável que a alegação de 10.000 anos seja verdadeira.
(Esquerda) Tabuleta de argila neoassíria. Épico de Gilgamesh, Tábua 11: História do Dilúvio. Conhecida como a “Tabua do Dilúvio”. (Direita) Tábua V da Épica de Gilgamesh. Créditos da imagem: BabelStone/British Museum via Wikimedia , Osama Shukir Muhammed Amin FRCP(Glasg)/Wikimedia
Os manuscritos, ou papel no qual esses pergaminhos são escritos, provavelmente não têm mais de 10.000 anos. Os pergaminhos egípcios antigos em papiro têm cerca de 5.000 anos. Além disso, o papel foi descoberto pela primeira vez na China há apenas cerca de 2.000 anos.
O fato de que esta biblioteca secreta contém 84.000 manuscritos foi verificado por algumas agências de notícias. A Comissão Executiva do Congresso sobre a China menciona em seu site que há 80.000 volumes na coleção de textos centenários no Mosteiro Sakya. Portanto, 84.000 manuscritos não parecem ser absurdos, e isso pode muito bem ser verdade.
A Biblioteca Sakya tem um livro que pesa meia tonelada!
Dentro do Salão Principal de Cantos do Monastério Sakya. Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
Em um armazenamento quase completamente obscurecido, localizado a cerca de 76 metros do salão principal de um mosteiro, em uma câmara reservada atrás do altar central, a Comissão descobriu uma vasta coleção de livros empilhados em estantes gigantescas, medindo aproximadamente 61 metros de comprimento e 9 metros de altura. Apesar de séculos de imobilidade, esses volumes permanecem intactos, aguardando a atenção de especialistas. Embora o processo seja moroso devido à magnitude da tarefa, as análises já estão em andamento.
O Coração da Biblioteca Sakya: Diversidade de Conhecimentos
A maioria dos textos na Biblioteca Sakya compreende escrituras budistas, cuidadosamente transcritas à mão em idiomas como chinês, tibetano, mongol e sânscrito. Além disso, a coleção abrange uma rica variedade de obras sobre literatura, astronomia, matemática, arte, agricultura, história e filosofia. Destaca-se, notadamente, um manuscrito de peso impressionante, superior a 500 quilogramas, um verdadeiro tesouro da biblioteca.
Um Projeto de Preservação em Andamento
Em 2003, a Academia Tibetana de Ciências Sociais (TASS), responsável pela execução do projeto da Biblioteca Digital Tibetana na Região Autônoma do Tibete, realizou uma minuciosa avaliação da Biblioteca Sakya. A TASS continua a verificar e categorizar a colossal coleção de livros e manuscritos em folhas de palmeira. Um marco significativo foi alcançado em 2022, com a indexação completa de todos os livros, enquanto mais de 20% da coleção já foi sujeita a digitalização assegurando a preservação desses tesouros culturais para as gerações futuras.
Relatos históricos descrevem livros escritos em letras douradas e encadernados em ferro.
Créditos da imagem: Justin C. /Tripadvisor
Antecedendo a descoberta da recém-revelada biblioteca oculta em 2003, o Mosteiro Sakya já era renomado por abrigar uma coleção de escrituras de inestimável valor. O erudito indiano Sarat Chandra Das, especialista em língua e cultura tibetana, realizou duas expedições ao Tibete, em 1879 e 1881. Em seus registros, Das descreve a existência de volumes suntuosos escritos com letras douradas na Biblioteca Sakya. Alguns manuscritos notáveis apresentam dimensões impressionantes, medindo cerca de 1,8 metros de comprimento e 45 centímetros de largura. A coleção também inclui livros com margens ricamente iluminadas, obras encadernadas em ferro e, em alguns casos, adornadas com imagens de mil Budas, conferindo um aura de mistério ao local. Esses relatos fascinantes, segundo historiadores, remontam a uma época em que esses manuscritos excepcionais foram criados sob as ordens diretas do imperador Kublai Khan, como uma oferenda ao venerado Phagpa Lama, o quinto líder da Escola Sakya do Budismo Tibetano.
Uma Breve História do Mosteiro Sakya
Créditos da imagem: Antoine Taveneaux/Wikipedia
Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
O monastério Sakya, um lugar de adoração piedoso, é um tesouro escondido nas montanhas áridas. É uma sede da seita Sakya do budismo tibetano, situada na Região Autônoma do Tibete, a cerca de 78 milhas a oeste de Shigatse.
Créditos da imagem: Antoine Taveneaux/Wikimedia
A parte norte do mosteiro, construída em 1073 d.C., era grandiosa, com mais de 100 edifícios. Foi construída por Khön Könchok Gyalpo, um monge Nyingmapa da poderosa família Tsang. Ele se tornou o primeiro Sakya. O mosteiro do sul foi fundado em 1268 d.C. do outro lado do Rio Zhongqu, que separava a parte sul da parte norte. Era colorido de vermelho, branco e cinza em homenagem aos três budistas Tulkas. Mas a maior parte deste mosteiro do sul foi incendiada no século XVI e restaurada apenas em 1948.
Créditos da imagem: Richard Mortel/Flickr
Após a revolta de Lhasa em 1959, que pretendia proteger o 14º Dalai Lama do Partido Comunista da China, a maioria dos monges fugiu do monastério. No entanto, durante a Revolução Cultural em 1966, o monastério do norte foi totalmente destruído. O que resta agora é um salão de dois andares com vista para o monastério do sul. Dizem que a Biblioteca Sakya foi poupada a mando do primeiro-ministro Zhou Enlai. Ela foi reconstruída apenas em 2002.
Corredor com duas fileiras de rodas de oração ao longo das paredes no Mosteiro Sakya, Tibete, China. Créditos da imagem: Vladimir Zhoga/Shutterstock.com
Hoje, a maioria dos especialistas acredita que a Biblioteca Sakya é o maior relato sobrevivente da história das áreas tibetanas da China e, portanto, tem imensa importância hoje.
Hoje descobri por puro acaso uma coisa muito interessante que quero compartilhar com vocês. O metal de navios naufragados há muito tempo está sendo um item muito desejado pela indústria de precisão na área da Medicina. Mas por que razão? Porque todo o aço que está disponível hoje está contaminado com radiação!
O aço desses navios se chama comercialmente de Low-background steel.
Para começo de conversa, “low background steel” é um aço com níveis extremamente baixos de radiação. Isso o torna uma raridade no mundo moderno, onde a radiação ambiente subiu graças a eventos como os testes nucleares do século XX e o uso difundido de materiais radioativos na indústria. Esse aço, por incrível que pareça, não pode mais ser fabricado como era antigamente.
Por quê? Porque o ar e o ambiente em que vivemos estão contaminados por partículas radioativas de bombas nucleares e acidentes como Chernobyl e Fukushima. E, adivinhem, esse “background radioativo” afeta até os processos industriais que usamos para criar aço.
De onde ele vem?
O segredo do low background steel está no fato de que ele foi fabricado antes da era nuclear, ou seja, antes de 1945, quando o mundo ainda não tinha mergulhado no caos radioativo que conhecemos hoje. Uma das fontes mais famosas desse aço vem de… navios naufragados!
Sim, navios afundados durante as primeiras guerras mundiais ou mesmo antes disso se tornaram verdadeiros “cofres do fundo do mar”. Entre eles, destacam-se os destroços do SMS Kronprinz Wilhelm, um navio alemão afundado em 1919. Esses gigantes de aço, protegidos pelas profundezas do oceano, escaparam da contaminação radioativa e se tornaram uma fonte inesperada de um material agora essencial.
Para Que Serve Esse Aço “Fantasma”?
O low background steel não é só uma curiosidade histórica; ele é indispensável para experimentos científicos de alta precisão. Seu baixo nível de radiação o torna perfeito para:
Detectores de partículas e radiação: Usados em física nuclear e estudos sobre o universo.
Equipamentos médicos sensíveis: Como aparelhos de tomografia e medição de radiação.
Pesquisa de materiais ultra-sensíveis: Onde qualquer traço de radiação pode comprometer os resultados.
Pense nele como o “ouro” dos cientistas. Sem ele, muitos experimentos simplesmente não seriam mais possíveis.
O Problema: A Escassez
Uma sala de contagem de corpos na fábrica de Rocky Flats em Denver, Colorado , feita inteiramente de aço anterior à Segunda Guerra Mundial
Agora vem o drama: não há mais como produzir low background steel da forma tradicional. Todo o aço moderno contém níveis mínimos de radiação devido à contaminação atmosférica pós-1945. Isso significa que o material disponível hoje é limitado aos estoques antigos e ao que pode ser recuperado de naufrágios históricos.
Porém, a extração desses materiais tem suas complicações. Além de ser caro e tecnicamente desafiador, há questões éticas e ambientais sobre explorar destroços de navios que, muitas vezes, são túmulos históricos.
A redução gradual do problema
Desde o fim dos testes nucleares atmosféricos , a radiação de fundo diminuiu para níveis muito próximos dos naturais, tornando o aço especial de baixo ruído de fundo não mais tão necessário para a maioria dos usos sensíveis à radiação, já que o aço novo agora tem uma assinatura radioativa baixa o suficiente para que possa ser usado em geral.
Ainda há alguma demanda para os usos mais sensíveis à radiação, como contadores Geiger e equipamentos de detecção a bordo de naves espaciais. Para os itens mais exigentes, até mesmo o aço de baixo ruído de fundo pode ser muito radioativo e outros materiais, como cobre de alta pureza, podem ser usados.
ETs e a radiação
O low background steel é mais do que um material raro; ele é um testemunho do impacto que o homem deixou no planeta. É um lembrete de que nossas ações têm consequências catastróficas de longo prazo – às vezes até nos lugares que menos imaginamos.
O pior é pensar que alguns casos DE ETS nos avisaram disso ao longo da história. Se você fuçar na casuística ufológica, vai aparecer alguns casos em que extraterrestres falam claramente sobre isso, às vezes diretamente, às vezes usando imagens projetadas.
Casos envolvendo supostos extraterrestres demonstrando preocupação com o uso de armas nucleares também são bastante recorrentes na literatura e nos relatos da ufologia. Aqui estão alguns exemplos:
1. Incidente de Malmstrom (1967)
Local: Base Aérea de Malmstrom, Montana, EUA.
Relato: Guardas da base relataram ter avistado um objeto luminoso pairando sobre a instalação de mísseis nucleares. Durante o evento, vários mísseis Minuteman, equipados com ogivas nucleares, ficaram temporariamente inoperantes. O oficial Robert Salas, que estava de plantão, descreveu o incidente como inexplicável e acredita que o OVNI estava demonstrando controle sobre o arsenal nuclear.
2. Incidente de Bentwaters-Woodbridge (1980)
Local: Floresta de Rendlesham, perto das bases RAF Bentwaters e Woodbridge, Reino Unido.
Relato: Durante uma série de avistamentos de OVNIs, militares relataram luzes estranhas na floresta e um objeto metálico próximo às bases que abrigavam armas nucleares. Charles Halt, vice-comandante da base, liderou uma investigação e gravou um memorando descrevendo o evento. Testemunhas acreditam que os aliens estavam monitorando a atividade nuclear.
3. Testes Nucleares no Atol de Bikini (1946)
Local: Ilhas Marshall, Oceano Pacífico.
Relato: Durante os testes nucleares da Operação Crossroads, testemunhas relataram avistamentos de objetos desconhecidos no céu. Embora não existam provas concretas, ufólogos sugerem que os objetos poderiam estar observando ou investigando o impacto das explosões atômicas.
4. Incidente de Minot (1968)
Local: Base Aérea de Minot, Dakota do Norte, EUA.
Relato: Um OVNI foi avistado por militares perto de silos de mísseis nucleares. O objeto teria interferido nos sistemas eletrônicos e nos radares da base. Documentos desclassificados pela Força Aérea mencionam o incidente, mas atribuem-no a falhas técnicas, embora testemunhas discordem.
5. Encontros no Local de Testes de Nevada
Local: Deserto de Nevada, EUA.
Relato: Vários relatos de OVNIs durante testes nucleares na década de 1950 sugerem que objetos não identificados foram vistos monitorando as explosões. Alguns ufólogos interpretam isso como preocupação de seres extraterrestres com o impacto dessas armas no planeta.
6. Encontro de Robert Jacobs (1964)
Local: Base de Vandenberg, Califórnia, EUA.
Relato: O tenente Robert Jacobs afirmou ter visto, através de câmeras de teste, um OVNI interferindo em um lançamento de míssil com ogiva nuclear. O objeto teria desativado o míssil em pleno voo.
7. Declarações do Projeto Disclosure (2001)
Relato: Durante uma conferência organizada pelo Projeto Disclosure, militares aposentados e testemunhas civis relataram dezenas de casos em que OVNIs foram avistados em áreas nucleares. Eles afirmaram que os alienígenas estariam preocupados com o potencial destrutivo das armas nucleares.
8. Incidente de Voronezh, Rússia (1989)
Local: Voronezh, União Soviética (atual Rússia).
Relato: Durante a Guerra Fria, avistamentos de OVNIs em áreas militares russas foram relatados. Embora este caso específico envolva interações com civis e relatos fantásticos, ufólogos acreditam que os eventos na União Soviética frequentemente envolviam instalações nucleares.
Sempre ficamos pensando que os aliens talvez estivessem preocupados com nossa sobrevivência, numa hecatombe nuclear, tipo o filme “Day After“, mas e se os aliens estivessem apenas preocupados com justamente esse problema?
A liberação de radiação na Terra está afetando até os metais no planeta. Isso poderia prejudicá-los de alguma forma? Afetar seus veículos misteriosos? Não sei, só sei que eu nunca tinha nem ouvido falar desse problema até hoje.
É triste e ao mesmo tempo, é fascinante pensar que o aço, um símbolo de força e progresso, carrega consigo uma história tão delicada e complexa. E que, para a ciência avançar, às vezes precisamos olhar para o passado, até mesmo para o fundo do oceano.
E aí, já conhecia essa parada? Deixe um comentário!
Uma história muito louca que dá pra contar na mesa de bar e ser chamado de mentiroso (as boas são sempre assim) pelos seus amigos, é a dos gafanhotos das montanhas rochosas, que dominaram os EUA.
O gafanhoto das montanhas rochosas foi um grande problema devido às suas explosões populacionais. Surtos de gravidade variável surgiram em 1828, 1838, 1846 e 1855, afetando áreas por todo o Oeste. Pragas visitaram Minnesota em 1856–1857 e novamente em 1865, e Nebraska sofreu repetidas infestações entre 1856 e 1874. Os últimos grandes enxames de gafanhotos das Montanhas Rochosas ocorreram entre 1873 e 1877, mas foi o de 1875 o pior.
Como tudo começou
É difícil estabelecer com certeza as razões para a imensa nuvem de gafanhotos que assolou os Estados Unidos naquela época. Mas uma das boas hipóteses tem a ver com outra espécie igualmente perigosa: O homem
Homem posa ao lado de uma montanha de cabeças de bisões abatidos nos EUA.
Quando o presidente Thomas Jefferson enviou Lewis e Clark na expedição do Corps of Discovery, vastos rebanhos de bisões americanos se estendiam de horizonte a horizonte, até onde os olhos podiam ver. Os historiadores estimam de 30 a 60 milhões dessas criaturas, cada uma pesando até 908 kg e medindo 3,6 metros. Era por baixo, 27,22 bilhões de quilogramas de biomassa, precisando de algo para comer.
O artista ocidental George Catlin estimou que, em 1841, cerca de dois a três milhões dessas criaturas foram abatidas por suas peles. As populações de bisões ficaram sob crescente pressão à medida que os nativos adquiriam cavalos e armas, mas o verdadeiro massacre começou com as guerras indígenas e a “caça por ferrovia”, quando cada bisão morto era visto como um índio morto.
Lembra do Buffalo Bill? Então, ele matava bisão, não búfalo.
No final da década de 1880, apenas algumas centenas de indivíduos permaneciam vivos no Parque Nacional de Yellowstone.
Com o desequilíbrio causado pelo ser humano ao eliminar os bisões, veio uma nova onda de vegetação, e com a oferta de alimento, surgiu uma multidão nova e muito diferente, que veio se alimentar.
Durante o século XIX, a agricultura se expandiu para o oeste, para o habitat favorito do gafanhoto, desencadeando surtos massivos em seus números.
O castigo veio pelo ar: As explosões populacionais do gafanhoto
Em 1875, um enorme enxame de gafanhotos das Montanhas Rochosas se estendeu por 1.800 milhas de comprimento e 110 milhas de largura. A nuvem de gafanhotos era tão densa que bloqueou o sol por vários dias enquanto passava pelo centro dos Estados Unidos.
Mas o bizarro é que em apenas algumas décadas, a espécie foi extinta.
Essa espécie teve um absurdo surto populacional, possivelmente em decorrência do desequilíbrio ecológico causado por fatores naturais, como o excesso de alimentos decorrentes da eliminação dos Bisões, que também ao pastar, destruíam os ovos dos insetos. Seu numero foi aumentando e se espalhou pela metade ocidental dos Estados Unidos e algumas porções ocidentais do Canadá.
Nuvens de gafanhotos não são um fenômeno raro no mundo e estão presentes até no Antigo Testamento.
O que impressiona são os números. Os grandes volumes foram vistos e registrados até o final do século XIX. Os avistamentos frequentemente colocavam seus enxames em números muito maiores do que qualquer outra espécie de gafanhoto , com um avistamento famoso em 1875 estimado em 198.000 milhas quadradas (510.000 km 2 ) de tamanho (isso dá uma área maior do que a área da Califórnia), e estima-se que eles deviam pesar 27,5 milhões de toneladas. A nuvem dos insetos foi estimada em cerca de 12,5 trilhões de insetos, a maior concentração de animais já especulativamente calculada, de acordo com o Guinness World Records .
Cartum de 1875 de Henry Worrall mostrando fazendeiros do Kansas lutando contra gafanhotos gigantes
O enxame de Albert foi o nome que essa nuvem de gafanhotos recebeu, e foi nomeado em homenagem a Albert Child, um médico interessado em meteorologia, que calculou o tamanho do enxame em 198.000 milhas quadradas (510.000 km 2 ) multiplicando a velocidade estimada do enxame pelo tempo que levou para se mover pelo sul de Nebraska.
O enxame de 1875 é mencionado repetidamente em um registro histórico do oeste do Missouri que explica:
Foi o ano de 1875 que será lembrado por muito tempo pelas pessoas de pelo menos quatro estados, como o ano do gafanhoto. O flagelo atingiu o Missouri Ocidental em abril de 1875 e começou a devastar algumas das mais belas porções de nossa nobre comunidade. Eles fizeram uma visita séria e avassaladora a Henry [Condado] , e demonstraram com uma rapidez surpreendente que seu apetite era voraz, e que tudo que era verde pertencia a eles para seu sustento.
A extensão do dano
A praga de gafanhotos abrangeu o Território de Dakota , o Território de Montana , o Território de Wyoming , o Território do Colorado , Iowa , Minnesota , Missouri , Nebraska , Kansas , o Território Indígena e Texas .
A praga de gafanhotos também atingiu os Territórios do Noroeste e Manitoba ; um observador de 1877 teorizou que uma variedade de madeira de coníferas os impediu de ultrapassar algumas partes de Saskatchewan.
A Comissão Entomológica dos Estados Unidos escreveu em 1880 que a infestação “cobria uma faixa igual às áreas combinadas de Connecticut, Delaware, Maine, Maryland, Massachusetts, Nova Hampshire, Nova Jersey, Nova York, Pensilvânia, Rhode Island e Vermont”.
Por onde a nuvem passava só restava a morte. Foi um incêndio biológico, uma nevasca viva que apagou o sol, 12,5 trilhões de insetos, cada um do tamanho do dedo de uma criança, cada um comendo seu próprio peso por dia.
Eles comiam tudo que tinha pela frente. Os gafanhotos que chegavam se acumulavam até mais de 30 centímetros de altura, formando um macabro “tapete” de devastação, e comiam plantações, árvores, folhas, grama, lã de ovelhas, arreios de cavalos, tinta de carroças e até os cabos de enxada.
Os gafanhotos comiam durante vários dias nos campos e nas árvores e, em alguns casos, também comiam alimentos dentro das casas dos agricultores, que fugiram desesperados.
Tapetes e roupas foram consumidos. Os excrementos e as carcaças dos gafanhotos mortos poluíam lagoas e riachos.
Os trilhos dos trens ficavam repletos de animais esmagados, e faziam com que os trens perdessem tração, e ficassem patinando na gosma, de acordo com o livro It Happened in Nebraska.
Um pioneiro do Kansas foi citado dizendo:
“Eles pareciam uma grande nuvem branca e brilhante, pois suas asas captavam a luz do sol e os faziam parecer uma nuvem de vapor branco.”
Outro colono do Kansas disse:
“Eu nunca vi uma visão assim antes. Esta manhã, quando olhamos para o sol, pudemos ver milhões no ar. Eles pareciam flocos de neve.”
O historiador de Nebraska Addison E. Sheldon descreveu a cena:
“Em um dia claro e quente de julho, uma névoa cobriu o sol. A névoa se aprofundou em uma nuvem cinza. De repente, a nuvem se transformou em bilhões de gafanhotos cinzentos voando sobre a terra. A vibração de suas asas encheu o ouvido com um som estrondoso como uma tempestade violenta. Até onde os olhos podiam alcançar em todas as direções, o ar estava cheio deles. Onde pousavam, cobriam o chão como um tapete pesado e rastejante.”
Tentativas de combater a praga
Os fazendeiros tentaram matar os gafanhotos com fogo e até com explosões de pólvora, mas algo ainda mais estranho ocorreu: a massa de gafanhotos era tão imensa que sufocou as chamas.
Outros esforços malsucedidos para deter a praga incluíram cobrir os campos com lençóis e fumar gafanhotos longe das plantações e em valas cheias de água e óleo para afogá-los.
O Hopperdozer
Um dispositivo chamado hopperdozer foi inventado para combater os gafanhotos: seu raspador era revestido com alcatrão de carvão e puxado por cavalos. Arrastados contra o vento, os gafanhotos jovens eram soprados para o alcatrão, mas só funcionava em campos planos, e diante do volume, era como enxugar gelo.
O entomologista estadual do Missouri, Charles Valentine Riley, afirmou que os gafanhotos não eram venenosos, eram tão nutritivos quanto ostras e podiam ser usados para fazer uma variedade de pratos, ou fritos com mel.
Mas como os fazendeiros estavam furiosamente retirando gafanhotos de seus poços para evitar a contaminação de sua água potável, e seu gado e cavalos estavam se recusando a beber de riachos manchados de marrom por gafanhotos, não é provável que muitos fazendeiros fixassem gafanhotos para o jantar. Galinhas e perus se tornaram intragáveis: os pássaros ficavam felizes em comer gafanhotos, mas a carne e os ovos ficavam manchados com um “óleo marrom avermelhado”.
Esforços de socorro
OS gafanhotos das montanhas rochosas colocavam seus ovos na areia
Os danos às colheitas causados pelos gafanhotos foram estimados em mais de 200 milhões de dólares na época. Isso seria aproximadamente equivalentes a 5,258 bilhões de dólares em 2025.
As perdas resultantes da combinação da peste e da seca foram difíceis de recuperar, uma vez que o país ainda se encontrava na Longa Depressão desencadeada pelo Pânico de 1873.
As autoridades locais estavam preocupadas que os fazendeiros desistissem e se mudassem e que os assentamentos ocidentais sofressem, então, inicialmente, os governadores do Kansas e Nebraska estabeleceram agências de assistência privadas para distribuir alimentos e suprimentos em vez de buscar assistência estadual ou federal. A Nebraska Relief and Aid Association, organizada em setembro de 1874, coletou “dinheiro, provisões, roupas, combustível, sementes e outros suprimentos necessários” de fontes privadas.
A atitude predominante da época em relação à assistência pública era que apenas os “pobres merecedores” deveriam receber ajuda. “Merecedores” era definido como significando que sua pobreza não era resultado de imoralidade, ociosidade ou fracasso individual. Os próprios fazendeiros compartilhavam dessa perspectiva, e alguns se recusavam a aceitar qualquer ajuda, exceto na forma de empréstimos temporários.
O Governo interviu com empréstimos também.
Steven R. Kinsella, autor de 900 Miles from Nowhere, escreve que as pragas de gafanhotos da década de 1870 “iniciaram um relacionamento entre os produtores agrícolas e o governo que continua até hoje.” Riley escreveu em seu livro de 1877 The Locust Plague in the United States que a morte e a fome nas regiões afetadas foram evitadas pela ajuda.
Outras pragas de gafanhotos continuaram nas Grandes Planícies durante os dois anos seguintes. Estima-se que uma praga de gafanhotos de 3,5 trilhões ocorreu em junho de 1875, mas durante várias primaveras após a invasão de 1874, os fazendeiros encontraram milhões de ovos de gafanhotos enquanto aravam seus campos, o que destruiu os ovos no processo.
Uma geada precoce na primavera de 1875 também ajudou a combater futuras infestações. A população de gafanhotos das Montanhas Rochosas continuou a diminuir a cada ano após 1874; o desenvolvimento do Oeste pode explicar sua extinção no início dos anos 1900.
O gafanhoto das Montanhas Rochosas habitou ao longo de ambos os lados das Montanhas Rochosas e na maioria das áreas de pradaria. Reproduzindo-se em áreas arenosas e prosperando em condições quentes e secas, foi levantada a hipótese de que eles podem ter dependido das plantas altas da pradaria durante períodos mais secos. A destruição do habitat da pradaria e a incursão de nova flora e fauna, juntamente com práticas agrícolas, podem ter levado à extinção da espécie.
Um grande número de gafanhotos, incluindo um grande número de gafanhotos das Montanhas Rochosas sepultados no gelo nas Montanhas Rochosas, deram seu nome à Geleira Grasshopper.
Trabalho árduo para extinguir os insetos
Os fazendeiros responderam com força à destruição do enxame; uma lei de Nebraska de 1877 dizia que qualquer pessoa entre 16 e 60 anos tinha que trabalhar pelo menos dois dias eliminando os gafanhotos na época da eclosão ou enfrentar uma multa de US$ 10. No mesmo ano, o Missouri ofereceu uma recompensa de US$ 1 por alqueire para gafanhotos coletados em março, 50 centavos por alqueire em abril, 25 centavos em maio e 10 centavos em junho. Outros estados das Grandes Planícies fizeram ofertas de recompensa semelhantes. Na década de 1880, os fazendeiros se recuperaram o suficiente de seus problemas com gafanhotos para poderem enviar vagões de milho para as vítimas das enchentes em Ohio . Eles também mudaram para culturas resilientes como o trigo de inverno, que amadurecia no início do verão, antes que os gafanhotos pudessem migrar. Essas novas práticas agrícolas reduziram efetivamente a ameaça dos gafanhotos e contribuíram muito para a queda da espécie.
Relatos dessa época sugerem que os fazendeiros mataram mais de 150 caixas de ovos por polegada quadrada enquanto aravam, gradeavam ou inundavam.
Parecia que esta espécie vivia e se reproduzia na pradaria apenas temporariamente durante os anos de enxameação, com cada geração sendo menor que a anterior e se espalhando cada vez mais longe das Montanhas Rochosas, auxiliados pelo vento, enquanto os locais de reprodução permanentes desta espécie pareciam estar restritos a uma área entre 7,8 e 7.770 quilômetros quadrados de solos arenosos perto de riachos e rios nas Montanhas Rochosas, o que coincidia com terras aráveis e pastoris exploradas pelos colonos.
Como os gafanhotos das montanhas rochosas eram uma forma de gafanhoto que aparece quando as populações atingem altas densidades, foi teorizado que M. spretus pode não estar extinto, que indivíduos da “fase solitária” de um gafanhoto migratório podem ser capazes de se transformar no gafanhoto das Montanhas Rochosas, dadas as condições ambientais certas; no entanto, experimentos de reprodução usando muitas espécies de gafanhotos em ambientes de alta densidade falharam em invocar o famoso inseto.
O status de M. spretus como uma espécie distinta foi confirmado por uma análise de DNA de 2004 de espécies norte-americanas do gênero Melanoplus .
O Melanoplus spretus foi formalmente declarado extinto pela UICN em 2014.
O maçarico Esquimó
Foi sugerido que o maçarico-esquimó, agora criticamente ameaçado, alimentou-se do gafanhoto durante a sua migração primaveril e que a sua extinção pode ter aumentado as pressões sobre as populações de maçarico-esquimó, que já estavam em declínio, incluindo a caça e a conversão do seu habitat de pastagens para a agricultura.
De volta ao gafanhoto das montanhas rochosas, o último espécime vivo foi visto no Canadá, em 1902. Um assustador declínio para uma criatura que se contou aos trilhões, e talvez um tenebroso aviso para nós:
Nenhum ser vivo da Terra está a salvo da extinção.
Síndrome de Stendhal não é muito diferente do Piripaque do Chaves.
O nome correto é “Síndrome de Stendhal”. Mas o que essa síndrome significa? Significa um choque no seu espírito que ocorre ao ver uma obra de arte literalmente acachapante.
Florença, com sua riqueza incomparável de arte renascentista, não é apenas um paraíso para amantes da cultura, mas também o palco de um fenômeno curioso e perturbador: a Síndrome de Stendhal. Essa condição, que afeta turistas de forma inesperada, é marcada por reações emocionais e físicas extremas diante da grandiosidade artística da cidade. Para alguns, o impacto é tão avassalador que leva a colapsos psicológicos e até problemas médicos graves.
Quando a Arte Tira o Fôlego – Literalmente
Florença, a Disneylândia da arte
Imagine-se na Galeria Uffizi, diante da Adoração dos Magos de Leonardo da Vinci. Seu coração acelera, suas mãos suam e seus joelhos quase cedem. É exatamente isso que muitos visitantes relatam. Não se trata de intoxicação alimentar ou cansaço da viagem – para alguns, é o peso psicológico de estar cercado por tanta arte sublime.
Alguns quadros em Florença causam o piripaque
A síndrome leva o nome de Stendhal, pseudônimo do escritor francês Marie-Henri Beyle. Em 1817, ao visitar Florença, ele descreveu sua experiência com termos quase poéticos:
“Eu estava em uma espécie de êxtase… tomado por uma palpitação feroz do coração. A fonte da vida parecia secar dentro de mim.”
Em 1989, a psiquiatra italiana Graziella Magherini estudou o fenômeno e relatou 106 casos em turistas que exibiam sintomas como tonturas, palpitações e alucinações ao admirar obras-primas de Michelangelo ou Botticelli. Segundo ela, essas reações eram causadas pelo impacto emocional e psicológico de estar diante de arte tão imponente, amplificado pela exaustão da viagem.
Florença: Ataques de Pânico ou Êxtase?
Hoje, a síndrome ainda é relatada, especialmente por turistas extremamente sensíveis que passam anos sonhando com uma visita à Toscana. Para muitos, o Nascimento de Vênus, de Botticelli, parece ser um dos maiores gatilhos.
O diretor da Galeria Uffizi, Eike Schmidt, já viu de tudo: lágrimas, ataques epiléticos e até um ataque cardíaco – como o de Carlo Olmastroni, que caiu duro ao admirar a obra em 2018.
Embora a mídia rapidamente tenha atribuído o episódio à Síndrome de Stendhal, Olmastroni esclareceu mais tarde que o real motivo foi uma oclusão de artérias coronárias.
“Talvez, ao olhar para Vênus, minhas artérias decidiram que nada mais valia a pena ser visto e se contraíram permanentemente!”, brincou ele.
Síndrome de Stendhal: A overdose de beleza em Florença
Um Diagnóstico Disputado
Embora fascinante, a síndrome não é reconhecida oficialmente como um transtorno psiquiátrico. Segundo a psicoterapeuta Cristina di Loreto, reações emocionais à arte não são suficientes para justificar um diagnóstico. Para ela, muitos casos atribuídos à síndrome podem ser explicados por outros fatores, como agorafobia, fadiga ou desidratação, comuns entre turistas em espaços lotados como o Uffizi.
Essa ideia de “profecia autorrealizável” também pode desempenhar um papel. Di Loreto sugere que as expectativas dos visitantes, alimentadas por imagens midiáticas e descrições românticas de Florença, contribuem para criar uma experiência quase transcendental que, em alguns casos, resulta em reações exageradas.
A Arte Como Terapia ou Sobrecarga?
Enquanto uns veem Florença como um templo da beleza, outros, como o psicoterapeuta Paolo Molino, têm uma visão mais crítica. Ele compara a cidade à “Disneylândia da arte“, cheia de turistas que transformam um lugar historicamente vibrante em um espaço de comercialismo e multidões sufocantes. Diz:
“Florença é linda, mas eu prefiro os lugares vividos, onde posso passear sem ter que abrir caminho pela massa de gente”
Ainda assim, é importante lembrar que a arte sempre teve um papel transformador. Durante a Renascença, os Médici usaram obras-primas para consolidar seu poder e riqueza. Hoje, essas mesmas obras continuam a influenciar, mas em um contexto totalmente novo – como símbolos de um ideal de beleza e inspiração que transcende séculos.
Síndrome de Stendhal: Um Fenômeno Universal?
Embora a Síndrome de Stendhal esteja intimamente ligada a Florença, muitos acreditam que fenômenos semelhantes podem ocorrer em outros lugares ricos em história e arte, como Veneza, Paris ou Jerusalém e até mesmo no carnaval do Rio.
Esses episódios, no entanto, reforçam um ponto importante: a arte, na maioria das vezes, não é um risco à saúde. Pelo contrário, é uma fonte de renovação para a mente e o espírito.
Como Schmidt, diretor do Uffizi, coloca: “A arte, geralmente, é boa para você – para o coração e para a mente.”
Portanto, ao visitar Florença ou outro lugar repleto de maravilhas artísticas, esteja preparado. Talvez você se emocione, talvez sinta um arrepio, ou quem sabe até uma palpitação mais forte. Mas uma coisa é certa: a arte sempre nos desafia a sentir, refletir e – no melhor dos casos – a sermos transformados.
Cientistas do Japão inventaram um remédio que promete renascer os dentes perdidos.
Essa é uma notícia promissora para as pessoas que perderam seus dentes. A perda de dentes pode ter consequências terríveis para uma pessoa, não apenas por razões estéticas, mas pelo impacto que isso pode causar na oclusão mandibular, podendo até mesmo levar a doenças complicadas, como a pneumonia (acredite se quiser!) além de causar desgastes em outros dentes devido ao aumento de compressão, alterações gástricas, problemas de higiene, e etc.
Para combater o problema, o ser humano vem tentando toda sorte de gambiarras através dos séculos.
Esta ponte dentária recupera dentes perdidos reparados com fio metálico
Registros históricos revelam vários tratamentos dentários e higiênicos praticados pelos egípcios no Egito antigo. O papiro egípcio de Edwin Smith, escrito no século XVII a.C., mas que pode conter informações de manuscritos datados antes de 3000 a.C., inclui o tratamento de várias doenças dentárias. O papiro de Ebers, datado de XVI a.C., contém 11 prescrições que diz respeito a assuntos bucais, sendo 4 delas sobre remédios para dentes soltos. O dente em questão era preenchido com uma mistura semelhante à composição usada nos dias atuais: um agente de preenchimento (cevada moída) era misturado a uma base líquida (mel) juntamente com um agente antisséptico amarelo ocre.
Cientistas fizeram uma tomografia computadorizada na cabeça de uma múmia egípcia de 2.100 anos e também encontraram evidências de cáries obturadas com linho, que pode ter sido antes embebido em algum tipo de remédio, como suco de figo ou óleo de cedro.
Hesi-Re foi o primeiro homem chamado de “dentista” no Egito antigo e no mundo. Ele foi um oficial, médico e escriba que viveu durante a 3ª dinastia, por volta de 1600 a.C. a serviço do faraó Djoser. Hesi-Re sustentou vários títulos, tais como “Chefe dos Dentistas e Clínicos”, “Doutor do Dente” e “Chefe dos Escribas do Rei”. O título de Chefe dos Dentistas não está totalmente claro sobre o seu significado. Contudo, Hesi-Re possui o crédito de ser o primeiro homem a reconhecer uma doença periodontal (doença da gengiva).
Os médicos faraônicos não ficavam atrás nos trabalhos de reconstrução. Eles também faziam pontes dentárias, que consistia em reafixar um ou mais dentes aos dentes vizinhos com fios de ouro ou prata. Em alguns casos, a ponte era feita usando um dente postiço. Porém, ainda não se sabe se esses trabalhos eram feitos durante a vida do paciente ou após a sua morte, recolocando os dentes do jeito que eram antes de seu funeral, para que o morto pudesse sorrir sem passar vergonha na outra vida.
Há uma lenda nos EUA de que o fundador George Washington usava uma dentadura de madeira. Pesquisadores e historiadores já provaram que os dentes de madeira de Washington eram uma lenda urbana popular, mas ele realmente tinha não uma mas várias dentaduras com dentes esquisitos, como essa aqui, do museu dele:
a dentadura de Washington
George Washington viveu num tempo em que era comum a fabricação de dentes a partir de dentes de animais, como hipopótamos. Mas embora ele não usasse dentes de madeira, isso não significava que a pratica não tenha existido. Dentes de madeira foram um recurso realmente usado no passado:
antiga dentadura com dentes de madeira
Em meados do século XVI, os japoneses fabricaram as dentaduras feitas de madeira, que foram utilizadas até o início do século XX. Na antiga Província de Kii, no Japão, a sacerdotisa Nakaoka Tei tinha belos dentes de madeira.
Em 1770, o francês Alexis Duchateau foi pioneiro na criação das primeiras dentaduras feitas de porcelana. Antes disso, ele utilizava marfim extraído de cascos de hipopótamos, morsas e elefantes. Um exemplo famoso da época foi o presidente norte-americano George Washington, que usava dentaduras esculpidas em marfim, combinadas com dentes de humanos, cavalos e burros. Contudo, esses dentes, além de não parecerem naturais, deterioravam-se rapidamente devido à ação da cárie e outros fatores. Mesmo quando dentes humanos passaram a ser mais facilmente obtidos, no final do século, o marfim continuou sendo amplamente utilizado como base para próteses.
Preocupado com a rápida decomposição das dentaduras de marfim, Alexis decidiu buscar uma alternativa mais resistente e escolheu a porcelana. Apesar das dificuldades iniciais, ele se juntou ao dentista Nicholas Dubois de Chemant, e juntos conseguiram produzir uma prótese mais funcional. Em 1791, registraram a patente britânica para dentaduras de porcelana. Posteriormente, em 1820, o ourives Samuel Stockton aprimorou essas próteses, criando uma versão mais refinada com bases feitas de placas de ouro de 18 quilates.
Um sorriso com dentes de defunto
Com o passar do tempo, novas soluções foram sendo encontradas para recuperar os sorrisos perdidos.
A era vitoriana, marcada por avanços na ciência e pela rigidez de seus costumes sociais, também esconde um lado sombrio e, muitas vezes, inquietante. Entre as práticas que hoje soam quase inacreditáveis, destaca-se o uso de dentes de mortos para criar próteses dentárias. Sim, mermão. Em uma época em que materiais artificiais ainda eram limitados e a odontologia moderna engatinhava, dentes extraídos de defuntos (ou mesmo de pessoas vivas em condições financeiras desesperadoras) eram transformados em sorrisos para os mais abastados.
Durante os séculos XVIII e XIX, o acesso a tratamentos dentários era extremamente limitado. A maioria da população enfrentava dores de dente crônicas e, muitas vezes, perdia os dentes devido a má higiene, doenças como o escorbuto ou infecções bucais.
Enquanto os mais pobres sofriam resignados, as classes altas buscavam preservar a aparência, já que dentes bonitos eram associados à saúde, juventude e status. Isso já foi um avanço em relação à idade média, onde, acredite se quiser, ter dentes completamente podres era um sinal de status.
Com poucos materiais disponíveis no periodo vitoriano, os dentistas começaram a recorrer a uma solução que hoje soa macabra: dentes humanos. Esses dentes eram mais naturais, resistentes e, quando bem encaixados, garantiam um sorriso funcional.
De Onde Vinham os Dentes?
A origem dos dentes variava, mas os métodos de obtenção eram, no mínimo, duvidosos:
Dentes de Cadáveres:
Os campos de batalha eram uma fonte comum. Após guerras como a de Waterloo (1815), soldados mortos tinham seus dentes arrancados por saqueadores que vendiam os “tesouros” para dentistas. Os chamados “dentes de Waterloo” se tornaram famosos e muito procurados.
Dentistas do Mercado Negro:
Havia uma rede de comerciantes e cirurgiões que compravam dentes de corpos recém-sepultados. Não era incomum que túmulos fossem violados por ladrões apenas para extrair os dentes do defunto.
Venda de Dentes por Necessidade:
Em tempos de extrema pobreza, algumas pessoas vivas vendiam seus próprios dentes para ganhar dinheiro. Esses indivíduos, muitas vezes crianças ou trabalhadores empobrecidos, eram uma fonte “voluntária” para a elite que precisava de próteses.
Como Eram Feitas as Próteses?
Dentadura feita com dentes de Waterloo
Os dentes obtidos eram limpos e polidos antes de serem fixados em uma base de marfim, madeira ou metal. Essas bases serviam como “arcadas dentárias” e, embora não fossem tão confortáveis ou duráveis quanto as próteses modernas, ofereciam uma solução estética e funcional.
A combinação de dentes naturais com materiais básicos fazia com que as próteses fossem caras e exclusivas, acessíveis apenas aos mais ricos.
Novos materiais
No final do século XIX, com o avanço da ciência odontológica e a invenção de novos materiais, o uso de dentes humanos começou a desaparecer. Além disso, as questões éticas e sanitárias começaram a ganhar mais atenção.
Em meados de 1850, isso começou a mudar quando cresceu a produção das próteses em ebonite, um tipo de borracha endurecida onde eram presos os dentes de porcelana.
No entanto, o uso do material já havia sido patenteado pela Goodyear Dental Vulcanite Company em 1839. Embora o fundador Charles Goodyear tenha se recusado a coletar os royalties, o oficial da empresa, Josiah Bacon, fez questão de cobrá-los de todos os dentistas que usassem o material.
A empresa Ash & Sons, fundada por Claudius Ash, se tornou a principal fabricante das dentaduras de ebonite. Eles e milhares de dentistas batalharam por anos até que os direitos autorais sobre a borracha expirassem e ela se tornasse material básico para as próteses dentárias.
Em 1890, a celuloide, criada por John Wesley Hyatt, tornou-se o primeiro plástico industrial a ser utilizado como base para próteses dentárias, apesar de seu forte cheiro de cânfora. Embora não tenha permanecido em uso por muito tempo, a celuloide marcou o início do uso de plásticos na fabricação de dentaduras.
Já em 1940, foi introduzida a resina acrílica como material base para próteses, substituindo a ebonite, que deixou de ser usada. Esse material se destacou por ser rígido, translúcido, não tóxico, além de barato e fácil de reparar. Graças a essas características, a resina acrílica continua sendo amplamente utilizada na produção de dentaduras até os dias de hoje.
Um remédio que faz renascer os dentes perdidos
O ser humano lidou com grandes percalços tentando recuperar a função dos dentes perdidos ao longo de sua história. A odontologia obteve um grande salto tecnológico na década de 50, quando o dentista Leonard Linkow descobriu que o titânio se fundia com o osso da mandíbula, eliminando a necessidade de próteses removíveis. Em 1965, ele aplicou o método em um paciente, abrindo as portas para o procedimento no mundo todo.
Desde então, as próteses dentárias continuam sendo modernizadas através de estudos científicos, muito embora cada vez menos as pessoas precisem delas, graças aos avanços na conscientização sobre higiene e saúde bucal.
Mas talvez estejamos perto de ver outra revolução que extinguirá finalmente a luta por soluções paliativas aos dentes perdidos.
Os primeiros testes em humanos de um medicamento capaz de regenerar dentes começarão em breve, menos de um ano após os resultados promissores em animais. A expectativa é que, se os estudos continuarem bem-sucedidos, o medicamento possa estar disponível comercialmente até 2030.
Esses testes iniciais serão realizados no Hospital Universitário de Kyoto, de setembro até agosto de 2025. A pesquisa envolverá 30 homens, com idades entre 30 e 64 anos, que perderam pelo menos um molar. O objetivo é avaliar a eficácia do tratamento intravenoso na formação de novos dentes humanos, após os experimentos em camundongos e furões terem demonstrado sucesso sem efeitos colaterais significativos.
Renascer os dentes perdidos: No estudo com furões, o medicamento resultou no crescimento de um novo dente (quarto da esquerda) e também fortaleceu o osso do conjunto existente.
Etapas Futuras do Estudo
Após essa fase inicial de 11 meses, os pesquisadores planejam testar o medicamento em crianças de 2 a 7 anos com deficiência dentária congênita, uma condição que impede o crescimento de dentes e afeta cerca de 1% da população mundial. A equipe já está recrutando voluntários para essa próxima etapa do estudo (Fase IIa).
No futuro, o objetivo é expandir os testes para pessoas com edentulismo parcial, ou seja, que perderam de um a cinco dentes permanentes devido a fatores ambientais. De acordo com estimativas, 5% dos americanos enfrentam essa condição, sendo mais prevalente entre adultos mais velhos.
Como o Medicamento Funciona
O tratamento atua desativando a proteína USAG-1 (gene-1 associado à sensibilização uterina), que é responsável por inibir o crescimento dos dentes. Bloquear a interação dessa proteína com outras moléculas estimula a sinalização da proteína morfogenética óssea (BMP), desencadeando a regeneração de novos ossos e dentes.
Nos estudos com furões, o medicamento promoveu o crescimento de novos dentes e também fortaleceu os ossos da mandíbula. A pesquisa indicou que a proteína USAG-1 apresenta alta semelhança genética (97%) entre humanos e outras espécies, incluindo camundongos e cães, o que reforça o potencial de sucesso em humanos.
Visão do Pesquisador
Katsu Takahashi, biólogo molecular e dentista que lidera o estudo, trabalha na área de regeneração dentária desde 2005. Ele acredita que essa terapia pode beneficiar não apenas pessoas com condições congênitas, mas qualquer indivíduo que tenha perdido dentes, independentemente da idade. Ele disse:
“Queremos ajudar aqueles que sofrem com a perda ou ausência de dentes”
Se a pesquisa for bem-sucedida, o tratamento poderá estar disponível dentro de seis anos, revolucionando a forma como lidamos com a saúde bucal.
A busca por um jeito de renascer os dentes perdidos pode ser o fim de uma longa viagem, cheia de percalços e que tudo indica, poderá ter um final feliz graças à ciência.
Eu até hoje (falta de vergonha na cara eu sei) não coloquei minhas musicas nos streamings. Sempre deixo para o dia seguinte, e no dia seguinte sempre acontece alguma coisa que empurra essa parada para o outro dia, e assim vamos, há praticamente uns seis meses que eu protelo esta bosta, hahaha.
Hoje, finalmente, enquanto meu computador renderiza uma cena 3d, como os antigos maias faziam, decidi tomar vergonha na cara e ver como que faz isso, como é o processo e o mais importante, quanto custa, porque eu não ganhei na porra da mega da virada e sigo pobre quase no nível da indigência financeira, cultural e artística.
Obviamente que Deus não deve estar satisfeito com isso, já que ele me equipou com um miolo com um monte de neurônios para criar as musicas, escrever as letras e dois braços e duas pernas para ir atrás do que preciso fazer.
Se eu não fizer minha parte, como que o Papai do Céu fará a parte dele para me ajudar a ganhar royalties da minha criação e poder comprar uma casa com vista pro mar pra morar, né?
Pensando em não deixar Deus no vácuo, vou começar a fazer a minha parte. Então, fiz uma pesquisa básica e com tudo que descobri, penso que talvez possa ajudar mais alguém que tenha a mesma dificuldade.
Assim, aqui está o primeiro post de 2025, visando ajudar alguém.
A era digital transformou completamente a forma como consumimos música, e os serviços de streaming surgiram como o coração pulsante dessa revolução. Plataformas como Spotify, Apple Music, Deezer e YouTube Music não apenas democratizaram o acesso à música, mas também redefiniram a economia da indústria musical.
Para artistas, especialmente independentes, os streamings representam uma oportunidade de alcançar públicos globais sem depender exclusivamente de gravadoras tradicionais. Com poucos cliques, uma música criada em um quarto pode ser ouvida em qualquer canto do mundo, potencializando a descoberta de talentos e ampliando a diversidade musical disponível ao público.
Além disso, os streamings oferecem dados valiosos sobre comportamento dos ouvintes, como regiões onde as músicas têm maior impacto ou playlists que geram mais engajamento, permitindo que artistas e profissionais do setor ajustem suas estratégias de promoção e produção com precisão.
Do lado do consumidor, o acesso instantâneo a vastos catálogos de músicas, somado à conveniência e personalização, faz do streaming a forma preferida de ouvir música na atualidade. É um modelo que uniu simplicidade, acessibilidade e tecnologia, criando um ecossistema onde fãs e artistas se conectam de maneira inédita.
Em resumo, os streamings são o motor da indústria musical moderna, garantindo que a música continue a transcender barreiras, evoluindo para atender às necessidades de um mundo cada vez mais digital e interconectado.
Escolha seu streaming de música
Existem muitas opções. Cada um vai focar mais num lado. Como criador sua meta é estar em tantas festinhas quanto puder, hehehe:
Principais Serviços Globais
Spotify
Um dos maiores players do mercado, oferece versões gratuita (com anúncios) e premium.
Apple Music
Concorrente direto do Spotify, com foco em alta qualidade de som.
YouTube Music
Substituto do Google Play Music, integra vídeos e músicas.
Amazon Music
Disponível para assinantes do Amazon Prime (Amazon Music Prime) e em uma versão mais completa (Amazon Music Unlimited).
Deezer
Popular globalmente, com forte presença no Brasil, oferece recursos como letras sincronizadas.
Tidal
Focado em alta qualidade de som (Hi-Fi) e vídeos exclusivos.
Pandora
Serviço popular nos EUA, com foco em estações de rádio personalizadas.
Plataformas Focadas em Alta Qualidade de Som
Qobuz
Especializada em streaming Hi-Fi e downloads em alta resolução.
Idagio
Focada exclusivamente em música clássica, com alta qualidade de áudio.
Serviços Regionais ou de Nicho
Às vezes ser um cantor fracassado na China, pode significar mais sucesso que ser um cantor de sucesso em outro país.
Anghami
Popular no Oriente Médio e Norte da África.
Boomplay
Focado no mercado africano, com ampla base de usuários.
Gaana
Streaming popular na Índia, com música regional e internacional.
JioSaavn
Outro gigante indiano, combina músicas locais e globais.
Tencent Music (QQ Music, Kugou, Kuwo)
Grandes plataformas na China, parte do ecossistema Tencent.
Plataformas de Streaming com Recursos Extras
SoundCloud
Focado em artistas independentes, com músicas exclusivas e remixes.
Bandcamp
Plataforma de venda e streaming de músicas para artistas independentes.
Audiomack
Crescente em popularidade, ideal para lançamentos de artistas emergentes.
Outras Opções Populares e Menores
Napster
Um dos pioneiros da música digital, ainda ativo e com bom catálogo.
Mixcloud
Focado em mixes de DJs e shows ao vivo.
8tracks
Plataforma para criar e compartilhar playlists personalizadas.
Plataformas de Streaming Gratuitas ou com Foco em Descoberta
ReverbNation
Ideal para artistas independentes que desejam divulgar seu trabalho.
Jamendo
Streaming gratuito com foco em música independente.
Serviços de Streaming de Músicas Exclusivas ou Experimentais
LiveXLive
Focado em shows ao vivo e streaming de eventos.
Primephonic
Outra opção especializada em música clássica, com busca avançada por compositor ou período.
Plataformas de Streaming para DJs e Criadores
Beatport LINK
Streaming para DJs com integração em softwares como Serato e rekordbox.
Twitch Music
Mais voltado para apresentações ao vivo de artistas.
A Preparação Inicial
Preparando sua Música
Antes de lançar sua música no mercado, é essencial garantir que ela esteja pronta para impressionar, tanto no aspecto sonoro quanto visual. Um lançamento bem preparado não só chama mais atenção, como também reflete profissionalismo. Abaixo, vou jogar uns passos que eu acho importante para preparar sua música com o mínimo de qualidade.
Edição e Masterização de Áudio
A qualidade sonora é fundamental para conquistar ouvintes e para garantir que sua música seja bem reproduzida em diferentes dispositivos, desde fones de ouvido básicos até sistemas de som avançados.
Edição de Áudio:
Revise todas as faixas para remover ruídos indesejados, cortes abruptos ou erros na gravação. Eu acho (veja bem, eu ACHO) que tem como usar aquele app da Nvidia para melhorar o som da sua gravação. Originalmente é um treco feito para melhorar podcasts, mas penso que talvez funfa com você cantando. O bom é que é grátis, então não custa tentar.
Use softwares de edição como Audacity (gratuito) ou Adobe Audition para fazer ajustes finos. Eu sou suspeito pra falar pq amo o audacity.
Masterização:
É o processo de finalizar o som, garantindo equilíbrio entre todas as frequências, clareza e o volume ideal. Você pode ser como eu, total cabaço nesse negócio e ainda vai conseguir fazer coisas com uma aparência muito boa se souber gravar cada coisa e montar em canais. Para isso eu não vou recomendar nada muito presepado ou sofisticado ao ponto de você precisar de um brevê para usar as ferramentas (como o fruitloops).
Reaper: Facil e poderoso
Eu uso um programa chamado “reaper“. Não sei nem se ele ainda existe, mas se existe eu digo que é bom demais. Ele monta tudo nos canais e você pode ajustar. Muito util.
REAPER é uma estação de trabalho de áudio digital: permite a gravação completa de áudio “multitrack” e MIDI, edição, processamento, mixagem e masterização.
Edição de gravações em quase qualquer forma imaginável
Centenas de efeitos de processamento de áudio e MIDI
Toda a edição e os efeitos são completamente não-destrutivos
REAPER trabalha quase com qualquer hardware e pode ser usado em combinação com um vasto universo de outros softwares e plug-ins. Permite gravação de áudio e MIDI em simultâneo a partir de múltiplas entradas
Outra opção: ferramentas como o iZotope Ozone ou contrate um profissional especializado.
Lembre-se de exportar em formatos de alta qualidade, como WAV (16 ou 24 bits, 44.1 kHz), que são exigidos pelas plataformas de streaming.
Tinha até um tempo atrás, um site (procurei aqui nos meus bookmarks mas não achei) que você pagava vintão e ele usava uma AI potente para remasterizar sua musica. Bem impressionante o resultado. Eu pensei de usar na época que os geradores de musica IA ainda eram primitivos, com uns chiados arenosos na musica. Acabei que como tinha que pagar, “deixei pra amanhã”. Sabe como é…
Criação de Capas de Álbuns/EPs/Singles
A criatividade é o limite (exemplo de capas reais escrotas)
A capa é o cartão de visita da sua música. Um design atraente pode fazer toda a diferença na hora de chamar a atenção dos ouvintes nas plataformas digitais. Não há regras. Mas se há alguma dica boa, eu acho que é a mesma que funciona para capa de livro. Entra no streaming e OLHE TUDO que parece igual sua musica lá.
E nada te impede de lançar um BRIOCO na capa do disco, como diz a lenda que o Tom Zé fez.
Veja como os outros fazem, qual é a identidade visual? Certamente uma capa de disco de axé não é igual uma capa de disco de trash metal. Não estou falando pra copiar, mas não faça algo tão diferente que não tenha a identidade do que o publico busca, pq eles podem imaginar que seu trampo é outro e não vão nem olhar.
Especificações Técnicas:
Tamanho: A maioria dos streamings exige imagens quadradas com 3000 x 3000 pixels.
Formato: JPEG ou PNG, com espaço de cor RGB e resolução de 72 dpi.
Regras: Evite textos excessivos, logotipos ou imagens com baixa resolução. Certifique-se de que você possui os direitos sobre todos os elementos usados (fotos, fontes, etc.).
Dicas de Criação:
Utilize ferramentas como Canva, Adobe Photoshop ou GIMP para criar sua capa.
Mantenha um design que reflita o estilo da sua música e o gênero musical.
Pense em cores e elementos visuais que conversem com a sua identidade artística.
Solta esse gogó! Faça suas musicas!
Escolha do Título, Gênero e Informações de Metadados
Detalhes bem preenchidos fazem com que sua música seja encontrada mais facilmente pelos ouvintes e algoritmos de plataformas de streaming.
Título
Escolha um nome cativante, único e que tenha conexão com a essência da música.
Evite títulos muito longos ou genéricos, que podem dificultar a busca (a menos que você seja o Ronnie Von).
Gênero Musical
Identifique corretamente o gênero e subgênero da sua música (exemplo: Pop, Rock Alternativo, Lo-fi Hip Hop). Isso ajuda no algoritmo das plataformas a sugerir sua música para o público certo.
Metadados
Inclua informações como:
Nome do artista.
Título da faixa.
Créditos (compositores, produtores, etc.).
Código ISRC (International Standard Recording Code), que é necessário para identificar e registrar a faixa globalmente.
Ferramentas para Gerar Metadados
Algumas distribuidoras oferecem opções automáticas para preencher metadados, mas você também pode usar softwares como o MP3Tag para organizar esses dados de forma manual.
O codigo ISRC
O Código ISRC é uma peça-chave para quem deseja lançar músicas de forma profissional e garantir que os direitos autorais sejam corretamente gerenciados. Seja você um artista independente ou parte de uma gravadora, entender e utilizar o ISRC é essencial para navegar no mercado musical moderno.
O Código ISRC (International Standard Recording Code) é uma ferramenta essencial para a identificação e rastreamento de gravações musicais e videoclipes. Ele funciona como uma espécie de “CPF” ou “RG” das faixas de áudio, garantindo que cada gravação tenha um identificador único.
ISRC?
O ISRC é um código padrão internacional utilizado para identificar gravações específicas. Ele não se refere à música ou composição em si, mas à gravação específica de uma faixa. Isso significa que se você fizer uma nova versão de uma música ou um remix, cada versão precisará de um ISRC diferente.
Estrutura do ISRC:
O código é composto por 12 caracteres alfanuméricos, divididos em quatro partes:
Código do País (2 dígitos): Identifica o país onde o ISRC foi emitido (por exemplo, “BR” para Brasil).
Código do Registrante (3 dígitos): Indica a organização ou pessoa que gerou o ISRC.
Ano de Referência (2 dígitos): Mostra o ano em que o código foi atribuído.
Designação (5 dígitos): Um número único para a gravação específica naquele ano.
Por exemplo: BR-ABC-23-00001
BR: Brasil
ABC: Código do registrante
23: Ano de referência (2023)
00001: Número da gravação
Por Que o ISRC é Importante?
Identificação Única:
Cada gravação tem um ISRC exclusivo, o que evita confusões entre faixas semelhantes ou versões diferentes.
Rastreamento de Royalties:
Ele é usado por plataformas digitais, rádios e serviços de streaming para rastrear reproduções e garantir o pagamento correto dos royalties ao artista.
Distribuição Internacional:
O ISRC é reconhecido globalmente, o que facilita o gerenciamento e a distribuição de músicas em qualquer país.
Organização Profissional:
Ter suas faixas com ISRC é um passo importante para garantir que sua música seja tratada de maneira profissional no mercado musical.
Como Obter um ISRC?
No Brasil, o ISRC é emitido por organizações credenciadas, como a UBC (União Brasileira de Compositores) e outras associações de direitos autorais.
Passos para obter um ISRC:
Cadastre-se em uma Associação de Direitos Autorais:
Inscreva-se em uma organização como a UBC, ABRAMUS, ou outra de sua escolha.
Solicite seu Código do Registrante:
Após o cadastro, você receberá um código único que será usado para gerar ISRCs para suas músicas.
Atribua o ISRC às Gravações:
Com seu código de registrante, você poderá gerar ISRCs para cada música que lançar.
Custo:
O valor varia de acordo com a associação escolhida, mas geralmente é acessível, especialmente para artistas independentes.
Onde o ISRC é Utilizado?
Plataformas de Streaming:Spotify, Apple Music, Deezer, entre outras, utilizam o ISRC para identificar músicas e calcular reproduções para pagamento de royalties.
Rádios e TVs: Usado para rastrear execuções públicas e garantir o repasse de direitos autorais.
Relatórios de Vendas: Gravadoras e distribuidores digitais usam o ISRC para monitorar e reportar vendas e streams.
Diferença Entre ISRC e ISWC
Muitas vezes, o ISRC é confundido com o ISWC (International Standard Musical Work Code).
ISRC: Identifica a gravação específica de uma música.
ISWC: Identifica a composição musical (obra) e está relacionado aos direitos autorais da letra e melodia.
Direitos autorais e Licenças
Entendendo os Direitos Autorais
Direitos autorais protegem sua música contra uso indevido e garantem que você seja reconhecido e remunerado como criador. No Brasil, eles são regidos pela Lei nº 9.610/98. Assim que você cria sua música, ela está automaticamente protegida, mas registrá-la formalmente é altamente recomendável. Caso algum vagabundo queira te roubar ou plagiar. (tem muito famoso ai que faz isso. Queria poder falar nomes sem levar um processo) o registro é muito útil, mas mesmo assim, segundo meu amigo advogado, se você conseguir provar ao juiz que publicou sua musica numa rede social antes do lançamento do espertão, o juiz pode reconhecer sua autoria. Mas sabe como é cabeça de Juiz, na dúvida, o mais garantido é registrar.
Como Registrar Suas Obras (Opcional, mas Recomendado)
O registro é essencial para resolver disputas legais e monetizar sua música. Algumas opções incluem:
Biblioteca Nacional (BN):
Registro simples e acessível, feito com envio da partitura ou letra.
Envie a música (partitura ou letra) junto com o comprovante de pagamento.
Associações de Direitos Autorais (ex.: UBC, ABRAMUS):
Ajudam no registro e na gestão de direitos autorais.
Você pode inscrever-se como membro lá e registrar suas músicas com suporte adicional. Me parece uma opção muito mais econômica e ágil que fazer uma a uma na BN, sobretudo se você tem muita obra.
Plataformas Digitais:
Sites como o Creative Commons permitem registros gratuitos, ideais para músicas que você deseja liberar para uso com licença aberta.
Considerações sobre Licenças de Sampleamento (Se Aplicável)
Se sua música utiliza samples (trechos de outras músicas ou áudios), você precisa obter autorização legal, senão é grande a chance de você “tomar atrás do saco” na justiça.
Entre em contato com os detentores dos direitos da obra original para negociar uma licença.
Use serviços como Tracklib, que facilita a compra de licenças para samples.
Ignorar essa etapa pode levar à retirada da música de plataformas digitais ou até a processos judiciais.
Escolhendo um Distribuidor Digital de Música (DDM)
Se você quer que suas músicas estejam disponíveis em plataformas como Spotify, Apple Music, Deezer e outras, precisará de um Distribuidor Digital de Música (DDM). Este é um dos passos mais importantes para garantir que seu trabalho chegue aos ouvintes e o importante: seja monetizado de forma eficiente.
O que é um DDM e por que você precisa de um?
Um Distribuidor Digital de Música é a ponte entre os artistas e as plataformas de streaming. Ele cuida do envio das suas músicas para serviços como Spotify, Apple Music, YouTube Music e muitas outras. Além disso, os DDMs ajudam na organização dos metadados, gerenciam direitos autorais e garantem que você receba os royalties pelas reproduções.
Por que você precisa de um DDM?
Acessibilidade Global: Algumas plataformas ate permitem que o artista mande a musica individualmente, mas não são todas. Com um distribuidor, isso é bem facilitado e pode enviar músicas diretamente para a maioria das plataformas de streaming.
Monetização: Eles garantem que você receba sua parte pelos streams, downloads e até mesmo pela execução pública em algumas plataformas.
Praticidade: Cuidam de todos os aspectos técnicos, como formatação de áudio, codificação ISRC e relatórios de desempenho.
Principais Distribuidores Digitais de Música
Existem diversos DDMs disponíveis no mercado, e a escolha, é claro, depende do seu orçamento, frequência de lançamentos e objetivos. Abaixo estão alguns que eu garimpei, mas esses sites pipocam novos a todo momento, então não deixe de fazer sua pesquisa.
DDMs Gratuitos ou com Baixo Custo
Amuse (gratuito):
É uma plataforma de distribuição simples. Permite enviar suas músicas para o Spotify e outras plataformas sem custo inicial. Você só paga se optar por serviços premium.
Site: amuse.io
RouteNote (gratuito ou com divisão de royalties):
Permite distribuição gratuita, mas eles ficam com uma parte dos royalties (15%). Se quiser ficar com 100%, há uma versão paga.
Site: routenote.com
SoundCloud for Artists (antigo Repost by SoundCloud):
Com um plano gratuito, você pode enviar músicas para plataformas como Spotify. É ideal se você já usa o SoundCloud para divulgar suas músicas.
Site: artists.soundcloud.com
CD Baby ou DistroKid:
São serviços pagos, mas com custos bem acessíveis (CD Baby cobra por lançamento; DistroKid é assinatura anual de US$ 19,99). Se conseguir juntar um valor inicial, são ótimas opções.
Site: distrokid.com
Fresh TunesTotalmente gratuito para distribuir músicas no Spotify, Apple Music, Deezer, entre outros. Eles oferecem serviços adicionais pagos, mas a distribuição básica é sem custo Modelo de ganhos: Você mantém 100% dos royalties. Site:freshtunes.com
Indiefy Gratuito para artistas independentes. Eles permitem que você envie suas músicas para plataformas de streaming. Modelo de ganhos: Ficam com 20% dos royalties, você fica com 80%. Site:indiefy.net
Level Music Distribuição gratuita, sem taxas ocultas. Voltado para artistas independentes, ideal para quem está começando. Modelo de ganhos: Você mantém 100% dos royalties. Site:levelmusic.com
OneRPMEmbora seja muito popular no Brasil, não cobra taxas para distribuição básica. Além disso, oferece ferramentas de análise e suporte para monetização no YouTube. Modelo de ganhos: Ficam com uma pequena parte dos royalties. Site:onerpm.com
SoundropPerfeito para quem quer fazer covers ou músicas originais. Cobra uma taxa baixa por faixa enviada (em torno de US$ 9,99 por lançamento). Modelo de ganhos: Você mantém 100% dos royalties. Site:soundrop.com
Como Escolher o Melhor DDM?
Orçamento: Avalie quanto você pode investir. Distribuidores gratuitos são ótimos para começar.
Frequência de Lançamentos: Se você planeja lançar muitas músicas, considere plataformas com planos ilimitados, como DistroKid ou TuneCore.
Serviços Extras: Alguns DDMs oferecem suporte adicional, como marketing, promoções ou gerenciamento de direitos autorais.
Suporte Local: Distribuidores como OneRPM e Tratore têm suporte em português, o que pode facilitar.
Divulgação Alternativa
Muitas vezes, é preciso encontrar mais que um caminho. Enquanto você não consegue investir em distribuição premium, existem algumas estratégias gratuitas para expandir a audiência:
YouTube:
Crie um canal e publique suas músicas lá. É gratuito e uma ótima maneira de alcançar mais pessoas.
Redes Sociais e TikTok:
Poste trechos das suas músicas no TikTok, Instagram e Twitter para engajar o público.
Bandcamp e SoundCloud:
Essas plataformas são ideais para artistas independentes. Você pode publicar suas músicas gratuitamente e, no caso do Bandcamp, até vender faixas.
Bom, vou ficando por aqui. Espero que esse post seja útil para mais alguém. Se você souber alguma dica valiosa nesse campo, compartilhe com a gente aí nos comentários. Agora que esse post me deu um trabalho do caramba, vou deixar pra registrar minhas musicas amanhã.
Eu estava pesquisando para escrever o post anterior sobre a ilha que tem dois reveillons, e acabei sem querer descobrindo que esse país tem uma curiosidade que é muito, muito louca: è o país mais pela-saco no futebol em todos os tempos!
Esse placar desafia até o bom senso. Em 11 de abril de 2001, um jogo entre Austrália e Samoa Americana entrou para os livros de recordes como a maior goleada da história do futebol internacional. O placar? 31 a 0. Sim, não é erro de digitação: trinta e um a zero.
O Contexto da Partida
A partida foi válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002, no grupo da Oceania. E, bem, é preciso dizer que Samoa Americana não era exatamente uma potência no futebol. A equipe estava em processo de formação e enfrentava sérios desafios, como falta de jogadores experientes e dificuldades logísticas.
No dia do jogo, a situação ficou ainda mais complicada: a maioria dos jogadores titulares de Samoa Americana não pôde viajar devido a problemas com vistos. O time acabou escalando um grupo de jovens, incluindo um goleiro de 15 anos, para enfrentar uma seleção australiana que já era extremamente superior em nível técnico.
O Massacre em Campo
Logo no início do jogo, ficou claro que seria uma longa tarde para Samoa Americana. Com menos de 10 minutos, a Austrália já havia marcado três gols. No intervalo, o placar era de 16 a 0, e o pior ainda estava por vir.
O atacante Archie Thompson foi o grande destaque da partida, marcando impressionantes 13 gols – um recorde mundial para jogos internacionais. Outro jogador, David Zdrilic, balançou as redes 8 vezes. A defesa de Samoa Americana parecia inexistente, e o jovem goleiro fez o que pôde para evitar o desastre total, mas não havia como parar a máquina ofensiva australiana.
Por Que a Goleada Foi Tão Extrema?
Além da disparidade técnica óbvia, algumas circunstâncias específicas contribuíram para o resultado:
Regulamento das Eliminatórias da Oceania: O saldo de gols era um dos critérios decisivos para classificação, incentivando seleções a buscar placares altos.
Inexperiência de Samoa Americana: Muitos jogadores eram amadores, e alguns sequer tinham experiência em competições internacionais.
Fome de Gols da Austrália: A seleção australiana, sabendo da importância de melhorar o saldo, não tirou o pé do acelerador.
Repercussão
O jogo gerou grande repercussão na mídia esportiva, com opiniões divididas. Alguns argumentaram que a Austrália exagerou ao não aliviar a pressão, enquanto outros destacaram que as regras do torneio exigiam essa abordagem para maximizar as chances de classificação.
Já a FIFA viu o jogo como um exemplo da necessidade de reformular as eliminatórias da Oceania, o que resultou em mudanças nos anos seguintes.
Um Marco na História do Futebol
Se por um lado a goleada de 31 a 0 é motivo de orgulho (e um recorde) para a Austrália, para Samoa Americana, foi um divisor de águas. A equipe decidiu investir no desenvolvimento do futebol no país, com destaque para a inclusão de treinadores mais experientes e programas de base. Anos depois, Samoa Americana conseguiu sua primeira vitória em jogos oficiais, mostrando resiliência e superação.
Curiosidades
Archie Thompson, o herói do jogo, nunca superou a marca de 13 gols em nenhuma outra partida na carreira.
Apesar do placar histórico, o goleiro de Samoa Americana, Nicky Salapu, tornou-se uma espécie de ícone cult por sua determinação em permanecer em campo durante os 90 minutos.
A partida foi disputada no International Sports Stadium, em Coffs Harbour, na Austrália, diante de poucos espectadores.
A goleada de 31 a 0 entre Austrália e Samoa Americana é uma lembrança de que o futebol pode ser imprevisível e, às vezes, até implacável. Mas também é um exemplo de como mesmo as maiores derrotas do futebol podem inspirar mudanças e crescimento.
O mundo tem uns lugares que são muito loucos. Um desses lugares é o Kiribati, porque é o único lugar na Terra com territórios nos quatro hemisférios!
Além disso, O kiribati está ao lado do único lugar do mundo onde tem dois reveillons por ano, a Samoa americana. Originalmente, o Kiribati tinha dois reveillons, mas aí mexeram na linha para o país ter um ano só. Mas isso meio que não adiantou muito, já que Samoa ficou com dois eventos de fim de ano, hehe
Bem no meio do Oceano Pacífico, perdido entre as ondas azuis e o céu estrelado, existe um lugar peculiar chamado Kiribati, ao lado do Kiribati ficam as ilhas da Samoa e Samoa Americana, (que é meio que um arquipélago) onde o Ano Novo é comemorado duas vezes. Sim, você leu certo: duas vezes! E se isso não fosse estranho o suficiente, na minha cabeça não entra como o lugar que tem essas praias é o lugar MENOS VISITADO DO MUNDO
Kiribati (se pronuncia “Kiribas”) é um arquipélago formado por 33 atóis e ilhas espalhadas pelo Oceano Pacífico. Espalhado em um dos maiores territórios marítimos do mundo, o país estava até 1995 distribuído em ambos os lados da Linha Internacional de Data. Essa linha imaginária é o ponto que separa o “hoje” do “amanhã” no globo terrestre. Depois ajustaram a linha para uma estranha “gaveta” jogando o Kiribati num time zone só.
Mas graças a essa peculiaridade geográfica, o Kiribati é o primeiro país do mundo onde o ano novo começa, enquanto outras ainda estão vivendo o “ano passado”. Aí o ano novo vai acabar nas ilhas bem ao lado do Kiribati, chamadas de Samoa e Samoa Americana, que de fato, tem dois reveillons. O ano novo começa na Samoa, e só vai acabar na Samoa Americana. É uma ilha bem perto da outra.
Como Funciona Essa Dupla Celebração?
É possível, em teoria, comemorar o Ano Novo em Kiribati e, posteriormente, viajar para a Samoa Americana para celebrar novamente, aproveitando a diferença de fusos horários.
A ilha de Caroline (ou Ilha do Milênio), que fica no extremo leste do arquipélago, é o ponto habitado mais próximo do primeiro fuso horário do mundo. Isso significa que ela é uma das primeiras localidades a entrar no Ano Novo! Já as ilhas mais ocidentais, como Betio, vivem 24 horas de diferença, o que significa que elas podem literalmente comemorar o Ano Novo “novamente”.
E não é só uma questão de fogos de artifício. Essa peculiaridade faz de Kiribati um lugar único, onde o mesmo evento é vivido duas vezes em fusos diferentes, permitindo uma celebração que desafia o próprio conceito de tempo.
Historicamente, a Linha Internacional de Data atravessava Kiribati, separando suas ilhas em dois dias diferentes. Porém, em 1995, o governo do país decidiu mover a linha para garantir que todo o arquipélago estivesse no mesmo dia do calendário. Foi uma decisão política e prática, especialmente para facilitar as atividades econômicas e administrativas.
Mas a ironia é que, mesmo com essa mudança, as ilhas extremas ainda vivem a diferença de fuso horário, criando essa mágica celebração duplicada.
bandeira do Kiribati
O país vai de arrasta?
Devido a problemas climáticos, há uma chance real do Kiribati ficar debaixo d’água.
Curiosidades sobre Kiribati
Primeiro nascer do sol: Além de ser o primeiro lugar a celebrar o Ano Novo, Kiribati também é conhecido como o primeiro local a receber os raios do sol a cada dia.
Ameaça climática: Infelizmente, Kiribati é um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, com algumas ilhas já sofrendo com o aumento do nível do mar.
Cultura rica: Apesar de remoto, o arquipélago tem uma cultura vibrante, com danças tradicionais e músicas que refletem a vida pacífica e o forte vínculo com o oceano.
Por Que Visitar Kiribati no Ano Novo?
Se você é um amante de experiências únicas, imagine passar o Ano Novo em Kiribati. Você pode literalmente comemorar duas vezes, viajando de avião o barco para a ilha de Samoa Americana, vivendo a magia de “viajar no tempo” entre as celebrações.
Além disso, o país oferece paisagens de tirar o fôlego, praias desertas, recifes de coral espetaculares e a oportunidade de se desconectar do mundo enquanto mergulha em um pedaço de paraíso.
Reflexão Final
Enquanto o resto do mundo está preso à monotonia do “uma vez por ano”, Kiribati nos ensina que o tempo é mais flexível do que imaginamos. Celebrar o Ano Novo duas vezes pulando de uma ilha para outra, não é apenas uma peculiaridade geográfica, mas também um lembrete de que nossa percepção de tempo e espaço pode ser muito mais criativa do que pensamos.
Então, que tal colocar o Kiribati na sua lista de desejos? Quem sabe você não comemora o próximo Ano Novo em dobro?