quarta-feira, dezembro 25, 2024

O cemitério do Everest

O Everest ergue-se imponente acima da cadeia de montanhas do Himalaia, elevando-se a 8.850 metros. O silêncio só é cortado pelo rufar dos fortes ventos que atingem a montanha. Impávida, a enorme rocha é testemunha de incontáveis exploradores, que na tentativa de domar seus mistérios e desafios, pereceram na jornada. Eles não encontraram a glória. Alguns nem mesmo encontraram o cume. Mas todos os que ali jazem, encontraram a face fria e congelante da morte.

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Não sei se você sabe, mas o apelido local do Everest, é  “a montanha da morte”. Não por acaso, um em cada dez alpinistas que tentaram atingir o cume, morreram.

Localizado entre as placas tectônicas Indiana e Eurasiática e formado há 30 milhões de anos, o Monte Everest cresce 4 milímetros por ano. Ele foi identificado pelo procurador-geral da Coroa Britânica na Índia, Sir George Everest, em 1856. O cume, localizado na cordilheira do Himalaia, possui 60 milhões de anos.

Os nepaleses que vivem ao sul do Monte Everest o chamavam de Sagarmatha, que pode ser traduzido como “deusa do céu” ou “testa do céu”. Os tibetanos que vivem ao norte da montanha a chamam de Chomolungma ou “deusa-mãe do mundo”.

Durante muito tempo, o povo sherpa, nativo da região, teve receio de escalar a encosta da montanha porque acreditava que ela era a morada dos deuses. Com a chegada dos estrangeiros no início do século XX, porém, eles passaram a trabalhar como guias de expedição, principalmente nas realizadas no período do entre-guerras. Eles se oferecem para carregar a bagagem dos turistas. Justamente por viver em grandes altitudes, a população se adaptou ao ar rarefeito. Se um alpinista consome em média 3 litros de oxigênio engarrafado por minuto, um sherpa utiliza apenas 1 litro. Hoje, há cerca de 70 mil sherpas no Himalaia.

 

Os Sherpas sobem o himalaia todo ano. Um deles já subiu a montanha mais de 20 vezes.
Os Sherpas sobem o himalaia todo ano carregando os bagulhos dos alpinistas. Um deles já subiu a montanha mais de 20 vezes.

Por 10.000 dólares, é possível contratar dois sherpas para carregar toda a bagagem necessária para uma expedição. O turista leva apenas uma garrafinha de água, um cilindro de oxigênio e o lanche. A partir dos 8.000 metros, os sherpas não são obrigados a seguir em frente. Mas com um “bônus” de 500 dólares, eles podem acompanhar o cliente.

“Os sherpas se acostumaram a fazer tudo por dinheiro e, assim, fica mais difícil alguém ajudar outra pessoa por pura compaixão”, diz o escalador Waldemar Niclevicz. Aos sherpas recai também a tarefa de resgatar quem ficou para trás na montanha – desde que, para isso, sejam bem pagos. 

O tempo tornou os sherpas verdadeiros capitalistas selvagens. Entre seus pares locais, eles são milionários. Isso porque ganham em media 5000 dólares num mês, quando no país a renda per capita  é de 250 dólares.

Ao optar por subir o monte Everest, o alpinista sabe que está diante de uma decisão definitiva. Isso porque tem uma boa chance dele não voltar.

As subidas são muito raramente tentadas fora de uma janela muito curta entre maio e junho, quando as condições estão propensas, com uma temperatura média de -27 graus, e ventos de só 50 mph. Mas a montanha é tão alta que o topo realmente penetra na estratosfera, onde os ventos conhecido como Jet Streams podem fluir até 200 mph, trazendo temperaturas de absurdos -73 graus.

A morte pode ser causada pela falta de oxigênio, pelo frio, a insuficiência cardíaca, queimaduras, avalanches, deslizamentos, fendas traiçoeiras e ferimentos.

Cerca de 80% dos acidentes ocorrem no caminho de volta do cume. A principal causa de mortes para os que se arriscaram a subir o monte são as avalanches.
Uma simples bobagem pode levar um alpinista desavisado à morte, como o congelamento da válvula do cilindro de oxigênio. Sem contar que o caminho para chegar no cume é tão complexo que, nas palavras do alpinista Alexander Abramov:

A uma altitude de 8000 metros você não pode se dar ao luxo de moralidade. Acima de 8.000 metros você só está focado em sua própria sobrevivência, e em tais condições extremas, você não tem a força extra para ajudar alguém.

Parece-me que a mensagem é bem clara. Em uma expedição ao Everest, se um membro da equipe se ferra, ele é largado pra morrer, já que ninguém se arriscará por ele.Parece trágico ler isso no conforto de nossas cadeiras, ao nivel do mar ou um pouco acima. Mas lá em cima, impera a lei do “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

Portanto, escalar o Everest não é para alpinistas de fim de semana ou amadores.

Em maio de 2006, uma tragédia ocorrida no Everest chocou o mundo: Um alpinista chamado David Sharpe foi deixado para morrer, por congelamento, pelos membros de sua expedição, que era de 42 pessoas. Nenhuma delas o ajudou. Alguns membros do grupo eram do canal de TV Discovery, que – olha o grau de bizarrice do bagulho – tentaram entrevistar o homem moribundo, fotografaram-no, e então largaram ele para trás, deixado para morrer sozinho na neve.
Contando assim parece até mentira. Mas quem o ajudasse, certamente ia morrer com ele. O lugar é tão inóspito que muitas vezes torna impossível salvar a vida de um companheiro.

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Todos os grupos de alpinistas que escalam o Everest passam por cadáveres insepultos, espalhados aqui e ali. São alpinistas que não tiveram sorte. Alguns deles caíram e quebraram-se ossos, outros congelaram ou simplesmente estavam fracos demais para prosseguir na jornada.

Provavelmente, todas essas pessoas que foram deixados ali, pensaram em algum momento que isso não iria acontecer com elas. Agora, são um triste lembrete de que nem tudo está nas mãos do homem.

Nas palavras do alpinista David Brashears, que escalou a montanha cinco vezes :

“Não havia nada em meu treinamento para me preparar para passar pelo cemitério aberto me esperando lá em cima. “

Não há estatísticas precisas de quantos corpos estão espalhados pelas vias de acesso à montanha. Estima-se que sejam entre 150 e 200 pessoas que partiram em viagem só de ida para escalar esta montanha traiçoeira.
A maior parte sobe em equipes de três a cinco pessoas. Cada alpinista precisa desembolsar entre 40 mil e 60 mil dólares para escalar o Everest. Parte desse dinheiro fica com os governos da China e do Nepal, que cobram pedágios de até 10 mil dólares de cada pessoa que pretende chegar ao cume mais alto do mundo. Desde 1953, mais de 2 mil pessoas já conseguiram realizar essa façanha.

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A montanha guarda histórias tenebrosas. Em 1996, um grupo de alpinistas da Universidade de Fukuoka, no Japão escalaram o Everest. Em um certo ponto da jornada, eles encontraram três alpinistas em dificuldades da Índia – Estavam magros, congelando e pediram ajuda, pois haviam passado aperto com uma tempestade em grande altitude. Eles esperavam o tempo melhorar para avançar ao próximo refúgio.
Os japoneses decidiram enfrentaram o mau tempo e seguiram adiante. Quando o grupo de alpinista japoneses descia, eles passaram pelo refugio dos indianos, para descobrir que todos eles já haviam congelado. E estão lá até agora!

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Outro famoso cadáver no Everest é o alpinista britãnico George Mallory.

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George Mallory

Num de seus mais famosos momentos, ao ser perguntado repetidamente por repórteres em Nova Iorque durante uma série de conferências por que motivo ele queria escalar o monte Everest, Mallory disse: “Porque ele está lá”.

Essa frase ficou para sempre associada ao montanhismo. E agora, Mallory também está lá! Olha ele aqui:

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Mallory morreu na descida, após chegar ao cume da montanha. Em 1924, Mallory e seu parceiro Irving começaram a subir. Eles foram vistos pela última vez com binóculos através das nuvens, apenas a 150 metros do cume. Então as nuvens se fecharam e os alpinistas desapareceram.
Eles ficaram sumidos por lá até meados de 1999, quando no auge de 8.290 m, exploradores tropeçaram no corpo de Mallory. Ele estava deitado de barriga para baixo, como se estivesse tentando abraçar a montanha, a cabeça e as mãos estão congeladas firmemente na encosta.

Seu parceiro, Irving, nunca foi encontrado. Sabe-se que não morreram juntos, pois havia uma corda ligando os dois, e ela foi cortada com a faca. Irving poderia ter visto Mallory sucumbindo e libertou-se de seu amigo, para também morrer em algum momento mais tarde, em lugar ainda desconhecido abaixo da encosta.

 

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O vento e a neve estão gradualmente limpando os corpos. As partes expostas vão sendo gradualmente roídas pelo vento. Quanto mais velho o cadáver, menos carne ele tem. Há Helicópteros que ajudam a “limpar” a montanha dos cadáveres. Mas os helicópteros só chegam a uma certa altitude. Dali pra cima, quem está morto fica lá mesmo.

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Claro que há casos em que os que morreram lá foi por própria culpa. Um bom exemplo é o caso de Francis Arsentiev.
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Ela foi a primeira alpinista a escalar o Everest sem garrafa de Oxigênio. De fato, ela chegou lá em cima sem a garrafa, mas na descida “deu ruim”. Ela estava exausta a dois dias na encosta sul do Monte Everest. Um dos membros da equipe ofereceu-lhe oxigênio, mas ela recusou, não querendo estragar o seu recorde. Aquela recusa revelou-se fatal.
O alpinista Sergey Arsentiev se perdeu dela meio do caminho, e não esperou por ela no acampamento. Ao contrário do que deveria fazer, ele foi procurar por ela, e também morreu.

Toda primavera, nas encostas do Monte Everest, no Nepal, bem como do lado tibetano surgem inúmeras barracas de alpinistas que alimentam o mesmo sonho – subir ao teto do mundo. Talvez por causa da variedade de tendas, semelhantes a barracas gigantes, o local foi apelidado de “Circo do Everest.”

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Na Primavera de 2006, onze pessoas morreram no Everest. Ao que se sabe, um deles, o britânico David Sharp foi deixado em um estado de agonia por um grupo de cerca de 40 alpinistas. Sharpe não era um homem rico e fazia a subida sem guias e nem sherpas. Ele chegou ao cume, mas na descida, teve problemas com a garrafa de oxigênio. Seu equipamento era inadequado, ele não levou um radio (economia?) e tomou decisões que lhe custaram a vida. O triste é pensar que  se tivesse dinheiro suficiente para equipe, sherpas e material de qualidade, hoje, ele ainda estaria vivo.

A equipe que passou por ele, teve que escolher entre ajudar David ou seguir e alcançar o cume. Optaram pela segunda opção.

No mesmo dia em que David da Sharp morreu, os meios de comunicação de todo o mundo louvaram Mark Inglis, um guia da Nova Zelândia, que subiu o Everest mesmo sem uma perna. Após um acidente de trabalho, ele perdeu a perna. Usando uma prótese de fibra de carbono ele atingiu o cume.

A história, vendida como uma prova da superação humana, ocultou o detalhe de deixarem David Sharp morrendo para fazer o programa de Tv. A história sinistra só veio a publico porque o site mounteverest.net pegou notícia e começou a puxar o fio.

David Sharp
David Sharp

Em 16 de maio de 2006, David Sharp subia a montanha, participando de escalada, organizada pela “Ásia Trekking”, morreu quando possivelmente, seu tanque de oxigênio congelou a válvula, a uma altitude de 8.500 metros.

Sharp não era um novato nas montanhas, ele já tinha escalado antes. Segundo o Mountainzone.com em 2002, Sharp tinha chegado ao cume vizinho do Everest,  o Cho Oyu, e então passou tentar o Everest em 2003 e 2004. Nas duas vezes, ele subiu rumo ao cume do Everest pela via nordeste, e por duas vezes ele só chegou perto do cume Na escalada em 2003, ele perdeu alguns dedos pelo congelamento.

Então aquela tinha sido sua primeira incursão de sucesso ao pico do Everest. Aos 34 anos, ele já tinha passado pelas partes mais difíceis do percurso. Na descida (onde muitos morrem) ele ficou sem oxigênio. Sharp imediatamente sentiu-se mal em uma altitude de 8500 metros no meio da cordilheira norte. Ele estava mal equipado para aquele frio, e havia tomado decisões erradas que foram fatais, como descer na noite mais fria do ano, e de escalar sem guias Sherpas (há quem suspeite que ele precisou fazer isso por economia. A economia também é o que explicaria David usar luvas abaixo das especificações necessárias para a incursão). Sharp se abrigou precariamente numa caverna.
Alguns dos homens que passaram por ele, disseram que pensavam que ele estava descansando. Alguns dos Sherpas verificaram sua condição, e perguntaram quem ele era e com quem viajava. Ele respondeu: “Meu nome é David Sharp, eu estou aqui com a” Ásia Trekking “e só quero dormir um pouco.” (sinal que já estava congelando)

A expedição passou por ele e o largaram para trás. Muitos ali sabiam qual seria o destino de David Sharp
A expedição passou por ele e o largaram para trás. Muitos ali sabiam qual seria o destino de David Sharp

Quem abriu o verbo mesmo foi o amputado, o Neozelandês Mark Inglis. Ele foi um dos poucos que admitiu que deixaram Sharp morrer.

“Pelo menos, a nossa expedição foi a única que fez alguma coisa por ele, nossos sherpas deram-lhe oxigênio. Naquele dia, passaram por ele cerca de 40 alpinistas, e ninguém fez nada “, – disse ele.

Estima-se, na verdade, que passaram muito mais, pois esse numero de pessoas passou subindo e depois descendo. Desses, somente dois sherpas tentaram realmente ajudá-lo, mas sem sucesso.

Segundo o Mountainzone.com, Sharp estava completamente sozinho, sem qualquer tipo de apoio ou até mesmo um rádio, e por isso não tinha margem de erro. Ele desmaiou enquanto ainda estava preso em uma guia  fixa usada por escaladores e leigos a apenas três metros do percurso de subida. Muitos pararam para tentar ajudá-lo ou confortá-lo, mas só depois que já tinham passado por ele em seu caminho até o cume.

Estranhamente, Sharp morreu bem ao lado de um cadáver de alpinista indiano (possivelmente Tsewang Paljor) que morreu nas exatas mesmas condições, sob uma pedra apelidada “caverna da bota verde” o nome se deu porque o morto está ainda hoje, vestindo botas verdes.

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Foi um brasileiro, chamado Vitor Negrete que descobriu que Sharp estava morto. Vitor foi um montanhista brasileiro de grande renome, sendo um dos maiores nomes do esporte no país. Dois dias depois era Vitor que morreria no Everest, vitima do congelamento e de edema pulmonar. Ele também está lá na montanha.

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Dez dias depois de David Sharp ser largado para morrer na caverna da montanha, o australiano Lincoln Hall, 50 anos, chegou ao pico e, no percurso de volta, caiu exausto. Seus companheiros de escalada continuaram a descida e deixaram três sherpas para ajudá-lo. Após nove horas, os sherpas também desistiram de Hall e o abandonaram na neve. No dia seguinte, três montanhistas o encontraram parcialmente sem roupa e sem gorro. “Vocês devem estar surpresos de me ver aqui”, disse o australiano.

Quem eles chamaram para socorrer o milagroso sobrevivente? Os sherpas, claro. Por rádio, os alpinistas pediram ajuda ao acampamento, de onde foi enviada uma equipe de carregadores para fazer o resgate.

A maioria das histórias de abandono aconteceram na zona da morte, acima de 8.000 metros de altitude. A partir daí, há um sério risco de o alpinista sofrer desidratação, edema cerebral ou pulmonar e alucinações. A única maneira de se salvar é descer a pé, já que a atmosfera rala praticamente impede o resgate de helicóptero.

Hannelore Schmatz é um morto bem típico no Everest. Em 02 de outubro de 1979, depois de uma subida bem sucedida, e por razões pouco claras, ela morreu de exaustão a apenas 100 metros de alcançar o abrigo do Acampamento IV. Durante anos, qualquer alpinista que tentasse a rota do sul podia ver seu corpo, sentado, encostado na mochila, e com os olhos abertos e cabelo castanho soprando no vento.

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Apesar de ser tão exposta e tão visível ao longo de uma rota de escalada bem conhecida, as operações de resgate eram praticamente suicidas na “zona da morte”. Um inspetor de polícia nepalesa e um Sherpa tentaram recuperar o corpo de Hannelore, em 1984. O resultado foi trágico. Ambos caíram para a morte. Foi graças aos ventos fortíssimos que empurrou seus corpos ao longo da borda, jogando-os no precipício.

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Uma área que sobe ao longo da rota nordeste para o cume ganhou o apelido de “Rainbow Valley”, simplesmente porque as jaquetas multicoloridas dos numerosos cadáveres espalhados na encosta lembra um arco-íris. Mesmo em condições extremas de altitudes letais, os cadáveres podem permanecer por décadas, alguns parecendo congelados no tempo e com os equipamento de escalada intactos.

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Apesar da neve e do gelo, o Everest é tão seco como um deserto, e o sol e o vento rapidamente mumificam os corpos.

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Muitos dos que escapam da morte, não escapam das consequências desse frio polar lá em cima. Toda a pele exposta nas altas altitudes, mesmo com a melhor das condições, estão são propensas necrose. A necrose do frio começa quando os vasos sanguíneos se contraem para preservar a temperatura. Ao longo do tempo, se as áreas expostas da pele não são aquecidas, a falta de fluxo sanguíneo provoca a morte dos tecidos e, mesmo se reaquecido depois, ocorre a gangrena. Nesta fase, as amputações são comuns.

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Ao contrário da crença popular, a maioria das pessoas morre no Monte Everest, durante condições de bom tempo. Não quando a montanha está coberta de nuvens.
É que o céu sem nuvens inspira qualquer pessoa, independentemente de seu equipamento técnico e capacidade física a continuar, sem avaliar os riscos. É aí que se escondem os colapsos e inchaço típicos da altitude.

Mesmo com todos os riscos, a cada ano milhares de alpinistas de diversos países tentam a subida. O monte Everest recebe anualmente 60 mil turistas que visitam sua base e 1.300 alpinistas que arriscam a escalada.

Essa montanha de exploradores deixa para trás montanhas de lixo.

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A cada ano, uma expedição ecológica sobe a montanha para recolher a sujeira. Desde 2008 até hoje, Eco Everest Expedition, como é chamada, coletou mais de 12 mil quilos de lixo de equipamentos das expedições anteriores e mais de 300 quilos de lixo humano, além de 4 cadáveres.

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Claro que em meio aos casos de morte, estão muitos relatos de impressionantes vitórias contra todas as expectativas, como no caso do brasileiro Waldemar Niclevicz, o primeiro brasileiro a alcançar o cume do Himalaia.

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Sua aventura começou em 1991. Naquele ano, o alpinista recebeu um convite para subir o Everest em uma expedição organizada por franceses. O grupo não resistiu ao rigoroso outono da montanha e desistiu da escalada a umas poucas centenas de metros do cume. Quatro anos depois, Nieclevicz resolveu tentar novamente. Desta vez, teve que iniciar a subida pelo Tibete, já que uma série de restrições governamentais o impediam de seguir pelo Nepal. O aventureiro enfrentou ventos de até 160 km/h e temperaturas de cerca de 13 graus negativos. Chegou ao local às 11h22 do dia 14 de maio de 2005. Junto com ele estava o carioca Mozart Catão. A dupla ficou no topo do Everest durante 3 horas.

Há quem pense que  os alpinistas são loucos de arriscar suas vidas apenas para subir a montanha e olhar lá de cima. Isso não deve ser verdade, pelo menos não no caso de Erik Weihenmayer, que  foi o primeiro cego a chegar ao cume do Everest. Já o mais velho a chegar lá foi Lev Sarkisov, em 1999, quando tinha 60 anos de idade Yushiro Miura, de 80 anos, que bateu o recorde em 2013.

Embora muitos consigam, há aqueles que ficam pelo caminho. Mas a montanha nos traz ensinamentos valiosos. Nem todos sofrem da “febre do cume”. O casal brasileiro Paulo e Helena Coelho, em 1999, desistiram de chegar ao cume para salvar a vida do alpinista português João Garcia. Paulo e Helena já desistiram, do cume para ajudar pessoas morrendo lá duas vezes!

A cada ano mais alta, impávida e castigada pelos fortes ventos, a montanha continua a tragar vidas dos corajosos aventureiros que se arriscam a desvendar seus mistérios.

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. waldemar é foda demais cara, parabéns pelo post :) As histórias de alpinismo são recheadas de elementos espirituais e de superação. Muitos deles acreditam que a maior honra que pode acontecer é morrer na montanha.

  2. Não sei explicar bem o que senti lendo este post…
    Uma sensação de terror e desconforto ao imaginar os corpos espalhados pela neve.
    Mas, também fascínio pela força que impulsiona o ser humano a romper seus limites e os limites da Natureza, mesmo com toda a possibilidade de morrer nisso!
    E o teu texto, Felipe, bom demais de ler, como todos os outros!
    Abraço!

    • Senti a mesma coisa. Já ouvi falar de médicos que escalam…mas ao ler essa matéria realmente fiquei impressionada com os limites do ser humano, que nada tem a ver com saúde. São vários testes….mentais….emocionais. Para vc se colocar em uma prova dessas…tem que estar muuuuuuuuuuuuito bem preparado em todos os sentidos.

  3. muito interessante o post estou sendo um grande fã dessa pagina e parabéns, sempre tive vontade e fazer um aventura dessa, agora da para imaginar um pouco o custo dessa aventura tanto física e quanto financeira agora é procurar uma equipe brasileira para ir !!!

    obs: Philipe uma curiosidade para vc sobre o everest lá quando chega no pico funciona o 3g eheh !!!

    • Acho que não funciona, hehehe. Mas telefone via satelite sim! E te tb uns radios de longo alcance que sim. Aliás, o tal do Sharp só se fodeu mesmo porque ele cometeu varios erros de newbie, entre os principais não usar as melhores luvas que ele podia comprar e não levar um desses radiocomunicadores para pedir socorro.

  4. Philipe, primeiramente parabéns pelo Blog, o encontrei a algumas semanas e estou simplesmente viciado, entro todos os dias sedento por curiosidades ou histórias interessantes, excelentes postagens!! Quanto a matéria, me senti como o amigo acima, um misto de terror e admiração!! Muito bom o post.
    Abraços

  5. Muito bom o post , muito esclarecedor pra quem acha que é só chegar e subir, todo mundo pensa que a escalada do Everest são só paisagens bonitas ,tem que estar muito bem preparado principalmente o psicológico para caminhar entre mortos por dias. Parabéns pelo post Philipe

    • E outra, fico imaginando o tamanho do autocontrole dos caras que sobem 80% e na reta final avaliam que não há segurança e não arriscam os 20% finais. Isso é uma prova de coragem e inteligência foda demais.

  6. Philipe,
    Sensacional seu texto!! Meus parabéns!!
    Sou triatleta, maratonista, corredora de aventura…mas confesso que desafios assim estão fora dos meus planos. Já levei uns sustos suficientes nos esportes que pratico e que me fazem me contentar com as montanhas apenas nos relatos e imagens.
    Esse seu texto, confesso, me causou um misto de tristeza mas ao mesmo tempo admiração por aqueles que tentaram.
    Parabéns!! Abraços!

  7. Ótimo texto! :D

    Interessante como tem gente que pensa que deserto é sempre associado a calor. Eu perguntava aos meus alunos qual era o maior deserto do mundo e eles sempre falavam que era o Saara. Ficavam surpresos quando eu falava que era a Antártica.

  8. Chega a ser místico…. alguns casos de resgate que foram contados, o pessoal do resgate morreu… meio que no estilo “esses corpos são meus (do monte everest) e quero eles aqui para mostrar a vcs, que vcs não me controlam.”

  9. Gostaria de fazer um adendo:

    O casal brasileiro Paulo e Helena Coelho, em 1999, desistiram de chegar ao cume para salvar a vida do português João Garcia

  10. Quando eu li o início do post eu mandei para meu amigo e perguntei: PRA QUE ISSO?

    Depois de alguns segundos eu mesma respondi…

    “ta certo
    bem melhor do que eu que pego buzao e trem lotado todo dia
    ta certo eles
    que tem coragem de fazer o que quer
    o cara ta ali porque quer
    por que o corpo manda
    porque é um desafio
    pra ele mesmo
    não pro outros
    pronto
    respondi minha pergunto do pra que isso!
    eu sou muito tonta mesmo”

    Muito bom, não conhecia o site, fovoritei!

  11. uau, muito legal…Eu não consigo entender pq alguma pessoa faria isso, mas cada um com suas vontades e sonhos, né?
    Mas a morte é sempre fascinante, e as fotos chocam, mas são bonitas.

  12. É notável o esforço e pesquisa que você fez para escrever este artigo, este é o típico artigo de internet em busca de pageviews. Fico imaginando as pessoas que leram o artigo e que irão repassar para outros como se o que foi escrito fosse verdade. Tem muitos erros que mudam totalmente a história do alpinismo mundial. Fatos que foram pegos aleatoriamente e capturado uma parte do texto sem saber do contexto. Motivo real de causa mortis totalmente ignorados, etc, etc. Um texto de leigo, para leitores leigos. Isso é triste.

    • Talvez antes de criticar apenas você possa nos iluminar com seu profundo conhecimento sobre tudo isso de modo que eu possa melhorar o meu post, que se fosse criado em busca de pageviews começaria com uma bunda bem gostosa.

      • Amigo, seu texto é leigo mesmo! Você não é escalador/alpinista e não entende o esporte, As informações sobre o abandono do alpinista estão erradas, Faltou dizer que é impossível descer uma pessoa em dificuldades, mesmo com 40 pessoas! Senão, todos morrem!!! Ninguém abandonou ninguém por dinheiro, mesmo com dinheiro seria impossível descer o cara. Essa é a regra e todos que vão lá sabem disso! Você se dispôs a comentar um assunto que não domina e só mostrou opiniões de quem não possui conhecimento no assunto.

        • Eu acho que vc tem razão quando diz que sou leigo nesse esporte. Sou mesmo. Mas acho que você leu e interpretou mal o que eu disse no post. Eu disse:

          Contando assim parece até mentira. Mas quem o ajudasse, certamente ia morrer com ele. O lugar é tão inóspito que muitas vezes torna impossível salvar a vida de um companheiro.

          Você assumiu erroneamente por interpretação própria, que eu disse que ele foi abandonado porque não tinha dinheiro suficiente para pagar sua salvação. Eu não disse isso. Eu disse que ele morreu porque não tinha dinheiro suficiente. Isso é um fato amplamente sabido. Ele não comprou as luvas mais caras por isso, ele não comprou o radio por isso. Ao que parece, ele economizou em sherpas. Essa falta de investimento pode ter feito a diferença entre estar vivo agora e morto lá em cima. Relendo o texto:

          Sharpe não era um homem rico e fazia a subida sem guias e sherpas. O triste é que se tivesse dinheiro suficiente, a sua salvação era possível. E hoje, ele ainda estaria vivo.

          Também dizer que “esta é a regra” mostra que você ignora casos em que pessoas cagaram pra sua “regra” e salvaram alpinistas em dificuldades quase no cume. E não morreram por isso. Um bom exemplo é o do casal de alpinistas brasileiros que salvou João Garcia, já quase no cume, abandonando sua trajetória ao pico para ajudar o cara em dificuldades. E conseguiram. Ele ficou todo fodido, sem os dedos, sem o nariz, todo necrosado, passou 92 dias internado, mas sobreviveu.
          http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?channelid=00000019-0000-0000-0000-000000000019&contentid=00031134-3333-3333-3333-000000031134

          Será um prazer consertar e corrigir qualquer erro que tenha no meu texto, desde que esteja realmente errado e não seja só um problema de interpretação de texto.

          • Não há como ter certeza de que Sharp queria meramente economizar. O fato de ir sozinho, sem sherpas, pode indicar que ele realmente tinha esta vontade. Não é todo mundo que quer garantias, muitos querem sua própria aventura e aceitam arcar com as consequências. Assim como os russos que faleceram em 2013, queriam abrir uma nova via/rota, diferente da rota comercial aberta pelas empresas e sherpas.

            Recomendo a leitura dos livros “No teto do mundo” do Rodrigo Raineri, “A Escalada” do Anatoli Boukreev (contraponto ao Krakauer), Montanha Sombria do Nick Heil e Dead Lucky do Lincoln Hall.

            Sobre teu texto. Faltou um pouco de revisão, pois oras você escreveu David Sharpe, oras David de Sharp e oras David Sharp.

            Abraço!

          • Mas porque ele usaria uma luva de pior qualidade? Por que ele não levaria radiocomunicador? A hipótese de um orçamento apertado me parece muito provável.

          • Pois muitos montanhistas simplesmente confiam nos seus equipamentos antigos. Sempre tem alguém para falar que “está bom ainda”, mesmo que tenha passado da validade indicada pelo fabricante. Ou que, alguma coisa é exagero, pois das outras vezes não foi necessário. Falo em causa própria.

            Pra que rádio, se não tem equipe? Excesso de peso. Conheço pessoas que cortam o cabo da escova de dentes para economizar alguns gramas. Conheço outros que nem isso levam. Pensa em alguém espartano. E realmente em algumas situações tu pensa: “Ah, se eu estivesse com 1 kg a menos na mochila!”. E claro tem os que pensam que quem carrega 25 kg, carrega 26 kg. :)

            Excesso de auto-confiança mata. Muito mais do que se imagina. A questão é que muitos estão, e outros se acham, preparados para isso. All-in!
            E é sempre um conjunto de vários fatores, muitas vezes pequenos, que culminam com um acidente ou acontecimento grave.

            Mas polêmicas a parte, gostei da tua forma de escrever. Sempre haverão os super experientes em cada assunto que irão encontrar falhas que não importam para o grande público. Sempre haverão falhas e deslizes.

            Até o termo alpinista é discutível, pois o correto seria himalaista, andinista etc. Depende da cadeia de montanhas onde a pessoa escala. Ehehe, não se apega.

            Abraço.

  13. Não entendo superação humana ser mais importante que vida de outra pessoa QUANDO é possível salvar…
    Mesmo. Mas o post foi bom. Vale a reflexâo!

  14. Sensacional!!! Parei com minhas tarefas na empresa para ler seu post, quando cheguei ao final queria ler muito mais. Muito bom, parabéns, faz levar a nossa imaginação como se estivéssemos escalando o mesmo. Parabéns!

  15. Philipe, Parabéns pela matéria, não tenho palavras para descrever o quanto gostei da sua ótica nesta publicação, bom seria que encontrássemos, matérias como esta todos os dias, parabéns mais uma vez Philipe

  16. Show de bola o post , Parabéns para todos aqueles que perdeu sua vida , mas teve a honra de estar em um local onde poucos chegaram ! paz para todos

  17. Parabens pelo reportagem. Eu ja tinha algumas reportagens, mas a sua foi a melhor que eu vi. A proposito eu sou escalador de alta montanha e o Everest esta nos meus planos. Um abraco

  18. Cara, se não me engano, Waldemar Niclevicz escalou o Everest pela primeira vez em 95. Em 2005 ele refez para comemorar os 10 anos da conquista.
    Fora isso, muito bom texto.

  19. Já sabia do lixo que os alpinistas deixavam em sua trajetória ao pico (principalmente cilindros de oxigênio vazios). Mas realmente não sabia do depósito de mortos pela montanha. Sempre pensei que os corpos eram resgatados depois em condições melhores e que ficavam apenas os corpos de acesso limitado. Realmente fazer o cume passando pelos corpos ou pelo cemitério multicolorido deve ser triste. Achei muito humana a decisão do casal brasileiro Paulo e Helena Coelho em deixar para trás seu objetivo e ajudar um companheiro. Decisão que talvez os tenha feito descobrir o por quê deveriam estar lá naquele dia, naquela hora! Não sei se o post é sentimentalista (como alguns comentários parecem sugerir) ou não! Só sei que os corpos existem e estão lá, agora! e isso é fato! Belo post, obrigada por compartilhar! …porque nem só de vitórias e glórias vivem os montanhistas…

  20. Muito interessante e também muito triste saber que vários alpinistas preferem chegar ao topo mesmo que isso sacrifique a vida de alguém que eles poderiam ter salvo.
    Parabéns ao casal Paulo e Helena Coelho.

    • É que em muitos casos, o alpinista que está em estado grave não tem como ser salvo. Se o cara quebrar algum osso, se cair de fenda, dependendo do que rolar não tem jeito mesmo, ele torna-se não só uma garantia de que vai morrer, como ajudar o cara pode acarretar na morte dos que o ajudarem. Não creio que haja regras nesse aspecto. Mas também não podemos negar que acontece sim essa loucura do cara querer o cume acima de tudo, e inclusive isso ganhou o nome de “febre do pico”. Possivelmente é uma condição causada em parte pela anoxia, a falta de oxigenação adequada no cérebro. A anoxia, em pequeno grau faz com que a pessoa haja como um bêbado, atrapalhando gravemente seu juízo.

  21. Penso em um dia subir lá…enquanto isso vou juntando grana e coragem rsrsrsr…gostei muito do seu post e de todo o restante do site…é seu???philipe?? se eu conseguir a grana…mais ainda faltar a coragem…me arrisco na passarela da morte na china rsrsr vlw!!!!

  22. Parabéns pelo seu texto! Muito bacana também a sua humildade em alterá-lo conforme as pessoas fornecem mais conteúdo.
    Estou no aconchego do meu lar devidamente aquecida refletindo se a determinação em atingir o cume é mais importante do que salvar a vida de alguém e fico feliz em saber que é do nosso país o casal de alpinistas Paulo e Helena Coelho que, em 1999, desistiram de chegar ao cume para salvar a vida do português João Garcia.
    De qualquer maneira admiro a coragem de todos em arriscar a vida e se superar enfrentando situações tão adversas.

  23. MATéria bem interessante. Mas penso que a energia projetada desses caras, de superação individual, é egoista e narcisista, bem a nossa moda. Alpinismo é para profissionais. Parece que todos querem ser heróis para si mesmo e postar no facebook e aparecer em jornais. Sobra o lixo e os corpos abandonados desses desgraçados absolutamente esquecidos e banalizados, o horror.

  24. Putz realmente impressionante…o cara chega no topo de uma montanha a 9000 metros de altitude…arrisca a propria vida e a seguranca de sua familia…chega no cume e diz: agora vamos descer!! haaa tenha do vai fazer alguma coisa mais util pra sociedade. Na boa -> nao me venha falar de superar limites.EU acho uma grande M e pra que vai tentar . Boa Sorte. Vai la chega no topo e desce, que eu vou estar la em Punta Cana tomando uma pina colada e vendo seu cadaver de picole em alguma reportagem da discovery que passa as 2 da manha e ninguem ve. Triste mesmo para as familias que nao podem sequer velar e enterrar seus entes queridos…infelizmente tem esses trezes que nao dao valor a propria vida e a de sua famila. Respeito posicoes contrarias mas tenho a minha conviccao.

  25. Acho engraçado, os caras q criticaram o post não darem retorno após sua EDUCADÍSSIMA resposta “tapa de luva”!!! Nem pra deixarem um: “Caramba Philipe… realmente me precipitei no julgamento e no calor das emoções.”
    É uma pena nem todos serem tão educados e tão humildes como vc, ao menos, demonstra ter!
    Parabéns!

    Vc parece ser BASTANTE instruído e educado! Passei a admirar o cara maneiro q vc se apresenta! Além de ter um conteúdo textual imensamente rico!
    Matéria FANTÁSTICA, cara! Fantástica!

    • Valeu Gui. Eu não me vejo como um cara tão educado assim. Eu erro muito, e de tanto errar e consertar com base no que os leitores comentam, virou uma coisa normal pra mim. Com um blog com mais de 27.000 comentários e mais de 4000 artigos, é impossível não errar pra dedéu. Seria estupidez desperdiçar colaboração dos leitores, que em muitos casos são especialistas nas áreas que apontam os erros.

  26. Independentemente do egocentrismo desses alpinistas, eu achei esse material muito interessante e rico em informação, o responsável está de parabéns pelo post.

  27. Bom texto, mas de onde você tirou que o apelido local do Everest é ”a montanha da morte”? Cite a fonte, por favor. Eu procurei isso e não achei referência em lugar algum.

    • Quem me disse que o apelido era esse foi o Alexandre, um amigo meu que é escalador. Ele disse que o apelido do K2 é “montanha selvagem” tb. Mas confesso que entubei de cara o que ele disse e nem fui verificar se é isso mesmo.

  28. Sobre a história do David Sharp há muita discrepância entre as informações relatadas (não era sua 1 vez no Everest e sim a 3, ele tinha recusrsos financeiros para subir com uma equipe, mas preferia subir de maneira independente e sem auxílio de Sherpas nos ataques finais ao cume; ele não caiu de lugar algum e sim, tomado pela exaustão parou para descansar sob a pedra e não levantou mais; um dos sherpas mais experientes do Everest tentou dar oxigênio e retira-lo de lá, tanto na subida como na descida, mas ele já estava exausto demais para reagir) aqui e aquelas colhidas de depoimentos de vários alpinistas que presenciaram o acidente…

  29. Adorei o post, comecei a ler e não consegui mais parar, queria continuar cada vez mais.
    Achei muito interessante saber de tudo que acontece com pessoas em busca de um sonho de uma superação que muitas vezes são interrompidas de diversas formas.
    Fiquei triste por muitas vidas ali, mas faz parte elas escolheram arriscar.
    ÓTIMO POST.

  30. eu nunca me interessei pela historia do monte everest, mas vendo seu post, fiquei chocada com esta realidade tao triste, e como sou leiga no assunto, fiquei me perguntando, pq as autoridades locais nao formam uma equipe de resgate preparada, e bem equipada, p resgatar estes corpos e entregar p seus familiares, pra que possam fazer um enterro decente

    • Eles tentam, mas muitos dos corpos estão em áreas onde a tentativa de resgate pode significar mais mortes, vide o caso do delegado e do Sherpa que tentaram resgatar um corpo de uma alpinista e os dois rolaram para a morte.

  31. sensacional! não sabia de tanta coisa incrível por trás das histórias de alpinismo. herois existem! alpinismo é assunto que me não envolve, mas parabéns pelo post. magnífico!

  32. Muito bom Philipe. Estas informações vão fazer as pessoas pensarem bem antes de se aventurar. Gostei dsobretudo dos destaques que deu a expedição que deixou o David morrer em troca do sucesso, contrastado ao fim com “o casal brasileiro Paulo e Helena Coelho, que em 1999, desistiram de chegar ao cume para salvar a vida do alpinista português João Garcia”. De toda a busca por sucesso, certamente atitudes assim brilham muito mais.

  33. Quando escalei o vulcão Cotopaxi, no Equador, conheci no refúgio um austríaco que nos pés só tinha os dedões. Havia perdido os demais dedos por congelamento. Seus pés, com as meias, pareciam duas setas. É por essas e outras que — após três montanhas com mais de 5000 metros (duas delas vulcões ativos) e outras três com mais de 4000 metros — que eu digo: “Ok, vá escalar alta-montanha — mas não me chame!” :-)

    • Cara imagino que perder todos os quatro dedos do pé em cada pé deve foder muito o equilíbrio do cara, né? Com o tempo o cérebro deve rearranjar o equilibrio dele, mas deve ter sido foda. Ele falou algo nesse sentido?

      • Sim, fiz uma pergunta justamente sobre esse ponto, e ele, de pé, e inclinando-se para frente, me disse que o dedão é que faz a diferença. Claro, ele também disse que já não praticava mais escalada em rocha (que exige mais dos pés), mas que as escaladas que dependem basicamente de fôlego, autocontrole e de uma caminhada ascendente até o cume continuavam entre suas atividades prediletas. Eu também continuo adepto do trekking, mas não vejo mais sentido em arriscar a vida apenas para atingir o cume de uma montanha. No entanto, minha experiência enquanto montanhista me marcou profundamente e permanece como uma espécie de mito pessoal — quase tudo que decido realizar nesta vida acaba sendo comparado a uma escalada.

  34. DUILIO, vc critica O Philipe como se fosse um grande conhecedor do assunto e como já tivesse escalado o Everest muitas vezes. Eu não sou conhecedora do assunto, mas sei perceber quem tbm não o é. Saiba vc que errou ao escrever isso : “Faltou dizer que é impossível descer uma pessoa em dificuldades, mesmo com 40 pessoas!” pois já foi salva sim, uma pessoa tida como morta, abandonada pelos Sherpas e até foi comunicado a esposa da morte do marido, mas ele foi encontrado VIVO e levado para o acampamento onde estavam seus amigos e não foram necessários 40 PESSOAS , apenas 2 ou 3 Sherpas. Leia mais e assista mais Duilio antes de fazer criticas, ou melhor, suba o Everest e retorne ( se conseguir ) para nos contar sua aventura.

  35. Ótimo texto, mas como disseram acima, nao sei exatamente o que senti ao ler.
    Particularmente, nao acho válido esse “risco” para satisfazer o ego com uma conquista. Imensa conquista, mas apenas isso. O praticante do esporte tem lá suas visões, mas eu acredito que o valor da nossa vida esta muito mais além de uma satisfacao. Tenho pai, mae, filha, amigos e familiares que me amam, e detestaria ve-los chorando por ter me perdido, porque eu quis realizar algo do genero. Ainda que rolasse o texto: “Ela morreu fazendo o que mais amava. Bullshit. Todo mundo ia sofrer pra caramba. Egocentrismo demais pro meu gosto.
    Sem duvida voce volta de lá outra pessoa (se voltar), com mil liçoes que vai carregar pra vida. Eu acredito poder receber liçoes e ter crescimento pessoal, ascensao espiritual de outras diversas formas.
    Mas de fato, adorei o texto! Parabens!

  36. A muito tempo eu não lia uma matéria que me chamasse tanto a atenção…. Quando paramos para ler parece que todo barulho a nossa volta se silencia e entramos pela tela do computador…. Fiquei vendo as imagens e depois de analisar um certo tempo voltava a ler, mas depois retornava as fotos! Muito bom o post! Vale muito a pena dedicar alguns minutos para ler isso! Meus parabéns…

  37. Niclevicz foi o primeiro, junto com o Mozart Catão. Impressionante como o Catão é colocado em segundo plano… Quem não conhece o Valdemar, que o compre…

  38. Mucha gente nos critica cuando practicamos algún tipo de deporte que conlleva algunos riesgos, para ellos es innecesario. pero para nosotros es casi indescriptible la sensación de alegría, libertad y un sin numero de emociones que solo disfrutamos quienes los practicamos. todo deporte es riesgoso algunos mas que otros. comparto el dolor de los familiares es triste y lamentable, pero cada uno toma sus propias decisiones.

  39. O unico erro ao meu ver na matéria é que o Mozart chegou priemiro no Cume .. e infelizmente ele não está mais aqui para dizer isto . Esta tambem congelado , em outra montanha mais perto de nós !!!

  40. Philipe, sou um fã do Everest e ja li uma dezena de livros sobreo tema. Seu texto é ums sintese impressionante de tudo que já li. Parabens ! E se vc nao for alpinista, parabens duas vezes, vc captou a alma do negocio. Como sou triatleta, espero que seu proximo texto seja sobre ironman.

  41. Parabéns! Achei muito boa a leitura. Rica em detalhes e informações. Quanto as críticas que foram feitas, por outros leitores, passe numa peneira e aproveite somente o que vier a acrescentar e enriquecer seus posts. Continue nos brindando com boas histórias. Obrigada. Denise.

  42. Não creio que haja algo realmente edificante (do ponto de vista moral) nessa jornada ao Everest. Por via indireta, embora não seja esse o objetivo dos caras, pelo menos movimenta a economia de um local bem pobre. A escalada parece algo puramente egoísta. Mas não critico os alpinistas por isso. De modo algum. Afinal, reduzir o ser humano a mera função de maximização de benefício social (como alguns comentários aqui deram a entender: “qual a utilidade disso?”) é, em última análise, desumanizá-lo completamente.

    Parabéns pelo post e pelo site. Realmente fascinantes.

    • Sérgio, eu vejo uma conquista como a do Everest como a mola propulsora que nos levou a explorar a Lua, a descer nas fossas abissais do fundo do mar. É quando a natureza diz que o homem não pode ir lá que desencadeia a necessidade de vencer isso. É a superação, o ser humano lutando contra ele mesmo, num ambiente hostil.
      Isso pode parecer sem sentido, pode não ser o que ambicionamos como maioria, mas não podemos negar que há um importante componente espiritual-interior em empreender uma jornada obstinada rumo a um objetivo. Isso é o que parece mover exploradores diversos, recordistas, navegadores solitários, andarilhos… Acho que é parte da complexa e obscura mente humana.

    • Esse post mexeu muito comigo, e me levou a ler bastante sobre o Everest, sobre a primeira escalada , feita por Edmund Hillary e Tenzing Norgay e todos os mitos que cercam o monte, e posso dizer que realmente acho que o fato de se escalar o topo mais alto do mundo teve um grande impacto sobre a humanidade, sim. Descobri posteriormente que o Everest não é considerada a escalada mais difícil do mundo: o K2, no Paquistão, é o segundo mais alto do mundo e é considerado muito mais difícil de escalar que o Everest, tanto que foi conquistado alguns anos depois, mas o Everest é muito mais mítico, tanto que até hoje é muito mais procurado por montanhistas que o K2.
      É o valor simbólico de escalar o topo supremo, muito mais que a dificuldade do desafio que atrai tanta gente. O próprio Hillary dizia que o Everest não foi sua maio realização, mas sim a construção de 25 escolas para as crianças pobres na região do Nepal. Eu particularmente gostaria de ver o Everest pessoalmente, mas beeem de longe.
      E Philipe, você chegou a ler sobre a Karina Oliani, a mais jovem mulher brasileira a escalar o Everest? Ela conseguiu isso esse ano, no dia 18 de maio, creio. Ela disse que não viu nenhum corpo no caminho, mas ajudou a salvar uma pessoa: http://gooutside.uol.com.br/2193

  43. Post Ótimo! Eu não sabia disso! Parabéns! Só me fez pensar nos familiares vendo esse post e saber que entre tantos mortos deve estar alguém da sua família! Muito triste ver isso!

  44. Como Português agradeço a Paulo e Helena por terem salvado o João Garcia em detrimento do seu sonho… a vida e o amor ao próximo são o cume mais importante na escalada da vida!

  45. Philipe, gostei muito do seu texto,
    O conteúdo é chocante, e aflora sentimentos contraditórios.
    Também li os comentários e apesar de leigo, creio que opinião deve e pode ser expressada sempre que possível, principalmente após um trabalho de pesquisa.
    Sua visão sobre este assunto é muito interessante, fiz poucas e pequenas escaladas, completamente fora do contexto do Himalaia, óbvio, mas sei que é preciso muito pré disposição para enfrentar riscos desconhecidos, mesmo com um bom planejamento.
    Parabéns pela linguagem simples e cativante, vou passar a acompanhar seu blog.

  46. Frio. Frio na barriga foi o que senti lendo esse post. Incrível e vc também é incrível pois conseguiu reunir tanta informação…. vou sempre passar por aqui. abraço

  47. eu axei assustador mas tem gente que pensa que essas coisas nao de verdade ou desafia a natureza e desafian DEUS \mais axei impressionante muito bom eu mesmo nao teria coragen mas pra estas pessoas que estiveram la e desafiaram a propria vida pra mim sao guerreiros e vencedores

  48. muito bom esse documentário, só não entendo quando paro para analisar o comportamento do ser humano em ultrapassar o limite da sua existência.vale a pena esse trofeu??

  49. Já tinha lido sobre o Everest no livro do Jon Krakauer. Esse livro, aliás, Jon conta a história do Beck Weathers, o cara com a cara necrosada aí de cima. O nome do livro é No Ar Rarefeito e vale a leitura. Parabéns pelo post.

  50. Excelente, Philipe. Com relação a Waldemar Nik….(sei la), tu sabes se ele tira proveito financeiro de sua escalada? Tipo com palestras ou exposições?? Detalhe falado por Jacques: não foi o Mozar quem chegou primeiro? Isso tanto faz…mas a pergunta cabe. O Mozar está na Argentina, não?? Abraço..

  51. Eu nunca tive um interesse genuíno em alpinismo, apesar de com frequência fazer trilhas com meu pai nas montanhas ao redor do sítio dele… só que ler esse post me causou uma curiosidade e vontade grandes em me aprofundar no tema. Logo, não é tão difícil assim entender porque essas pessoas se arriscam tanto no alpinismo, seja no Everest ou algum outro lugar. É fascinante em diversos aspectos, até pra leigos.

    Parabéns pela pesquisa, ficou muito boa.

  52. Excelente matéria.

    Acho que serviu um pouco para tirar o romantismo sobre a escalada do Everest. A maioria das pessoas não deve sequer imaginar que para uma expedição dessas, é necessário um investimento financeiro absurdo, sem contar uma preparação de vários anos dedicada para tal façanha, sem contar que nada disso garante o sucesso da empreitada. Eu tenho muita vontade de me iniciar no alpinismo e esse texto foi um choque de realidade muito bacana. A minha única sugestão é que você sempre coloque legendas nas fotos, para que não haja nenhuma confusão em identificá-las. Mais uma vez, parabéns.

  53. O post foi maravilhoso parabens.

    Mas paga por um valor tão alto para ir pro inferno e saber que, mesmo eu estando com 40 pessoas ou mais vou está SOZINHO mesmo assim ? ninguém vai me ajudar a não ser que eu ofereça dinheiro ? faço a mesma pergunta para quer escala o Everest ou melhor eu não entendo ALPINISMO a resposta mas complexa para quem não tem o que fala é ” POR QUE ELA ESTÁ LÁ ” o ser humano é realmente estupido de todas as formas possíveis escala o EVEREST ou melhor pagar para ir ao inferno está entre elas.

  54. A primeira matéria que li aqui foi a da rádio muito doida de números, depois fui vendo mais posts e adorei o blog!
    Parabéns Philipe tu manda bem nos textos.
    Fiquei chocada em saber que rola um cemitério lá na montanha. Já tinha visto algumas matérias que mostravam expedições ao Everest, mas né, fica chato mostrar defunto na TV.

  55. Excelente post Philipe,

    Fiquei vidrado com as informações que tu apresentou. Muito bom mesmo!

    Gostei também da tua atitude com aqueles que criticaram. Muitas vezes eu prefiro textos de leigos mas que apresentam sentimentos e emoção, do que especialista com termos técnicos e frios.

    Você escreve muito bem, Parabéns!

    Grande Abraço,

    • Hahaha valeu Fernando. Teve gente que ficou com raiva de eu ter usado gírias, como “bagulho” ao me referir ao equipamento do alpinista, hehehe. É gente que não conhece este blog e meu jeito esculachado de escrever sobre os bagulhos do mundo.

  56. Como você pode ser referir ao equipamento de sobrevivência dos alpinistas como bagulho?! E pior ainda, se referir á história da trágica morte do Sharpe como: “sente a bizarrice do bagulho”… Cara, mais respeito! O texto é bem interessante com uma bela coleção de histórias e imagens (apesar de não dar crédito nenhum para a origem das imagens nem informações), mas tenha um mínimo de profissionalismo e respeito. Vai falar de bagulho com os mano, véio!

    • Milena ficou com raiva dos bagulho. MAs segundo o dicionario:

      s.m. Semente de certos frutos, como a uva e a pêra, contida no bago.
      Bras. Gír. Coisa clandestina, produto de furto ou roubo.
      Objeto sem valor.

      Bagulho (gíria)
      2.Alguma coisa ruim e que não funciona direito.

      Dado que o equipamento do Sharp não funcionou direito, eu creio que o termo estava até apropriado, hahaha.

  57. Parabéns, PERFEITO DEMAIS isso, sabia de algumas histórias e lí sobre o assunto, mas esse superou todos pela objetividade e simplicidade em explicar os fatos, até eu que sou leigo no assunto fiquei super envolvido com documentário.

    Parabéns mais uma vez!

  58. Olá, amigo.

    Excelente artigo!

    A leitura junto com a coleção de imagens passou muita emoção, fazendo com que o leitor reflita sobre a “Glória da Superação” e a “Compaixão”. Após a leitura, fiquei instigado a pesquisar mais sobre o assunto, que de fato é muito empolgante.

    Um Abraço.

  59. Obrigada pela partilha desta reportagem! PARABENS ao casal de brasileiros que parou para socorrer o alpinista portugues e que mais tarde socorreu uma outra pessoa. Foi a historia mais bonita e tb a mais rara

  60. O João Garcia foi o 1º português a escalar o Everest, tornando-se a referência máxima em Portugal em escalada. Foi o 10º alpinista em todo o mundo a conseguir subir às 14 montanhas acima dos 8.000 metros e o único português a fazer os ‘Seven Summits’. Vários amigos do João Garcia já morreram em escaladas, refiro em particular um outro português chamado Bruno Carvalho que ainda lá está nas montanhas também – paz à sua alma. Gostava de saber mais sobre a ajuda dos brasileiros numa das escaladas do João Garcia, parece interessante.

  61. Estou perplexa!!
    Post muito bom e seu conteúdo de muito bom gosto.
    História cheia de coisas intrigantes e espirituais que ao mesmo tempo mostra como somos instintivo no que se diz a sobrevivencia!

    Parabens

  62. Interessante…. Os ocidentais decidem subir a montanha, por razões que provavelmente aos sherpas não fazem o menor sentido. Muitas vezes morrem por vaidades imbecis. Enchem a montanha de lixo… No texto acima os sherpas são os capitalistas selvagens sem nenhum sentimento de compaixão? Se um ocidental pode largar o seu companheiro pra trás morrendo, e ainda conseguir uma matéria sensacional pra tv,às custas disso, pq um sherpa tem de ter a compaixão que não existe no outro?

  63. este deve ser o lugar onde o espírito de Mamon supera, o camarada prefere não ajudar com dó dos seus 50 mil dólares gastos, essa é a verdade que todos escondem, superar e não olhar para o próximo, o homem moderno, o livro da lei “Faze o que tu queres será o todo da Lei”.

  64. Depois de ver e assistir e ver todos os comentários , pessoa a DEUS que guarde todos aqueles que ficaram por la , e conforte o coração das famílias , fiquei perplexa com tudo que vi .

  65. O que não entendi foi que o cume é 30 milhões de anos mais velho que as duas placas tectônicas que o formaram. Mas a história é incrível, muito boa, parabéns, O que fico triste é deixar alguém para traz pensando em uma conquista pessoal. Acho que nunca faria isso. Então parabéns a Paulo e Helena Coelho, Vocês tem mais honra dos que atingiram o cume e deixaram pessoas para morrerem na montanha.

  66. pois maristela está certa; até entendo alguns casos de a vida do grupo depender da de outra pessoa, opta-se por sacrificar um. mas deixar a pessoa morrer para atingir o cume? e consegue viver feliz sabendo que basicamente praticou um homicídio cruel desses?
    os sherpas são capitalistas, sim, mas, acima de tudo, porque lhes ensinaram isso…
    não acho escalar o everest besteira. muita gente quer ter experiencias diferentes, se superar. mas, é claro, sempre tem os vaidosos (isso me lembra o filme “faster” com o dwayne johnson). triste que vira um comercião, e as pessoas que vão pra por foto “no facebook”

  67. o mais louco é pensar que esse cara de 1979, por exemplo, ele ainda está lá… é estranho, ele parou com o mundo de 79, com a guerra fria, o choque do petróleo, a vida dele de 1979 está presente naquela montanha, da maneira que era naquela época, ainda está “conservado”, como se fosse possível reanimá-lo e ele tivesse feito uma viagem para o futuro… nossa….

    adoro seu blog

    • è, isso é mais ou menos a premissa do Buck Rogers. Ele era uma astronauta que acaba sendo largado no espaço, onde congela. Milhare sde anos no futuro, acham ele e o descongelam. Essa também é a premissa do livo 3001 do Arthur Clarke, que conta o que aconteceu com aquele astronauta do 2001 que foi largado no espaço.

  68. Parabéns Philipe pela matéria.
    Primeira vez em seu blog, mas fiquei impressionada com a quantidade de corpos espalhados na montanha. Me fez imaginar os grandes desafios dos homens, em querer realizar conquistas muitas vezes para alguns sem sentido. Porém, desafiar a si mesmo em condições adversas é o maior risco de vida. Aos que amam esse esporte ou o fazem por superações, que estejam prontos para os desprendimentos, sabendo que aos que ficam, seu retorno pode não acontecer. E que esperamos não serem mais um dos corpos espalhados na montanha.
    Uma excelente reportagem.

  69. Parabéns pelo post amigo… eu já tinha lido muito sobre o Everest e não tinha achado matéria com tantas informações quanto esta… recentemente fiz uma escalada de 6088m e realmente é muito exaustiva e requer muita força, não só física mas também psicológica…. O guia me disse que a cada 10 Brasileiro apenas 1 consegue subir devido as condições extremas onde na qual não estamos nem um pouco acostumados.. E para mim foi uma grande conquista visto que consegui mesmo em condições adversas, e sem aclimatação… Sem dúvidas só vai entender este tipo de loucura quem já chegou ao topo de uma alta montanha… E este é um sonho que tenho para o futuro.. Quem saber daqui a uns 5 anos eu estou postando aqui que consegui chegar ao topo!! Ou não… Mas como diz um ditado bem conhecido “Lutar SEMPRE, Vencer Talvez… desistir JAMAIS!!! Mais uma vez parabéns pelo post!!
    Se quiserem saber como foi minha escalada ao Huayna Potosi na Bolivia acessem meu blog: http://fuuiporai.blogspot.com.br/2013/09/huayna-potosi-6088m-parte-final.html

  70. Pra quem quer ir pra Marte e não tiver a oportunidade de ir, tá ai uma segunda oportunidade, apesar de que ir a Marte sai mais barato que escalar o Everest.

  71. Diga-se que o próprio João Garcia viu-se naquela situação quase fatal por, também ele, ter ido à procura do seu companheiro Pascal Debrouwer que tinha tido um acidente.

  72. Um colega de profissão ( Capitão Rômulo Guedes) postou no face dele o seu texto, e eu comecei a ler e fiquei impressionado com o histórico de desafios. Fico perplexo com a negativa em se tentar salvar a vida do próximo, dando prioridade para o cumprimento do objetivo (alcançar o cume), mas existe a questão do momento de escolher a sua ou a do semelhante quando a escolha for a tentativa de salvar né? Fiquei muito interessado em assistir ou ler mais sobre o assunto e de preferência com ilustrações como as suas e se tiver tb reportagens em vídeos seria legal. Meu e-mail está anexo a postagem. Parabéns pelo blog!

    Carlos Gustavo Fernandes Holmes Burity – Engenheiro/Jornalista/militar bombeiro

  73. Tem umas coisinhas que me intrigaram e eu fui pesquisar mais, achei algumas informações: a Wikipedia aponta Victor Negrete como o primeiro brasileiro a escalar o Everest solo, em junho de 2005, mas não sei se a informação está realmente certa. O mesmo post confirma que ele tentou novamente em 2006, usando os serviços da mesma Asia Trekking que largou Sharpe lá para morrer: o plano dessa vez seria subir em dupla, mas que ele tentaria ir sem oxigênio, enquanto o parceiro levaria duas garrafas, uma que serviria como backup caso Victor não conseguisse. É confirmado que ele encontrou David Sharp morto e ajudou um indiano que teria sido largado para morrer. Parece que ele teve suprimentos roubados, não se sabe se por guias da Asia Trekking ou se por sherpas rivais, inclusive suas garrafas de oxigênio, e isso afetou seriamente o sucesso de sua expedição e causou grande controvérsia, que fecharia mais tarde a Asia Trekking. Ele chegou ao topo solo e sem oxigênio a partir do acampamento 3, depois que Rodrigo Rainieri, que iria com ele para o topo desistiu. Victor teria pedido auxílio na descida, o sherpa que havia ajudado ele em 2005 e nessa expedição o encontrou e resgatou com vida, mas ele morreu, não no caminho, mas enquanto era socorrido no Acampamento III, infelizmente o post não diz se ele ficou lá ou se foi trazido do acampamento. Sobre David Sharp: quando o grupo que subia com Mark Inglis o encontrou, ele já não tinha condições de se mexer porque estava com os pés em processo de pré-congelamento, mas o problema é que ele já estava ali há mais de dois dias, ou seja, podia ter sido ajudado e não foi. Sua morte causou uma grande controvérsia e a sugestão de adoção de um código de ética para alpinismo. Não se avançou muito nesse sentido, pelo que eu sei.

  74. Ah, esqueci, há uma lista das pessoas que já morreram/desapareceram tentando escalar ou escalando o Everest:
    en.wikipedia.org/wiki/List_of_people_who_died_climbing_Mount_Everest

  75. Ah, esqueci, há uma lista das pessoas que já morreram/desapareceram tentando escalar ou escalando o Everest:
    en.wikipedia.org/wiki/List_of_people_who_died_climbing_Mount_Everest até hoje foram 129.

  76. Gostei! Muito parabéns pelo seu trabalho neste post!!!

    Eu fiquei por uma semana pensando nisso. Acredito que foi um evento fortuito que me ajudou a entender várias coisas que precisava no momento, para minha própria vida, e você atuou como porta-voz de umas coisas interessantes a mim.

  77. Na verdade, há controvérsias se Mallory e Irvine chegaram ao cume do Everest. Segundo o livro “Mallory e Irvine, Fantasmas do Everest”, a expedição que foi montada para justamente achar seus corpos, chega a conclusão que provavelmente não chegaram. A primazia pertence a sir Edmund Hillary e ao sherpa Tenzing Norgay.

    Ainda, quanto ao destino fatal de Mallory, o que se tem como provável é que ele realmente estava preso a Irvine, por uma corda na descida em uma crista. Acredita-se que Irvine por ter menos experiência, tenha escorregado e caido no precipício e trazido consigo Mallory ( o qual quebrou a perna na queda ). Não há relato até onde se saiba que a corda tenha sido cortada.

    Mallory era um alpinista extremo, merece mesmo tendo sido frustrado em seu objetivo, todo respeito e consideração.

  78. Ainda não tinha lido um texto que me tocasse tanto assim, por suas histórias; que para além dos documentos tão vivos, me deixasse significâncias e simbologias fincadas. Eu fico agradecido pela escritura. Mesmo.

  79. Esse post, além de sentimentos estranhos, tristeza, me trouxe uma visão diferente mas já conhecida, que perdemos ao viver a rotina do dia-a-dia, de que a vida é muito maior do que bens materiais ou algumas coisas pequenas pelas quais nos apegamos na nossa vida. O sentimento de satisfação é muito grande ao escalar algo assim, ou qualquer escalada ou caminhada do gênero e nos poe no nosso devido lugar, nos tira a sensação do tal antropocentrismo. Nos deixa um vazio, um vazio bom, um vazio que nos permite respirar e ver como estamos acostumados a pensar pequeno.

  80. Isso é esporte!!! Pagam com a vida querer ir contra à natureza,,,por favor vão trabalhar ou fazer outra coisa, + util,
    ou vão escalar a vida de outra maneira, pois o dinheiro que se gasta para fazer este “esporte” ajudaria muitas pessoas que Morrem de fome e não por subir montanhas,,,

  81. Muito esclarecedor seu post, muita pesquisa e estudo sobre o tema, eu acho q tirando a Wikipedia e alguns sites sérios de pesquisas, seu post é bem esclarecedor. Agora do meu ponto de vista eu pergunto, de tudo q vc falou aqui, de todas as mortes, privações, cenas de terror ao ver os corpos mortos, ao frio extremo, as faltas de recursos, falta de oxigênio etc, etc, etc, etc……………PQ ALGUÉM EM SÃ CONSCIÊNCIA AINDA TENTA ESCALAR AQUELA PORRA DE MONTANHA ??

    No aguardo de uma resposta !!

    Obrigado.

    • Creio que o alpinista é uma pessoa obstinada que busca vencer desafios. Ao mesmo tempo que do lado de fora é só um ser humano contra a montanha, o frio, a altitude e as intempéries e riscos, há a luta interna, a inquietude do espírito, que busca vencer o medo, ultrapassar os próprios limites.

    • Tem uma coisa que um amigo meu escalador esclareceu: o Everest não tem uma escalada difícil do ponto de vista técnico: não tem subidas em paredões, ou negativas (aquele tipo de escalada que você está contra a grávidade, porque a parede está inclinada na direção oposta), e, na verdade, o trecho mesmo de escalada é o menor do das grandes montanhas (os chamados 9 picos, os que são acima de 8000). O que torna a tarefa difícil é o ambiente e a altitude. Por exemplo: um escalador que não seja um expert nunca vai conseguir escalar a face sul do Monte Aconcágua, que é muito menor (acima de seis mil metros), mas pode escalar tranquilamente o Everest, se estiver com uma equipe correta, na janela de tempo correta: são cerca de 35 dias entre maio e junho e 35 dias entre outubro e dezembro, se não me engano, mais ou menos de acordo com as monções do ano, fora dos quais os ventos tornam impossível a escalada, tanto que existem muitos milionários sem muita experiencia que estão entre os que já subiram o Everest. Claro que pode acontecer uma merda como a de 96, quando uma virada súbita do tempo matou 15 pessoas no mesmo dia (entre eles o green boots que está na foto desse post) Como o Phelipe já disse, é uma daquelas “conquistas simbólicas”. Mas, na minha humilde opinião, o governo do Nepal deveria restringir ainda mais o número de pessoas aptas a escalar, por causa da questão ambiental. Um site lista as 5 escaladas mais mortais e, pasme, o everest não é uma delas: http://www.hi-tec.com/br/blog/345/as-5-montanhas-mais-perigosas-do-mundo-para-escalar/

      • O + pesado da história são as condições climáticas que estão variando sem ter uma estação definida, com isso os riscos aumentam desde avalanches inusitadas a violentas quedas de temperatura; bem como fortissímas tempestades com ventos acima de 200 km/h (Jet Stream). Além disso e pouquíssimo comentado a pressão atmosférica, quando se cai a temperatura, o ar torna-se mais rarefeito, fato que na estratosfera um boeing consegue aumentar um pouco sua velocidade de cruzeiro devido a essa variação de pressão (29,000 feet). Em outras palavras um ambiente inóspito e sem condições de vida, mas o que chama à atenção foi em um vídeo no Camp 4 que tinha uma ave pousando, provavelmente procurando comida no lixo acumulado – Everest Beyond The Limit Season 03 Episode 02 – Impossible Dream_(360p) que baixei do You Tube. Dê uma olhada, alías são 3 vídeos – vale a pena.

        Plyttz Brownie

  82. Penso que todos que tentam subir um lugar tão perigoso é simplesmente um idiota! E aqueles que deixam um ser humano morrer sem socorro são sem duvidas egoístas e mesquinhos! Mas, a montanha está la e acho que DEUS a criou para testar as pessoas, então isso nunca vai acabar!

  83. Tenho muita dificuldade em compreender o que empurra alguém para uma aventura destas sabendo os riscos imensos que corre. Não é só este “alpinismo extremo” mas outros tipos de riscos limite. Será a tal adrenalina ? Que investigação já foi feita para explicar este (ou estes) tipo de impulso ?
    De qualquer forma agradeço-te Marcel, mais este excelente anexo que enviaste.

    P.S. – Há alguns comentários perfeitamente “incomentáveis”

  84. Ótimo esse post, isso é uma matéria completa, gostei muito da forma descrita parcialmente em todas as histórias.
    Parabéns espero vê novas matérias…. professor…

  85. Cara… Muito legal, valeu como informação e ser muito interessante…

    Obrigado por disponibilizar seu tempo com um material de altíssimo valor…

  86. Gosto de montanhismo, assim como outras aventuras, e já havia lido o Krakauer e o Boukreev antes do teu post e devo reconhecer que teu trabalho de pesquisa trouxe a mim novas informações e, principalmente, a visão (fotos) do que realmente acontece por lá. Admiro todos que tentaram e/ou conseguiram pela coragem e determinação, mas não tenho essa empreitada entre meus futuros objetivos. Quanto aos comentários que desabonam o valor dessa extrema aventura acrescento o meu, em sentido contrário, de que o valor de uma realização pessoal deve ser estabelecido, medido e regozijado pela própria pessoa que se impõe um desafio, os demais são, no máximo, espectadores, podendo gozar juntos os louros da vitória ou compartilhar o sofrimento de uma tentativa frustrada, mas jamais ombrear sua crítica com o feito.

  87. Cara, muito bom o seu post!

    Uma amiga minha compartilhou comigo e, desde então, não consigo parar de pesquisar sobre!

    Antes pensava que no Everest os alpinistas subiam e voltavam para casa – e só!! Lendo seu post descobri essas diversas histórias, principalmente a questão dos mortos – o que mais me chamou atenção.

    Esse foco renderia um ótimo documentário para o Nat Geo e Discovery.

    Novamente, parabéns!! Espero ler mais posts aqui sobre o assunto!

    Abs

  88. engraçado, no começo da matéria, falaram q um repórter foi entrevistar o cara quase morto, e depois disse q não tinha como voltar e ajudar as pessoas que ali estavam incapazes, ou seja, se o repórter ja estava ali entrevistando o rapaz q estava prestes a morrer, n podia ajudar ele? estranho isso

  89. Oi Philipe! Tudo bem? Adorei a matéria, fiquei tensa, emocionada, com nó na garganta. Notei os comentários mal educados, alguns oportunistas e até a falta de respeito com você. Não preciso citar os nomes, com certeza sabe quem são.
    Só quero dizer que apoio a sua coragem em escrever, descrever uma história como essa e causar comoção é um talento. Todos tem o direito de opinar e de contibuir

    • Acho que sim, Cibele. Mas isso é normal na vida de um blogueiro. A gente está aqui para levar pedradas também. Faz parte do jogo. Meu trabalho aqui é como o de uma bailarina, que se esforça para fazer bonito e encantar enquanto segura uma barra com as dores.

  90. O texto contém realmente alguns erros no que tange ao Sharp. Os comentários de outros leitores são bem piores. Por favor leiam o livro do próprio Anatoli Boukrev, um outro chamado Montanha Sombria e escalem montanhas com mais de 5500 metros (de preferência nevadas e em latitudes altas – pois a altura não é o único inimigo). Tem gente que fala bobagem porque “um amigo escalador me contou”. Opinião é realmente algo muito pessoal mas só quem esteve lá sabe como é difícil. Se o Everest não fosse nada técnico qualquer maratonista iria lá e escalaria…simples assim.
    Tem gente com muita experiência que morre no Aconcagua (que tem 7 mil praticamente e é a maior montanha fora do Himalaia) ou mesmo no Elbrus que tem “só” 5642 metros. O kilimanjaro que não chega a 6 mil e não tem neve mata mais do que as grandes porque sua ascensão vertical chega a 1200 no dia de cume e muita gente despreparada fisicamente vai “tentar porque é só uma caminhada fácil”. Eu pessoalmente vi gente a escalando com oxigênio…
    É muito menosprezo por parte de quem não vive este esporte.
    Saudações cordiais.

    • Eu conversei sobre esse post com um amigo que escala e posso até ter falado bobagem, mas nem por isso acho que minha opinião é melhor que a dos outros. Se você não notou, Aurélio, é um post escrito por um leigo são leigos comentando. Pode parecer bobagem para um super expert como você, que está aqui arrotando superioridade porque provavelmente já escalou todos os 7 summits, os 14 picos acima de 8 mil metros e a torre de kuala lumpur mas RESPEITO é algo que não faz mal a ninguém. Morrer, por morrer, a pessoa pode morrer subindo uma ladeira e qualquer um sabe disso. Não teve um brasileiro que morreu na África de hipotermia porque subiu uma montanha que nem era uma escalada difícil e ele foi de bermuda e havaiana?
      De minha parte, não menosprezo o alpinismo, aliás, nada que se faça por gosto deve ser menosprezado. Só que, para algumas pessoas que não entendem de alpinismo PODEM não entender por que existe tanto tesão em escalar o everest. Aprenda você a não menosprezar a opinião de quem não é alpinista só porque você escala.

  91. Cara eu adorei o post, me senti sem fôlego em algumas partes e chocante em outras, como 40 pessoas deixarem o cara para trás para morrer pq queriam chegar ao cume, ninguém foi lhe deitar a mão isso é realmente muito “frio”, eu sei que se estivessem lutando pela sobrevivência e tivessem que escolher entre salvar a sua vida e a do próximo, todos preferem salvar a sua vida, isso é instinto e não julgo isso, agora preferir ver uma pessoa morrer e não ajudar é muito triste. Acho que realmente as pessoas que querem subir devem pensar que é fácil e que realmente vão conseguir, e também pensam que essas coisas podem não acontecer com elas… Eu particularmente não intendo muito esse vício que o ser humano tem em quebrar recordes que coloca a sua vida em risco, para mim subir o everest não trás nenhum benefício a ninguém, pelo contrario, a pessoa pode morrer na subida, na descida, a 100 metros de alcançar o acampamento, pode ter vários edemas, se conseguir voltar para a terra podem ter partes do corpo amputada… Enfim para mim é fazer descaso com a vida, se as pessoas usassem essa mesma motivação que tem para ajudar o próximo ia ser revelador, mas cada um só se preocupa com seus benefícios próprios, eu não escalo montanhas e nunca escalei, não coloco em questão a paixão que as pessoas possam ter por essas coisas, mas acho que poderiam usar essa força de vontade em algo mais compensador, sei que pode ser compensador para a pessoa chegar lá em cima e ver a vista, mas será mesmo compensador ter membros do corpo amputado e ver dezenas de pessoas mortas a céu aberto por algumas horas lá em cima? É um pouco bizarro na minha opinião… Atenção antes que me venham xingar, só estou expressando a minha opinião e acho desnecessário essa “necessidade” que o ser humano tem de expor a limites… Muitos tem força de vontade para chegar ao cume, mas poucos ajudam a resgatar vidas que deixaram para trás… É no mínimo curioso as prioridades que as pessoas colocam em sua vida… Sei que ninguém vai subir o Everest para resgatar as pessoas, mas acho muito desumano você ver uma vida desfalecer na sua frente sem levantar um dedo só para chegar ao “cume”.

    • Poxa, Lorena, pelo que eu sei quando as pessoas passaram pelo David Sharp não dava mais pra fazer nada. Não sei como ele foi parar DENTRO da caverna do green boots, mas pelo que eu entendi, não tinha como tirar ele de lá. Tem um relato muito legal de um cara sobre a tragédia de 96 que ele comenta que ficou chocado ao subir e encontrar um amigo dele que era famoso, que já tinha subido várias vezes morto e sem luvas, parece que ele passou as luvas para o cliente que ele estava guiando na tentativa de ajudar. O lógico num amibente como esse, que é um deserto de vida, é você realmente acabar morto. O ser humano enfrenta o desafio, mas as baixas são inevitáveis, e creio que quem se propõe a subir o everest sabe disso, né?

  92. Depois de ler tudo, inclusive os comentários, dizer mais o que?
    Simplesmente fabuloso!
    Philipe, sua maneira de escrever envolve de uma forma que é difícil parar de ler, parabéns, sempre!
    Ah sim, compartilhando.

  93. Adorei a matéria Philipe, adoro ler e o seu jeito de escrever prende demais, fiquei horrorizada e fico pensando nos mortos que ainda estão lá…. escreva mais sobre assunto interessantes você tem talento garoto!!!!!!!

  94. "Vou escalar o Everest com uma mão só…"(Fernando e Sorocaba)

    Só que não:/

    "O Everest ergue-se imponente acima da cadeia de montanhas do Himalaia, elevando-se a 8.850 metros. O silêncio só é cortado pelo rufar dos fortes ventos que atingem a montanha. Impávida, a enorme rocha é testemunha de incontáveis exploradores, que na tentativa de domar seus mistérios e desafios, pereceram na jornada. Eles não encontraram a glória. Alguns nem mesmo encontraram o cume. Mas todos os que ali jazem, encontraram a face fria e congelante da morte."

  95. Antes de tudo, não sou escalador. Sei que uma trilhazinha como Pedra da Gávea nem se compara à escalar a montanha mais alta da Terra. Também não sou leigo, no entanto. Tenho um forte desejo de escalar o Everest (mesmo não sendo tão difícil quanto o Nanga Parbat ou K2, não faria isso de uma forma irresponsável, sem prática). Li alguns livros e muitos artigos sobre o assunto e assisti a filmes e documentários também. O mais recente foi sobre o desastre de 2008 no K2 (“No Way Down – Graham Bowley”).

    A sensação de exploração, de conhecer novos lugares, pessoas é viciante. No caso do Everest, estar no topo do mundo, literalmente. (Pelo menos o mundo atual). Ir ao espaço também deve ser uma experiência magnífica. Julguem bem antes de sair entoando perguntas como: “porque esse idiota faz isso?”.
    Existem 3 tipos de pessoas. As covardes, as corajosas e as temerárias (não medem as consequências). Colocaria se não 100%, quase que esse número, dos alpinistas na categoria de corajosos. O que é uma grande virtude. Bem possível de que pelo menos uma pessoa que colocou essa pergunta já tenha dirigido em alta velocidade na estrada, empinado moto ou bicicleta no meio do trânsito etc. Isso é uma atitude temerária.

    Esse artigo pode dar uma outra visão sobre o assunto, não necessariamente te fazer querer escalar, mas pelo menos refletir: http://outdoorsnw.com/2012/climbing-why-climb/

    Ao autor, muito bem escrito o texto. Parabéns!

  96. Muitos dizem que chegaram primeiro mas quem chegou primeiro lá foram os sherpas. Podem todos entenderem o que esse povo deve ter que aguentar desses turistas inconsequentes mimados que só porque possuem dinheiro acham que podem fazer de tudo sem medir as consequências de quem vai arriscando a vida?. Muitos sherpas arricaram suas vidas para proteger e ajudar idiotas que tinham um objetivo sem coerência; chegar ao topo de uma altíssima montanha gelada… para quê? Um dos casos em que os sherpas foram o principal herói foi no caso da expedição francesa de Annapurna http://www.imontanha.com/imontanha/noticia.asp?NotID=1907. No fim os herois não foram vistos mas requer grande coragem e habilidade levar um frances inútil nas costas atravessando rios e montanhas íngremes para salvá-lo de sua incompetência e idiotice. E assim, todos os anos esses corajosos e mau remunerados sherpas precisam ver escaladores egocêntricos arriscarem suas vidas e a deles. Lamentável. quem cuida dos sherpas?

    • Concordo com você. Os verdadeiros exploradores são os povos nativos que vivem nessas regiões. No Perú tive contato com os povos que vivem acima dos 4500m e pude comprovar a força deles. Sobem essas montanhas como nós andamos pela rua.

  97. Eu acho as matérias aqui realmente ótimas e bem pesquisadas, deve dar um trabalhão! Parabéns! Sobre esse negócio de escalar o everest… Acho que tem tanta coisa mais pra fazer do que gastar dinheiro pra subir e descer uma montanha!! Uma pessoa que vai para um lugar desses tá pedindo pra morrer, é o que eu acho. Na minha opinião, não há desafio maior do que viver. Entendo que tem a superação pessoal e etc., mas uau! Tanta gente no mundo querendo viver sem poder, e vai nego subir montanha congelada pra sair de lá mais pobre, sem dedos e nariz! Muito gump mesmo, esse mundo. :S

  98. Mesmo vendo do lado do esporte e da superação, não consigo deixar de pensar tratar-se na maioria, de um bando de filhos duma puta, mimados e sem escrúpulos, onde eles acham que a vida deles é melhor que a minha, arrogantes e prepotentes, e na morte se amontoam como lixo à margem da trilha. Lamentável para a humanidade!

  99. Olá!
    Parabéns pelo post. Neste fds estava vendo um documentário sobre o tal senhor de 60 anos que escalou o everest. Fiquei muito intrigada com o assunto, sobre o que move estas pessoas e sobre as mortes. Daí vim pesquisar e caí aqui.
    O que mais gosto em posts polêmicos são os comentários. Acrescentam muito, inclusive os grosseiros. Me ajudam a formar uma opinião mais embasada, considerando o lado dos que apóiam e os que não, e o porque.
    O ser humano é complexo demais, impossível entendê-lo!
    Tenho admiração por quem tenta tais feitos, mas não são meus únicos ídolos. Também posso admirar os sedentários que gostam de um confortável sofá, mas que da sua maneira, consegue, por meio de ações e opiniões, marcar e por que não, mudar vidas. Acho que quase todos os os revolucionários, das artes às ciências estão neste grupo. Não necessariamente sentados num sofá!
    Então, não crítico nenhum e admiro todos. Todos são exemplo para minha vida. Tiro o que há de melhor e sigo, sendo melhor. Simples assim!

  100. Meus Parabéns pelo post sensacional!!! Você conseguiu ajuntar toda a história desse gigante nessas linhas. Estou fascinada pelo Monte Everest, e o poder de sedução e hipnose que ele causa nas pessoas, atraindo milhares pra lá todos os anos. Quero um dia conhecer essa perfeita, magnifica e incomparável obra de Deus. Virei sua fã cara!

  101. Amei o seu texto, me esclareceu muitas dúvidas e curiosidades que eu tinha sobre o Everest. Além das muitas informações, você escreve muito bem! Foi bem gostoso ler seu texto, depois darei uma olhada nos outros. Mas a dúvida que ainda tenho é: aquele de botas verdes nas fotos não é o David Sharp? É o outro cara que morreu naquele mesmo lugar? Caso não seja o David, então cadê o corpo dele? Se puder me responder, ficarei muito grata! A partir de hoje serei uma frequentadora assídua deste site, abraços.

  102. Cara, ÓTIMO post

    É a segunda ou terceira vez que eu o leio des de que foi postado.

    É o tipo de post que ficará anos e anos e será sempre incrível de ler!

  103. Não tenho o menor interesse em subir nessa montanha idiota. Quem quiser que vá, mas, cave antes sua cova pra não atrapalhar o caminho dos que irão atrás pra morrer também se der azar.

  104. Se eu fosse nunca chegaria ao topo. Acho que qualquer vida humana vale mais do que uma foto no cume de uma montanha. Voltaria ajudando todos que encontrasse no caminho =/

  105. Já subi a Montanha Ausangate no Perú no trecho que se pode ir a pé 5214 m no nosso GPS. E vários cumes menos de 5004 m , 4870 m etc. Mas por uma experiência de montanhismo boa, extremamente cansativa é claro, 75 km em 5 dias acima de 4500 m. Porém podíamos descançar, comer, e admirar a paisagem, animais etc numa boa. Agora esse caso do Everest é masoquismo, não é nada prazeroso é coisa de pessoas com algum traço psicológico problemático como explicam alguns psicólogo do esporte. Na minha primeira vez acima dos 5000 m eu senti muito mal e posso imaginar o que passaram esses caras, não tem graça nenhuma. Leiam os livros desses caras que subiram e tirem suas conclusões. Abraços.

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