Saca só o visual do coroa nessa armadura show de bola!
Parece até um personagem de desenho animado, um Centurion. Não lembra? Olha eles aí.
Então, a armadura é bem estilosa né? Mas o melhor não é isso. O melhor é que ela é uma armadura realmente funcional. Mas antes de ficar tecendo elogios ao visual, vamos falar do recheio primeiro.Troy Hurtubise é o nome do sujeito aí em cima. Ele é o inventor da armadura que funciona como um exoesqueleto. Troy é um inventor caseiro, isto é, ele não é um daqueles cientistas do pentágono com verbas milionárias não declaradas do serviço de defesa. Troy gastou dois anos e 15 mil dolares aproximadamente para equipar o galpão dos fundos de sua casa onde construiu o primeiro prototipo.
A armadura é impressionante. Ela é a prova de balas, explosivos, facadas e batidas. A construção da armadura é o ponto final de uma odisséia particular que já dura 20 anos.
Para testar a armadura, Troy equipou seu amigo e o colocou para dirigir com ela por quatro horas apenas para verificar se ela estava confortável.
Uma coisa interessante ( e inteligente) é que troy usou referências como a armadura do Bataman, Robocop, Unreal, Halo e outros designs de videogames como ideias e linhas estéticas da construção da sua, que é feita de plástico de alto impacto injetado sobre uma camada de tecido fibro-cerâmico à prova de balas, forrado com espuma balística.
Convenhamos que o visual impressiona pra caramba. Uma coisa é ser preso por dois PMs com aquele detestável uniformezinho cinza. Outra é chegar dois malucos armados com grandes trabucos cheios de luzes e usando essa roupa. O terror que isso pode inspirar num vagabundo é o mesmo que sentiram os índios pré-colombianos ao verem os espanhóis com armas “dos deuses” no sec. XV!
Chupar as melhores ideias dos filmes e games é a sacada de gênio para tornar a armadura um produto comercial de sucesso.
Mas estética não é tudo, certo? Vamos às funcionalidades:
Compartimentos para emergência contendo sais, curativos, morfina, lanterna de emergência e faca. Nos antebraços (manoplas) estão embutidos um spray de pimenta, um intercomunicador por radio e um transponder que poderá ser engolido caso o soldado se veja em apuros no campo de batalha. Ao engolir o transponder, ele poderá ser localizado pelo satélite, enviando sua posição precisa através de um gps.
O elmo é um show à parte. Nele estão um sistema de filtragem do ar usando energia solar e um pequeno cantil embutido com água ligado ao reservatório na parte de trás do capacete. A roupa inteira pesa 18 kg e cobre tudo, cada parte do corpo incluindo todas as articulações. A roupa poderá ser produzida em massa pelo custo ridículo de 2 mil dólares a unidade.
O objetivo dele é vender a roupa para a indústria militar dos EUA e ficar rico e feliz em seu iate na Flórida.
Nada mal para um inventor civil aposentado.
Atualização
Uma Vida de Proezas e Acidentes
Troy Hurtubise ganhou notoriedade global por seus esforços extremados para projetar trajes à prova de ursos, uma jornada marcada por atos ousados que incluíam ser lançado de penhascos, atropelado por caminhonetes e agredido com tacos de beisebol. Essa vida de bravatas, ambição cega e feitos arriscados capturou a atenção do cineasta Peter Lynch, que imortalizou a saga de Troy no documentário cult de 1996 da NFB, “Project Grizzly”, um dos documentários canadenses de maior sucesso de todos os tempos. Os próprios vídeos caseiros de Troy se tornaram virais na internet, e até mesmo o programa de TV “The Simpsons” prestou homenagem a ele com um episódio no qual Homer tentava desenvolver um traje à prova de ursos, o BearBuster 5000.
Tragédia e Legado
Infelizmente, Troy faleceu há quatro anos, em junho, em um trágico acidente com um caminhão-tanque de combustível em North Bay, aos 54 anos. Sua viúva, Lori Hurtubise, revelou que, segundo a polícia, Troy desviou seu Chevy Cavalier para a trajetória do caminhão, possivelmente devido à profunda frustração com as dificuldades financeiras e a sensação de não realizar seus sonhos, que além da paixão por ursos, incluíam uma série de invenções inusitadas. Felizmente, o motorista do caminhão saiu ileso. A mente de Troy, um enigma em vida, permanece um mistério em sua morte.
Reflexões com Lori Hurtubise
Ao abordar o aniversário de sua morte, em 17 de junho, entrei em contato com Lori, 51, para recordar Troy e entender como ela vinha lidando com a perda. Casada com ele por mais de três décadas, Lori afirma tê-lo amado incondicionalmente, apesar de todos os altos e baixos. Ela ainda reside em North Bay, trabalhando arduamente seis dias por semana como gerente de um depósito.
Lori recebeu minha ligação com serenidade. Nossas conversas ao longo dos anos, especialmente após a morte de Troy, permitiram uma reflexão profunda.
Um Período de Reflexão e Aceitação
“Experimentei uma gama de emoções, assim como nosso filho Brett, de 29 anos, devido às circunstâncias de sua morte e às escolhas que ele fez”, compartilhou Lori, que não se casou novamente. “Nos últimos dois anos, ele não era mais o mesmo. Estava lutando emocional e mentalmente.
“Depois de sua morte, passei pela raiva… odiando-o. Amando-o. Demorou muito para chegar ao ponto em que estou hoje. Acho que finalmente alcancei a aceitação. É o que é. Não posso mudar o passado. Só preciso fazer as pazes com isso.”
O Sonho Inconcluso de Troy
Em 2016, em uma entrevista, Troy expressou seu desejo de uma última chance para realizar seu sonho: testar a versão mais sofisticada de seu traje à prova de ursos cara a cara com um urso pardo. Apesar de anos de design e testes, esse encontro nunca se concretizou.
Trabalhando com o cineasta Tony Wannamaker, diretor de fotografia de “Project Grizzly”, Troy esperava arrecadar fundos suficientes para uma sequência que capturasse o momento. No entanto, a captação de recursos foi difícil, e o projeto ficou parado.
Na época, Troy enfrentava problemas financeiros pessoais, levando-o a penhorar seu traje “Ursus Mark VIII” por US$ 1.500 em uma loja de artigos de luxo em North Bay. As coisas não iam bem em casa, culminando em uma separação de Lori algumas semanas antes de sua morte, embora planejasse se mudar de volta “assim que endireitasse sua vida”, como conta Lori.
O Fascínio por Ursos Pardos
A fascinação de Troy por ursos pardos nasceu na década de 1980, após um encontro casual com um urso na região de Cariboo, na Colúmbia Britânica, aos 20 anos. Decidiu, então, que seu destino era inventar um spray repelente de ursos confiável. No entanto, percebeu que testes de campo seriam necessários, o que exigiria um traje de proteção. Assim, começou a projetar um, investindo inúmeras horas e centenas de milhares de dólares ao longo das décadas seguintes.
Com o tempo, a ideia do spray foi abandonada, e ele se tornou obcecado por aprimorar o design do traje e realizar testes estranhos de sua resistência, incluindo, em sua última façanha, colidir com uma parede de tijolos na frente de câmeras de filme. O traje sobreviveu, Troy saiu ileso, e a parede desabou, embora o veículo utilizado para o teste tenha sofrido danos significativos.
Legado e Homenagens
O cineasta Tony Wannamaker, arrasado com a notícia da morte de Troy, meses após o teste da parede, refletiu: “Sua morte foi uma tragédia absoluta. Perdemos alguém que amávamos… Ele era peculiar, e era isso que amávamos nele… Você nunca sabia no que acreditar, mas sempre se divertia.”
Wannamaker prosseguiu com outros projetos cinematográficos após tentar montar a sequência de “Project Grizzly”, provisoriamente intitulada “The Bear Odyssey”.
Um Novo Capítulo: Um Filme com Atores
Lori compartilhou que, no ano passado, outro cineasta surgir com planos para um filme com atores baseado na história de Troy. Em outubro, ela assinou um contrato com Lance Oppenheim, da Flórida, conhecido por seu filme “Some Kind of Heaven”, selecionado para o Festival de Cinema de Sundance de 2020.
O Traje: Um Item Único
O traje de Troy permanece na loja de penhores em North Bay, mais como um item de conversa do que à venda. “As pessoas me perguntam o que quero pelo traje, mas não sei o que dizer. Não é como se eu pudesse pesquisar online para descobrir seu valor. É único”, comenta Rob Boucher, dono da loja. “Tive centenas, talvez milhares, de pessoas tirando selfies com ele. Ele se pagou com todas as pessoas que vieram à loja para vê-lo.”
Sobre Troy, Boucher reflete: “Troy era um cara interessante. Certamente perdemos alguém de interesse.”
King Kling,
Bom dia. Este post veio na horinha, cara! Estava eu ontem começando a corrida da compra de um carro novo. O vendedor me perguntou quais os acessórios adicionais eu gostaria de ter no carro. Voltei pra casa pra pensar no assunto, junto com minha mulher. Agora está clarinho: para curtir esse nosso Rio maravilha esta armadura será um dos itens adicionaisque que vou pedir! E olha que o campeonato carioca está começando e eu quero ir muuuiiiito ao Maraca este ano.
Fantástico… ta aí um novo futuro milionário…
Só falta ele conseguir construir isso em série…
Kra mtu show essa armadura, mas agora q os EUA vão desbalancear o campo de batalha msm =/
Pelo menos agora vamos saber como os Power Ranger seriam de verdade XD
legal, mais como fica em lugares quente? essa armadura deve ser abafada. ok, melhor manter a vida, porém será q o inventor pensou nisso? um policial andando com ela num calor de 40 graus, poderia até sobreviver a tudo, mais iria morrer por hipertermia.
Onde compra?
Queria saber se eles fabricam com estampas quadriculadas…
Manda duas para mim. Obrigado.
Isso que o Luiz Antonio falou é verdade. deve esquentar pra caralho. Mas se o cara pensou em vend~e-la para uso no golfo, é bem possível que haja um sistema de resfriamento interno na armadura, mas não foi comentado no review de imprensa qu eu li. Isso deve se dar pelo fato de que roupas de resfriamento corporal já são bem conhecidas e difundidas. Os soldados da equipe antibomba usam essas roupas que circulam um fluido dissipador por dezenas de caias ligado a uma minúscula bomba ( do mesmo jeito que resfriamos uma CPU com um water cooler) OS astronautas também usam isso e até nas fantasias de monstros de Hollywood como Chowbacca e Predador eles usam também. Deve ser por isso.