Príncipe Renato II – O justo

Talvez você nunca tenha ouvido falar no Principe Renato II – O justo.
Não, ele não está perdido em alguma folha do seu livro de História da escola. Esse cara está vivo! Não, ele não é parente da Rainha Elizabeth, nem um desses caras que compram títulos de nobreza para se sentir importantes.  Pelo contrário, este cara é um monarca mesmo, e talvez o mais GUMP de todos os monarcas do mundo. Olha ele aí:

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Já aproveito para deixar o meu abraço ao Príncipe e a sugestão para que ele me deixe abrir um consulado Gump em seu território!

Por que esse cara é um príncipe?

Renato Barros conseguiu estabelecer seu próprio país perto de casa! O cara, de 56 anos é um cidadão Português, que adquiriu uma pequena ilha no porto do Funchal, na Ilha da Maderia, Portugal. Ele então, nomeou-o “Principado da Pontinha”, e em seguida, ungiu-se Príncipe Renato II.

Tudo bem que a Pontinha tem, na verdade, apenas o tamanho de uma casa de um quarto, e somente quatro cidadãos: – Barros, sua esposa, seu filho e filha.

Além de seu passaporte Português, Barros tem um passaporte da Pontinha com o número 0001. Professor de arte por profissão, ele também está acumulando os papéis de policial, jardineiro, zelador, e membro da família real de seu próprio país.

“Eu sou o que eu quero ser”, disse ele. “Se eu decidir que eu quero ter um Hino Nacional, eu posso escolher, e eu posso mudá-lo a qualquer momento. O mesmo com a minha bandeira – que poderia ser azul hoje, e amanhã vermelha. É claro que o meu poder é único absoluto aqui, onde eu sou o verdadeiro soberano.”

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Barros teve a chance de comprar a ilha 14 anos atrás, quando a propriedade, que era de uma família britânica foi vendida por 25 mil euros (62 mil reais). Os britânicos a venderam, já que a ilhazinha não tinha nenhuma utilidade para eles. Ninguém queria comprá-la, mas quando Barros ouviu falar da oportunidade em uma festa, ele decidiu que aquele seria seu pequeno país. Mas havia apenas um obstáculo – ele não tinha o dinheiro. (rá!)

Barros tentou encontrar parceiros de negócios, mas todos pensaram que ele estava louco para querer gastar dinheiro com o que era essencialmente uma rocha – com uma caverna, uma plataforma, sem eletricidade e nem água corrente. Sem investidores, o príncipe acabou vendendo várias de suas posses, reuniu todas as suas economias, e comprou o lugar. Naturalmente, sua esposa, a família e os amigos todos pensaram que ele tivesse ficando maluco.

Maluco? Eu?
Maluco? Eu?

Mas ele estava confiante de sua compra, porque sabia que aquela ilha era a promessa de algo que o príncipe sempre sonhou – liberdade total.

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“Quando o Rei de Portugal originalmente vendeu a ilha em 1903, ele e todos os governadores assinaram um documento, garantindo à venda de todas as “possessões e os domínios da ilha”, explicou Barros. “Isso significa que eu posso fazer o que quiser com ela – eu poderia começar um restaurante, ou um cinema, mas ninguém pensou que o dono iria fundar um país. Então é isso que eu fiz: eu decidi que esta não seria mais apenas um afloramento rochoso no porto do Funchal, seria a minha ilha, mesmo que tendo só o tamanho de uma casa de um quarto”.

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Os primeiros conflitos na geopolítica

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Além de ser o soberano, o faxineiro, o ministro da Guerra e claro,  o príncipe, Renato II é também um diplomata.

Assim, logo que tomou posse, a embaixada da ilha já teve os primeiros problemas.

“Quando eu o comprei a ilha, eu fui falar com o governador da Madeira. Eu me apresentei e expliquei que eu era um cidadão madeirense e também era agora o governante de seu estado vizinho. Ele imediatamente pediu para comprar a minha ilha. Claro, eu disse que não. Ele disse que a menos que eu vendesse a ilha de volta para o Estado, ele não me deixaria conectar a eletricidade.

Então, agora, enquanto eu não causar nenhum problema (por exemplo, tentando impedir que  navios de cruzeiro atraquem aqui) eles vão me deixar em paz. Eu tenho um painel solar e um pequeno moinho de vento, e talvez no futuro eu vou ser capaz de gerar energia a partir do oceano ao redor da Pontinha. Eu sou um pacifista, e eu não preciso de nenhum dinheiro”.

Eu levei um tempão tentando achar a tal ilha do cara no satélite. Só achei no mapa do Bing.

fonte

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Se realmente a documentação de Portugal dá tamanha legitimidade a quem tomar posse, esse cara pode cometer qualquer atrocidade em seu território. Qualquer um que pise lá, corre risco de vida!

  2. nossa quer diser q esse cara pode matar qualquer um q entre me seu território sem nem um problema ? ha, ha, ha eu nunca q ia nesse luga vai saber oq ele podia ser quem sabe o ” Renato II o injusto” ou “Renato II o decapitador de cabeças” ou pior o “Renato II o serial killers da globo” kkkkk

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