quinta-feira, dezembro 26, 2024

Dia das Bruxas, dia do Saci, furacão Sandy e a subserviência de sempre

 

Hoje ta rolando no facebook uma daquelas ondas (chatas) de discussão generalizada em que  muita gente mete o pau nas pessoas que estão comemorando halloween. Engraçado que isso é um troço que tem todo ano. Basta aparecerem as primeiras abóboras na rede surge aquele bando de patrulheiro antiamericanista dizendo que  “halloween é o cacete”, e que temos que comemorar é o Saci, legítimo puro-sangue brasileiro do mais pertinente folclore varonil.

110719 | Textos | halloween, Textos

Eu tenho pena do Saci no meio da xenofobia sequelada.

O Saci entrou de bucha, numa parada que não tem NADA a ver com ele. Usaram-no para poder justificar uma comemoração “fantasmística” num dia em que um monte de brasileiros quer brincar de halloween. Pra piorar, se você incorre no risco de comemorar o dia do Saci porque gosta do espírito-escravo-psicopata-de-uma-perna-só acaba sendo vítima da virulência dos que veem no seu ato uma tentativa de dizer que não se deve comemorar o halloween.

 

Mas que merda isso, meu. Por que diabos no Brasil não podemos ter uma opinião que atenda a dois lados. É clássico, isso. Se você fala mal do governo, aponta seu dedo para algo que não acha certo, eles te acusam de ser da oposição. Se você diz que algum trabalho de arte é feio, ou que não merece tanto destaque, logo surge alguém para dizer que você diz aquilo porque não faz melhor. Se uma mulher normal diz que acha a Juliana Paes não tão maravilhosa quanto o marketing dela diz que é, logo surgem aquelas que dizem que quem diz isso é por despeito.

Eu não sei quem foi o cara que implantou esse maniqueísmo nas pessoas. Hoje se você “não é de Deus”, -leia: (não é evangélico da minha igreja) só pode ser espírita, ou do “demônho” – o que para alguns credos limitados é a mesma coisa.

Ter opinião no Brasil é pecado. Isso vem se mostrando cada vez mais um fato.

A briguinha entre o nosso Saci e o supostamente americano -coisa que nem é – Halloween, demonstra isso. Confesso que tem horas que eu acho o Halloween uma coisa meio babaca mesmo. Principalmente no meu condomínio. Eu moro num condomínio de classe média, repleto de gente rica e gente mais ou menos que acha que é rica. Aqui todo dia 31 é a mesma coisa, as crianças vem fantasiadas, tocando a campainha de andar em andar pedindo doces imitando com vozinha tati-bitati o famigerado bordão dos filmes:

-“Doce ou travessura”?

A minha vontade sempre foi de abrir a porta com uma escopeta, só pra ver a molecada correr, mas depois que eu tive filho fiquei meio sentimental para com esses meninos malucos daqui. Não que eu tenha deixado de achar escrotíssima essa coisa de frase pronta. Sou mais a pedição de doces do Cosme & Damião.

Se bem que o Halloween é uma ótima desculpa para se fantasiar, coisa que no dia de Cosme & Damião não rola. E como o Brasileiro curte uma fantasia, né?

Eu acho igualmente idiota esses caras que entram nesse negocio meio ufanista de que só a cultura nacional que é legal e tal. Ora, mermão! De legitimamente nacional aqui já não tem mais nada! Grande parte das coisas que achamos que são típicas do Brasil vieram de fora e foram adaptadas aqui. Nossa cultura é de incorporar e reelaborar. Até os rituais dos índios brasileiros, que algum xenófobo poderia considerar “a verdadeira cultura brasileira” vieram com eles, que não evoluíram aqui, então não podemos sequer dizer que é nativa no mais límpido conceito da palavra. 100% nativo não tem joça nenhuma, ou se tem é pouco! Tudo sofre alteração. E negar nossa subserviência à América do Norte é uma piada. Temos que aceitar este fato. Podemos nem concordar, mas negar isso na terra onde a “Black Friday dura uma semana” é ridículo.

A maioria das pessoas vai no cinema e prefere ver o blockbuster enlatado a ver o filme nacional, que por sua vez, foi filmado com a câmera gringa, tem atores maquiados com maquiagem importada, foi telecinado numa maquina importada, está passando num equipamento importado, e exibido numa rede que muito provavelmente tem seu nome em inglês ou agringalhado, com sistema de som Surround, e você vai ver esse filme tomando seu frozen yogurt, ou milkshake, claro.

Sem falar que nem tudo que é feito aqui presta. Há lixo nacional, como tudo que o Michel Teló canta, tudo que o Latino canta, “tchererê-tchê-tchê” e similares, além de existir também lixos internacionais como Psy e sua dança babaca,  99,9% dessas musicas de rap industrializado dos EUA, principalmente os cantados por essas cantrizes fabricadas da costa leste, que investem pesado em vender uma imagem sensual.

Mas aqui basta ligar o radio que não demora já estão tocando essas porcarias enlatadas. Repete tanto, via jabá, que o povo começa a achar bom. E o que dizer da festança comemorativa quando os grandes nomes do Rock In Rio são anunciados? Todos americanos. E a papagaiada boçal na porta do Hotel para ver um aceno da Madona, Michael Jackson, Ator de Crepúsculo, Hanson ou _____________________ (preencha a lacuna com seu artista industrializado preferido).

Mas aí, chega no halloween e esse povo mesmo que paga-pau  para eles vem com este papo mandrake de “halloween é o cacete”. Francamente…

Um exemplo bastante claro dessa nossa condição de espectadores quase fanáticos do que acontece nos Estados Unidos se deu na terça-feira. Eu estava conversando com um amigo e ele puxou assunto:

-Rapaz, e aquela tragédia lá nos Estados Unidos, hein? Coitados…

O cara ficou bolado quando eu disse a ele que não acreditava que o furacão Sandy tivesse sido uma tragédia.

-Como assim não foi? Morreu um monte de gente!

Eu justifiquei meu ponto de vista dizendo que pelo volume de população das áreas atingidas, as 38 pessoas mortas é pouco e não podemos chamar isso de tragédia.

A explicação é simples: A previsão do tempo nos EUA funciona melhor do que em qualquer país do planeta. Eles sabiam com antecedência. O sistema de alerta deles é efetivo, foi acionado, todo mundo já sabia o que esperar. As pessoas compraram mantimentos, as que estavam nas áreas de maior risco foram removidas a tempo… O sistema de gerenciamento de crise dos caras (até pela questão das nevascas, tempestades, e até eventos terroristas que já aconteceram lá) é aprimorado. Rapidamente, equipes de socorro são disponibilizadas, quase instantaneamente, há envio de recursos, existe equipamento de remoção das pessoas em risco, há um contingente operacional sem nenhuma comparação com nenhum outro país do mundo. O prefeito diz para não saírem na rua e O POVO OBEDECE… Em resumo, o furacão, por mais fraco ou forte que seja ele, é realmente uma coisa violenta. Inunda tudo, derruba árvores, arranca casas, destrói carros e causa prejuízos financeiros e emocionais astronômicos. Mas isso se dá num país que tem condições de arcar com essa crise. Então, meu, vai me desculpar, mas isso não é tragédia.

Tragédia pra mim é quando dá uma chuva que nem a que deu na Região Serrana do Rio, onde pega todo mundo de surpresa, não tem aviso, nem alerta, há desabamentos no meio da madrugada, os mortos se contam às centenas, e não há dinheiro na prefeitura, nem pessoal qualificado para dar atendimento emergencial. Cada órgão começa atabalhoadamente a tentar fazer alguma coisa, polícia, bombeiros, defesa civil, é uma confusão. O hospital não tem remédio, nem leito. O sujeito tem medo que saqueiem sua casa, não quer sair por isso, e aí chove e a casa desaba.  O governo é estúpido, a verba não vem, há burocracia, há uma fila enorme de empreiteiros de olho em contratos sem licitação, os donativos são desviados, roubados, e não chegam a quem precisa,  quando a verba chega, já é tarde, as pessoas  estão mortas, os desabrigados estão vivendo de favor ou onde e como conseguem. A escola derrubada não é reconstruída e as crianças simplesmente param de estudar.  Os corpos não cabem no IML, são estocados na praça, depois na Igreja.  Os contratos sem licitação feitos em condição emergencial agora são apenas tapumes e placas de obras que não chegam ao fim, vão se arrastando até a próxima chuva. O prefeito é pego roubando… Passa mais de um ano e NADA é reconstruído, consertado, melhorado…

Tragédia é isso.

Meu conceito de tragédia é um terremoto cataclísmico igual ao do Haiti… Que fode o país todo. Tsunami… Aí sim, concordo que é tragédia.

Não estou minimizando as desgraças alheias nos EUA, não é isso. É fácil ler meu texto e cair naquilo que acabei de falar algumas linhas acima, do pensamento maniqueísta de que se eu digo que não considero aquele furacão tragédia, é porque estou dizendo que foi molezinha. Lógico que não foi. Há até quem diga  que os EUA mereceram. Não sou antiamericano. Também não sou do tipo fanático por eles. É inegável que pessoas perderam todas suas economias, tem seu patrimônio destruído. Isso é horrível, é verdade.

balsa | Textos | halloween, Textos

Mas veja, não é EXTAMENTE isso que acontece TODO ANO entre janeiro e março no Brasil? É. 

Eu devo ter mais pena de um cidadão norte americano que ganha um bom salário, pode pegar empréstimo com juros pagáveis, e poderá comprar novos bens (pagando a metade do valor que pagamos pelas mesmas coisas aqui) e reconstruir tudo de novo do que de um favelado brasileiro que construiu em área de risco, desabou tudo e ele que já tinha pouco agora não tem nada? A desgraça de um americano não é maior que a desgraça de um brasileiro pobre ou de um Haitiano ou filipino que viu seu mundo ruir. Assim, quando vejo essa cobertura sensacionalista da imprensa, mostrando o tempo todo o caos da tempestade, dando um amplo destaque para os desastres causados em Nova York, pegando depoimentos de jornalistas, enviados especiais e etc e tal, com musiquinha triste do Forrest Gump e tudo,  eu não consigo entender exatamente se estão fazendo uma propaganda ou uma reportagem. É compreensível o destaque, na medida em que todas as emissoras daqui tem sucursais em Nova York, o que sai barato e gera notícia, mas porque o destaque para o caos de lá me parece ser tão maior que o caos daqui? Devia ser o inverso, já que o furacão é imprevisível, mas as chuvas que desgraçam vidas ocorrem todos os anos neste nosso país.

Além do mais, Nova York já enfrentou o Godzilla, invasão de aliens contra os Vingadores, Monstro gigante de marshmellow, criatura do espaço gigante, Super homem contra três aliens de Krypton, Dr Octopuss, já foi explodida com raios de naves alienígenas, já congelou com resfriamento global… Essa tempestade é café pequeno pra eles.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. texto muito bom, realmente concordo com essa estupidez gigantesca que tem nas redes sociais, de mobilização por coisa pequena. se o cara quer falar de Halloween, deixa ele falar! o que tem de mais? o Brasil importa tanta porcaria de fora, nem nossa “cultura legítima atestada pelo ISO 9001” é legítima! duvido muito que exista qualquer cultura exclusiva neste mundo gigante, porque as civilizações foram suplantadas por outras, e suas culturas acabaram sendo incorporadas umas as outras, fazendo com que todo mundo pense que uma coisa é de determinado país, mas que na verdade veio de longe, com os novos reis, governantes, colonizadores, e etc. e tal. o problema é que o que falta nas pessoas é o respeito, ninguém respeita por que voce gosta de tal coisa, e não de outra, por que voce apoia alguma ideia politica, ou por que não apoia alguma, querem decidir seus gostos, suas opiniões, seu time de futebol, sua religião, seus gostos musicais, entre outros. é muito idiota ver essas discussões em rede criticando o pessoal de fora, sendo que até a comida do pessoal é importada…

  2. Tirou as palavras da minha boca Philipe. Ontem veio meia dúzia de babaca com esse mimimi de que estávamos ‘pagando pau pra gringo’ e eu nem me importei em descer do salto pra rasgar um vocabulário com eles. Ultimamente não tenho mais saco pra discutir com essa gente, nem mesmo pra expôr meu ponto de vista, é como atirar pérolas aos porcos. Deixo a corja achar lindo encher a boca pra falar de patriotismo, dar valor à grande música brasileira (ai meu ânus, eu mereço mesmo) e consumir cultura enlatada e informação inútil à vontade (porque pra essa gente, confiável mesmo é o que diz o ‘Fantástico’) e fico de canto, ali, só rindo internamente enquanto eles acham que tem ibope.
    Vai entender… Se eles querem tanto ‘abrasileirar’ ainda mais as coisas, criem uma rede social ‘tupiniquim.com’ e abandonem o facebook, visto que, também é ‘coisa de gringo’.

  3. Ademais, o Facebook está tão cheio de filósofos, ufanistas, marxistas, revolucionários etc., que chego a me perguntar por que o mundo continua do mesmo jeito, uma vez que temos tantas pessoas fantásticas reunidas num só espaço. O Facebook de hoje faz o Iluminismo de ontem parecer apenas sonho de uma noite de verão.

    Hipocrisia é uma ótima opção para quem está acostumado a papagaiar, mas não tem coragem de botar em prática nada do que cospe.

  4. Eu até coloquei um sacizinho no meu perfil pq gosto do personagem. Não levei á sério esse embate todo, ufanismo ou o seja lá o que for dito. Quem quer brincar o Halloween, que fique a vontade- o que me espanta é ver gente engajada nesse tipo de coisa de forma xiita, furiosa, enquanto assuntos de relevância verdadeira passam despercebidos. Não vamos deixar de ser colônia nunca e não temos muito a comemorar mesmo; até os nossos heróis e heroísmos de feriado podem ser questionados. Não há nenhum tipo de invasão cultural aqui, até porque nosso padrão “copycat” é de muito tempo.

  5. Acho que podemos considerar tragédia também, o mesmo furacão Sandy, que devastou Cuba, Jamaica, El Salvador, Republica Dominicana [até onde eu sei foram esses, mas devem ter mais países da América Central afetados].

    E creio que a situação nesses países é igual a da região serrana do Rio e de tantos outros lugares no Brasil ou até pior, mas os que morreram nesses lugares não geram dinheiro pra ninguém, então não é do interesse de nenhuma emissora da ~mídia gorda~

    E Philipe, você ~mitou~ com a frase “Ter opinião no brasil é pecado. Isso vem se mostrando cada vez mais um fato.” :)

  6. Disse tudo Phill, ótimo texto como sempre. Sou do Vale do Paraíba, e criaram este lance do Saci como contraponto ao Halloween e se esquecem que já temos o dia do folclore em agosto. Será pedir muito, para que se divulguem melhor? e outra, o bicho pegando com o Kaiowas-Guaranis e pouca gente divulgando na mídia. Será que o nosso complexo de vira- latas que acha que os nossos indígenas mais selvagens que os norte-americanos? Índio de verdade ficam ao norte do Texas? Outra babaquice: a discussão inútil que os pouco inteligentes evangélicos alienados levantaram na net sobre a novela Salve Jorge! sinceramente não assisto novela há anos, e queria mais que a tal da Carminha se fudesse, e logo o povo inflama uma discussão sobre religião! Porra, alguém pare este país que eu quero descer! E sinceramente, será que algum evangélico se lembra que a Reforma Protestante tem a data de 31 de outubro como ponto de início? E será que alguma evangélico sabe que os restos mortais de São Jorge repousam em uma igreja luterana? Que os vitrais do santo guerreiro, estátuas e até uma figura com traços orientais tb estão em igrejas protestantes? Ridículo! Lembra daquela gente que não usa copo descartável porque não quer acumular lixo e se esquece da quantidade de água desperdiçada, poluída com sabão que desce dos ralos até o mar, sem tratamento, dos copos de vidros reaproveitáveis…

  7. Pra mim a parte mais notável foi admitir a lavagem cerebral que o cinema americano, e a sessão da tarde, fez em mim.

    Mesmo nunca na minha vida tendo me fantasiado no dia das bruxas, nem em colégios que permitiam isso para divertir as crianças, ainda assim eu sinto uma pontada de inveja daqueles que puderam fazer isso tendo como plano de fundo um belo outono cheio de folhas em senescência.

    Com relação ao furacão, não foi só NY a afetada para o dito cujo, outros lugares foram afetados pelas sobras da tempestade, e lugares que por serem muito menores, mesmo sendo apenas as sobras da tempestade, ainda assim foram significativamente prejudicados.

    Já quando o assunto é oque vira notícia… não sei falar mais nada, tem cada uma que eu vejo por ai. Tem cientista realizando descobertas significativas para o futuro da humanidade, e eu me vejo obrigada a ficar escutando 1 semana inteira nos noticiários alguma coisa idiota que um jogador de futebol mais idiota ainda fez por ai. Faz parte…

  8. Brilhante texto, Philipe! É engraçado como o pessoal fala mal do Hallowen (concordo contigo que não é uma celebração criada pelos americanos, mas sim pelos povos antigos, como Celtas) e usa o Facebook (um programa “gringo”) com muito gosto, postando fotinho e todo o tipo de bobagem. O efeito manada é sempre triste.

  9. Texto muito bom, concordo com cada linha escrita, e não sou seu puxa-saco, só acho que bom senso tem que ser aprovado. Philipe, é verdade, as mesmas pessoas que disseram: “Halloween é o cacete” disseram isso através de Rede Social, no caso o Facebook(americano), através de um computador com Windows(americano), provavelmente já tiveram ou tem um tênis Nike, comem ou já comeram no McDonalds e milhares de outras coisitas americanas. E provavelmente se alguém disse que os E.U.A merecem passar por isso, eu digo que essas pessoas são hipócritas, arrogantes e tolas. Se fossemos olhar “castigo”, acidentes, terrorismo ou desastres naturais e relacionar isso com merecimento, eu digo que o Brasil já devia ter sumido do mapa então. O povo brasileiro é referência positiva em quais questões? Um país que consolida a fama de fábrica de prostitutas a cada dia mais e mais, desonestidade está inscrita no código génetico do brasileiro e alienação total quando dedica o tempo, o coração e a mente para coisas que não são importantes e necessárias(futebol e novela). O brasileiro tem moral para falar mal de alguém? Não! Então sendo assim, para mim tanto faz se o Halloween é comemorado no brasil ou não, não me importo com isso.

    • Não acabou. Estamos tendo problemas técnicos com o novo servidor. A empresa pegou minha grana semana passada mas ainda não entregou a maquina, eles dão mil desculpas ridículas, não querem devolver o dinheiro, não respondem os tickets, tá um rolo do caralho. E eu preciso que os canalhas devolvam meu dinheiro para poder contratar um outro server.

    • OI Pietra, estamos migrando de servidor para que o blog fique mais rapido e estável. Nesse período, não posso postar nada senão vai perder. Acho que amanhã ele ja estará funcionando a todo vapor.

  10. “mas porque o destaque para o caos de lá me parece ser tão maior que o caos daqui?”
    Simples… porque a tragédia do Brasil não tem fim, os jornais ficariam estagnados de só mostrar finais tristes, pessoas não querem isso por mais que seja a realidade, e ca entre nós, o ser humano tem um espirito de superioridade, até admitir a si mesmo que o próprio país não tem condições de arcar com os desgastes sociais, culturais, infra-estrutura, efetividade e mais um monte de itens de uma extensa lista, já desistiram de tentar melhorar… já se contentaram com o pior, que no final sempre vai dar no mesmo, melhor pra eles é fechar os olhos, caminhar e deixar o país trabalhar… É o que acontece de verdade? não é? eu por exemplo estou num monitor de tubo, mas prefiro não pensar e olhar pra isso, só usar e quando olho, volto o foco em outra coisa, já quando vou pro monitor lcd novo que comprei, eu fico olhando, faço minhas coisas e quando sem querer volto o foco no monitor, quero olhar mais, e é assim tb com as coisas alheias, preferimos olhar o que está em alta, mesmo que não seja de nossa propriedade… Aí segue outra pergunta, o que fazer? A resposta pra isso está dentro do que escrevi… Ótimo texto Philipe, acompanho seus posts e vc é sempre muito inteligente, tem boas ideias… Parabens

  11. Phillipe, parabéns pelo belíssimo texto, te acho um cara muito inteligente, muito centrado e muito bem criado. Quem te criou – creio que foi principalmente sua mãe – te deu uma atenção muito especial. Digo isso porque acredito muito que quando é dado uma atenção diferenciada (com muito carinho e inteligência, etc…) à criança nos primeiros anos, dela surgirá um grande cidadão. Te acho também um cara dotado de grande imaginação. Espetacular. Gosto muito mesmo do seu site. Espero sempre que voce tenha cada vez mais sucesso, cara. Não te conheço pessoalmente – só da internet e da tevê, do programa do Jô – mas você parece um velho amigo. algo saudoso, sei lá. me faz lembrar de alguns velhos amigos que estou sem notícias. Cara, um grande abraço por hora. deixa eu dar uma conferida num link que vi ali em cima do mercado livre. abraços

    • Nossa, fico extremamente feliz em ler feedbacks como o seu Guilherme. Esse lance aqui dá um bom trabalho, e ver o reconhecimento disso é sempre muito importante para dar um gás renovado. Com relação a minha mãe, você está absolutamente certo. Hoje eu tento usar o que aprendi com ela como filho no lugar de pai. Devo creditar toda a curiosidade cientifica e criatividade que tenho aos meus pais. Eles estavam sempre me trazendo livros, me levando em livrarias, me dando massinha para esculpir, material para desenhar. Não era apenas dar o material, foi o incentivo, foi elogiar quando era preciso, valorizar o que eu fazia e me estimular a avançar. Isso fez diferença. Meu pai contava histórias para mim e para os meus irmãos toda noite, e minha mãe gravava ele contando para quando ele precisava viajar. Ela também lia pra nós livros do Monteiro Lobato. Meu pai e minha mãe tem uma bela parcela de culpa pela existência deste blog, hehehe.

      • Phillipe, meu amigo: fico feliz em ver que gostaram de minhas palavras, porque eu creio que todos que lêem suas palavras em seus diversos artigos, devem sentir o mesmo que eu sinto quando leio: espanto e admiração por tudo que voce diz. Eu digo coisas legais também? Ah, sim, digo (creio eu). Mas você é demais, cara!!! hehehe….! é coisa para bater palmas mesmo! Li o comentário da sra. sua mãe, gostei muito, respondi, estou agora vendo o seu (fui vendo de baixo para cima, hehehe…!) e fiquei muito feliz ao ver a participação efetiva de seus pais em lhe trazer sempre novidades deste nosso mundão na bela forma como por exemplo das histórias de Monteiro Lobato…! Tive o prazer de ler as obras dele também, e tenho uma coleção antiga de contos e lendas dos irmãos grimm que li quando criança e, quando folheio hoje suas páginas, me vem uma lágrima na face ao ver traços de biscoitos cream cracker que eu comia quando lia as histórias fantásticas dos grimm…. tenho uma antiga coleção de enciclopédia da barsa, e além da enciclopédia, eu adorava ler a belíssima Bíblia Sagrada que vinha com ela. Enfim… voce está seguindo um rumo espetacular, meu bom amigo. Sempre irei lhe desejar sucesso. Mesmo que voce já tenha, desejo que tenha mais ainda. Não conheço sua familia, mas parabéns, ela é espetacular! SUCESSO FICA COM DEUS

  12. Puxa Guilherme vc me deixou com os olhos brilhando com lagrimas de emocao. Toda mae faz tudo pelo filho na tentativa de fazer dele um Homem com H maiusculo.
    Quando meu filho Philipe nasceu desejei fazer dele um artista. Tudo que ele falou eu realmente fiz. Estimulei sua criatividade como mostram varios posteres que ele ja relatou.
    Algumas vezes foram dificeis como quando ele foi na Torre do Niteroi shopping e foi confundido com jovenzinho traficante ou usuario de drogas, ou qdo roubou um esqueleto do cemiterio com o primo para ” enfeitar o quarto”.
    Mas sem duvida ele se tornou e cada dia me mostra isso um artista com alma !
    Obrigada Philipe por suas palavras gentis. Vc ainda vai contar as estorias do Minguilin para o Davi tenho certeza…

    • Dona Maria, mãe do Phillipe: primeiro obrigado pelo retorno gentil, o qual me emocionei também em ler. sou assim mesmo.
      Pode se orgulhar sim, e bastante, pois ofereceste ao mundo a sua inspiração de ser humano na pessoa de seu filho. Eu creio que ele, através da atenção, carinho e de sua limpeza de caráter, apenas está refletindo os traços – e aprimorando – da pessoa que o educou. Não é a primeira vez que penso isso, o lance da filmagem dele, que arrancou lágrimas do professor – e eu me sentiria do mesmo jeito – me deu a certeza que a sra. era especial. Não é uma mãe qualquer, tem atitudes diferentes e muito boas mesmo. Não seria preciso muito para ver que seu filho seria especial também. As coisas que seu filho diz em todos os artigos são MUITO inteligentes, com muita perspicácia, com muita sensibilidade, tudo isso recheado com sinceridade e com paixão pela comunicação. O Phillipe é nota dez, parabéns para a educação que a senhora deu à ele, pois a senhora é uma vencedora assim como seu filho, e provavelmente outras pessoas de sua família. Deus sempre abençoe voces e permita-me sempre ler as palavras de pessoas tão inteligentes. pessoas assim mudam o mundo para melhor. Desculpem a minha rasgação de seda, mas não creio ser um exagero. PARABÉNS

  13. Quando vou ao cinema, sinceramente, não concordo de pagar o mesmo valor de um filme americano por um filme nacional… porque se você parar pra analisar, a produção é completamente diferente, um filme nacional deveria ser mais barato no ingresso, e acho cara de pau os nacionais quererem custar o mesmo valor de um blockbuster. “Ah, mas o roteiro…” o roteiro é uma merda em sua maioria. Os filmes “bons” só vendem a merda brasileira. O resto é comédia, e todos esgotando a criatividade brasileira de se fazer palavrão. Com o preço dos ingressos do cinema ultimamente, assisto os blockbusters no cinema, com sistema de som maravilhoso, e deixo os nacionais pra quando passarem na tv… quando e se passarem… e to cagando pra quem diz q não valorizo cinema nacional. O cinema nacional é que quer ter mais valor do que realmente tem. Caras de pau…

  14. Seguindo o princípio do achismo ….seu texto não tem uma lógica , começa criticando a crítica , dando a impressão no início que aceita o dualismo, mas para meu espanto duas linhas depois enlouquece querendo provar que sua opinião sobre acidentes e a única e de verdade universal . Fica difícil tentar se informar em águas turvas como teu texto .

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