Já tem um empo que não escrevo sobre lugares incomuns por aqui e por isso hoje falarei sobre dois lugares bem curiosos: Um iglu gigante que não deu certo e um centro comercial para extraterrestres.

O Iglu que nunca deu certo

Imagina que coisa doida, você está viajando pelo Alasca quando ao longe avista a forma emborcada de uma cuia gigantesca. Se for de noite, é fato que você temerá imediatamente estar diante de uma nave espacial estacionada, uma coisa que já ocorreu com um amigo do meu pai, que era professor lá na UFRJ.
Esse enorme domo branco, é na verdade, um hotel. Mas para precisão dos fatos, na verdade não é, porque ele não deu certo.

Foto via Flickr

Todos os viajantes atravessam a estrada rústica entre Anchorage e Fairbanks, no Alasca já viram este treco na forma de um grande iglu de concreto que os moradores chamam carinhosamente de “Parks Highway Igloo”. O Parks Highway Igloo deveria ser a peça central de uma cidade turística chamada “Igloo City” – que criatividade formidável, não? Mas as infrações do código de construção da cidade impediram que o prédio fosse concluído. Agora, o Parks Highway Igloo está silencioso e abandonado – adornado com grafite quando não está coberto por uma camada fresca de neve. Ou seja, é grande um monumento à burocracia.

O Iglu foi concebido para oferecer 58 quartos, restaurante, loja de brinquedos, bar e uma loja de bebidas.

A história do Iglu

Haje abandonado, o Igloo City Hotel fica à beira da George Parks Highway
Foto via Flickr

Na década de 1970, um trabalhador da Ferrovia do Alasca chamado Leon Smith imaginou uma aconchegante cidade turística perto da zona rural de Cantwell, no Alasca. Leon usou madeira que ele recuperou de seu trabalho na ferrovia para construir um hotel iglu de quatro andares. A grande cúpula de madeira e concreto foi feita para homenagear os iglus de gelo e neve construídos pela população inuit do Alasca.

Infelizmente, as janelas do hotel iglu de Leon Smith foram consideradas pequenas demais para um prédio comercial de acordo com os regulamentos. Por mais que tentasse, Leon Smith não tinha recursos para fazer do Parks Highway Igloo um resort funcional. Depois que Leon Smith vendeu a propriedade, um dono de posto de gasolina chamado Brad Fisher tentou tornar Igloo City uma realidade, mas a renovação e os reparos logo consumiriam todos seus recursos.

Apesar da ameaça de ursos pardos hibernando, placas de pedra caindo e uma multa pesada, viajantes de todo o mundo não podem deixar de parar para explorar os encantos da Igloo City. Os “encantos” se resumem a uma estação de serviço abandonada com uma placa que diz “iglu”, os restos de uma pequena cabana que pertenceu a Leon Smith e a misteriosa e silenciosa concha do Parks Highway Igloo.

Igloo City teve vários proprietários desde que Leon Smith construiu o que ele esperava que fosse um paraíso de inverno. O atual proprietário diz que espera vender a propriedade para um preservacionista determinado que finalmente realizará a visão de Leon Smith, mesmo que as reformas adequadas custem milhões de dólares para serem concluídas, atendam a burocracia governamental e finalmente a área possa se desenvolver plenamente. Ele esta pedindo 300 mil dólares (eu não tenho lá muita esperança não, mas nunca se sabe, né?)

Se você ficou curioso como é por dentro (eu fiquei) aqui está um video de exploradores urbanos que foram lá pra gente poder ver (pode pular para 8:22):

Um centro comercial para receber Extraterrestres

Enquanto um Iglu no meio do nada pode ter parecido uma boa ideia, pelo menos era algo com algum pé no chão. Os turistas realmente poderiam passar lá e se hospedar. Mas o que dizer que alguém investir dinheiro num projeto  esperando que os visitantes que chegassem lá estivessem vindo de outro planeta? Uma ideia dessas só podia ser em Roswell, certo?

Errado. Ao contrário da crença popular, o UFO Welcome Center não está localizado em Roswell, Novo México. O visionário por trás deste investimento sideral é um morador da Carolina do Sul, Jody Pendarvis. Ele construiu um disco voador prateado em seu quintal para atrair a atenção de “extraterrestres itinerantes que eventualmente passavam por ali”.

Uma série de placas pintadas com spray direcionam os visitantes para um OVNI ligeiramente torto que claramente não é construído com os materiais mais avançados da era espacial, hahaha. Jody Pendarvis está convencido de que seu disco voador em constante evolução, construído a partir de probabilidades descartadas, um dia convencerá alienígenas interessados ​​em interagir com humanos no planeta Terra e não só isso. Eles saberão que  Pendarvis é o representante ideal para promover relações perfeitas entre humanos e alienígenas.

Jody Pendarvis alegremente oferece aos visitantes passeios de sua criação, por uma pequena taxa, é claro. Pendarvis passa os meses mais quentes morando na parte inferior do imenso disco voador que ele construiu, já que o ar condicionado que ele instalou o mantém mais frio do que em seu trailer próximo. O disco de prata menor que fica em cima do disco maior é reservado estritamente para viagens espaciais. Jody Pendarvis afirma que os alienígenas curiosos sobre os seres humanos um dia usarão tecnologia avançada para transportar o disco menor para o espaço, com Pendarvis dentro. O engenhoso criador do complexo nunca prendeu o disco menor para que ele estivesse pronto para ascender ao espaço a qualquer momento. Talvez se você visitar na hora certa, tenha a sorte de observar a comunhão de Jody com alienígenas e que sabe, subir ao espaço.
Caso você seja um extraterrestre lendo meu blog, peço que gentilmente faça uma visita a este cara que realmente espera um dia poder decolar em sua própria nave de sucata. O endereço dele é:

4004 Homestead Road
Bowman, Carolina do Sul
Estados Unidos