Era uma cerveja de chocolate!

Finalmente ontem descobri o mistério do convite dourado da Bohemia.
A Bohemia lançou ontem, lá em Petrópolis, com a presença (minha claro) e de outras pessoas bem mais ilustres que eu a sua nova cerveja… de chocolate.
Confesso que quando o carinha da recepção, muito simpático e solícito me adiantou o mistério, eu torci o nariz: “Porra, uma cerveja de chocolate não tem como ser boa” – Pensei mas não falei, pra não deixar o cara sem graça.
Após a recepção inicial, entrar na cervejaria e encontrar alguns antigos amigos blogueiros e uma mesa de recepção cheia de pastinhas, frios e pães diversos (que veio bem à calhar, já que eu tava com uma fome sinistra) fomos convidados a entrar para conhecer a cerveja misteriosa de chocolate.

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Me espantei ao entrar pela primeira vez no museu da cerveja que é, sem exagero, alucinante! Eu não imaginava que era tão legal. Da outra vez que a Bohemia me convidou, eu só conheci por fora, pois o evento era no restaurante da cervejaria. Agora eu finalmente entrei e me deparei com uma estrutura multimídia bem bacana que vai contando a história da cerveja desde antes dos egípcios até os dias de hoje, quando as cervejas vão ganhando cada vez mais espaço nos mercados e nas mesas.

Me parece que a Bohemia percebeu que há um mercado potencial e crescente para cervejas mais alternativas. Talvez o aparecimento das cervejas gourmets e a invasão de rótulos gringos diversos (tantos que são incontáveis) no mercado nacional, antes limitado a uma meia duzia de tipos de cerveja tenha contribuído para aclarar a percepção de que cada vez mais os consumidores irão se interessar por novidades.

A questão é que após passar pelo tour do museu e as apresentações da equipe do museu, com suas atuações teatrais (nem sempre muito realistas) fomos levados até a festa, que ocorria no topo do museu, no restaurante.
Chegando lá, uma banda bem boa começou a tocar, rolou musica, comidinhas muito gostosas e todas as cervejas do portfolio da Bohemia liberadas avontê. Dessas destaco principalmente os drinks à base de cerveja que são MUITO BONS.

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Fora os drinks estava rolando a Weiss, Escura, a Confraria, Pilsen e a Imperial. Apesar de beber todas, principalmente a Weiss e a escura, que são minhas preferidas no portfolio da Bohemia, dessa vez resolvi beber menos para aproveitar melhor as conversas e tal.
Acho que foi uma decisão sábia, já que na inauguração do museu eu enfiei o pé na jaca e de lá escrevi com alguns erros ortográficos dignos de pena no facebook, o que me rendeu um show de zoações de vários amigos.

476_3049-Bohemia-ChocolatierFoi na festa que pudemos logo de cara experimentar a famosa cerveja. Com o nome de Bohemia Chocolatier, a cerveja me surpreendeu por ser gostosa. Eu tava esperando um fail da Bohemia e tive que reconhecer que o mestre cervejeiro não tem a alcunha de mestre a toa. Com uma combinação perfeita de cerveja com notas de chocolate, o treco foi uma experiência única.
A bebida é mesmo produzida com aroma do cacau, e ao que parece, o que eles pretendiam foi alcançado: Uma bebida intensa, encorpada e com bom equilíbrio entre o adocicado e um leve amargor no final. O produto é do tipo lager escura e segundo nos disseram, (e comprovamos ao vivo) ela acompanha bem pratos salgados com caldas doces, como um pato com laranja, frango com creme de pêras ou sufle de couve flor.
Não é a cerveja que vc vai tomar vendo jogo da copa. Essa cerveja NÃO SERVE para substituir a loura gelada, seja a versão aguada e congelante que estamos acostumados no Brasil ou as mais densas e amargas importadas. A Chocolatier é pensada para ser consumida ao final de uma refeição, com uma sobremesa e substituindo perfeitamente um café ou um licor.

Também não é aquela cerveja para quem vai se entupir. Se você tomar demais ela enjoa, é óbvio. Mas sem duvida é uma opção bacana para acompanhar certos pratos e harmoniza lindamente com doces à base de chocolate, especialmente o amargo, tortas e bolos, o que me dá a sensação que pode pegar bem para aquele momento pós parabéns, quando a torta alemã for finalmente cortada e servida.

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O evento foi bacana, e como ocorreu na inauguração do restaurante, tinha umas modelos e também uns famosos. Dessa vez estavam os globais Nathalia Dill e Juliano Cazarré. Eu confesso que nem vi essa dona lá, mas pude bater um papo rápido com o Juliano Cazarré no fim do evento e achei o cara muito gente boa e muito humilde. Foi bom, porque eu já reconhecia o trabalho dele como ator, e é um saco quando você conhece pessoalmente uma pessoa e ela não corresponde à imagem que você faz dela pelos trabalhos ou pela imagem que a mídia vende.

No fim das contas, foi mais um ótimo evento da Bohemia, e eu me diverti muito. Aproveito para agradecer mais uma vez o convite feito a mim e ao Mundo Gump e já aviso logo que estou pronto para a próxima rodada de Bohemia!

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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