Se tem uma coisa que desperta uma reação imediata em que vê a a escarificação. Uns sentem nojo, outros acham horrível. Mas há quem ache lindo também. A maioria das pessoas que vê uma escarificação se espanta com a coragem das pessoas que se submetem aos dolorosos procedimentos de escavar a própria pele fazendo literalmente buracos na carne viva, que mais tarde, se tornarão cicatrizes, e dependendo da pessoa, “queloides ornamentais”.
Não há limites para as pessoas que resolvem passar pela modificação corporal da escarificação.
Há muitas formas diferentes no processo de escarificação. Algumas dessas técnicas envolvem fricção, abrasão, esfolia, coçar, gravar com lâminas, folhas, osso, queimar com calor (branding – para muitos adeptos, o “branding” é outro tipo de modificação corporal, mas “parente” da escarificação) , raio laser ou com químicos desenhos, padrões gráficos, imagens ou palavras na pele. A escarificação é um tipo de modificação corporal permanente. No processo de escarificação do corpo, cicatrizes são formadas por corte ou marca na pele por meio de métodos diferentes. Um desses métodos envolve escavar a ferida sequencialmente, não deixando-a cicatrizar. Essa contínua perturbação do ferimento em intervalos de tempo visa afetar a forma como a pela cicatriza.
Este é, obviamente, um processo doloroso, embora as pessoas que optem por este tipo de procedimento de modificação corporal não pareçam se importar tanto com a dor e estão mais focados na questão estética da ferida.
As origens da escarificação
As origens dessa prática são obviamente tribais. Dentro de antropologia, o estudo das modificações corporais por grupos humanos tem sido muito debatido. Em 1909, Van Gennep descreveu tradições tribais de modificação corporal diversas, incluindo tatuagens, escarificação, e pintura, como partes dos ritos de passagem. Em 1963, Levi-Strauss descreveu o corpo como uma superfície de espera para que fosse “impressa” com as marcas de determinada cultura. Nos anos 80, Turner usou pela primeira vez o termo “pele social” em sua discussão detalhada de como a cultura Kayapó foi construída e expressa através de organismos individuais.
Atualmente, na antropologia, fora dos modismos da juventude urbana, são quatro as hipóteses concorrentes por trás da escarificação:
- É um rito de passagem
- Significa um processo de endurecimento / trauma
- Indica um indivíduo sexualmente selecionado
- Uma indicação patogênica de um caráter adaptativo sexualmente
Há também razões estéticas , religiosas e também sociais para escarificação. Por exemplo, a escarificação tem sido amplamente utilizado por muitas tribos do Oeste Africano para marcar fases cruciais tanto na vida dos homens como na das mulheres, como a puberdade e o casamento.
A escarificação também usada para transmitir mensagens complexas sobre a identidade. E essas marcas corporais enfatizam papéis sociais, políticos e religiosos fixos.
Há quem sustente, que nos grupos primitivos, a escarificação surgiu primeiro que a tatuagem, uma vez que os primeiros hominídeos poderiam usar pedra lascada para se marcar como pertencendo a um determinado grupo. As cicatrizes indicariam de maneira indelével sua origem e importância social. Outra questão para a pratica da escarificação ter se disseminado mais amplamente, envolve o fato de que a escarificação é geralmente mais visível em pessoas de pele mais escura do que as tatuagens.
Entre os diversos motivos para a escarificação, está um inusitado: O prazer.
Verdade, eu disse o prazer. Endorfinas podem ser liberadas no processo de escarificação que podem induzir a um estado de euforia .
Além disso, em certos grupos humanos, a escarificação tem uma finalidade quase que como um sinal de trânsito. Ele é literalmente um sinal, na linha do “ei, olhe pra mim!”.
Isso ocorre, por exemplo, nas cicatriz no abdômen das mulheres de muitas tribos, pois nessas tribos a escarificação é utilizada para designar uma vontade de ser mãe. Sua capacidade de tolerar a dor da cicatriz é um sinal explícito de maturidade emocional e prontidão para ter filhos.
A maioria das pessoas em certas regiões da África que têm “marcas” podem ser identificados como pertencentes a uma tribo ou grupo étnico específico. Algumas das tribos no norte de Gana que usam as marcas são as Gonjas, Nanumbas, Dagombas, Frafras e Mamprusis.
Nas sociedades ocidentais e urbanas, a escarificação tribal ganhou contornos diferenciados, mas ainda opera como um indicador social.
Fotos de escarificações
Algumas vezes, as escarificações são misturadas com outras técnicas, como implantes subdermais e até tatuagens. Há também processos pelos quais é possível induzir as quelóides, afim de gerar marcas de escarificações em alto relevo. Segundo este artigo, na áfrica se usa algumas ervas que teriam essas propriedades.
O que se faz bastante é tatuar grandes massas de preto para gerar o contraste com o vermelho vivo da carne subdérmica.
Perigos da Escarificação
A escarificação invariavelmente produzirá danos e traumas na pele; portanto, é considerado um processo pouco seguro por muitas pessoas.
O risco maior é o de infecção. Além disso, os procedimentos devem ser cuidadosamente realizados, para evitar riscos, como a contaminação por Aids. Se tem gente pegando Aids e Hepatite por vacilo de manicure, imagina num treco desses, né meu amigo?
Há o perigo de moscas depositarem ovos na ferida, que poderão começar a comer sua carne e… Você pareceria um zumbi. A ferida deve ser mantida limpa, utilizando soluções antibacterianas ou sabonetes muitas vezes, e ter uma boa higiene em geral. Não é invulgar, que pessoas que façam isso, busquem um acompanhamento médico, para usarem antibióticos, evitando riscos decorrentes das feridas abertas. Outra coisa que é óbvia, é que o profissional de modificação corporal precisa ter conhecimento detalhado da anatomia da pele humana, a fim de evitar ferramentas de corte muito profundo, ou que queime muito gravemente ou por muito tempo.
Por razões óbvias, a escarificação não é tão popular como a tatuagem, e por isso é mais difícil de encontrar profissionais experientes na escarificação.
Alguns desenhos são bem bonitos, mas… caramba! Deve doer miseravelmente! Enfim, desde que não façam em mim, nem obriguem ninguém a fazer, que façam.
Desculpa Philipe, mas não consegui nem ler o texto
É arte e tal respeito, mas sei lá da uma agonia danada ver as imagens. E só consegui ver duas hahahahahaha
Ainda é melhor que o Britto. Tem uns desenhos fodásticos nessa lista.
Tosco.
Olá Philip
que tal um post sobre a CICADA3301?
Já teve post sobre isso. Utilize a busca.
é o tipo de arte que sempre verei nos outros…
Femaria…
Não dá. Só consegui pensar em como são idiotas em fazerem isso… Que idiotas…