Um cara pagou 15.000 euros por… Nada. Uma “escultura invisível”
Esses 171 da arte contemporânea ultrapassam qualquer fronteira do ridículo. Há quem sustente que “Ain, tudo é arte.”
Bom, como vemos, agora também o Nada é arte. Saca só a cara de pau do “escultor”:
O artista italiano Salvatore Garau conseguiu a proeza de vender o vazio por 15.000 euros (uns 95.500 reais), apresentando em um leilão uma escultura imaterial. A obra de arte é completamente invisível, e qualquer pessoa está em seu legítimo direito de pôr em dúvida sua existência, mas o mais surpreendente nesta história provavelmente são os requisitos impostos por seu criador para a entrega da “peça”.
A escultura, que leva o nome “Io sono” (“Eu sou”, com dimensões de uns 150 x 150 centímetros, deve ser colocada em uma casa particular, em uma sala especial livre de qualquer obstáculo. A iluminação e o sistema do controle do clima, aparentemente, não são imprescindíveis, pois não poderá ser visto nada em todo caso.
Para quem assume que o artista está debochando de todos, levando a arte moderna a um novo nível desde os tempos da banana colada à parede e AVALIADA em 120.000 dólares, Salvatore tem uma resposta contundente: não vendeu um nada, vendeu um vazio.
“O vazio não é mais que um espaço cheio de energia, e ainda que o esvaziemos e não fique nada, segundo o princípio de incerteza de Heisenberg, esse nada tem um peso”, argumentou o artista. “
Portanto, tem energia que se condensa e se transforma em partículas, isto é, em nós”, explicou.
“No momento em que decida expor uma escultura imaterial em um espaço determinado, esse espaço concentrará certa quantidade e densidade de pensamentos em um ponto preciso, criando uma escultura que desde meu único título adotará as mais variadas formas”
Salvatore Garau’nun görünmez heykeli 15 bin euroya satıldı… pic.twitter.com/3T9ovpbNK1
— Odiyor (@Odiyor1) May 28, 2021
Pode soar engraçado mas em um certo aspecto acho insultoso aos escultores de verdade que se matam de trabalhar para fazer algo legal ver um cara ganhar rios de dinheiro vendendo nada e chamando de “escultura”. Um retrato da atual conjuntura, sem dúvidas.
Dica do Fred Predador e do Rusmea