quinta-feira, março 13, 2025

Estou de volta

Nossa, meu. Que fim de semana agitado. Muita coisa aconteceu nesses dias. Umas legais, outras tristes e algumas bem cansativas.

O legal foi fazer parte da equipe do projeto da primeira dama, “Brincadeiras Cantadas”. O projeto dela, que a Nivea ministra numa disciplina do curso de graduação em Pedagogia, envolve o resgate -fundamental- das brincadeiras cantadas no contexto da infância. Brincadeiras de roda, repetição, musicas dramatizadas, tudo isso que está em franca extinção. Hoje a infância no âmbito dos grandes centros urbanos está limitada pelos muros dos playgrounds, pela fumaça dos carros e pela comodidade do Orkut, msn, joguinhos de computador e videogames.

Daí surge a preocupação deste resgate, de ir atrás e reconstituir algumas dessas brincadeiras cantadas, registrá-las e ensiná-las aos novos professores, de modo a estimular os mesmos ao incentivo deste trabalho, que afeta a criança e o grupo de diferentes maneiras, incentivando a convivência a inter-relação, a amizade e a coordenação, e o mais importante, evitando a extinção dessas manifestações culturais.

Eu e a Nivea (ela bem mais que eu) estamos trabalhando firme neste projeto, e o produto do mesmo será um DVD mostrando as brincadeiras e musicas, com um encarte que fala sobre as brincadeiras selecionadas, com a letra da musica como se brinca e a contribuição de cada uma para o desenvolvimento infantil.

A minha parte na ralação é o design de tudo, além de dar uma de cinegrafista numa escola lá de Itaipú. O material foi captado neste sábado, lá no Colégio Gauss, durante o dia todo. Foram 18 crianças de 5 a 10 anos, fazendo uma algazarra do caramba, cantando trocentas musiquinhas daquelas que ficam repetindo na sua cabeça dias a fio, sabe como?

Filmamos o sábado todo e quando chegamos em casa, estávamos tão pregados que dormimos antes do fim da novela, hahaha.

Sábado foi também um dia triste pra mim. Eu dei a Tatá. A Tatá era minha tartaruguinha que eu criava desde pequenininha, mas ao longo desses quase 15 anos, ela cresceu muito e o aquário dela, já enorme, estava ficando apertado pra ela. Aproveitei que iríamos filmar no colégio Gauss, que tem um lagão enorme, com varias tartarugas da espécie dela, além de peixes e tudo mais. Então era a hora ideal da Tatá ganhar uma casa nova e passar a viver num ambiente mais apropriado pra ela do que um aquário enorme na minha sala.

Foi legal ver como a Tatá reagiu ao ver peixes pela primeira vez. Ela ficou debaixo d´água, olhando completamente BOLADA para aquelas “coisas” ao redor dela. Em pouco tempo ela estava ambientada, nadando feliz pelo lago da escola.

Mas pra mim, que sou o dono, que tinha o maior trabalhão com ela desde sempre, é triste, né? Tipo, eu fico feliz que ela estará bem melhor que na minha casa, mas vou sentir falta dela, porque ela estava sempre ali fazendo Tum, tum, tum com o casco no vidro do aquário.

Quando estávamos pegando as coisas para ir embora para o carro eu fui até o lago e por mais incrível que possa parecer, ali no canto, perto de uma pedra branca, surgiu uma cabecinha e ficou olhando pra mim. Era ela, eu pude reconhecer pelo casco. Como num roteiro de filme, a minha tartaruga parece que veio se despedir. Nos olhamos por alguns segundos em silêncio e  ela afundou, nadando para longe.  Talvez eu nunca mais a veja. Ou quem sabe não…

Encerrava-se ali um capítulo da minha história com ela, que foi companheira de bons momentos, como quando iam crianças para a minha casa e todas queriam dar comida pra ela, e também dos maus momentos, como quando no dia em que ela mordeu o meu dedo e arrancou um pedaço dele.

O fim de semana também reservou algumas surpresas bastante desagradáveis. Ao editar o material filmado no sábado tive o desprazer que testemunhar a famigerada tela azul do windows em toda sua glória e esplendor. Como resultado, o computador desligou e ao voltar, cadê o meu drive E:?

“Foi para a terra do pé junto”. Como dizem na roça. O drive e muita coisa que tinha nele. Tentei abrir a maquina, desmontei, remontei tudo e nada. Dali a pouco os outros três pararam de funcionar também. Eu quase pirei. Achei que tinha perdido o computador inteiro. desmontei aquela tralha toda comecei a montar do zero. Quando montei, chegava no setup e não achava nenhum Hd. Só os drives de Cd e DVD. Foi quando me ocorreu a ideia de dar um clear no CMOS.

Quando eu fiz isso, ele voltou. O drive E: retornou e eu consegui fazer um backup de tudo que tinha nele. Mas dali a pouco, depois de feito o backup eu tentei voltar a trabalhar nele e novamente a tela azul. E novamente o drive sumiu. Suponho que estivesse mesmo na tábua da beirada.

Comprarei um Hd novo daqui a pouco. Eu ia comprar um Hd de 1 Tb. Mas está meio caro, então vai ter que ser de 500gb mesmo.

Em função de todos estes acontecimentos, estive impedido de escrever no Mundo Gump desde sexta. Com a urgência de entregar o trabalho da Nivea, vai ficar meio enrolado de dar conta de tudo nessa semana. Então talvez eu escreva menos. Espero que até sexta eu já tenha terminado essas atividades e já possa voltar a colocar mais coisa aqui no blog.

Pra quem me mandou email, peço paciência. Eles estão acumulados em 2500 msg.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. Também tenho uma tartaruguinha (gary é o nome dela) Ela tem 3 anos e ainda é bem pequena . Eu tinha 3 gatos persa lindos e tive que doá-los a pouco tempo por falta de espaço . É ruim mesmo ter que se separar dos bichos (mesmo sabendo que estão em um lugar melhor).

  2. Eu tinha uma tartaruga que se chamava Ricardo.
    A minha avó deu pra empregada.
    Uma semana depois eu perguntei pra ela “Como está o Ricardo?”
    Ela respondeu: “Tava uma delícia!!!”
    :*(
    :argh:

  3. Ahhhh…. a Tatá encontrou um novo lar… ainda me lembro da primeira vez em que fui à Gump-Caverna: estranhos ruídos advinham de um canto obscuro do escritório, seria um fantasma? Hannibal Lecter? Osama? O E.T. Juca?

    Era somente aquela bizarra tartaruguinha finger-eater arrastando seu espinhoso casquinho contra o vidro do aquário.

    Felicidades para ela!

  4. Nosso final de semana foi cheio de coisa diferente, principalmente a gravação do DVD e a doação da Tatá para o lago do Colégio Gauss. Tenho certeza que ela está sendo feliz por lá, com peixes, outras tartarugas (fêmeas) e a possibilidade de reproduzir e fazer muitas tartaruguinhas. Na verdade, nós tínhamos um cágado e era macho. Se ficasse conosco em um aquário dentro do apartamento, seria solteiro para todo o sempre. Agora ele terá a possibilidade de perpetuar a espécie. Seria ótimo se a Tatá pudesse ir ao lançamento do DVD… Foi por causa do projeto de extensão que eu estou coordenando que descobrimos a possibilidade de ela/ele ter um novo lar.
    Ah!! Ainda sobre o projeto, preciso registrar aqui que se não fosse o PHilipe, não teria projeto, pois sem ele e sua polivalência para assumir várias funções e responsabilidades (design gráfico, videografismo, edição e etc) eu e as minhas alunas da faculdade não conseguiríamos ter o andamento e o resultado positivo que estou tendo, ainda mai com um orçamento curtíssimo! Em breve espero que possamos colocar aqui no blog o convite para a lançamento do DVD. Afinal, os leitores do Mundo Gump não podem ficar de fora!!!

  5. Philipe,

    Sei exatamente o que você sentiu (e ainda está sentindo), pois já “entregamos” nosso gato Mel para uma senhora que sempre cuidava dele. O ambiente também era muito melhor, a casa dela era imensa e toda a família do Mel (esposa e filhotes) moravam com ela. Então, ele foi pra sua “verdadeira casa”. Mas dói, porque a gente se apega muito. Eu tenho uma foto da Tata aqui!

    Nívea,

    Informe-nos sobre o lançamento do DVD!!! A Karen é pedagoga/professora do Marista São José, e tem muito interesse em projetos deste tipo. Ele fez um curso recentemente com a Bia Bedran chamado A Arte de Contar e Cantar Histórias – UERJ e sua monografia foi justamente sobre o “brincar” no desenvolvimento infantil. Gostaremos muito de comparecer e ajudá-la na divulgação ok? Boa sorte no projeto!

    Bjo pra família Gump, Brunno

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