Aurora Boreal vista do Círculo Ártico.
Eu fiz uma playlist só para este post. Confere aí:
A aurora Boreal é este monte de fachos brilhantes dançando no céu noturno. Mas o fenômeno não existe só à noite, sabia?
Ele acontece também durante o dia, com um detalhe: só pode ser visto do espaço. Isso foi confirmado pelo satélite Polar, da Nasa, que fotografou a aurora boreal perto do polo norte. Equipado com detectores de luz ultravioleta, invisível para o olho humano, ele captou lá do alto a energia que as partículas vindas do Sol emitem quando caem na atmosfera. Essas partículas são elétrons carregados de eletricidade que constituem o chamado vento solar. Tão logo atingem as primeiras camadas de ar que envolvem o globo, elas se “acendem”. Para os meteorologistas e geólogos, as imagens mostram que a quantidade de energia trazida pelo vento solar é maior de dia do que de noite. É que a face do planeta voltada para o Sol recebe as partículas de chapa. Na face escura, de costas para o Sol, as partículas só mergulham na atmosfera depois de contornar o planeta empurradas pelo campo magnético, assim, a quantidade de energia que carregam é menor. Mas vamos falar em mais detalhes.
No extremo norte do nosso planeta, uma fenomenologia natural de beleza etérea e mágica ilumina os céus noturnos, deixando todos que a testemunham sem fala. A aurora boreal, também conhecida como aurora ártica, é um espetáculo de luzes coloridas que dançam no céu, resultado de uma complexa interação entre o vento solar, o campo magnético da Terra e a atmosfera. Neste post, vamos mergulhar no mundo fascinante da aurora boreal, explorando suas causas, melhores locais para observação, mitos e lendas associados, e dicas para capturar essa beleza celestial.
O que é a Aurora Boreal?
A aurora boreal é um fenômeno óptico que ocorre quando partículas carregadas do sol, conhecidas como vento solar, interagem com a atmosfera da Terra. Essas partículas são atraídas pelo campo magnético terrestre e direcionadas para os polos. Ao colidirem com átomos e moléculas de gases na atmosfera, como oxigênio e nitrogênio, essas partículas excitam esses átomos e moléculas, que, ao retornarem ao seu estado de repouso, emitem luz. A cor da aurora depende da altitude na qual essas colisões ocorrem e do tipo de gás envolvido: o verde é comum em altitudes médias devido ao oxigênio, enquanto o vermelho pode aparecer em altitudes mais elevadas também devido ao oxigênio. O azul e o violeta são produzidos pelo nitrogênio em altitudes mais baixas.
Melhores Locais para Observar a Aurora Boreal
Para testemunhar a aurora boreal em todo o seu esplendor, é crucial escolher locais com baixa poluição luminosa e próximos ao Círculo Polar Ártico, onde a atividade auroral é mais intensa. Aqui estão alguns dos melhores destinos:
- Tromsø, Noruega: Conhecida como a “Capital da Aurora Boreal”, Tromsø oferece vistas desobstruídas do fenômeno de setembro a abril.
- Fairbanks, Alasca, EUA: Localizada sob a auroral oval, Fairbanks é um ponto quente para observações de setembro a abril.
- Ilhas Lofoten, Noruega: Essas ilhas oferecem um cenário dramático para a aurora, com montanhas e fiordes como pano de fundo.
- Reykjavík, Islândia: Embora a aurora possa ser vista em toda a Islândia, Reykjavík é um ponto de partida conveniente, com muitas excursões disponíveis.
- Lapônia, Finlândia/Suécia/Noruega: A vastidão invernal da Lapônia oferece numerosos locais para observar a aurora em um ambiente sereno e natural.
Mitos e Lendas Associados à Aurora Boreal
Ao longo da história, a aurora boreal inspirou uma rica tapeçaria de mitos e lendas em culturas ao redor do mundo:
- Mitologia Nórdica: Acreditava-se que a aurora era o reflexo do brilho das armaduras dos einherjar, guerreiros que morreram em batalha e agora lutam ao lado dos deuses em Valhalla.
- Culturas Indígenas Americanas: Muitas tribos acreditam que a aurora são espíritos dançando ou jogando no céu.
- China Antiga: A aurora era vista como um dragão celestial, símbolo de poder e boa sorte.
Dicas para Capturar a Aurora Boreal
Fotografia:
- Câmera: Use uma câmera DSLR ou mirrorless com controle manual.
- Objetiva: Uma lente grande angular com abertura baixa (como f/2.8) é ideal.
- Tripé: Fundamental para exposições longas.
- Configurações: Modo manual, ISO baixo (800-1600), velocidade de obturação de 10-30 segundos.
Observação:
- Previsões: Verifique previsões de aurora para maximizar suas chances.
- Pacientemente Aguarde: Pode levar horas para a aurora aparecer ou atingir seu pico.
- Roupas Quentes: O frio pode ser extremo; vesta-se adequadamente.
- Local Escuro: Afaste-se de fontes de luz para uma visão não obstruída.
Conclusão
A aurora boreal é mais do que um simples fenômeno natural; é uma experiência transcendental que conecta os observadores com a vastidão e a complexidade do universo. Ela pode ser vista até do espaço. Seja através da lente de uma câmera, das páginas de uma lenda antiga, ou simplesmente com os olhos maravilhados, a aurora boreal continua a inspirar e a encantar a todos que têm a sorte de testemunhá-la. Planeje sua jornada para o norte, embrulhe-se bem e prepare-se para uma exibição celestial que permanecerá em seu coração para sempre.