domingo, dezembro 22, 2024

Foto Gump do dia: cenas de um mercado africano

Sempre que paramos para pensar em África, acabamos com imagens de pessoas passando fome, à beira do colapso social. A mídia costuma massificar imagens que acabam estereotipando não apenas pessoas, como continentes inteiros. Seria uma burrice enorme pensar que num continente de dimensões tão colossais como a África, todo mundo passa fome. A verdade é que há comida pra dedéu na África, e muitas vezes, um passeio pelos mercados de comida, feiras e locais similares é quase que um reflexo que lembra muito do Brasil, principalmente no interior e distante dos grandes centros urbanos. Mas há coisas curiosas e pitorescas também.

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Vendedores de arroz e feijão em Lagos, na Nigéria.

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Vendedora de pele de porco defumada, em Lagos, Nigéria.

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Peixeiro vendendo sua pesca em Lagos, Nigéria.

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Uma coisa que se vê muito nas feiras são as bananas assadas e fritas. Tem banana de tudo quanto é tipo que você puder imaginar! Abaixo, banana frita na Monrovia, Libéria:

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Há grande setores só de venda da banana, porque é um ingrediente que aparece em muitos pratos locais.

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Em Ruanda eles negociam cachos inteiros, ainda verdes.

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Claro que rola também umas paradas meio incomuns aqui. Tipo essa venda de larvas de besouro.


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Você pode levar pra casa ou comer na hora: web (27)

Rola também uns pratos que são umas misturebas, com carne de porco, boi, frango e peixe. Tudo junto e misturado.

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Muito comum é o peixe defumado, que você pode ver aqui em baixo, ao lado dessa menina que vende umas bolotas de um tipo de farinha de inhame ou mandioca, chamados de fufu. Comum nas feiras da Monrovia, Libéria:

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Bem ao lado você poe ver que as condições sanitárias não são algo que se diga: “Nooossa, como é limpo”… Aqui uma moça vigia as moscas varejeiras que passeiam nos pés de porco que ela vende.

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Há muita, muita mesmo, pimenta. Além de diversos outros tipos de temperos dos quais nunca ouvimos falar por aqui.

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Eles também tem óleo de dendê que é enchido na hora desse bacião aí:

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O feijão e o arroz estão em todos os lugares, além do milho e amendoim.

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Eventualmente tem umas bancas curiosas nas feiras da Nigéria, como esta aqui que vende camarões gigantes de rio. Que são bons PRA CARALHO!  Se eu fosse na África poderia passar dias só comendo isso.

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Os peixes defumados são de todos os tipos que você puder imaginar. Alguns são miudinhos:

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Outros um pouco maores, cramelizados na pimenta.

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O peixe costuma ser grande e fresco, e é cortado na hora na base do facão. Sem gelo, com mosca e tudo. Mas ninguém esquenta.

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É comum comprar o peixe direto no barco, assim que eles aportam.

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Aqui temos uma vendedora de pepinos, limas, limões e laranjas, da Libéria.

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Outra coisa curiosa são esses caracóis gigantes. No Brasil eles são uma praga que se alastra a cada dia. São esses aí que foram trazidos para o Brasil importados como se fosse escargots. O bicho é voraz, gigantesco e tem até quem crie esse animal como bicho de estimação. Lá eles comem, claro.  Assumo que gostaria de comer um pra saber se é bom.

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Isso que parece uma barraca de água mineral, é uma barraca de um vinho feito de palma. Eles reaproveitam as garrafas de água.

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Aqui está algo impressionante: A mandioca gigante.

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Eles também tem um inhame que é um colosso.

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Amendoim tem pra dedéu. Esse nas garrafas é açucarado. Uma delícia que nos lembra os amendoins que vendem na rua daqui do Brasil.

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Há muita frita também. De diversos tipos. Aqui um vendedor de Lagos, na Nigéria.

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O feijão é colocado para secar ao sol.

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Essa coisa aqui deve ser ruim pra caralho. Parece nescau, mas é um tipo de cerveja feito de sorgo.

 

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Mais peixe seco. De tudo quanto é tipo. Esse fininho que lembra uma manjubinha parece fazer grande sucesso, a julgar pela quantidade de barracas que vendem esse troço defumado.

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As frutas são sempre muito doces e bonitas.

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Claro que também tem a barraca do churrasquinho. Nesse caso aqui é um enorme churrascão.

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Perto dali uma mulher debulha ervilhas em Kigali, Ruanda.

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Isso é um açougue em Kigali, Ruanda.

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Os caracóis africanos parecem fazer grande sucesso.


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fonte 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. Excelente post, Phelipe!!
    Observando as fotos, percebe-se que as feiras livres de lá não são tão diferentes quanto as que temos aqui.
    Acredito que muito que temos em nossas feiras foi trazido pelos africanos que povoaram o Brasil de norte a sul.

  2. Phillipe, aproveitando o assunto de culinária exótica, estou com uma vontade TREMENDA de preparar um belo prato de macarrão com larvas de tenébrio.

    A vontade surgiu após ver um documentário no NetFlix, falando que os insetos serão a comida do futuro… Bem que você poderia fazer um post com esse assunto né?

  3. Aquele inhame gigante não é o Cará?

    E essa quantidade de arroz e feijão… dá pra sacar de onde vem o nosso mais difundido costume alimentar.

  4. Aquele inhame gigante não é o Cará?

    E essa quantidade de arroz e feijão… dá pra sacar de onde vem o nosso mais difundido costume alimentar.

  5. Philipe, você já comeu esse camarão gigante de rio? Se sim, onde? Acho muito interessante o quanto a alimentação é uma questão carregada de cultura. O quanto certos povos adoram coisas que nos embrulham o estômago só de pensar

  6. Quanto ao gosto do caramujo, esqueça. Não tem gosto de nada. Clara de ovos. Apena uma gosma sem consistência. Mas parece que a julgar pela quantidade, variedade de produtos e o sossriso nos rostos dos feirantes, o preço deve ser bem acessível e vende muito. Parece também , pelas fotos( que pelo menos nessa região) que o povo daí não é muito chegado aos tradicionais estabelecimentos comerciais convencionais, preferindo mais os ambientes ao ar livre e o corpo-a-corpo. Comida sempre teve, só que a higiene é que deixa muito a desejar. Não ficam muito aquém dos chineses, e indianos né?

    • pode ser que o animal tenha bastante valor nutritivo. Essas feiras de certa maneira sao bem mais “sustentaveis” pois nao se gasta o que é gasto de embalagem com mercado convencional. mas no Brasil tb tem muita feira né, e tem gente que prefere comprar só nelas.

  7. Em algumas fotos fica difícil dizer se é Brasil ou Africa. Algumas fotos pacerem bastante com algumas feiras de rua que tem pelo país.

  8. Que imundice! Ou pode ser só questão cultural de cada país. confesso também que declino uma queda em comer esse caramujo, se comer Sr Phillipe, conte para nós suas impressões.

  9. Interessante a penúltima foto, a do açougue… o nome do açougue escrito provavelmente na língua local, e logo abaixo a palavra “welcome”… rsrrsrss… tou vendo de onde o brasileiro tirou a mania de enfiar palavras em inglês misturadas ao nosso português cotidiano…

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