Eu estava navegando quando esbarei nessa curiosa criatura, que a princípio imaginei ser algum tipo de planta submarina, mas então, me dei conta que isso é (ou deveria ser) um bebê.
Isso é o que acontece quando por acidente, dois espermatozóides entram no mesmo óvulo. Esse fenômeno raro se chama “gravidez molar”.
A mulher passará a estar grávida de uma “mola hidatiforme” e não de uma criança. Na prática, isso é um tumor.
A mola hidatiforme, se assemelha a um punhado de pequenos bagos de uva, é causada por uma degeneração das vilosidades coriônicas (projecções minúsculas e irregulares penetrando no útero no período de fixação). Em 2-3% dos casos, penetra excessivamente e sem controle, tornando-se um tumor maligno, que passa a classificar-se como coriocarcinoma.
Basicamente, devido a dois espermatozoides fertilizando o mesmo óvulo, o feto tem 69 cromossomos e, portanto, não é verdadeiramente humano, mas sim algo que vai lembrar muito mais o alienígena simbionte do filme do John Carpenter: “The thing” .
O que as mulheres dão à luz (bem, elas não dão à luz, mas isso sai do útero) é algo que se parece com um cacho de uvas orgânico coberto com um tipo de pele, e é formado por algumas bolsas cheias de líquido e membranas estranhas.
Em algum lugar do universo talvez haja algum tipo de forma de vida parecida com isso, quase como um mixomiceto, se arrastando pelas sombras.
Uma vez, nas minhas pesquisas aleatórias de hiperfoco, estava estudando embriologia, e caí nesse assunto, que me levou a outro parecido chamado seminoma, um trem que chega a dar um medo