Acrescente mais uma estrelinha ao seu selo de “já vi de tudo nessa vida”, pois neste post eu vou mostrar pra você algo que parece impossível:
GELO PEGANDO FOGO
Não e truque. Não é gelo de álcool, não é algo que parece gelo mas não é. É gelo mesmo, água congelada e em estado sólido, que PEGOU FOGO.
Como isso é possível?
Isso é possível através de um fenômeno chamado INDUÇÃO. Neste video, vemos que a Trumpf- Wetinger uma empresa alemã que fabrica sistemas de aquecimento por indução resolveu literalmente atear fogo em uma grande pedra de gelo para mostrar que seu produto é de qualidade (não dá pra duvidar!). A demonstração ocorreu na EMO em Hannover em 2007 (faz tempo já).
O calor gerado pelo aquecedor é tão intenso que eleva rapidamente a temperatura da água em estado sólido a ponto de fazer com que incandesça antes mesmo de se liquidificar por completo.
Leia mais sobre este experimento de colocar fogo no gelo aqui
Como funciona o aquecimento por indução?
Os princípios básicos de aquecimento por indução são conhecidos e aplicados na indústria desde 1920. Durante a Segunda Guerra Mundial, a tecnologia desenvolveu-se rapidamente para atender as necessidades urgentes da guerra, para um processo rápido e confiável de endurecer peças metálicas do motor.
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Mais recentemente, o foco em técnicas de manufatura enxutas e a ênfase na melhoria do controle de qualidade levaram a uma redescoberta da tecnologia de indução, juntamente com o desenvolvimento de controle preciso e de componentes de estado sólido nos geradores de potência.
Quando uma corrente elétrica alternada é aplicada ao primário de um transformador, um campo magnético alternado é criado. De acordo com a Lei de Faraday, se o secundário do transformador está localizado dentro do campo magnético, uma corrente elétrica será induzida.
Em uma configuração básica de aquecimento por indução , um gerador envia uma corrente AC através de um indutor (muitas vezes uma bobina de cobre), e da peça a ser aquecida (a peça é colocado dentro do indutor). O indutor serve como o primário do transformador e a peça a ser aquecida torna-se um curto-circuito secundário. Quando uma peça de metal é colocada dentro do indutor e entra no campo magnético, as correntes parasitas que circulam são induzidas dentro da peça.
Como mostrado no diagrama, estas correntes parasitas circulam contra a resistividade elétrica do metal, gerando calor preciso e localizado sem qualquer contato direto entre a peça e o indutor. Este aquecimento ocorre com peças magnéticas e não magnéticas, e é muitas vezes referido como o “efeito Joule”, referindo-se a primeira lei de Joule – uma fórmula científica que expressa a relação entre o calor produzido pela corrente elétrica que passa por um condutor.
Fogão por indução
Parece até mágica quando imaginamos um cooktop de vidro que parece aquecer as panelas magicamente sem fogo. O sistema de fogão por indução usa essas ondas eletromagnéticas que geram calor e aquecem a panela. O fogão fica friozinho, você até pode colocar a mão nele ligado e como não há fogo, este tipo de equipamento de cozinha minimiza os riscos de incêndio e acidentes. No sistema por indução, o calor vai direto para a panela, mas para funcionar é necessário que a panela seja própria para aquecer com as ondas eletromagnéticas do indutor. Um teste para saber se uma panela funcionaria num fogão por indução, é colocar um imã no fundo dela, se ele grudar, a panela é adequada, caso contrário, a panela não funcionará.
Esta imagem abaixo mostra mais claramente o processo genial (quase alienígena) de funcionamento de um fogão por indução: Note que o ovo só fica “frito” na parte que encosta na panela.
Não deixe de ver também o post do cara que fez uma maquina que coloca fogo na água.
Gelo não pega fogo, certo? Errado – ao menos, parcialmente. No vídeo acima, é possível ver uma curiosa experiência, em que, ao jogar um palito de fósforo aceso em um pote com gelo, tudo pega fogo. Mas como isso é possível?
A brincadeira consiste em adicionar ao fundo da tigela um ingrediente “mágico” chamado Carbeto de Cálcio (CaC2). A substância, como é possível identificar, é formada por dois átomos de carbono e um cálcio.
Porém, quando misturada à água do gelo, ela libera o cálcio e se junta a dois átomos de hidrogênio, dando origem ao C2H2, também conhecido como acetileno, um gás bastante inflamável. Adicione à mistura um palito de fósforo e voilá, o fogo está feito. Tecnicamente, o que pega fogo é o gás e não o gelo, mas este tem um papel importante na brincadeira. Na realidade não é agua mais uma mistura quimica.
Um vídeo bem bacana que eu vi já faz um tempo, mostra esse sistema de indução com uma peça de alumínio:
https://www.youtube.com/watch?v=Q6Zrnv4OtbU
Boa lembrança. Eu postei esse aqui no blog tb.
Correção: o gelo não pega fogo. Não há reação de combustão por causa do estado oxidativo. O gelo emite luz visível devido à elevada temperatura atingida (radiação térmica). Como o aquecimento é muito rápido, não há tempo suficiente para mudança de fase.
A água aí é impura , tendo resquícios metálicos ,eles que ‘acendem’ criando a ilusão de derretimento.
O ‘fogo’ são íons e vapor que inflamam as correntes de alta frequência.
Cada frequência faz vibrar molecularmente um tipo de matéria.
Na sua casa,na minha casa temos um forno de indução que tem uma frequência específica para água, chama-se microondas.
Fornos de indução com aquela bobina são específicos para metais, é apenas um truque.