Gosta de esculturas? Gosta de miniaturas? Gosta de prototipagem e impressão em 3d? Então, segura o queixo, porque é hoje que ele vai no chão!
ARTISTA CRIA ESCULTURAS COM A DIMENSÃO DE UM ESPERMATOZÓIDE!
Eu quase caí da cadeira quando vi as esculturas do artista Jonty Hurwitz. Especializando-se em nano escultura, o cara criou até agora as mais detalhadas impressões 3D do mundo, em uma técnica chamada “Litografia Multi-fóton”.
Veja o tamanho de uma das esculturas em relação ao buraco de uma agulha:
A qualidade de resolução em ridículos 4 microns é impressionante!
A imagem abaixo mostra os manequins comparados ao tamanho de um fio de cabelo.
A escultura não está de verdade em cima de um fio de cabelo, pois seria impossível colar ela ali. Isso é uma imagem comparativa, montada no Photoshop. (Tem que avisar, sabe como é.)
Ela é semelhante às técnicas de fotolitografia padrão, só que na litografia multi-fóton, o processo é adaptado para a altíssima resolução impressa em um material fotossensível. As esculturas são praticamente invisíveis a olho nu e algumas estão na mesma escala que o esperma humano, sendo a maioria delas, menor do que a espessura do cabelo humano.
Hurwitz descreve o processo em seu site: Em última análise, estas obras são criadas usando o fenômeno físico de absorção de dois fótons. Isso é arte sendo criada literalmente com a Física Quântica.
Se você iluminar um polímero sensível à luz com comprimentos de onda ultravioleta, ela se solidifica onde quer que o raio atinja a resina, criando ali uma espécie de caroço bruto. Muitas pessoas reconhecem esta resina que é similar a usada para fazer obturações com luz ultravioleta no dentista. O processo é similar, só que no caso, usa-se um comprimento de onda da luz intensa, não a ultravioleta normalmente usada, e concentra-se essa luz através de um microscópio, e então, algo maravilhoso acontece: no ponto de foco, o polímero absorve somente dois fótons e responde como se tivesse sido iluminado por luz UV, ou seja, a resina se solidifica, mas com uma resolução milhares de vezes maior.
Esta absorção de dois fótons ocorre apenas no minúsculo ponto focal atingido pelos fótons – formando ali uma pequena área de pixel 3D (chamado de Voxel). A escultura é, então, fracionada por um processo controlado pelo computador e o próximo pixel tridimensional é criado. Lentamente, ao longo de horas e horas, toda a escultura é montada pixel a pixel e camada por camada.
O processo da impressão 3d é bem conhecido, mas até hoje, o maior calcanhar de Aquiles da tecnologia vinha sendo a qualidade da resolução.
Dos processos de impressão 3d, a estereolitografia é o que oferece a maior resolução, e essa resolução ainda está anos luz distante desse resultado mostrado aqui. É tão, mas tão impressionante, que se houvesse um Prêmio Nobel de impressão 3d o cara que inventou esta técnica ganharia com certeza.
Mas esse novo processo é uma bombada sem precedentes na tecnologia de impressão 3d e prototipagem rápida. Isso permitirá a criação de robôs funcionais, do tamanho de um grão de areia!
Aí no futuro alguém descobre um desses jogado, e eis que surge um episodio no History “….Antigos astronautas fizeram mini esculturas…”
kkkkk Limpa o veneno que está escorrendo no canto da boca, Fred. lol Boa!
…e não deixa de ser! ;)
Será que se esse negócio sair voando pelo ar, não pode ser meio tóxico? Estou viajando totalmente, mas parece ser pequeno demais pra ser “mantido” em um lugar só. Como o vento não leva? hahaha
Nessa dimensão aí leva fácil. Mas creio que não faria mal, essa coisa certamente provocaria um espirro, tal qual um grão de areia aspirado. Diariamente respiramos partículas maiores que isso, sobretudo em lugares como a China.