quinta-feira, dezembro 26, 2024

Lolita Fashion Muçulmana

Lolita fashion: Tá aí algo que eu não sabia.

Vem surgindo uma moda em alguns países árabes que é inspirada na moda urbana apelidada de “lolita” do Japão. As moças se vestem como se fossem umas bonecas. Pelo menos é o que parece. Aliás, o japão tem umas modas urbanas muito loucas. Já fiz até um post sobre isso nos primórdios deste blog.

O estilo lolita fashion me parece uma versão modernizada dos trajes vitorianos. As roupas são cuidadosamente planejadas e elaboradas. Certamente isso deve deixar as meninas muçulmanas bem animadas. Dá uma olhada:

a685183e4349260cac536613ce8c2de0

33a4631c18ca0e21afb2c322999a1626 abfd31220b770f63923c7645805f6560 4cac769a0ef96c9966c4cfa82cbbc085 34598fd29671db4eda73e9706ba4320a 73db9136f5d3982a556435819a4cc1e4 56c840c02f6acba47369f6ba51d3936f 8589e7d162b6acb0cdf38cb48085d6a4 793852b76622322afbe087e561d6d517 aaccf3e5ef6e97d2962677d2f079591f fa5dbc3d78912fbef1798e33e95c9ebd

O estilo Lolita Fashion

Segundo a Wikipedia, o estilo Lolita teve suas primeiras manifestações ao fim da década de 70 e começo da década de 80. Inspiradas em parte na cultura ‘kawaii’ (fofa ou adorável) japonesa e na nostalgia de outros tempos – sejam períodos históricos (vitoriano ou Rococó) ou simplesmente da própria infância – as lolitas se dividem em vários sub-estilos.

A intenção é parecer infantil, elegante ou modesta, evitando uma imagem adulta, sexualizada (independente do sub-estilo) ou vulgar. Saias rodadas no comprimento do joelho, em forma de sino e suportadas por anáguas,renda de boa qualidade (geralmente algodão), decote alto, cabelos cacheados e/ou acompanhados a uma franja reta e tecidos pouco brilhantes são comuns a todos os estilos.

Os Sub-estilos Lolita

Como quase tudo no Japão, há variações dentro da variação. Assim, os estilos mais comuns são esses três:

  • Sweet Lolita – Sweet, do inglês “doce”, é o estilo dito “fofo”, que usa cores como tons em rosa, tons pastel e por vezes marrom ou preto. Sempre com motivos fofos, é o estilo que mais procura a inspiração na infância, com suas estampas de doces e animais.
  • Classical Lolita – o estilo clássico, que remete às modas vitoriana e rococó originais. As cores utilizadas são tons envelhecidos. O marrom e rosa-velho são comuns, e os motivos mais populares são as estampas florais.
  • Gothic Lolita – a mistura do “gótico” com a moda lolita. As cores utilizadas são escuras e elegantes, onde obviamente o preto predomina. Cores vibrantes podem dar um ar vulgar contrastadas com preto, por isso cores pálidas e sóbrias são recomendadas. Apesar da inspiração da moda Gótica, a maquiagem deve continuar leve e natural, sem excesso de sombra preta e batons muito escuros.

Mas além dos três acima, há outros estilos que existem, embora sejam menos comuns:

  • Country Lolita – É um estilo mais “fresco” e modesto, usado geralmente em épocas quentes como o verão, traz chapéus e bolsas de palha com rendas e laços, estampas e motivos florais, de frutas ou um xadrez delicado, como gingham.
  • Casual Lolita – Casual Lolita é uma forma de usar o estilo com as roupas diárias e comuns. Por exemplo: saias em formato de sino, como o estilo exige, com rendas, lacinhos e babados e uma camiseta baby look com estampa fofa. Nunca tênis, sapatos (mas não sapatilhas). Sapatos boneca simples e com saltos baixos caem bem melhor.
  • Hime Lolita – Estilo que mais remete à imagem de princesas européias. Apesar de muito parecido com o Sweet Lolita, em especial pelas cores, diferencia-se pelos modelos de vestido, acessórios (coroas, tiaras, pérolas) e até mesmo pelo penteado.
  • Shiro Lolita – considerada por alguns subdivisão do sweet lolita, uma roupa shiro Lolita é composta apenas de branco, já que shiro, do japonês significa branco.
  • Kuro Lolita – também considerada subdivisão do sweet lolita por algumas pessoas, é o oposto de um outfit Shiro Lolita, simplesmente uma lolita vestida somente de preto.
  • Punk Lolita – a mistura da moda punk com a moda lolita. São bastante utilizadas sobreposições, xadrez e listras. Os acessórios mais comuns incluem caveiras e talvez spikes.

Se não fosse suficiente, surgiram ainda mais. Esses estilos a seguir são mais usados geralmente em ensaios fotograficos ou em encontros/eventos, o que não os impede de serem usados no dia-a-dia, embora isso não seja comum.

  • Guro Lolita – as guro lolitas (termo japonês que corresponde à grotesque lolita)é uma lolita que usa bandagens, sangue falso e afins, o que pode dar um ar de boneca quebrada à lolita “comum”.
  • Ero Lolita Ero é a abreviação de erótico, um termo muito controverso na moda Lolita. Apesar do nome, um outfit Ero Lolita não é composto de lingerie ou saias curtíssimas, já que as regras Lolita estão acima de qualquer inspiração. Corsets são usados, mas sempre com uma blusa por baixo, e também os decotes são um pouco maiores, ainda assim não chegando na linha do busto. A saia pode ser quatro ou cinco dedos acima do joelho, mas é cuidadosamente  balanceada para não parecer vulgar.
  • Wa Lolita e Qi Lolita O primeiro sub-estilo é baseado na combição entre acessórios japoneses e a roupa tradicional com a moda Lolita, onde as mangas dos vestidos e a gola transpassada lembram os kimonos e contrastam com a saia volumosa. Já a Qi Lolita tem praticamente o mesmo conceito de Wa Lolita, com a diferença de que os acessórios e vestidos são inspirados na vestimenta tradicional chinesa. Ambos são comumente usados em eventos, não diariamente.
  • Deco Lolita Uma mistura do estilo Decora com o Lolita. Usa-se muitos acessórios variados e coloridos como prendedores de cabelo, laços enormes na cabeça, perucas e estampas coloridas. As cores são geralmente em tons pastel, e cores cítricas, fluorescente ou muito chamativas são usadas com extrema moderação ou evitadas. fonte

De volta à Lolita muçulmana

A mistura de estilo oriental com os códigos de vestimenta restritivos dos países islâmicos é curioso. Dificilmente seria adotado em lugares mais radicais, como os territórios ocupados pelo Talibã. Essas meninas usam o hidjab, que é este tipo de véu que cobre apenas o cabelo e deixa o rosto de fora e caracteriza países islâmicos menos restritivos e impositivos.

Enquanto isso, no Talibã, a moda também segue seu curso:

burca

Receba o melhor do nosso conteúdo

Cadastre-se, é GRÁTIS!

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade

Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

Artigos similares

Comentários

  1. Sei que este tipo de opinião gera desconforto, mas vou lançar esta direta: é uma lástima o que a religião islâmica (radical) fez com o Oriente Médio.
    Um dos pontos que mais me chama a atenção é como o Irã, nos anos ’70 (e aqui de forma prévia à Revolução Islâmica de 1979) parecia ser um país com “a face apontada para o progresso”, justamente o contrário do que parece ser hoje, afundado em fundamentalismo religioso, regras retrógradas, desigualdade de gêneros alarmante e verdadeira involução como sociedade.
    Cito este país como o exemplo mais contundente, mas arranhando a superfície dos registros históricos dá para perceber que os países daquela região do globo tinham tudo para serem bem sucedidos, até que a teocracia entrou em jogo.
    Philipe, que tal seria uma matéria sobre os países do Oriente Médio, sua cultura e seu panorama prévio ao domínio dos extremistas religiosos? Creio que daria para surpreender.
    Abaixo, estudantes iranianas, início da década de ’70, uma até com a inimaginável (hoje) minissaia, todas exercendo um dos mais basilares direitos de todo o ser humano civilizado: o acesso à educação de nível superior. Como puderam andar tanto para trás em tão pouco tempo?

  2. Esses Talibãs tem é medo de serem corno isso sim, prendem a mulher e escondem ela para que ninguém vejam por medo da mulher ser cortejada por outro e deixar o otário…
    tratam as mulheres la como lixo e esses M vieram de quem? dos outros machos que eles puxam saco?
    eles nascem das mulheres e as tratam como animais de estimação e empregadas
    isso não é coisa de homem não, é coisa de covarde de pinto pequeno

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimos artigos

Os melhores filmes dos anos 80 – parte2

Há um tempão atrás, precisamente no dia 14 de abril do ano passado, eu fiz um post em que compilei um monte de filmes dos anos 80. O post em questão, chamei de "Os...

A Incrível História de Jacobo Greenberg e o Mistério do Mundo Paranormal

Como um dos cientistas mais célebres do México desapareceu sem deixar vestígios após concluir que estamos na MATRIX

Paranormalidade: Ex-Medium da CIA encontra corpo de criança com visão remota

Casos intrigantes ou meras coincidências? Esses relatos mostram que ainda não conhecemos os limites da percepção humana

Miniaturas que custam mais caro que carros de verdade

Essas miniaturas incríveis vão te chocar pela absoluta precisão e qualidade, mas também pelo seu preço. Seu valor é de um carro real.