sábado, dezembro 21, 2024

Made in ACRE! Conheça a moto que usa combustível à base de água

Como dizem os leitores aqui do blog sempre que posto coisas nessa linha: Mais um que não demora, vai sumir!
Olha a notícia:

Após ler um artigo na internet sobre uma motocicleta que utilizava água como combustível, o cineasta acreano Delande Holanda ficou pensando se seria realmente possível. A curiosidade o levou a estudar e fazer diversas experiências até conseguir fabricar sua primeira moto que funciona parcialmente à base de água.

“Isso tudo iniciou quando vi um artigo que dizia que seria possível retirar um combustível alternativo à base de água. Comecei a partir daí a fazer um estudo sobre isso. A gente sabe que a água é formada por H2O [ dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio] e sabe também que o hidrogênio queima. Diante disso, achei que seria possível tirar um combustível da água”, conta. Acreano cria moto que usa combustível à base de água e faz 60 km por litro 1

Mas o grande desafio para Holanda foi descobrir como utilizar esse hidrogênio presente na água como combustível. A resposta ele diz ter encontrado relembrando os tempos de escola.

“A gente vê isso em ciências na 5ª série do ensino fundamental. Se você pegar duas chapas de aço, colocar uma pilha, ligar um fio nos pólos negativo e positivo e jogar água entre essas placas, vai conseguir separar o hidrogênio da água”, explica.

A partir desse conceito, ele começou a fazer estudos e montar a sua ‘célula geradora de hidrogênio’, que ele batizou como Nativos HHO. “Eu engano o carburador e ele queima o hidrogênio como se fosse gasolina”, diz.

‘Ameaça de separação’

Durante quase um ano o inventor trabalhou para montar seu protótipo, o que ainda quase lhe custou alguns amigos e o casamento. “Fui tratado como doido, disseram para que eu parasse com isso. E houve até uma ameaça de separação, porque é meio difícil acreditar nisso”, conta.

Acreano cria moto que usa combustível à base de água e faz 60 km por litro 2

Porém, ele não desistiu do projeto. Sem formação em engenharia ou mecânica, ele contou com a ajuda de um amigo mecânico para desenvolver os experimentos e o primeiro protótipo ficou pronto no mês de novembro.

De acordo com o inventor, depois que adaptou a moto ele conseguiu uma economia de 40% no uso de combustível. “Se antes eu rodava 35 km com 1 litro de gasolina, hoje rodo 60 km”, diz.

Combustível sustentável

O cineasta diz que agora pretende aprimorar os experimentos para conseguir adaptar sua moto para que ela funcione totalmente a partir da queima do hidrogênio. Ele ainda quer fazer testes em veículos maiores como carros.

E para quem pensa que Holanda resolveu investir na ideia com objetivo de ficar rico, ele explica que não é bem assim.

“Não fiz isso com interesse comercial. Existem muitas pessoas querendo, mas estou evitando porque não existe estudo finalizado para isso. Quero que vejam como uma coisa boa para o meio ambiente, levando em conta que se hoje tiro 40% do consumo da gasolina, tiro 40% da poluição que esse combustível iria emitir e não precisa ser ‘Expert’ para saber que é um combustível limpo”, afirma.

Acreano cria moto que usa combustível à base de água e faz 60 km por litro 3

Ele diz que com o invento quer estimular uma discussão sobre a utilização de combustíveis menos agressivos ao ecossistema. “Quero mostrar para a sociedade que existe sim um combustível limpo que pode ser estudado e inserido no mercado como combustível alternativo à base de água. Já que água é o que mais temos na Amazônia”, enfatiza.

Clique aqui e veja mais um caso em que três jovens estudantes criaram um motor que usa água como combustível.

fonte

Realmente é uma coisa legal. Mas fico curioso de saber o que ele realmente inventou. Na pratica, ele só adaptou coisas que já existem numa moto. No mercado, há um kit que você compra e adapta no seu carro que permite (supostamente) aumentar absurdamente seu rendimento adicionando água ao veículo. O que o kit faz é justamente isso, uma eletrólise.

Em termos energéticos parece o “ó do borogodó”, sobretudo para leigos que curtem um sensacionalismo gratuito, mas na verdade energeticamente isso não é grandes coisas. Infelizmente.

O fato concreto é que é necessário mais energia para quebrar as moléculas de água do que o hidrogênio resultante é capaz de produzir. O processo mais usado atualmente para produzir hidrogênio a partir da água é a eletrólise, onde é usada energia elétrica para quebrar as moléculas de água.
Mas existem outros meios, que eu duvido, seja o caso aí. Um deles é usando compostos de boro.

Há um carro japonês que usa uma tecnologia similar, mas ele não utiliza apenas água, e sim um segundo material, capaz de quebrar quimicamente as moléculas de água, produzindo o oxigênio. Eles mantém segredo quanto ao material secreto, mas as apostas são que trata-se de um composto de boro, que é capaz de se combinar com os átomos de oxigênio da água, resultando em óxido de boro (que é descartado) e hidrogênio (usado para mover o tal carro).

Agora, uma dica interessante é este video aqui em baixo. Trata-se de um documentário chamado “Quem matou o carro elétrico?”

Dica da Jocélia

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. Controverso na minha opinião. Ele se orgulha de ter muita água na Amazônia mas água é um bem escasso. Imagine se uma invenção como essa chegasse a escala mundial e todos os combustíveis de automóveis e motos do planeta fossem a base d’agua? Seria insustentável. A sustentabilidade dessa ideia depende de como o ecossistema reagiria a isso. Se todo esse hidrogênio lançado na atmosfera fosse devolvido em forma chuvas abundantes em todo o planeta aí tudo bem.

    • Água não é escassa, esse é mais um embrólio que inventaram, a á gua está em tudo no universo. Todos os átomos com baixo número atômico são abundantes no universo H2O ( H-1 e O-8) é super abundante no universo, o que é raro são os compostos com altos números atômicos, o Anúmbio é o maior deles com 112. Pela teoria mais aceita da criação do universo, o big bang, no início tudo era energia que se transformou lentamente nos primeors átomos de hidrogênio, com a formação das estrelas, pela elevada força gravitacional os núcleos dos átomos mais leves se fundiam e formavam átomos mais pesados, não obstante a estrela que fundia isso tudo explodia e todo o processo tinha que ser reiniciado, o nosso próprio sol deve ser a quarta ou quinta geração de estrelas anteriores, fornalhas geradoras de matéria diversa no universo. Não acredite em tudo que te falam, estude, leia, aprenda, não acredite em tudo que te falam.

      • É verdade. O hidrogênio é a coisa que mais tem no universo. É por isso que todas as buscas de vida inteligente pelo SETI se baseiam na frequência do hidrogênio. Ela também coincide com uma sossegada seção do espectro eletromagnético, onde existe pouca interferência de sinais da Terra e do espaço. O que faz com que seja ainda mais intrigante é que fica muito próxima da frequência de uma outra molécula muito comum – o hidróxido (OH) a 1640 MHz. O hidrogênio e o hidróxido combinam para formar água, H2O, o componente fundamental da vida como a conhecemos.

        Esta combinação de alguns elementos bastante comuns, a relativa inexistência de interferências, e a sugestão de água foram determinantes para a escolha dos pesquisadores SETI desta frequência. “Onde nos devemos encontrar? No buraco da água, como é óbvio!” escreveu o cientista SETI Bernard Olivier, referindo-se a esta unica banda de frequências. O nome ficou.

  2. E ai? Meu comentário saiu antes do inventor desaparecer?

    Faz muito, muito tempo que há boatos sobre combustíveis alternativos limpos. Seria maravilhoso e limpo um mundo onde usaria-se combustíveis como esse… Mas..

  3. Isso mesmo, combustível limpo, coisa alternativa, ótimo… Ele só não descobriu que água está se tornando um elemento raro e que não há meios de substituir água, já combustível né?..Depois quando esse tonto estiver com sede tomara que alguém lhe ofereça gasolina para beber…

  4. Em um mundo dominado pelas grandes petroleiras, falar de energia limpa, sustentável e barata isso é um tabu… não existirá investimento nessa área justamente pela falta de interesse comercial… imagina tirar energia da umidade do ar… quem não gostaria que seu carro fosse abastecido pela luz solar gratuitamente?… mas esse mundo é capitalista d+ pra se preocupar com o que as pessoas e a natureza precisam… o jeito, meus camaradas, é fugir ao controle desse sistema e embarcar na confecção sob demanda desses veículos… o problema seria passar pelo detran.

    • exato! é como falei num post aki do mundo gump sobre a questao de fukushima e do debate sobre as fontes de energia e etc q podem ser sustentáveis e limpas mas que por justamente ter toda uma industria pesada de interesses financeiros a nivel global nunca será algo visto com bons olhos!! um exemplo inesgotável q sempre dou é o de nikola tesla, um cara mto alem do tempo q viveu e q por ter tantas ideias geniais foi escanteado pelas páginas da historia até hj!.. esse cara é uma dessas pessoas q mesmo sem estudos e conhecimentos tem otimas ideias mas q sao “perigosas” a esses interesses.. essa é a verdade.. que existe formas de se fazer um mundo mais limpo e sustentável ninguem tem duvidas, mas enquanto o interesse massivo prevalecer essas ideias nunca sairão do papel e nem serão interessantes q saiam!..

  5. Primeira coisa que lembrei foi das aulas de química, sobre como determinar a quantidade de substâncias numa reação / molécula. Achei rapidinho uma conta ( http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20110424185934AAa0nXl ) que resume bem a situação:

    1 litro de água contém exatamente 1 kg, ou 1000g

    Fazendo a massa molar da água, temos H2O (H = 2g/mol e O = 16g/mol)

    18g/mol —- 100%
    2g/mol —— x%
    x = 11,11%

    1000g —– 100%
    xg ———– 11,11%
    x = 111,1g de Hidrogênio.

    Ou seja, considerando a água Destilada (apenas H2O), conseguimos obter 111,1g de Hidrogênio a partir de 1L.

    Aí você pega isso e lança num motor que não foi preparado para o hidrogênio. Qual o rendimento ? Duvido muito que funcione, e gostaria muito que funcionasse. Mas a conta não fecha. Um tubinho daquele de água aumentar em 75% a eficiência do motor. Ho ho ho ho ho!!!! Feliz Natal.

  6. Letícia…teu comentário foi tão ignorante que eu quase passei mal aqui! Quer dizer então que isso pode se fazer somente com água potável? kkkkkkkkkkkkkkkk “agua se tornando um elemento raro” depois dessa chega de internet por hj!

  7. Mesmo que seja o sistema similar aos que vendem para carros, o cara simplesmente o recriou sem ter nenhuma base; isso é admirável. E a intenção dele de não comercializar é bacana, tomara que ele repasse o conhecimento aos outros.
    Me lembra o cara que criou um sistema de iluminação com pet, água e cloro, e já está sendo disseminado. Algo simples e que ajuda a muitos.
    A internet está aí para isso, também, disseminar essas ideias e, se popularizar, fica difícil de “esconder”esses inventores. Espero que ele tenha o mesmo sucesso que o inventor da lampada de pet (no sentido de ajudar pessoas).

    • Esse cara da pet, é da minha cidade e ele vai onde precisar para ensinar a fazer o sistema, q realmente funciona, pois a instituição que minha mãe preside foi uma das que ganharam um sistema desses e a conta de luz baixou muito, também são mais de 200 crianças tomando banho, sorte delas que recebem esse valor economizado como outra refeição no dia.
      Adorei, meu carrinho ia amar andar movido a água.
      E meu bolso tb.

  8. Eu já fabriquei um sistema assim aqui em casa e digo essa coisa explode com uma violência tremenda podendo deixar o cara surdo.

    Não tem mistério para fazer o dispositivo de hho, o problema é que gasta muita energia da bateria para gerar pouco hho

    A receita:

    1 pote de vidro (aqueles de conserva).

    Água de chuva.

    Bicarbonato de sódio 2 colheres pequenas.

    2 chapas de aço inox (pode utilizar 2 colheres kkk a patroa pira) eu recortei as minhas de um balcão de pia inox.
    3 uma fonte de pc zuada (fio laranja +3volts em uma das chapas), (fio preto negativo, na outra chapa).

    As chapas não podem encostar uma na outra ai eu catei umas borrachas aquelas de dinheiro serviu perfeitamente para separar elas (as chapas)
    Aqui eu utilizei um borbulhador para acumular o gaz que merda que eu fiz o fogo retornou para o borbulhador e o troço explodiu fiquei uns 5 minutos com um zumbido no ouvido fora a a baderna na garagem pareceu um morteiro kkk.

  9. mais um projeto de energia limpa que vai ser enterrado por causa do lobby das grandes industrias de combustivel fossil, toda vez que vejo esses projetos de fundo de quintal feitos com o minimo de recursos só confirma o fato de que energia limpa nao é aplicada em larga escala simplesmente porque nao da lucro

  10. Se essa “tecnologia” desse certo, já estaria sendo produzida em série em algum veículo. Essa ideia não substitui a gasolina, apenas reduz o seu uso (veículo híbrido), e portanto não seria um grande problema para a indústria do petróleo.
    Lembro que já existem veículos híbridos hidráulicos e elétricos em série pelo mundo. Por exemplo, o veículo abaixo que roda em Curitiba e reduz em 35% o consumo de combustível recuperando energia na frenagem (similar ao KES da fórmula 1).

    http://www.volvobuses.com/bus/brazil/pt-br/linha-produtos/urbanos/volvo-hibrido/Pages/default.aspx

  11. Experiências com hidrogênio como combustível de automóveis é algo já muito antigo. O primeiro motor de combustão interna a utilizar a queima deste gás data de 1806, pelo inventor francês Francois Isaac de Rivaz (que de fato arquitetou o primeiro motor de combustão interna). Motores deste tipo que queimam gasolina só surgiram mais de 60 anos depois.
    De fato, o uso de hidrogênio em motores é tão antigo quanto os próprios motores em si.
    A questão é que a obtenção de hidrogênio, seu armazenamento e seu uso não são elementos simples, práticos e baratos, tornando seu uso contraprodutivo para o propósito de massificação da tecnologia de motores a combustão interna.
    Quando finalmente os automóveis começaram a ganhar as ruas, no começo do século XX, era muito mais fácil, barato e prático usar gasolina, por alguns motivos:
    – É um combustível líquido, de bom poder calorífico, de seguro manuseio e que não necessita de tanques complexos para seu armazenamento;
    – Era elemento oriundo do craqueamento do petróleo que até então tinha-se como refugo por não ter aplicação industrial. Isso significa que era pornograficamente barata e abundante no mercado;
    – Em colisões ou situações atípicas, um vazamento de gasolina é infinitamente mais seguro do que um vazamento de gás hidrogênio.
    – Funcionava como lubrificante de peças móveis tais quais válvulas e suas sedes (especialmente as válvulas de antigamente, sem a mesma precisão de usinamento das peças atuais e que funcionavam em sistemas muitas vezes diferentes, como os mecanismos aspin e knight, apenas para citar dois exemplos – google it, vale a pena), aumentando a vida útil dos motores (lembrando que combustíveis gasosos, como o próprio GNV, não possuem efeito lubrificante e, por isso mesmo, acentuam severamente o desgaste dos componentes móveis dos cabeçotes em motores modernos).
    Ou seja, a gasolina era o combustível ideal para motores de combustão interna, e é por isso que no início do século XX motores a gasolina e motores elétricos disputavam de igual para igual o mercado automotivo nas grandes metrópoles motorizadas do mundo. Porém, conforme os anos se passaram e a infraestrutura viária cresceu, estradas se abriram e o desenvolvimento tecnológico afagava continuamente o desenvolvimento e melhoria dos motores de combustão interna, sua autonomia muito superior ao dos elétricos e a abundância e baixo preço da gasolina contribuíram para a prevalência dos motores de combustão interna.
    Levando em conta o contexto da época (e até mesmo o atual), a gasolina era o combustível ideal por excelência, pois permitia a massificação do meio de transporte (automóvel) a baixos custos e de maneira segura. Tivemos, então, o fenômeno industrial da convergência tecnológica, e em décadas os motores a gasolina tiveram evolução expressiva, as redes de distribuição de gasolina agigantaram-se, todo um modelo industrial se criou no sentido de prover a construção e manutenção de automóveis deste tipo, mecânicos se especializaram, o público aos poucos passou a dominar a tecnologia e, hoje, o motor a combustão interna é hegemônico.
    É por isso que o automóvel a gasolina é algo difícil de sair de cena, porque ele conta com uma infraestrutura gigantesca para barateá-lo e facilitá-lo, e que já está pronta, diferentemente dos combustíveis alternativos. Não é uma questão de complô e lobby, até porque TODAS as grandes companhias fabricantes de automóveis movidos a gasolina contam com voluptuosos projetos de uso energia alternativa em seus centros de pesquisa e desenvolvimento, apenas esperando sua viabilidade, caso ocorra, esmagando em fiabilidade, custos e exequibilidade toda e qualquer tentativa de inventores independentes simplesmente por dispor de potencial técnico, econômico e produtivo infinitamente maior. Seria ingenuidade extrema acreditar que este cidadão realmente fez algum experimento inédito, quando na verdade ele apenas demonstra uma tecnologia que, por suas próprias características, não é algo prático para se colocar no mercado (e que já existe desde o século XIX).
    Fato é que a hidrólise consome muito mais energia para liberar o H2 do que este mesmo H2 possui em poder calorífico para alimentar o motor. Como o sistema é alimentado pela bateria, o que na verdade se faz é uma forma de piorar em eficiência o uso da eletricidade da bateria para mover o veículo. Tivesse ele montado um “plug-in hybrid” (ou um veículo com uso misto de motores elétricos e a gasolina), usando diretamente a eletricidade de um sistema de baterias para propulsionar as rodas motrizes, sua eficiência energética seria muito maior. É por isso que este sistema, mesmo existindo no mercado há décadas, não apresenta adeptos. É mais uma curiosidade do que uma melhoria. Em termos de eficiência é tão prático quanto aqueles sistemas mirabolantes de “alinhamento de moléculas de gasolina”, tubos de “turbilhonamento da mistura ar/combustível” e “turbocompressores elétricos” que se vendia no MercadoLivre (e ainda se vende) arrancando dinheiro daqueles que querem resolver um problema real com pseudo-engenharia.
    Ninguém vai sumir nessa história a não ser o dinheiro dos desafortunados que venham a comprar a ideia e pagar para instalar isso em seus motores.

  12. Em 2008, trabalhei em um escritório de arquitetura que tinha uma comissão de sustentabilidade. Eu era um membro dessa comissão e fiquei espantado com alguns conceitos que as pessoas têm na cabeça e não entendem pq as coisas não funcionam e dizem que é lobby. Ora, muitas pessoas entendem que sustentabilidade começa com reciclagem. Não é, muitos materiais reciclados não são sustentáveis, um deles é o papel. O papel reciclado é mais caro, usa mais energia para ser produzido do que o novo, tem pior qualidade do que o novo e, papel se dissolve rapidamente, portanto, não há motivo para reciclar papel e nem para utilizá-lo, mas as pessoas acham bonito e é modinha besta.
    O caso dos carros elétricos é outra modinha besta, digo isso porque todos vêem a não emissão como a solução para a poluição, mas ninguém para pra pensar na emissão de gases da produção das baterias, da quantidade de metais pesados contidos nessas baterias e nem no descarte das mesmas. De fato o carro elétrico traria um problema enorme em dez anos quando as baterias tivessem de ser trocadas.
    Outro fator é a autonomia. Pensando nesse aspecto fiz uma analogia simples, costumo viajar até Santa catarina todos os anos, são 900km até a cidade de destino. Com a autonomia dos carros elétricos atuais eu chegaria até o mio do caminho se eu conseguisse economizar bem a energia. Bem, que ótimo, paro na hora do almoço e deixo o carro carregando enquanto almoço. Ótimo, se todo mundo que viaja pensar assim, não teria tomadas suficientes para carregar os carros, os postos teriam de ter subestações pois precisariam de receber uma quantidade enorme de energia, as linhas de transmissão nas estradas seriam algo assustador, para carregar um carro elétrico plenamente precisa de no mínimo 2 horas, as filas para reabastecimento seriam caóticas!
    Por isso o carro elétrico não pega. Além disso tem o preço nada convidativo, tanto do carro como da energia elétrica.
    Caso os carros fossem como os navios, híbridos diferentes do carros atuais, os navios contam com motores a diesel que servem somente como geradores para enormes motores elétricos que movimentam o navio e para o fornecimento de energia elétrica para o uso diário do navio. Assim, poderia o carro ter um motor de 2 cilindros, masi ou menos uns 500cc funcionando em baixa rotação apenas alimentando as baterias que forneceriam a energia elétrica aos motores e sistemas do carro. Porém ainda não se eliminaria o uso de combustível fóssil e nem a produção e descarte das baterias.
    No caso do hidrogênio, a BMW produziu um série 7 que usava o combustível, que tem eficiência energética muito maior, porém engavetou o projeto devido à instabilidade do gás e a dificuldade em usá-lo com segurança em um automóvel.

    Abs,

    Luiz

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