Por centenas de anos, um mistério cercou a catedral de Venzone, uma pequena cidade na província de Udine, Itália. Em vez de se decompor normalmente, corpos enterrados nos túmulos abaixo da catedral ficavam perfeitamente preservados e ainda reconhecíveis muitas décadas mais tarde, fato que levou os habitantes da cidade (agora vem a bizarrice) a desenterrar periodicamente seus entes queridos mortos para “passar um tempo com eles e matar a saudade”.
Levou décadas até que os cientistas finalmente localizassem a fonte dessa estranha conservação dos cadáveres. Era a Hifa tombicina , um fungo microscópico, que age como um parasita e desidrata rapidamente os corpos antes da decomposição poder sequer começar.
Udine tem umas tradições muito loucas. O Carlo Ginzburg explora essa região de uma maneira bem legal, recomendo "Os Andarilhos do Bem" e "História Noturna" dele mesmo.
Em algumas fotos fiquei em duvida de quem era a múmia e quem era o parente do extinto…
kkk porra, maldade, véio.
Cacete, esse pessoal dessa cidade tem uns probs… Beira a necrofilia essa familiaridade toda com os mortos. A foto de chamada do post é perturbadora, aquela saiazinha no cadáver, fica parecendo uma garota envergonhada lamentando, “me deixem descansar em paz”…
Parabéns pelo blog! Leio há anos mas é a primeira vez que comento, tamanha incredulidade ao verificar o quão diversificada são as culturas, algo mórbido para nós é sentimental para eles. Me lembrou aquele outro post do cara que dormia com a esposa morta e o outro que colocou o cadáver da esposa num caixão de vidro no meio da sala de estar, pra tomar uma cervejinha com os amigos assistindo futebol. Abs!
Valeu mesmo, Pelegrino! Comente mais, cara! Adro quando leitores antigos aparecem!