Nasa foi processada por invasão de propriedade privada (ao planeta Marte)

A era do processinho não tem jeito. está aí e veio pra ficar. Hoje uma pessoa tropeça na calçada e cai na rua ela pode processar a prefeitura, que pode processar o dono do imóvel em frente e por aí vai… Mas acredite se puder, três árabes processaram a NASA, por ter “invadido sem autorização o planeta deles”. Sim, estou falando de Marte. O planeta.
Malucos? Pirados? Vamos ver o curioso caso:

Em 1997, a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço recebeu uma notificação de que estava sendo processada. A ação era movida por três homens do Iêmen, que alegavam que o Planeta Vermelho “era deles e a NASA estava explorando-o sem autorização”, pois eles se intitulavam seus legítimos proprietários.

Segundo a notificação, a “Sojourner e Pathfinder, que são de propriedade do governo dos Estados Unidos, desembarcaram em Marte e começaram a explorá-lo sem nos informar ou pedir nossa aprovação”, declararam os homens. A história saiu no jornal semanal de língua árabe Al-Thawri , vários dias depois.

Os “donos” de Marte apresentaram uma queixa oficial ao procurador-geral do país em Sanaa, no Iêmen.

Seria Marte propriedade de três carinhas lá do Iêmen?

 

“Nós herdamos o planeta de nossos ancestrais há 3.000 anos”, declararam os homens. E por mais absurdo que possa parecer, eles supostamente tinham “evidências” para apoiar sua reivindicação.

Adam Ismail, Mustafa Khalil e Abdullah al-Umari ganharam as manchetes no verão depois que sua petição formal, pedindo à NASA para suspender todas as operações em “seu planeta”. O caso foi divulgado pela CNN em 24 de julho de 1997.

“É uma afirmação ridícula”, disse Brian Welch, então diretor de Serviços de Mídia da NASA, à CNN. “Marte é um planeta no sistema solar que é propriedade de toda a humanidade, não dois ou três caras no Iêmen”.

[Nota do Philipe: Que porra de pensamento maluco é esse de dizer que o planeta lá na puta que o pariu é de propriedade “da Humanidade”? Nenhum planeta é de propriedade humana, A COMEÇAR PELA TERRA. Somos só macacos. MA-CA-COS, primatas toscos dum planetinha medíocre num sistema solar igualmente medíocre, numa galaxia que é absolutamente medíocre e corriqueira. Tá faltando humildade nessa merda aqui. Agora, voltando ao lance:]

Welch acrescentou que, de acordo com o Tratado do Espaço Internacional das Nações Unidas, de 1967, nenhum homem nem país pode reivindicar a propriedade sobre a terra no espaço exterior.

A NASA iniciou seu programa de exploração espacial no final dos anos 50, e depois de alguns pouso bem-sucedidos e extremamente caros na Lua, eles se voltaram para o próximo destino plausível. Após o primeiro voo bem-sucedido da NASA com o Mariner 4 em 1964, a corrida para ser a primeira nação a pousar uma sonda na superfície do planeta estava em curso. Tanto os EUA quanto a URSS começaram a desenvolver sondas capazes de explorar a atmosfera de Marte.

Em 1971, a primeira nave espacial pousou na superfície escaldante do planeta.

Quatro anos depois, a NASA acertou no milhar com a Missão Viking. As 1.400 imagens transmitidas pelos dois landers foram arquivadas no catálogo de imagens do NSSDC. Talvez Ismail, Kahlil e al-Umari fossem jovens demais para se preocuparem com essas transgressões anteriores, sem mencionar as várias missões fracassadas.

Foi em 4 de julho de 1997, quando a espaçonave não tripulada Mars Pathfinder, mais tarde rebatizada como a Estação Memorial Carl Sagan, aterrissou no planeta. Ela lançou o rover Sojourner, uma sondinha de exploração livre para percorrer o planeta e iniciar uma análise completa do solo das rochas na área.

No espaço de apenas algumas semanas, tanto a sonda quanto o robô combinados enviaram milhões de informações de volta à Terra – incluindo milhares de imagens, bem como dados sobre a atmosfera de Marte, como a velocidade do vento, a temperatura do ar e do solo.

Os dados coletados revelaram-se de grande importância, e o mundo ficou satisfeito ao ouvir a conclusão da NASA de que Marte era ao mesmo tempo um mundo mais úmido e, presumivelmente, um lugar muito mais amistoso para sustentar a vida como a conhecemos.

Mas nem todo mundo curtiu. Os três homens do Iêmen não ficaram felizes com um “invasor” vagar por aí em seu planeta, e revelar informações valiosas ao público sobre sua “propriedade particular”.

Em suma, sua afirmação foi construída em torno das mitologias de duas civilizações antigas e há muito perdidas, os Himyaritas e os Sabaeanos, que existiram vários milênios antes da era de Cristo e da Civilização Romana.

De acordo com essas crenças, os dois grupos étnicos criaram um templo para cada um dos sete planetas visíveis a olho nu. Os pretendentes interpretaram isto como significando que seus antepassados ??eram seres celestiais? Quem sabe. A CNN brincou dizendo que “Não havia notícias sobre se eles pagaram os impostos de herança apropriados”.

Ismail, Kahlil e al-Umari eram da opinião de que eles são descendentes diretos dos legítimos donos do Planeta Vermelho. Mais importante ainda, os três insistiram que sua linhagem era suficiente para reivindicar propriedade e registrar uma queixa argumentando que Marte é, na verdade, “a casa deles”.

Como resultado, eles pediram ao tribunal para instruir o perpetrador a reter todas as informações obtidas e parar com todas as operações imediatamente.

Segundo eles, a NASA deveria ser responsabilizada se quaisquer dados já recolhidos de Marte fossem divulgados sem o seu consentimento formal.

Nem preciso dizer que a petição foi rejeitada. O procurador-chefe – o único funcionário a ver as provas que sustentavam o processo – chegou a ameaçar o trio de prisão.

Enquanto a ação foi  contra a NASA deu ruim, os três homens continuaram escrevendo outro capítulo em sua estranha história:  Ao mostrar sua petição, e supostamente sua evidência formal para apoiá-lo, eles tentaram convencer os investidores a comprar terras em Marte pelo melhor preço.

Isso mesmo, malandragem, o famoso golpe do João sem braço, do terreno no céu 2.0 : Pediram dois dólares por metro quadrado.

Então se você estava pensando que era um post sobre malucos, talvez precise mudar ide ideia. É um post de neguinho muito do malandrão. E não foi a primeira vez que alguém tentou vender um astro também.  Na real, tem nego que ficou rico vendendo terrenos na lua. Conheça o gênio:

Denis Hope

 

Dennis Hope também teve a vida marcada pelas imagens da chegada do homem à Lua: ele se tornou um corretor do espaço. “Sim, nós vendemos terrenos na Lua, e também em Marte, Vênus e Mercúrio”, diz Dennis.

Dennis Hope teve a brilhante ideia, depois de quase ir à falência e de um divórcio. “Em 1980 eu mandei um documento para as Nações Unidas reivindicando a posse da Lua e de mais oito planetas. O documento dizia que se a ONU tivesse algo contra deveria entrar em contato comigo. Até hoje ninguém nunca ligou ou escreveu”, conta Dennis.

Dennis montou uma imobiliária no centro de Rio Vista, na Califórnia, com seis funcionários. Ele conta que chegou a vender até 1.500 terrenos na Lua por dia.

Sabe quanto é que esse ex-ventríloquo diz que já faturou com essa brincadeira? O equivalente a R$ 22 milhões.

A documentação, ele mesmo despacha pelos correios. “George Lucas, Tom Hanks, Tom Cruise, Nicole Kidman, John Travolta, Clint Eastwood… Não me lembro do nome dele, mas um governador brasileiro virou proprietário lunar”, enumera Dennis.

Claro que tem uma explicação para entender como que um cara fatura tanto e não vai preso por estelionato. Descubra aqui o macetinho. 

Você acha que acabou? Conheça outro especializado em separar trouxas de seu dinheiro. Phil Davies.

Phil Davies

Phil Davies, da Inglaterra está usando o truque de cobrar pouco e entregar nada, assim mesmo quando as pessoas mudam de ideia, não vale o trabalho de tentar reaver o dinheiro. Esse sujeito está vendendo… terrenos em Marte. O preço é barato, US$ 0,10 por acre; e 1.100 idiotas já compraram 11 mil acres marcianos!

Pior: o picareta diz que tem um embasamento jurídico forte para validar sua declaração de posse do planeta vermelho.  segundo ele (seguindo o lema do 171),  “dinheiro não é importante”.  Phil Davies alega que seu objetivo é reformar a legislação, pois o Tratado do Espaço Profundo é omisso na parte de atividades privadas. Dr Phil (sim, ele é médico) quer que a ONU intervenha e promova a discussão.

Picaretas tentando vender lotes na Lua não são novidade, este aqui vende terra em Marte, Lua e Vênus. Agora, nada vai superar a história do maluco que inventou a pedra de estimação. (o link esta nos posts recomendados aqui em baixo)

 

fonte, fonte, fonte, fonte

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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