Esta imagem que vemos abaixo é um pedaço do modelo de um cérebro de rato feito com a ajuda de um supercomputador.
A primeira fatia do cérebro contém aproximadamente 10.000 neurônios que foram criados e colocados em operação. Entre os neurônios estão 30 milhões de conexões sinápticas. “Agora só precisamos aumentar a escala” disse Henry Markram, criador da máquina. O objetivo da pesquisa blue brain é criar o primeiro simulador biológico cerebral da história que – em tese – poderia pensar, lembrar e até tomar decisões simples. Para uma coisa tão ousada, estão sendo utilizados cerca de 2000 microchips da IBM num cluster de máquinas capaz de realizar 22.8 trilhões de operações por segundo.
Cada um dos microchips foi projetado para operar simulando um neurônio real. O sistema replica com uma precisão chocante, os eventos celulares que ocorrem no interior de um cérebro. O Blue Brain não é o único modelo computacional a simular o funcionamento cerebral, mas atualmente é o mais preciso em termos biológicos.
Os criadores do projeto não se preocuparam com as opiniões céticas e contrárias ao desenvolvimento de um simulador cerebral e surpreenderam a comunidade científica ao conseguir estruturar o primeiro bloco de operações cerebrais em uma coluna neocortical com menos tempo do que se imaginava. A área cerebral escolhida para iniciar a simulação foi a coluna neocortical de um rato de duas semanas de vida. A coluna neocortical é um pequeno e discreto circuito de tecido nervoso que mede 2mm por 0,5mm de diâmetro. Já o cortex gelatinoso consiste em milhares dessas colunas, cada um coma função precisa, como detectar a cor vermelha, detectar a pressão em uma área específica da pele e etc. A estrutura anatômica basica do cérebro do rato e do ser humano são parecidas.
Os cientistas esperam, que em dez anos o computador já converse com as pessoas.
Pessoalmente eu acho que os caras estão excessivamente confiantes sobre a evolução do cérebro digital. A coisa é absurdamente complexa e provavelmente deverá demorar pelo menos umas 50 vezes esse tempo aí para termos um cérebro minimamente realístico operando sozinho, a menos que os avanços na computação quântica sejam tão impactates quanto se espera.
Para saber mais sobre esta pesquisa, entre neste link.
Fala Philipe!
Esse post me lembrou um conto que eu li esses dias no Ovelha Elétrica:
http://www.ovelhaeletrica.com/blog/2008_03_05_scifi-brasileira.html
O blog anda excelente, eu comento pouco mas leio sempre.
Abração.
Ananias Garcia
Matéria interessante , mas também acho que ainda vai demorar muito para se desenvolver um computador que converse com as pessoas. E agradeço você por ter postado aquela matéria sobre cobrança de taxa bancária indevida, liguei hoje de manhã na TVA e consegui que devolvessem o dinheiro cobrado a mais em forma de desconto na mensalidade de março e agora a partir da próxima cobrança não irão cobrar mais essa taxa e dessa vez a atendente foi muito atenciosa e prestativa , ao contrário do atendente de ontem , que foi arrogante e ainda duvidou da minha palavra.
sem querer avacalhar o post.. mas o desenho eh mt esquisito.. ou a minha visão tah borrada…
como assim daki a 10 anos computadores conversando?!?!?!
esse cerebro d rato me lembrou do pink:Tentaremos dominar o mundo…
legal o post..
[quote post=”1706″]sem querer avacalhar o post.. mas o desenho eh mt esquisito.. ou a minha visão tah borrada…[/quote]
É que o desenho não é do cérebro exatamente, mas sim um gráfico que mostra as ligações neuronais virtuais do pequeno pedaço que eles colocaram em funcionamento.
do jeito que a coisas estao caminhando hoje… exponencialmente!
nao duvido que até antes de 10 anos.
[quote comment=””]Pessoalmente eu acho que os caras estão excessivamente confiantes sobre a evolução do cérebro digital. A coisa é absurdamente complexa e provavelmente deverá demorar pelo menos umas 50 vezes esse tempo aí para termos um cérebro minimamente realístico operando sozinho.[/quote]
Philipe, realmente um modelo de um cérebro realista é algo complexo. Porém sua opinião ao final do texto pode ser vã. Pergunte a sim mesmo quanto a computação e a robótica avançou nos últimos 20 anos. Quantos anos tem a internet? Talvez você já tenha postado sobre o assunto, senão, sugiro uma pesquisa sobre o princípio da singularidade na computação.
A Intelgência Artificial tem 4 correntes de pesquisa e estas várias sub correntes que estão co-relacionadas. A que venceu o mestre xadrezista Kasparov em 1997 é a racionalista, ou seja, a que tenta fazer tudo certo – o que difere dos humanos, pois muitas vezes optamos de não fazer a coisa certa por envolvimento emotivo, psicologico, etc.
O texto em questão trata dos modelos neuro cognitivos. A cognição tenta explicar como o pensamento funciona nos humanos (as idéias pioneiras começaram com Aristoteles). A neuro ciência se inspira no modelo do cérebro humano para conseguir reproduzir estrutras artificais que consigam resolver problemas não convencionais da computação algoritmica. As redes neurais artificiais são estudadas desde a década de 50 e muito utilizadas para estes tipos de problema. Por exemplo: reconhecer faces, objetos, tomar decisões a partir de aprendizado anterior… isto tudo já existe e o programa consegue rodar em um computador doméstico normalzinho.
Só que para o objetivo deste texto, o problema é muito mais complicado porque ninguem consegue entender o empirismo, ou seja, de onde vem a idéia original, a consciência em si. Se dominássemos isto em nível biológico, poderíamos fazer transplantes de cérebro e ou reprogramá-los.
Um processador é muito mais rápido que um neurônio, porém a complexidade do cerebro é absurda. Desta forma, o problema não esta só na computação, convencional ou quântica. Primeiro teremos que explicar como nós mesmos funcionamos para depois reproduzir uma consciencia primitiva.
Pois é, Miguel. Eu espero que vc esteja certo e o avanço na questão do computador pensar por si próprio aconteça antes de uma década, mas baseado no que leio sobre os processos cognitivos e a neurofisiologia, acho que vai demorar mais do que isso, porque não conhecemos os processos cerebrais com a profundidade necessária para simulá-los ainda. Pode ser que aconteça, mas sei lá. Eu se fosse cientista não afirmaria isso assim categóricamente, porque falar é uma coisa, mas articular o pensamento, estruturá-lo e emití-lo envolvem processos complicadíssimos que levaram milhares de anos de densevolvimento natural para chegar neste estágio. Falar em pensamento e fala, mostra que os caras estão trabalhando no cerebro do rato com o olho no cérebro humano. E há uma diferença que é um verdadeiro abismo aí. Não sei se em dez anos os humanos conseguirão sair de autômatos simples para uma maquina pensante e falante totalmente desvinculada de um operador direto ou indireto.
Só esperando pra ver.
Dificil imaginar robos falando normalmente com pessoas na rua. Acho que apenas será possivel com uma quarta revolução industrial.