Uma coisa que todo mundo concorda é que ninguém é perfeito. As pessoas cedo ou tarde na vida acabam fazendo alguma “cagada”, com resultados inesperados. Uma briga de transito, uma palavra mal colocada numa reunião, um elogio que pega mal, uma gafe horrorosa, uma brincadeira inoportuna… Decisões como: “vou parar de estudar”, “vou experimentar esse bagulho novo para ver se a onda é boa mesmo”, “qual é a potência máxima que o carango consegue alcançar?” “Ok, vamos brincar de roleta-russa!”… São erros muito comuns pelo mundo afora.
Mas confie em mim quando eu digo que existem erros e…
…ERROS
Assim mesmo, com letras garrafais. E foi com esse tipo de erro que um cientista brindou o mundo com uma sucessão inédita de cagadas que o credita como a pessoa mais prejudicial ao PLANETA TERRA que já andou por este mundo. Pensa só, você ser considerado a pessoa mais prejudicial de todos os tempos, não é pra qualquer um, ainda mais quando você “botou pra mamar” pessoas como Hitler, Mussolini, ditadores africanos diversos, Calígula, Átila, Caifaz, e até o temível Gengis Khan, todos os psicopatas juntos, os conquistadores espanhóis… É moral pro cara ter sala própria com hidro, Tv e Frigobar lá no inferno.
Mas quem foi o desgraçado e qual será a merda que ele fez que o colocou no alto desse lazarento pódium? Aqui está o maldito:
Thomas Midgley Jr.
Thomas Midgley Jr. foi um engenheiro mecânico americano nascido em 18 de maio de 1889, em Beaver Falls, Pensilvânia. Ele gostava de experimentar substâncias químicas extremamente venenosas sem qualquer preocupação com as consequências que isso poderia trazer ao mundo, à população e ao meio ambiente.
Ele é amplamente considerado um dos piores inventores da História que contribuíram significativamente para os problemas ambientais que enfrentamos hoje e que o mundo todo, incluindo você, ainda enfrentará pelo menos cem anos após sua morte.
Na manhã do dia 2 de novembro de 1944, Carrie May Reynolds encontrou o marido morto na cama. Embora houvesse suspeitas de suicídio, Thomas Midgley Jr. foi, oficialmente, vítima de sua própria invenção.
Ok, a essa altura, se fui bem sucedido no meu oficio de escrever posts, você já deve estar curioso par saber que diabo de cagada que esse corno aprontou. E aqui vai:
As maiores e mais mortais invenções de Thomas Midgley incluem agentes químicos antidetonantes, sendo o tetraetilchumbo o principal deles usado em sua gasolina com chumbo. Além dessa, ele tem a extração de bromo da água do mar e o uso de flúor para produzir compostos refrigerantes.
Segundo Bill Bryson, autor de Breve História de Quase Tudo, Midgley possuía “um instinto para o lamentável que era quase insólito”.
Com suas invenções, Thomas Midgley Jr. contribuiu para a intoxicação de três gerações de crianças, aumentou o risco de câncer de pele e outros problemas de pele relacionados à exposição aos raios UV e contribuiu grandemente para o aquecimento global.
Thomas Midgley fez parte da equipe de Charles Kettering na General Motors, trabalhando no desenvolvimento de aditivos para gasolina.
A primeira das descobertas que viríamos a conhecer foi a solução para um fenômeno conhecido como detonação do motor de automóveis, que se caracterizava por ruídos irritantes, superaquecimento, movimentos bruscos e resposta lenta.
Midgley e equipe levaram anos para resolver o problema.
“Não havia nada nos livros, então, com teorias caseiras e métodos de cortar e testar, eles adicionaram milhares de coisas à gasolina e observaram seus efeitos”, disse Charles F. Kettering, que, como chefe de pesquisa da General Motors, tinha Midgley como subordinado.
“Durante anos isso continuou, dia e noite (…). As refeições eram esquecidas, sono era perdido e as famílias felizes dos pesquisadores deixaram de ser ‘felizes'”, afirmou o conceituado inventor, engenheiro e empresário.
No início dos anos 1920, Midgley teve a ideia infeliz de adicionar tetraetilchumbo à gasolina.
Não acidentalmente. Ele SABIA que o chumbo era uma substância tóxica – para resolver o problema do detonação do motor, que é quando o combustível queima de forma desigual nos cilindros do motor de um automóvel, causando ruído e danos potenciais às paredes do cilindro e aos pistões do motor.
O chumbo na época já era um veneno amplamente documentado. O conhecimento de seus efeitos tóxicos remonta ao ano 100 a.C. Na Roma antiga, era conhecimento comum que o chumbo poderia causar insanidade e até mesmo a morte. Mas como sempre, a ignorância, a ganância e a conveniência não se alinham bem com o conhecimento e a responsabilidade, algo que Thomas Midgley escolheu ignorar. O dinheiro falou mais alto. “Fodam-se as pessoas”.
“Você consegue imaginar quanto dinheiro vamos ganhar com isso? Vamos ganhar 200 milhões de dólares, talvez até mais!”
Foi o que disse Thomas Midgley durante uma conversa por telefone com Charles Kettering em 1923, enquanto se recuperava de envenenamento por chumbo depois de demonstrar que era totalmente seguro ao inalar gasolina com chumbo por 60 segundos afim de tentar emplacar sua ideia perversa. – Observe que isso já prova que o desgraçado tinha o miolo meio mole.
Anúncios de gasolina com chumbo irresponsavelmente incentivavam as pessoas a encherem seus tanques com a gasolina venenosa.
Thomas Midgley Jr. sabia que sua invenção de gasolina com chumbo era venenosa, no entanto, ele continuou com ela. Para desviar a atenção da palavra “chumbo”, de seus efeitos venenosos e dos casos de insanidade, alucinações, depressão e várias mortes de funcionários na planta de protótipo em Dayton, Ohio, e na fábrica da Du Pont em Nova Jersey registrados em 1924 e associados ao envenenamento por chumbo, ele usou a marketagem pura: a gasolina com chumbo recebeu o nome de uma mulher. Ela foi vendida como Ethyl gasoline.
Em 1925, o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos acabou dando sinal verde para a adição de chumbo ao combustível. Foi como liberar um vírus tóxico na população: na década de 1970, o TEL era usado em cerca de 80 a 90% da gasolina mundial.
O impacto no mundo
Durante os próximos 60 anos, o chumbo liberado pela gasolina aditivada criada por ele foi se espalhando na atmosfera, e girando pelo mundo todo, causando danos diretos aos níveis de QI, ao sistema nervoso e a outros problemas de saúde associados à intoxicação por chumbo.
Rick Nevin, economista e consultor de habitação, e autor do livro “As Curvas de Lúcifer: O Legado da Intoxicação por Chumbo”, encontrou uma correlação entre a poluição por chumbo e a criminalidade violenta.
De acordo com Nevin, o intervalo entre a exposição ao gás da gasolina com chumbo e a intoxicação, e o aumento da criminalidade violenta, é de aproximadamente 20 anos.
Em seu livro, Nevin explica claramente como a intoxicação por chumbo na pré-escola causou ondas de criminalidade em todo o mundo.
Depois que as cidades de Nova York, Washington e Filadélfia proibiram a venda de combustível e outros produtos com chumbo, novos comerciais de TV surgiram informando a população sobre os efeitos venenosos do chumbo, especialmente em crianças:
A exposição à tinta de chumbo causa sérios problemas de saúde, sendo as crianças e as mulheres grávidas as mais vulneráveis. A tinta à base de chumbo foi proibida em 1978. No entanto, a renovação de casas envolve o lixamento de tinta antiga, e isso pode expor os novos proprietários à intoxicação por chumbo. Estima-se que 35% das casas nos Estados Unidos ainda contenham vestígios de tinta à base de chumbo.
A Lei do Ar Limpo dos Estados Unidos só foi proibir a venda de gasolina com chumbo a partir de 1º de janeiro de 1996, iniciando uma redução gradual que culminou em sua eliminação completa somente em 1999.
Enfim, esse cara fez uma merda colossal. Mas ainda havia espaço para outra grande cagada planetária na agenda dele.
Ferrou a camada de Ozônio
Em 1930, Thomas Midgley descobriu em apenas três dias que o diclorodifluorometano poderia ser usado como gás refrigerante em geladeiras residenciais e condicionadores de ar. Isso foi rapidamente fabricado comercialmente como Freon-12 pela Kinetic Chemicals, onde ele era diretor. Para demonstrar que o gás CFC era seguro, ele inalou uma grande quantidade do gás e soprou uma chama de vela para mostrar que era atóxico e não inflamável, portanto, seguro.
Só que não era.
O gás freon é considerado um dos principais contribuintes para a redução da camada de ozônio e foi proibido para produção depois que descobriram, mas aí a cagada já estava feita. Além disso, durante a Segunda Guerra Mundial, os militares descobriram que o freon era um veículo ideal para espalhar inseticidas nos quartéis dos soldados. Isso levou ao seu uso generalizado em aerossóis de todos os tipos após a guerra, de tintas a desodorantes.
Os clorofluorocarbonetos (CFCs) liberados por aerossóis e refrigeradores danificados e fabricados por décadas causaram danos graves e irreparáveis à camada de ozônio, a região da atmosfera superior que protege a vida no planeta dos raios UV e outras formas de radiação que podem prejudicar ou matar a maioria dos seres vivos. Até os dias de hoje, ainda estamos sofrendo as consequências das invenções mortais de Thomas Midgley.
A imagem abaixo mostra uma visão em falsa cor do ozônio total sobre o polo Antártico em 31 de julho de 2018, registrada pelo Ozone Hole Watch da NASA. As cores roxas e azuis indicam onde há menos ozônio, e os amarelos e vermelhos indicam onde há mais ozônio.
Em junho de 1974, um artigo foi publicado na revista Nature com o título “Dissipador estratosférico para clorofluorometanos: destruição do ozônio catalisada por átomos de cloro” por Mario J. Molina e F. S. Rowland da University of California, Irvine.
Eles explicaram que quando os átomos de CFC entravam na estratosfera superior, eles se decompunham e destruíam o escudo protetor de ozônio da Terra, que absorve a radiação ultravioleta.
Nos anos seguintes, os cientistas continuaram investigando e revelaram que, se continuássemos usando CFCs, a consequência seria a morte em grande escala pela destruição genômica causada pela radiação cósmica. Os níveis de câncer explodiram pelo mundo todo. E foi assim que descobriram um grande buraco na camada de ozônio da Terra, sobre a Antártida.
A descoberta catalisou um importante acordo internacional em 1988, no qual mais de 180 países concordaram em reduzir substancialmente ou eliminar completamente a produção de CFC.
Cientista premiado
O escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos concedeu a Midgley 117 patentes, incluindo seu pedido de patente de Combustível para Motores, protocolado em 22 de janeiro de 1926.
Nos seus últimos anos, Thomas Midgley recebeu uma série de prêmios, incluindo a Medalha Priestley em 1941, concedida pela Sociedade Americana de Química, e o Prêmio Willard Gibbs em 1942. Midgley foi agraciado não com um, mas com dois diplomas honorários, e também foi eleito presidente da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Por fim, em 1944, o mesmo ano de sua morte interessante e irônica, ele foi eleito presidente da Sociedade Americana de Química.
Uma morte bizarra pela própria invenção
Em 1940, aos 51 anos de idade, Thomas Midgley contraiu poliomielite, comumente chamada de pólio. A pólio é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus que invade o sistema nervoso, causando paralisia total em questão de horas. Em casos graves, a pólio pode levar à morte quando os músculos respiratórios ficam imobilizados. Normalmente, a pólio afeta apenas crianças menores de cinco anos. A doença deixou Midgley incapacitado e necessitando de ajuda constante. Ele então inventou um sistema de roldanas para ajudar a se levantar da cama sem ajuda.
No entanto, assim como todas as suas invenções mortais anteriores, seu plano não deu muito certo. Em 2 de novembro de 1944, ele morreu por asfixia aos 55 anos, depois que sua própria invenção mortal o estrangulou quando se enrolou em seu pescoço. E foi este o fim do homem que causou mais impacto na atmosfera do que qualquer outro organismo na história da Terra.
É seguro dizer que Thomas Midgley Jr. contribuiu para danificar o mundo mais do que qualquer outro ser humano, pelo menos até hoje.
Espero que esse homem esteja tendo uma ótima estadia no colo do tio Lú.
Aí, Philipe, já ouviu falar da teoria de conspiração da guerra contra o 4º reich ali na Antártida, onde, segundo consta a história, o grupo americano liderado pelo almirante Byrd combateu nazistas e OVNIs, tendo finalizado a base alien com uma bomba atômica que, ao explodir e se misturar aos elementos presentes na base, destruiu a camada de ozônio.
Puta viagem legal
Já sim, isso aí roda direto nos grupos de ufologia mais new age
Não dá um post não?