sábado, fevereiro 22, 2025

O dia que eu passei preso no elevador

Ficar preso no elevador no meu primeiro dia dos pais, foi uma experiência divertida.

Não lembro se já contei aqui, do meu primeiro dia dos pais.
Logo depois de ter o Davi, que nasceu quase no dia dos pais, eu não lembro exatamente o motivo, (afinal isso tem uns doze anos) mas eu estava sozinho em casa, e tinha que fazer umas compras.
Eu saí fui ao mercadinho aqui perto a pé e voltei. Tudo beleza, comprei uns biscoitos, chocolate, suco, uma cervejinha, e tal e também uma pizza para fazer no jantar (compra de homem, heheheh).
Pois bem. Eu estava subindo de elevador quando o treco fez, “plam” e travou. Apagou a luz. De cara já me caguei pensando que ia aparecer a menina fantasma do Topa tudo por dinheiro, hahahaha.

Eu já estou acostumado a elevadores que travam, porque aqui falta luz se chove, se venta e se faz muito sol. Ou seja, todo dia ta faltando luz porque o transformador da rua explode.
Imaginei que fosse isso.
Peguei o interfonezinho do elevador para pedir ao porteiro para vir me buscar e claro, o interfonezinho era meramente decorativo.
Restou apertar o alarme, que fazia um barulhinho bem fraco. Percebi de imediato que não ia adiantar nada. Mesmo assim, tentei tocar a quinta sinfonia de Beethoven no botão do alarme.

fobia 1024x540 1 | Aventuras | Aventuras, elevador
Sentei no chão e verifiquei o mais importante: Tinha sinal no celular?

Não tinha, afinal eu estava numa caixa de aço, mas ele estava perto o suficiente da minha casa para pegar o sinal do meu wifi. E outra coisa muito importante, a bateria estava cheia.
Sentei confortavelmente abri o cebolitos e fiquei jogando joguinho no celular.

Um tempão depois, eu ouvi um eco:
“EEEEi… Tem alguém aí???” 
Era o porteiro. Eu gritei em resposta que eu estava preso.

O porteiro respondeu que o elevador tinha dado defeito na máquina. E aí me preocupei. Não era uma falta de luz temporária. Era algo mais complicado.

O porteiro avisou que eles já tinham chamado o socorro da empresa e que estava estimado em 45 minutos. Eu falei que não tinha problema. Estava tudo bem.
Impressionado com a minha calma, o porteiro disse que se precisasse de alguma coisa era só chamar, e ficou lá tentando me acalmar.
Os 45 minutos se tornaram mais de três horas, porque aconteceu alguma coisa. Parece que a empresa era lá de Nova Iguaçu e tinha dado alguma creca na avenida Brasil.
A essa altura, eu já tinha enjoado de esperar, e vendo que não ia ser tão cedo que eu ia para  conforto do meu lar, deitei no chão do elevador e comecei a ver breaking bad.
Já estava de noite quando finalmente os caras da empresa chegaram para me resgatar.
Eles também ficaram impressionados com minha calma.

“O senhor está bem?” — Eles perguntaram.
Eu disse que estava vendo breaking bad e como um dos caras da empresa também via ainda trocamos uma ideia.
No fim eu tinha comido meus chocolates, cebolitos, bebido todo o suco e feito xixi no vasilhame. Felizmente a pizza estava intacta.

E assim, passei o meu primeiro dia dos pais, preso no elevador. Felizmente não tenho claustrofobia, senão essa aventura seria bem mais dramática.

Você já ficou preso no elevador?

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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