Existem histórias de monstros habitando diversos lagos do mundo, sendo o mais famoso o Nessie, do famoso Loch Ness, na Escócia. Mas além dele, há um grande numero de lagos que contém lendas e histórias, reportando estranhas criaturas.
Entre alguns dos monstros mais famosos e seus lagos destacam-se:
Lago Superior de Mishipeshu
Nessie , no Lago Ness , Escócia
Morag , em Loch Morar , Escócia
Lagarfljót Worm , em Lagarfljót , Islândia
Ogopogo , no lago Okanagan , Canadá
Lariosauro , no Lago Como , Itália
Champ , em Lake Champlain , Canadá e EUA
Memphre , no Lago Memphremagog , Canadá e EUA
Bessie , no Lago Erie , Canadá e EUA
Nahuelito , no Lago Nahuel Huapi , Argentina
Muyso ou Monstro do Lago Tota, no Lago Tota , Colômbia
Van Gölü Canavarı ou Lake Van Monster, no Lago Van , Turquia
Inkanyamba , em Howick Falls , África do Sul
Tahoe Tessie , em Lake Tahoe , EUA
Monstro do Lago Flathead , Lago Flathead , Montana , EUA
Eu já falei sobre isso em alguns posts daqui. Há inclusive, Acredite se Quiser, relatos de um monstro marinho da Baía da Guanabara, em Niterói, que foi até capa do Domenica del Corriere nos anos 50, ilustrado por Walter Molino.
A caça a um monstro em Nova York
O caso dessa curiosa e intrigante história ocorreu no estado americano de Nova York, onde existe um sistema de lagos composto de onze reservatórios longos, estreitos e profundos, chamados Finger Lakes. O maior deles é o Lago Sêneca, com 188 metros de profundidade.
Este lago tem uma história muito rica e foi reverenciado pelos índios locais muito antes da chegada dos colonos brancos aqui. Havia lendas de que era sem fundo e que uma “besta feroz” vivia lá.
Como ocorre em outros lagos, como o do monstro Ogo-Pogo, muitas dessas lendas são consideradas principalmente apenas folclore, mas há pelo menos uma história que parece incrivelmente consistente, e que ocorreu no final do século 19. Esse incidente pode indicar que talvez muitas dessas lendas possam ter uma raiz em algo concreto e desconhecido.
Em 14 de julho de 1899, o Lago Sêneca estava sendo atravessado por um pequeno barco à vapor chamado “Otetiani”. O barco estava repleto de passageiros.
Quando as horas marcavam aproximadamente sete da manhã, o barqueiro Frederick Rose e o capitão Carlton S. Herendine avistaram algo grande e escuro na superfície da água, a pouco menos de 400 metros à frente do vapor.
Quando eles se aproximaram um pouco mais, o objeto pareceu se tratar de “um barco invertido de 4,5 metros de comprimento com uma proa muito afiada e uma longa popa estreita”.
Decidindo que uma tragédia poderia ter ocorrido, o comandante deu ordem de desacelerar e alterou a rota ligeiramente para se aproximar do suposto naufrágio e começar a resgatar pessoas que se afogavam se estivessem lá.
Pois foi nessa hora, quando o barco estava prestes a ser abaixado do vapor, o misterioso “barco naufragado” de repente nadou para longe, e deliberadamente seguiu a uma certa direção, que era claramente contra o vento e ondas.
Intrigado, o capitão Herendin dirigiu o vapor para mais perto do tal “barco”, e em um instante percebeu que não era uma embarcação naufragado, mas uma bizarríssima criatura viva, porque a parte estreita da frente do “barco” de repente se abriu, mostrando “duas fileiras de dentes brancos afiados”:
“Na verdade, aquilo tinha cerca de 7,6 metros, com uma longa cauda que se estreitava para cerca de cinco metros do final à medida que se expandia e era muito semelhante à cauda de uma baleia. A criatura pesava cerca de 700 kg. Sua cabeça tinha cerca de 1,20 metro e forma triangular. Sua boca era muito longa e armada com duas fileiras de dentes brancos triangulares, afiados como o de um tubarão, mas em forma mais parecida com os dentes de um cachalote. Seu corpo estava coberto com uma substância densa que parecia o casco de uma tartaruga. Esta substância era de cor marrom com um tom esverdeado. A barriga da criatura, que eu vi depois que a carcaça começou a afundar sob a água, era de cor branca cremosa. Seus olhos eram redondos como os de um peixe e ele não piscou em momento nenhum.”
O capitão Herendin estava tão cheio de adrenalina quando viu essa criatura que ele surtou e ordenou que acelerasse o vapor para “abalroar o monstro”. Ao mesmo tempo, ele também disse para preparar os salva-vidas, pois suspeitava que não apenas o monstro em si poderia sofrer com o impacto. Com muitos passageiros nas muradas, assistindo tudo completamente chocados e também empolgados pela misteriosa aparição, eles seguiram o plano de atropelar o bicho.
Um artigo publicado no Washington Weekly Post alguns dias depois descreveu o que aconteceria em seguida:
“A embarcação se afastou por alguma distância e se virou, e então tentou atingir a criatura. O capitão deu o sinal para avançar a toda velocidade, e um momento depois, o Otetiani foi para cima do monstro. Todos no convés observavam a criatura com a respiração ofegante.
Quando o navio se aproximou, o monstro olhou para o barco e mergulhou sob a água, de modo que o navio passou diretamente acima dele. Alguns passageiros disseram que podiam ver o contorno escuro do corpo da criatura debaixo d’água.
Então o vapor se preparou para continuar sua jornada ao longo da rota, mas então uma mulher de repente gritou “Ali!” e todos olharam para lá e viram que essa criatura havia reaparecido. Ela estava agora a 50 metros do barco, quase no mesmo lugar onde estava antes.
O capitão ordenou que o vapor se virasse e voltasse com tudo para atingir o monstro novamente, mas agora, em vez de tentar atingir a criatura diretamente, o vapor foi girado de modo que a roda das pás de estibordo o atingisse a meio caminho entre a cabeça e a cauda.
O navio avançou com força total e desta vez o monstro não parecia atento a ele. Houve um baque violento que todos ouviram e sentiram. O vapor tinha atingido o alvo.
A força do impacto foi tal que os passageiros foram espalhados no convés, e o Oitetiani quase virou. Mas a tripulação a grande esforço conseguiu controlar o barco.
“Por um momento, durante o qual todos estavam se perguntando o que aconteceria a seguir, nenhum som foi ouvido a bordo, exceto o funcionamento do motor. Então as pessoas a bordo aplaudiram, e algumas delas se recuperaram do susto. O monstro estava boiando ao lado do vapor, com um grande buraco em seu flanco. O bicho ainda levantou a cabeça, fez um som como um suspiro e ficou em silêncio. Sua coluna estava quebrada e ele estava morto.
Um barco de apoio foi abaixado do vapor, puxado até a carcaça e começou a mergulhar ganchos com cordas para levantar a carcaça e trazê-la a bordo. Todas as pessoas que estavam lá ajudaram a retirar o monstro. A carcaça com grande esforço subiu das águas escuras e agora já estava livre de água. Porém, nesse momento, a corda perto da cauda escorregou e a cauda caiu na água. Depois disso, o peso da outra corda tornou-se tão grande que começou a escorregar das mãos dos tripulantes e passageiros que a seguravam com grande esforço.
Como resultado, as pessoas foram forçadas a soltar as cordas e a carcaça caiu pesadamente na água. Assim que o corpo do monstro bateu na água, ele começou a afundar e desapareceu nas profundezas. Sabe-se que o local onde o corpo afundou, a profundidade do lago excedia os 182 metros, e era bem sabido que os corpos de pessoas afogadas nesta parte do lago nunca mais apareciam.
Antes disso, a carcaça do monstro foi vista em detalhes e bem de perto por pelo menos algumas pessoas confiáveis que não tinham o hábito de inventar ou exagerar nada, incluindo Albert L. Fowl e D.W. Hallenbeck – dois funcionários de obras públicas, bem como George K. Schell – comissário de polícia, Fred S. Bronson – gerente da Companhia Telefônica de Genebra, Charles E. Kuhn – vendedor da empresa da Filadélfia e Professor George R. Elwood – um geólogo de Guelph. Ontário.
Quando os artigos sobre o incidente se tornaram virais nos jornais americanos, houve muita discussão sobre quem a criatura poderia ter sido. O relato mais cuidadoso e talvez o mais confiável foi feito pelo professor George R. Elwood, um geólogo que mora em Guelph, Ontário, que estava em um dos botes salva-vidas que amarrou uma corda ao redor da carcaça. Elwood, uma testemunha ocular, estava certo que havia visto uma criatura considerada extinta pré-histórica, como um animal da família dos mosassauros. Ele disse:
“Você sabe o que é um Clidiastes? Bem, isso é exatamente o que a criatura que vimos ontem à noite parecia ser. A criatura pesava cerca de mil libras. Sua cabeça tinha cerca de um metro e meio de comprimento e formato triangular. Sua boca era muito longa e estava armada com duas fileiras de dentes brancos triangulares tão afiados quanto os de um tubarão, mas em formato mais parecido com os de um cachalote. Seu corpo era coberto com uma substância córnea que era tão parecida com a carapaça de uma tartaruga quanto qualquer outra coisa que eu conheça. Esta substância córnea era de cor marrom e de um tom esverdeado. A barriga da criatura, que eu vi depois que a corda escorregou e a carcaça estava afundando, era creme branco. Seus olhos eram redondos como os de um peixe, e ele não piscava.”
Ele sugeriu que um grupo dessas criaturas poderia se esconder com sucesso em cavernas subaquáticas e túneis que pontilham o fundo do Lago Sêneca.
Outras teorias sugeriram que o monstro se tratava de algum tipo de baleia, um peixe gigante, uma tartaruga ou um animal completamente desconhecido para a ciência. Infelizmente, não houve notícias de nenhuma criatura igual ali desde então, embora os relatos de coisas intrigantes serpenteando na superfície nunca terminem por lá. Talvez esse monstro tenha sido o último de seu tipo, morto por atropelamento náutico, ou não, a julgar por esta foto:
Não muito tempo atrás, uma notícia de que algo teria sido visto na superfície do Lago Sêneca. Na reportagem, o caso do Otetiani é relatado:
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