Casos envolvendo discos voadores, avistamentos e até relatos de abduções existem aos milhões pela internet, em revistas, livros e documentários. Casos envolvendo acidentes, com destroços, são menos comuns mas também existem em grande quantidade ao ponto de existir até livros sobre isso, como o livro quedas de Ufos do Thiago Ticchetti.
Me parece que o famoso caso Roswell, com sua complexidade e sucessão de eventos meio que obliterou a ampla maioria dos casos de acidentes com esses objetos ao ponto de que a grande parte das pessoas quando pensa em acidente de ufos pensa logo no Roswell, mas muito antes do conceito de discos voadores, quando ainda só tinham os Foo Fighters, já havia casos, publicados até nos jornais que pelo menos um desses orbes caiu numa cidade, diante de testemunhas que viram o objeto se chocar contra um edifício.
Outros casos bastante famosos envolvem a explosão do Ufo diante de uma praia repleta de banhistas em Ubatuba, que deixou até fragmentos coletados por pescadores e posteriormente verificados em laboratório na Unicamp, que comprovaram um teor de pureza mineralógica anormal.
Nós sabemos que os homens pagos pelo bilionário obcecado pelo assunto Ufo, Robert Robert Bigelow, estão viajando de um lado para o outro, comprando toda sorte de fragmentos metálicos provenientes de potenciais acidentes com ufos, para sua “pesquisa”.
Não obstante, os poucos pedaços que ainda existem por aí, estão sendo cobiçados e mês passado, um pedaço que acredita-se ter sido do famoso acidente de Roswell foi roubado do museu lá nos EUA.
Pedaços do insólito são elementos importantes, que “ancoram” o fenômeno na realidade.
Tudo isso nos leva a constatar o quão incomum é o caso que eu vou contar pra você agora:
O homem que estava distribuindo pedaços de um disco voador
Um homem da Inglaterra, chamado Gary Howe é um ufólogo que montou um pequeno grupo de entusiastas do assunto que estavam em busca de pesquisas de campo. Certo dia, ele abriu o jornal Daily Express para ler as notícias como de costume e se deparou com uma notícia bem estranha:
Um fazendeiro contou aos jornais que um dia ele chegou no pasto e se deparou com a estranha cena de um desastre aéreo. Uma enorme área do tamanho de quatro campos de futebol estava REPLETA de pequenos destroços metálicos, brilhando ao sol.
Eram pedaços de todo tamanho, alguns curvos, outros como folhas de metal. Pareciam alumínio. O fazendeiro concluiu que alguma aeronave devia ter explodido no ar e os pedaços caíram sobre sua propriedade.
O que ele fez a seguir foi pegar o telefone e avisar a polícia. Tempos depois, a área foi cercada e o fazendeiro viu os investigadores pegando os pedaços e conversando entre si de que aquilo definitivamente não pertencia a um avião. Os policiais então, vendo que realmente estavam destroços lá, acionaram o serviço de recuperação de acidentes aéreos a ORF.
Ao ler o caso, Gary correu para a tal fazenda, em Lanella, mas lá chegando encontrou os campos e pastagens totalmente limpos, sem pedaços visíveis.
Ele então conversou com a testemunha, Irwell, o dono da fazenda que contou a ele que a área foi meticulosamente limpa por um monte de homens do governo que chegaram logo depois dos investigadores da polícia.
Quando os agentes da ORF concluíram que não eram pedaços de um avião, eles entraram em seus veículos e forame mora deixando o pasto cheio dos destroços. Muito mais tarde no mesmo dia apareceram furgões e deles desceram homens que informaram ser do ministério da defesa. Esses homens estavam com a polícia e estavam muito bem equipados. Começou então uma varredura em toda a área da fazenda.
Nas palavras do fazendeiro “Foi como uma cena de um filme do James Bond!”
Eles tinham luzes, instrumentos, barricadas, pessoal…
O relato indicou a Gary que realmente “havia carne debaixo daquele angu” como ele suspeitou quando leu a notícia do jornal.
Irwell, o fazendeiro, contou a ele que na manhã seguinte ele se levantou para cuidar das ovelhas como de costume e viu que no pasto tudo havia sido recolhido e as equipes tinham ido embora.
Muito mais tarde, é que a equipe ufológica liderada por Gary chegou ao local. Tudo indicava que eram mais um caso em que os ufólogos chegam depois do fim da festa. Mas a história reservaria boas surpresas.
Ele e mais três amigos vasculharam tudo mas não achavam nenhum pedaço pela fazenda. Eles estavam num misto de excitação e frustração, pois aparentemente, tudo avia sido muito bem limpo. Mas Gary não ia entregar os pontos. Ele olhou ao redor e percebeu que nos fundos da fazenda, o campo de destroços se ligava a uma mata fechada.
“Com certeza, se há alguma chance deles terem deixado passar algo é lá!” — Ele disse.
Os quatro partiram para a mata, empolgados. Após algum tempo se embrenhando na mata eles começaram a achar os pedaços de metal misteriosos. Eram eles! Alguns estavam no chão outros presos em galhos altos.
Gary observou com cuidado que os destroços estavam dispersos numa linha que passava sobre a floresta e terminava no pasto. Em pouco tempo eles tinham juntado um monte daquele metal esquisito. Dava pra ver que nessa linha, todas as copas mais altas das arvores haviam sido cortadas, como se passasse uma enorme máquina de cortar cabelos ali, com uma largura de seis metros. OS pedaços das copas foram esparramados em linha reta pelo campo, o que deixava muito claro que algo grade bateu ali e foi se desintegrando em pedaços que caíram entre a floresta e o pasto.
Essa característica do “acidente” deixava um desenho bem óbvio de onde eles deveriam procurar primeiro. E foi como eles acharam os destroços.
Eles recolheram o máximo possível e saíram da fazenda, com planos de trazer uma equipe maior e vasculhar ainda mais, aprofundando a pesquisa.
Uma estranha ligação
Naquela mesma semana, o fazendeiro ligou para Gary. Ele disse: “vocês são bem vindos para investigar aqui na fazenda, mas você vai perder seu tempo! Sabe a floresta? Eles voltaram. Enquanto falo com você, eles estão lá, removendo tudo!
Gary se intrigou. “Estão removendo os destroços?” Não, a floresta inteira! Os homens estavam literalmente devastando a floresta nos fundos da fazenda!
Gary então desligou e ligou para comissão florestal, perguntando por que estavam removendo a floresta. O funcionário que parecia estar falando de modo sarcástico disse a ele que eles estavam fazendo isso porque havia “danos causados pelo vento”.
Obviamente era uma desculpa extremamente esfarrapada.
Gary perguntou se era comum removerem florestas inteiras por causa do vento. O funcionário público do outro lado da linha ficou em silencio como que pensando algo para a dizer e respondeu: “Não, mas estamos fazendo isso com essa”.
Gary então percebeu o óbvio o Ministério da Defesa (ou quem quer que fosse que estivesse se passando por eles) havia percebido que a floresta era uma ponta solta e a melhor maneira de limpar a área era removendo logo a floresta toda.
Os pedaços
Assim, removendo aquela floresta, os pedaços que poderiam ainda estar lá foram removidos e desapareceram, restando apenas o que Gary e seus colegas do grupo ufológico conseguiram pegar na primeira incursão. Gary não tem problema algum em mostrá-los com algum orgulho. Dentro de uma maleta de metal com chave estão dois grandes pedaços de metal cinza opaco:
Gary chama a atenção para a forma como os metais estão quebrados em suas bordas, estão partidos como se fossem vidro.
Ele conta que cortaram pedaços e fizeram varios testes. O metal parecia compósito, coberto com algum tipo de resina. Num dos fragmentos, pode se ver uma organização metálica em forma de malha honeycomb (como um padrão de favo de mel) essa parte é parecia com uma folha fina de estanho. Ele acredita que esse seja um material de preenchimento (exatamente como o usado hoje em impressão 3d, mas isso aconteceu em 1983 antes das impressoras 3d serem inventadas) que era ensanduichado entre as duas placas de metal resinado cinza.
Gary mostra que possui um desses pedaços e de um lado ele é verde e do outro, cinza. Claramente é um material compósito de extrema resistência. Até o momento em que ele mostrou o objeto em sua posse, a resina não havia sido identificada quimicamente.
Todas as peças eram de natureza côncava, indicando que eram parte de algum objeto curvo. Isso também indicava que o objeto pode ter implodido ou explodido, afetando a forma dos destroços. Gary tentou de todo modo alterar a forma dos destroços, dobrando-o, mas o material se mostra extremamente forte, embora extremamente leve.
Note na imagem acima as marcas de onde estava colada a placa de honeycomb metalizada:
A estrutura honeycomb metálica da amostra foi produzida por algum processo industrial de alta precisão
Chaveiros de disco voador
Percebendo que estava com as mãos em algo extremamente intrigante e raro, Gary sentiu que talvez estivesse em apuros. Dizem que o fazendeiro espalhou por aí que ufólogos tinham entrado na floresta e captado pedaços da coisa.
Não ia demorar muito até que ele fosse rastreado. E foi o que aconteceu. Logo, homens vestidos de preto bateram na porta dele. Mas à aquela altura, ele já tinha se preparado.
Uma ideia de como evitar que invadissem sua casa e roubassem as amostras seria justamente espalhar pedaços dela por aí, tornando a busca mais difícil. Assim, ele cortou um dos destroços em cem pequenos pedaços e fabricou chaveiros com esses pedaços e distribuiu entre ufólogos que ele conhecia.
Quando o homem de preto soube ficou meio puto. Gary disse a ele que se comprometia a não pedir que seus cem amigos com amostras fossem a publico se eles o deixassem com a maleta e seus pedaços intrigantes. Vendo que não havia muito como impedir, já que “a merda estava feita”, o homem de preto concordou e foram embora pra nunca mais voltar.
Estudos no material
O grupo ufológico de Gary continuou a trabalhar no estudo do material e contrataram um bom mineralogista para investigar as amostras. Esse profissional é ligado diretamente à indústria aeroespacial, o que foi bom, porque ele poderia dizer com alguma precisão se os destroços eram ou não parte da fuselagem de algum tipo de máquina feita pelo Homem. Talvez um veículo militar secreto ou algo do tipo (já que a cor verde parece sugerir isso).
Após os estudos concluiu-se que o material é de natureza metálica, um tipo de duralumínio mas coberto com resina. A característica física, entretanto, era incomum. Ele era mais duro do que deveria ser pelo que se conhece desse material aplicado à indústria aeroespacial, a proporção de força para volume era completamente incomum. Quimicamente, o nível de pureza da amostra era incomum para o padrão terrestre (como na amostra da explosão de Ubatuba). Os cientistas estavam convencidos de que não havia ninguém capaz de produzir esse metal naquela época. Inclusive o pesquisador disse que esse era o material com que nós (humanos) deveríamos passar a fazer os aviões daqui pra frente. Outra conclusão do relatório é que o material verde que recobria um lado da amostra não é compatível com qualquer tipo de tinta usado na indústria aeroespacial civil ou militar. Não se sabe o que é.
Até o momento essas foram as conclusões possíveis com aquele estranho material. As amostras estão até hoje com Gary, dentro daquela maleta.
Até hoje o caso permanece intrigantemente não identificado. Nenhuma aeronave sumiu, nenhum piloto morreu, não se sabe o que são os metais, nem como foram cair no pasto, destruindo um pedaço da floresta, e nenhum pedaço de motor ou elemento mecânico foi achado. Não havia soldas nem rebites. Assim, só podemos imaginar que são pedaços de algum tipo de Ufo que se desprendeu num acidente, não causando a perda objetiva do objeto, mas apenas desprendendo partes dele. Uma outra hipótese, não levantada na época do documentário do caso, é que a nave pode ter se espatifado realmente e outra nave pode ter levado em resgate as partes críticas, deixando somente pedaços menos importantes que geraram esse caso.
Aqui está o documentário do caso. (em inglês) Uma dica do meu amigo Carlos Alberto Machado.
A propósito, como está o Carlos Alberto Machado? Melhor de saúde?
Sim, ele melhorou a gente troca figurinhas em privado direto. Eu inclusive fiz umas trilhas para o novo canal dele. Conhece? Tá muito bom. https://www.youtube.com/@caminhosdoinsolito