O incrível caso da mulher que foi abduzida na Praia de Niterói em plena luz do dia

Niterói é uma cidade com belas praias e paisagens. Alguns amigos meus da cidade do Rio costumam brincar dizendo que o melhor de Niterói é a vista “do Rio”, como se isso fosse uma bela zoeira, quando na verdade é um dos fatos da vida. O Rio é a Cidade Maravilhosa, e a vista da Cidade Maravilhosa não é nada mal. Se você acha que tô puxando a brasa pra minha sardinha só porque moro aqui, olha para essa minha foto:

(que você pode comprar e botar na parede da sua casa – se quiser, pergunte-me como)

Niterói não é só beleza natural, é também lar de fenômenos estranhos e misteriosos. Foi em Niterói que se deu um dos casos mais escabrosos já ocorridos no mundo, um caso envolvendo mortes e relatos de discos voadores. Trata-se do famoso CASO DAS MÁSCARAS DE CHUMBO. Um mistério que persiste até os dias de hoje. Para saber detalhes desse caso eu recomendo fortemente o livro do meu querido amigo Carlos Alberto Machado, o Estranha Colheita.

Mas neste post não falarei do caso que todo mundo conhece, mas sim de um outro, bem curioso, que ocorreu em plena luz do dia, na Praia de São Francisco (que se localiza bem diante do primeiro morro, na base da minha foto ali em cima (fora do quadro). Em resumo, é essa:

Outra foto minha que você pode comprar

 

Uma mulher abduzida na praia de Niterói em plena luz do dia

Essa é a aventura da vida de Clélia T.R., uma simples dona de casa, mãe de duas filhas, e que contava à época do episódio com apenas 22 anos de idade.

Clélia, a passageira do insólito

O caso curioso aconteceu no ano de 1956, quando o Bairro de São Francisco ainda era muito pouco povoado. Tão pouco povoado, que para se ter uma deia, o ônibus que chegava lá só passava de hora em hora!

Não se tem certeza se o episódio inusitado ocorreu no dia 10 ou 11 de setembro de 1956. Apesar disso, sabe-se que ele perdurou das 11:00  às 16:00 totalizando 3h, aproximadamente. Sabe-se disso porque Clélia estava de olho no relógio, pois voltava de um compromisso e estava atrasada para o almoço. O ônibus passava de hora em hora e após o incidente o relógio dela (como ocorre em inúmeros casos de abdução) estava parado e ela precisou perguntar às horas após o incidente.

O caso de Clélia foi pesquisado em 17 de novembro de 1975, no início de 1976 e em 5 de maio do mesmo ano.

A História começa quando Clélia, que morava no bairro do Cubango,  foi até São Francisco, em Niterói para ver um imóvel que planejava comprar para a família. Naquele tempo, levava 1h e 30 minuto para chegar em São Francisco. Após sair da casa, dirigiu-se até a praia, onde sentou, esperando o ônibus. Ela conferiu as horas e viu que já eram onze da manhã, o que a deixou meio aflita, pois ainda precisava retornar para fazer almoço das crianças. Como o ônibus só vinha de hora em hora, era preciso estar no ponto no momento em que ele passasse, ou isso acarretaria um grande atraso.

Fazia muito calor naquele dia e Clélia sentou-se num monte de pedras próximo à praia, distraída, observando o movimento dos banhistas, que avaliou em torno de 15 a 20 pessoas, umas dentro e outras fora d’água.

Então ela estava ali, na beira da praia, desfrutando da paisagem magnífica, quando teve a sua atenção despertada para algo incomum. Ali, em plena praia de São Francisco, estava um grande objeto voador que (não se tem certeza se emergiu ou se desceu do céu) e parou na superfície da água. Ele estacionou a uns 25 metros da praia e a 5 metros da arrebentação, sem balançar com as ondas. O objeto disparou um estridente ruído. Um barulho completamente insuportável, muito alto, que causou pânico aos banhistas ali presentes.

Houve um pequeno início de tumulto, pessoas saíram correndo da água. Todos tampando os ouvidos diante do som estridente que era produzido pelo objeto luminoso. O aparelho era arredondado, discoide, e emitia uma luz branca, incomum, bem forte, que parecia “revestir” o objeto.

As pessoas, incluindo Clélia, tentavam tampar os ouvidos com as mãos, mas era inútil. O som emitido pela nave era de tamanha proporção que em poucos momentos as pessoas simplesmente “congelaram”.

Esse fenômeno do som estridente e quase incapacitante que antecede a abdução é recorrente na casuística, aparecendo entre outros casos no Betty e Barney Hill, e no caso de Travis Walton, entre dezenas de outros.

O som foi de tamanha altura que Clélia perdeu os sentidos, e como todos os que estavam na praia, apagou.

De alguma forma curiosa, algo inesperado ocorreu com Clélia. Ela acordou dentro do ufo. Quando se deu conta, ainda ouvia o som ensurdecedor, mas não conseguia se mover. Ela estava consciente e olhando para o lado notou que estava em um tipo de estreito corredor curvo, numa espécie de estrado, ligado à parede metálica da nave. Havia mais pessoas com ela, todos, igualmente incapacitados, mas aparentemente, inconscientes. Tão logo ela notou àquelas pessoas, percebeu que um dos homens que estava num estrado similar ao dela era um jovem banhista que ela viu na praia no que considerou minutos antes.

Foi quando percebeu pela visão periférica que dois indivíduos se aproximavam caminhando calmamente pelo corredor. O barulho insuportável continuava.
As duas personagens que caminhavam a passos lentos, mas de maneira natural, e cujas feições ela não foi capaz distinguir, pois embora usassem capacetes translúcidos, estavam os mesmos embaçados, eram mais altos do que ela (que mede 1, 52 m), aparentando 1,75 m de altura. Os dois vestiam roupas idênticas:  Um macacão “full body” de material que se assemelhava a lâmina de alumínio, com cintos do mesmo material, o qual cobria também as mãos e os pés, como se fossem luvas e sapatos. Sem nada dizer, eles tomaram Clélia e o rapaz nos braços e os transportaram, através de uma porta no corredor, para uma sala circular, de uns 20 metros de diâmetro, e os colocaram, novamente cada um em um estrado. Clélia supõe haver estado uns 20 minutos no referido corredor, até ser levada a outro cômodo.

Na sala circular onde fora instalada, Clélia continuava a perceber o ruído lazarento que a nave estava fazendo.

Subitamente, aproximou-se dela um homem, dessa vez, sem capacete. Ele parecia calmo e tinha os cabelos grisalhos, penteados para trás.  Esse homem se dirigiu a ela num português perfeito e melodioso. Antes que pudesse responder ao homem, ela queixou-se do barulho ensurdecedor dizendo que estava ficando louca. Ela disse isso praticamente aos berros, enquanto vedava o orifício externo dos ouvidos com os dedos.

O homem grisalho então assegurou-lhe que, em breve, corrigira o problema, mas que ela não devia vedar os ouvidos com os dedos, “para não se prejudicar”.

Esse homem era perfeitamente igual a uma pessoa terrestre, e media 1,70 m ou 1,75m de altura. Ele também estava com o macacão metalizado igual a dos outros dois. Clélia contou que reparou que os olhos dele eram grandes, escuros e penetrantes. Clélia não conseguiu ver-lhe os dentes, pois a boca se entreabria pouco, quando ele sorria. Ele também caminhava mais depressa do que os outros dois, porém com movimentos suaves e seguros.

A personagem explicou-lhe, a seguir, que ela havia sido trazida a bordo do engenho para ser examinada. Clélia então, apontou para o rapaz, que estava desacordado. Parecia morto. O alienígena então explicou a ela que ele havia sido deixado inconsciente, porque não tinha condições de enfrentar a realidade sem medo e pânico como ela vinha fazendo. De alguma forma, eles sabiam que ela não representaria uma ameaça, muito pelo contrário, ela estava emanando boas vibrações e uma disposição para entender o que se passava.

Note nessa passagem da Aventura de Clélia, que há uma forte semelhança do comportamento da tripulação do objeto no caso dela com o caso de Betty e Barney Hill. No caso Betty, ela foi mantida desperta e interagiu com o “chefe” da nave enquanto Barney foi mantido em estado de torpor por toda a experiência. Betty também perguntou porque seu marido estava inconsciente e ela não e recebeu como resposta que ele teria um surto agressivo, enquanto ela permanecia passiva à experiência.

À Clélia, o homem do Ufo disse que e ela fora levada à bordo do disco voador, a fim de ser submetida a exames. O mesmo motivador dos abdutores do casal Hill.

Ainda sem poder se mexer, Clélia não tinha opção senão tentar dialogar com o estranho. O homem tomou, Clélia nos braços e colocou-a sobre uma maca, que se encontrava próximo a uma parede, na qual estava fixado um aparelho de forma quadrada, e que era movimentado em todos os sentidos por uma espécie de braço telescópico-sanfonado.  Esse dispositivo inciou uma série de “varreduras” de luz ao longo de seu corpo, e também lateralmente. Durante os exames, dele se projetava uma luz roxa. Nesse momento, o ruído no interior da nave havia diminuído de intensidade e era agora era perfeitamente suportável, apesar de irritante.

Pareceu a Clélia que o exame pelo aparelho de luz roxa durara cinco minutos, ao fim dos quais o homem misterioso puxou conversa com ela.  Clélia retrucou que lamentava não ter, naquele momento, uma máquina fotográfica para poder documentar com retrato o inacreditável momento que estava vivendo. “Ninguém vai acreditar em mim”, ela alegou.

Foi-lhe, então, indagado o que significava a palavra “retrato”, ao que Clélia respondeu exibindo uma carteira que trazia sua foto.

O alienígena analisou a imagem com interesse e disse a ela que, no próximo encontro com ela, seria dado um jeito para que tal registro acontecesse.

Clélia então (talvez tentando persuadir ao alienígena que ele desse a ela qualquer prova física) que um próximo encontro seria difícil, pois os aliens não teriam como achar onde ela morava.  O homem sorriu e disse que “Achá-la em qualquer lugar não é problema para nós”.

Ele então explicou a ela de maneira rudimentar que após o exame naquela maquina, e la seria localizada em qualquer ponto onde se encontrasse.

Eu acredito que nessa parte Clélia pode ter interpretado que a maquina do exame havia estabelecido um marcador nela, mas baseado em outros casos de abdução eu imagino que é possível que antes de despertar no corredor, Clélia já tivesse passado pela parte “traumática” da abdução que é a implantação do rastreador, e era disso que o alien falava.

O alienígena prosseguiu dizendo que para um contato com eles era preferível um local aberto,  com vegetação ou água, pois recintos fechados não eram propícios a contato com eles.

Esse caso eu acho bem interessante e peculiar pelo volume de informações que o alienígena passou a ela. Segundo ele detalhou, nas suas abordagens e aproximações na Terra, eles usavam de muita cautela e sigilo, pois os terrestres eram tentados a atacá-los, o que levaria os mesmos a um contra-ataque devastador, o que devia ser evitado. Eles atuavam aqui pesquisando, e não eram inimigos, ao contrário, ajudavam.

Em seguida ele perguntou, à Clélia a razão de uma cicatriz que havia no seu baixo ventre. Ele estava curioso com a cicatriz que resultara de uma intervenção cirúrgica (cesariana), que ela submetera no ano anterior. Clélia se espantou de saber que o alienígena sabia de uma maca dela que estava por baixo da roupa. Ele explicou a ela que o maquinário que havia acabado de examiná-la, permitia saber muitos detalhes sobre ela. Ela explicou a ele o que era a cirurgia, que tinha tirado o bebê por ali, o que espantou o ser.
A isso, ele respondeu que a nossa medicina era ainda, bastante atrasada, ao deixar cicatrizes tão feias.

Ainda com relação ao rapaz que permanecia inconsciente, ele explicou à Clélia que, posteriormente, a deixaria também, com amnésia parcial, ligada a determinados fatos que ela presenciara e sobre os quais haviam conversado, porque eles não queriam que ela falasse ao seu marido sobre os mesmos, pois isso poderia ser prejudicial a ela. Se, no presente, acrescentou ele, viessem a lhe faltar palavras ou ideias para relatar aquilo de que havia participado ou visto, para o futuro isso não aconteceria, pois, na hora certa, ela teria capacidade suficiente para descrever exatamente o que ora lhe estava acontecendo, a bordo do Disco Voador.

O homem então ordenou que ela o seguisse e passaram a outra sala. Era a sala do comando, separada da sala circular. Nela havia uma parede, como uma grande tela, aparentemente de um vidro espesso, brilhante, através da qual podia distinguir-se o exterior, mas como numa neblina.

Após isso, Clélia admirada com os elementos da sala de comando apagou.

A volta ao nosso mundo

Deve ter ocorrido outro lapso de memória, pois Clélia não sabe explicar como encontrou-se, novamente, sentada nas pedras, a beira da estrada, à espera de condução. Quando o ônibus chegou, juntamente com ela embarcaram outras pessoas, entre as quais os banhistas que ela havia visto na praia, inclusive aquele rapaz que, momentos antes, encontrava-se em estupor, dentro da nave. Clélia notou que diferente dela, que estava confusa e com algumas memórias vívidas, o sujeito parecia não se dar conta do que havia acontecido.

Observou que durante a viagem todos os passageiros mantinham-se calados, mas recorda-se de que alguém perguntou que horas eram, ao que lhe fora respondido que eram 16:30 hs. Clélia olhou para o relógio e percebeu que ele  havia prado nas 12:05 hs. Havia, assim, transcorrido 4 a 5 horas desde que chegou à praia.

Ao entrar em casa, deu de cara com o marido dela totalmente preocupado por sua ausência. Ela disse ao marido que a casa que viu não a interessava, pois o comércio local era muito precário. O relógio de Clélia que deixara de funcionar por ocasião dos acontecimentos acima expostos, não pode mais ser reparado, mesmo tendo sido levado a três relojoeiros.

Clélia relatou, ainda, que uma semana após a sua estranha experiência, teve a oportunidade de ler, em jornais, reportagens referentes a discos voadores que haviam sido avistados na cidade de Magé. Nessa ocasião, o episódio que vivera ressurgiu, inteiramente na sua memória.

Tempos depois, após ela revelar sua “aventura” para sua filha, o caso de Clélia chegou até os pesquisadores que providenciaram que ela se submetesse a uma hipnose regressiva afim de tentar desbloquear o missing time. 

Assim, em 5 de maio de 1976, Clélia passou pela regressão feita pelo médico e parapsicólogo Prof. Sylvio Lago, na residência deste, em Niterói. Essa hipnose foi no mesmo ano que eu nasci, mas eu conheci pessoalmente o prof. Sylvio Lago décadas depois, quando ele deu uma palestra na minha escola.

O Dr. Lago, pela regressões, em estado hipnótico que provocou em testemunhas de UFOs, como os Srs. Benedito Miranda e Onilson Pátero, era muito considerado e criterioso.

Pelas manobras comprobatórias específicas, durante a regressão, foi confirmado o seu estado hipnótico (profundo). Durante a regressão, a testemunha confirmou, em linhas gerais, tudo o que havia relatado em estado consciente. A gravação ainda demonstrou o sentimento de viva apreensão da testemunha nos trechos referentes à aproximação do ruidoso veículo extraterrestre. Esta e outras coincidências do relato de Clélia, em hipnose e quando em estado de vigília, falam a favor de sua sinceridade. Logo, novos detalhes e uma curiosa revelação surgiria.

Um fato que achei interessante é que o alienígena diz categoricamente a ela que é um ser de outro planeta. Não fala de dimensão paralela nem mada do tipo. A nave é um veículo e ele é somente um ser de um outro mundo montado num engenho de tecnologia mais avançada que a nossa. Clélia falhou em não tentar obter informações do seu interlocutor sobre a vida dele. Diz ela em estado hipnótico que não sentiu que devia questioná-lo pois era ela o foco da investigação ali.

A transcrição da Hipnose de Clélia:

* Meus comentários em vermelho ao longo da regressão

 

Dr. Silvio Lago – Está gostando? Já localizou a casa?

Clélia – Já. A senhora com este aventalzinho bra-branco…… Perto, tem um lugar vago. Mandou me descansar… sentar… casa… um horário incorreto … a luz… as coisas… um momento muito bonito. Chegou perto, perto, (intervalo) bonito, muito bonito… eu não posso demorar muito, não posso demorar muito. Eu tenho que ir embora, eu tenho que ir embora.

Dr. Silvio Lago – Onde você esta?

Clélia – Portãozinho, portãozinho de madeira (fala sonolenta). Ainda acredito que qualquer menino possa pular (o portãozinho). Rio, de tão pequeno que ele é.

Dr. Silvio Lago – Você tem vontade de pular então?

Clélia – Eu não tenho. Mas (o portão) é pequeno, bem baixinho e tem… o sol está quente.

Dr. Silvio Lago – O sol está o que?

Clélia – Está quente e eu tenho que ficar no sol, esperando, aguardando ônibus chegar. A moça é muito boa. Eu vou levar……… não tem comércio nenhum aqui.

Dr. Silvio Lago – Então você já foi para casa?

Clélia – Não sei ainda. Falta subir. É muito longe. Tão bonitinha (a casa) é tão bonitinha. Mas, é longe do comércio, longe de tudo. Eu estou sentindo um calor… Está tão quente, tão quente. Se ao menos tivesse um guarda-chuva uma coisa qualquer.

Dr. Silvio Lago – Você não?

Clélia – Só tem uma saída: me aproximar um pouquinho da praia. O ônibus vai demorar muito, muito mesmo. Oh, meu Deus! O que vou fazer aqui?

Clélia se pergunta o que está fazendo na beira da praia. Aqui cabe nos perguntarmos se Clélia ainda estava no pleno controle de suas decisões. É possível que não. Que esteja sendo induzida por manifestação alienígena a se posicionar no local pra onde vai, uma vez que estava tarde e ela precisava partir, não podia arriscar a perder o ônibus. Diante disso, parece suspeito que ela vá para a praia e suba nas pedras, para se aproximar mais e “ver melhor”. É muito conveniente.  Há diversos casos desse tipo de indução pré-abdução registrados. Se não me engano, no caso Hill, Barney não sabe porque pegou uma certa via vicinal que o levou a um local remoto, quando devia estar numa rota de movimento em que pudesse achar um hotel para pernoitar, e no caso Travis Walton ele é subitamente arrebatado por uma fúria que o faz ignorar o apelo dos amigos e irmão e se embrenhar na mata até estar praticamente debaixo do ufo. Essa manipulação da vontade é quase perene nos relatos de abdução, com pessoas levantando da cama e indo para o jardim sem saber por que motivo…

Eu estou cansada de estar em pé… sol quente, está ficando tarde, muito tarde. Oh, já são 11h. Daqui (até) que chega em casa para dar almoço aos meninos,vai!… o pior este sol quente, cada vez mais quente. Estou com sede. Ai, minha boca seca… vontade de tomar um pouco d’ água. Aí, as pedras… eu vou procurar me sentar um pouco, que, ficando daqui, eu vejo ônibus chegar… agora, eu tiro mais um pouco sapato também, para descansar no pé um pouco. Aí eu vou embora……… está bem perto…… deles vindo… enquanto o uns esperam no sol, os outros se sentam na maior alegria. Mas o ônibus demora, demora tanto. Eu estou louca para ir. Doida para ir embora para casa. Eu vou me levantar um pouquinho, vou ficar um pouco em pé. Que sono… (pausa). (geme) Ai! Que barulho, que barulho!

Dr. Silvio Lago – Tenha calma!

Clélia – Não aumenta mais! Que barulho no meu ouvido!

É o famoso som que antecede diversas abduções. Um caso interessante referenciado a esse som,  está o relato do professor David Jacobs, que trabalhou com centenas de abduzidos sistemático. O som aterrorizante era perene entre os relatos recobrados na hipnose, mas nada, absolutamente nada, preparou David Jacobs para ele mesmo ouvir o som quando estava conversando com uma abduzida numa ligação telefônica de madrugada. Ela havia ligado para ele porque vinha sentindo uma sensação estranha que antecedia as abduções.  Ela estava certa e a mulher foi abduzida enquanto falava com ele!  David publicou esse relato curioso em seu livro “A ameaça”
Enquanto muitos casos de abdução esse som irritante só ocorre no momento ou segundos antes da captura da vitima, nesse caso em específico, parece que o som poderia ser algum mau funcionamento da nave ou mesmo uma arma para descontrolar as pessoas para serem facilmente capturadas. Curiosamente, armas sônicas vem sendo testadas pelas agências de pesquisas militar como alternativa bélica para controle de multidões. O som aparece também na abdução de Hermínio e Bianca. 

 

Dr. Silvio Lago – Ele vai diminuir.

Clélia – Não, por favo! Ai! não agüento! Barulho , barulho! Ai! Ai! Ai! Está se aproximando cada vez mais! (……… Muito agitada).

Dr. Silvio Lago – O quê?

Clélia – Sim, muito barulho. Está descendo. É um ponto luminoso. Ai!

Dr. Silvio Lago – Preste atenção no ponto. Ele está…….. mas, veja o ponto. Como é que ele vai?

Clélia – Em cima, um ponto pequeno. Faz um ruído forte, cada vez mais! Oh! (muito agitada). Sol que estou sentindo bem perto, está todo mundo. Eu já não posso sair daqui, não posso andar! Meus pés estão colados no chão” Ai, esta se aproximando mais ainda, mais, mais! Vai descer, vai descer… está descendo! Ai, o que é que vai acontecer? Agora, não sei. Está descendo, está descendo…

Dr. Silvio Lago – O que disse?

Clélia – (Muito agitada) Aquela coisa! Ai, aquela coisa luminosa está descendo, está descendo mais! Está descendo de uma maneira suave, bem suave, bem suave.

Dr. Silvio Lago – E como é? Qual a forma dele?

Clélia – É de uma forma redonda, muito grande e todo iluminado.

Dr. Silvio Lago – De que cor?

Clélia – É uma cor estranha. É muito estranha, muito estranha. Uma espécie de nuvem ou fumaça, não sei bem explicar. Eu não entendo, existe um tipo de iluminação muito estranha, muito estranha, muito estranha.

Dr. Silvio Lago – De que tamanho é a pessoa? É um objeto? O que é que você acha que é isto?

Clélia – Está na superfície…

Dr. Silvio Lago – Hein?

Clélia – Está na superfície. Está parado na superfície da água.

Dr. Silvio Lago – Ah, na água.De que tamanho você acha que tem?

Clélia – Não dá para distinguir o tamanho exatamente. Mas eu sei que a grande.

Dr. Silvio Lago – Tem alguém? Você está vendo alguma coisa lá dentro?

Clélia – Não, não. As pessoas estavam tomando banho sair de dentro da água. Estão todas umas aconchegadas nas outras… feito pânico.

Dr. Silvio Lago – Veja bem. Veja bem objeto agora e repare bem, com toda a atenção. Você só dá atenção basicamente ao objeto que está vendo, dá detalhes.

Clélia – Está parado.

Dr. Silvio Lago – Veja bem.

Clélia – Comprido. E tem um tipo de iluminação.

Dr. Silvio Lago – Veja bem.

Clélia – ……… iluminação estranha, esquisita.

Dr. Silvio Lago – Descreva a iluminação que está vendo e de mais detalhes. Ele está se deslocando ou está quieto, parado?

Clélia – Quieto, quieto, porque, porque… o que é aquilo? Não sei… meu Deus, não estou sentindo medo! Eu estou sentindo dores fortes no ouvido, de ficar neste sol!

Dr. Silvio Lago – A dor vai melhorar agora, não se preocupe. Não vá prestar atenção agora no barulho. Preste atenção ao que você está vendo. O objeto é…. Tem a luz, modificou? Alguma novidade?

Clélia – Não.

Dr. Silvio Lago – Qual é a cor ?

Clélia – Continua tudo na mesma. (falando baixinho)

Dr. Silvio Lago – Mais alto!

Clélia – Continua tudo a mesma coisa.

Dr. Silvio Lago – Vá descreveu. E agora? Que está acontecendo?

Clélia – Agora, estou sentindo, estou sentindo uma coisa diferente…

Dr. Silvio Lago – Como?

Clélia – Eu estou sentindo que alguém está me carregar pelos braços.

Dr. Silvio Lago – Quem é? De que maneira?

Clélia – Os meus pés não estão tocando…

Dr. Silvio Lago – Como essa pessoa? Veja bem, veja. Agora você pode ver bem.

Clélia – Eu não posso ver porque meus ouvidos estão doendo e mesmos estão seguras.

Dr. Silvio Lago – Olha, faça um esforço. Não preste atenção agora aos seus ouvidos. Você está prestando atenção à pessoa que está lhe………. Veja bem como é a sua roupa, como é o tamanho, o seu tipo, veja bem parece um homem? (pausa) veja bem, presta atenção. Não dê atenção a seus ouvidos.

Clélia – Estranho!

Dr. Silvio Lago – Estranho? De detalhes, agora! Estranho como?

Clélia – Não sei explicar. O rosto, não consigo ver…

Dr. Silvio Lago – Com que tecido ? é um tecido igual nosso? Assim? Como é?

Clélia – Parece um tipo de tecido diferente. Mas não amassa, não amarrota.

Dr. Silvio Lago – De que cor? Branca?

Clélia – É!

Dr. Silvio Lago – Tem brilho?

Clélia – Um pouquinho de brilho.

Dr. Silvio Lago – É fechada? Tem botões?

Clélia – ……… Fechada.

Dr. Silvio Lago – Descreva bem agora. Só presta atenção a esses detalhes.

Clélia – Eles tem braços firmes, bem firmes.

Dr. Silvio Lago – Eles está segurando você?

Clélia – Estão sim.

Dr. Silvio Lago – De que modo eles estão segurando?

Clélia – Pelos braços.

Dr. Silvio Lago – Pelas axilas?

Clélia – Sim.

Aqui podemos notar um padrão. Na abdução do sr. Arlindo no caso Baependi, na abdução de Betty e Barney Hill, Caso Antônio Alves, entre outros, dois aliens agarram a vitima pelos flancos e o arrastam entorpecido para a nave, como que flutuando baixo.  

Dr. Silvio Lago – E você está com medo? Está sentindo o que?

Clélia – Não, eu não estou com medo não tenho medo.

Dr. Silvio Lago – Falar alguma coisa você? Você viu alguma coisa?

Clélia – Disseram uma coisa só.

Dr. Silvio Lago – O que foi?

Clélia – Disseram para eu ter calma, calma.

Novamente isso é um padrão nas abduções, sempre com um “calma, não tenha medo”… Geralmente telepático. 

Dr. Silvio Lago – Falaram com voz natural?

Clélia – Não. É como se estivesse escutando: “Calma! Calma!…”

Dr. Silvio Lago – Dentro da cabeça?

Clélia – A dor vai passar. A dor vai passar. E falaram me carregando, carregando… agora, eu estou dentro de uma coisa esquisita.

Dr. Silvio Lago – Presta atenção. Eu quero que você me diga tudo o que está vendo agora, com todos os detalhes! Presta atenção. A coisa que você está vendo, como é? De que tamanho? Qual o mobiliário. Qual é o tipo de luz? Tem gente ou não tem? Que estão fazendo? Veja se distinguem bem tudo isso gravado com o? Agora, veja bem, que não escapa a sua observação!

Clélia – Eu estou numa (incompreensível).

Dr. Silvio Lago – Fala mais alto, mais alto!

Clélia – Eu estou numa coisa que acho seja uma plataforma, com um as janelas seguindo o mesmo feitio do objeto. É todo branco, de um material que nunca vi. Tudo muito limpo, um brilho estranho, mas é um tipo de iluminação; não é forte, é fraca, mas iluminado bem.

Dr. Silvio Lago – De onde é que vem essa luz?

Clélia – De cima, da parte de cima.

Dr. Silvio Lago – Você vê algum foco de luz?

Clélia – De cima, vem de cima.

Dr. Silvio Lago – Mais ver a cor dela………

Clélia – O que?

Dr. Silvio Lago – Sim. Mas ela tem um foco, tem uma lâmpada, um negócio assim?

Clélia – Não dá para distinguir.

Outro padrão na casuística de abdução é a luz que vem de todos os lados na nave. Sem um lustre ou emissor da luz. Muitas vezes o próprio teto é descrito como aceso. 

Dr. Silvio Lago – Ela é (indistinto)

Clélia – Não. É uma cor só, mas é fraca.

Dr. Silvio Lago – E agora? O que estão fazendo?

Clélia – Agora, estão deitando um rapaz num banquinho próximo. A meu ver, parece que está morto, esquisito.

Dr. Silvio Lago – O que é?

Clélia – Não sei quem é.

Dr. Silvio Lago – Mas é uma figura humana?

Clélia – É. Estava na praia.

Dr. Silvio Lago – Ah, estava na praia?

Clélia – Eu não sei…

Dr. Silvio Lago – Como ele está?

Clélia – Não sei se ( ininteligível)

Dr. Silvio Lago – De que maneira está?

Clélia – Está de blusão.

Dr. Silvio Lago – Como é ?

Clélia – Está de blusão.

Dr. Silvio Lago – Veja bem!

Clélia – Ele não chora. Ele não grita. Parece que ele não sente as mesmas dores que sinto. Está se aproximando de mim. O que será que eles querem?

Dr. Silvio Lago – São iguais, os dois?

Clélia – São.

Dr. Silvio Lago – São tipos que você conheça parecidos? humanos?

Clélia – Eles caminham com passos humanos, mas, não se vestem como pessoas humanas.

Dr. Silvio Lago – Como é que você (incompreensível)

Clélia – Estão muito protegidos. Tipo de roupa protege bem, muito bem, seu corpo e sua cabeça.

Dr. Silvio Lago – Que fazem agora ?

Clélia – Agora, eles se aproximam de mim, me pegam como num passe de mágica. A porta está se abrindo. Nunca vi uma porta se abrindo assim.

Dr. Silvio Lago – O que mais?

Clélia – É… está ficando maluco. Não é possível!

Dr. Silvio Lago – Por que?

Clélia – Que é que eu estou fazendo aqui, nesta a coisa que não conheço? Não sei o que é? Pior é meu ouvido; dói, dói muito. Tudo isto para mim é estranho, é estranho. Eles estão me deitado numa mesa. (Clélia, cansada e agitada) Ah! Ah! Estão me deitando tão livremente. Não me amarram, não fizeram nada,… ser para eu descansar então desta agonia que estou sentindo, desta dor, deste ruído que não passa e esta mesa, esta mesa estranha… também acho que me saiu o ruído esquisito. Eu estou ouvindo. Não sei o que é que, mas, eu estou ouvindo, eu estou sentindo. Se esta dor pudesse parar, para eu poder prestar atenção a tudo, a tudo… (chora).

Aqui podemos especular. Ela geme de dor, mas seria realmente somente o som ou ela já estaria implantada e a dor poderia ser resultado do procedimento do implante? 

Dr. Silvio Lago – Isso passa, não há dor. A dor não interessa…

Clélia – Eles, agora, botaram o rapaz numa mesa igualzinha à que eu me de deito.

Dr. Silvio Lago – (incompreensível)

Clélia – O mesmo que fizeram comigo. Apenas ficaram parados alguns instantes.

Dr. Silvio Lago – Não fizeram nada? Não colocaram o aparelho?

Clélia – Não! Não! Não! Agora posso ver… um tipo de luz, nunca estive…… pode-se olhar como seu tivesse tirado raio-x e a mesa também.

Dr. Silvio Lago – Veja bem.

Clélia – A mesa…… uns ruídos diferentes, como se estivessem registrando alguma coisa.

 

O relato é similar a um tomógrafo – equipamento desconhecido na década de 50

Dr. Silvio Lago – Veja bem! Veja tudo, não perca nada!

Clélia – Agora, eles estão se afastando cada vez mais. A sala não é muito grande.

Talvez os aliens estejam se afastando para evitar o campo de radiação do aparelho de varredura. Ela não entende a razão. 

Dr. Silvio Lago – Veja o que você observa nesta sala.

Clélia – Eu só vejo, nesta sala, estas mesas. Escuto estes ruídos. Este tipo de luz parece que está… eu não sei, não entendo bem, mas, parece uma máquina, um troço assim como se estivesse me fotografando o corpo todo. E não sei, eu não sei, não entendo.

Dr. Silvio Lago – Como é o aparelho? Uma máquina? Uma máquina fotográfica?

Clélia – É um tipo de iluminação estranha. Ela desce um pouco do teto do objeto emite um som suave se afasta pouco.

Dr. Silvio Lago – De mais um pouquinho de detalhes.

Clélia – Eu vou contar tudo o que sei. Eu vou voltar ao mesmo local onde está coisa…… agora, eles foram embora. Vou novamente (sendo levada) pelos braços dos outros. Vê, aquele rapaz! Está morto! Não foi atacada por astronautas?

Aqui vemos que a “sala pequena” pode ser não uma sala realmente, mas sim o interior do maquinário. Após ela ser escaneada removeram ela e passaram ao rapaz. É aqui que ela fica curiosa sobre ele. 

Dr. Silvio Lago – O que eles respondem?

Clélia – (É) porque aquele rapaz é fraco! (está desmaiado). Ele não vai sair dali (para outra sala) porque a ideia (dele) é pouca. (ele) tem a ideia fraca. O rapaz poderia ficar perturbado, não iria nunca entender o que está se passando.

Como com Barney Hill. Com Travis Walton eles deram mole e ele efetivamente ficou agressivo e partiu pra porrada. Os aliens do exame assustaram e fugiram, ao ponto de largar Travis vagando sozinho pela nave até chegar na sala de controle, encontrar o líder que deu o sossega-leão nele. 

Dr. Silvio Lago – O que você perguntou?

Clélia – As pessoas que estão fazendo isso não são as mesmas, pois, só desejo paz, paz e amor. Eles respondem que é justamente por não entender que estou ali. Eles pedem que o me levantei vá para outra sala. Estamos na outra sala.

Aqui ela recobrou os movimentos, e separa claramente os membros da tripulação que procedem os exames do que fala com ela. 

Dr. Silvio Lago – Onde você estava?

Clélia – Próximo dali mesmo. Mas (inaudível) bem pequenininha.

Dr. Silvio Lago – Qual o tamanho da sala em que você estava?

Clélia – Uma sala triangular. Nunca vi uma sala assim… eles me disseram para eu área “me agüentar”, que meu ouvido vai passar.

Dr. Silvio Lago – E você ficou lá?

Clélia – Fiquei sim. Um objeto saindo da parede e chegando bem próximo do meu ouvido…

Dr. Silvio Lago – Qual o aspecto da parede da sala?

Clélia – Está saindo da parede um tubo assim, parecido com uma sanfona… Ele se desloca e tem um tipo feito uma sanfona…

Dr. Silvio Lago – Você perguntou a eles para que serve o aparelho?

Clélia – Não, não perguntei. Porque meu ouvido já parou de doer. Então, me viraram do outro lado. Sai dali uma luz roxa, uma luz roxinha. Agora, o objeto está se afastando de mim, está sumindo na parede. Agora, meu ouvido não dói mais.

Dr. Silvio Lago – Veja tudo quanto é importante. Não deixe escapar detalhe algum. Veja tudo.

Clélia – Ele me levantou da cama, me sentou e pergunta: “agora, está sentindo mais alguma coisa?”. Eu disse: “Não, não estou sentindo mais nada”. “Acredito que estamos aqui não é para prejudicar ninguém!”. Eu respondi que sim, que acreditava.

Dr. Silvio Lago – Qual é a sua noção?

Clélia – Eu acho estranho, porque aquela dor passou. E ponho a mão no ouvido ele responde que não, que não, que vou ficar com uma marquinha agora; que eu não devia ter botado a mão, que aquilo era uma cirurgia. Eu não sabia que era uma cirurgia.

Quando o alienígena diz que ela não deve tocar o ouvido, e cita uma “marquinha” temos aqui um indicativo de que houve um potencial implante em Clélia e a razão para não tocar possivelmente está relacionada a não contaminar o ferimento. 

Dr. Silvio Lago – Para que, a cirurgia?

Clélia – Porque tinham me arrebentado os tímpanos. A dor era tão forte.

Dr. Silvio Lago – E ele deu pontos?

Clélia – A impressão que tive é que haviam me arrebentado os tímpanos, entende? Quando ele falou em cirurgia, eu… ele falou em cirurgia e disse… por que cirurgia, isso, não é uma cirurgia que você fez.

Provavelmente a razão dessa confusão é que Clélia não tem ciência que foi implantada pois estava desmaiada/anestesiada. 

Dr. Silvio Lago – Será que ele não sabia que aquele barulho poderia estourar seus tímpanos? Eles, eles rebentaram?

Clélia – não sei.

Dr. Silvio Lago – Não verificaram não?  Agora, que você já está bem, dormindo, o que se passou mais? Faça um bom resumo daquilo que for importante.

-Clélia – …

Dr. Silvio Lago – Você conversou com ele?

Clélia – Conversei.

Dr. Silvio Lago – O que você conversou?

Clélia – Ele disse: “Agora, você tem confiança na gente”. Disse: “Tenho”. Ele disse: “Agora, que você não está sentindo dor alguma, você pode conversar direitinho”. Eu disse: “Não tenho problema algum de dor”.

Dr. Silvio Lago – Qual foi a conversa?

Clélia – Ele disse que: “eu quero lhe fazer algumas perguntas”. Eu disse: “Está bem, pode fazer”. Ele respondeu: “Mas, primeiro você vai visitar minha sala”. Eu disse: “Que sala?”. Ele disse: “Minha sala de comando, a minha sala de comando. Sou eu quem comanda esta nave. Isto é uma nave espacial eu vou mostrar tudo à você”. Respondi: “Mas e não entendo nada disso”. Ele disse: “É por você não entender, que você vai ver. E tranque minha porta”. A sala é bonita e engraçada e tem vidro grosso, da mesma largura do objeto, a mas não dá para distinguir o mar, nem o céu e, nem a Terra, que tem uma brumazinha luminosa, também envolvendo. Ele disse: “Observe isto. Isto tudo é para controle nosso. Eles têm vários aparelhos. Todos eles tem também várias peças e servem para locomover uma coisa ou outra. É difícil você entender tudo isso que você está vendo, mas, tenho uma pergunta para lhe fazer”. Eu disse que sim. Ele disse que podia responder a todas as perguntas (feitas por ele ), porque eu era diferente do rapaz. Eu disse: “Diferente em que?”. Ele respondeu: “O rapaz, o corpo dele é perfeito. O seu não. Que marca é esta que você tem?”. Eu disse: “Mas, eu ainda continuo vestida, minha roupa não foi tirada! Como é que o senhor sabe que eu tenho uma cicatriz?”. Ele disse: “Todo o seu registro foi feito, assim como o do rapaz também, certo? Por isto, que eu sei que você tem uma cicatriz. Eu quero saber o que é isso”. Então, eu disse para ele que eu tinha feito uma cesariana, foi uma operação, havia seis meses. Ele me perguntou por que é que fiz a cesariana. Expliquei tudo direitinho a ele. Ele estranhou ter ficado aquela marca e disse que a cirurgia (terrestre) está muito atrasada.

Observe uma coisa interessante aqui. Esse caso – como você pode ver nos meus posts “Ô seu moço do disco voador parte 1 e parte 2 – Pertencem a um período histórico de contatos em que alienígenas eram não somente mais amistosos, como mais didáticos. No momento dessa abdução, o alienígena que conversa com Clélia – geralmente é sempre o chefe que age como um anfitrião da abdução ( vide o casos de Betty e Barney Hill) – explica que àquela é uma nave espacial. Ele não diz de onde vem mas fica subentendido ser de outro planeta. Não há menção a universos paralelos nem bases na Terra. Esse aspecto didático faz lembrar o Caso Hill, que é posterior a esse, sendo a abdução do casal Hill no ano de 1961 enquanto Clélia esteve na nave da praia em 1956. 

Se para Betty o anfitrião chegou a mostrar um mapa estelar, se para Arlindo Gabriel no caso Baependi foi passada uma multimídia explicando a origem dos alienígenas, se Travis Walton entrou na sala de coando e sem querer ativou um mapa estelar que se materializou em sua frente, o alien grisalho que atendeu Clélia não deu detalhes de onde provinham. Se ela tivesse perguntado, é possível que tivesse uma resposta similar à que Betty recebeu: “se você não consegue nem saber onde está neste mapa, não faz sentido querer saber de onde nós somos”. 

 

Dr. Silvio Lago – O que não falou como teria feito a cirurgia, lá por eles?

Clélia – Entre ele disse que teria, se tivesse que fazer uma cirurgia, não ficaria marca alguma.

Dr. Silvio Lago – Muito bem. você não explicou como foi levada lá para dentro se foi pelas mãos deles ou se foi…

Clélia – Eu perguntei a eles como foi que me levaram para dentro; e a segunda vez que falei, eles se aproximaram de mim… tudo direitinho, bonitinho…. Ele explicou.

Dr. Silvio Lago – O que ele explicou?

Clélia – “Você veio para aqui da mesma forma que eu entrei”. Eu sairei de lá.

Dr. Silvio Lago – Mas você não explicou…

Clélia – Expliquei.

Dr. Silvio Lago – Como?

Clélia – As pessoas que ficaram na praia, ficaram sem movimento algum, elas não viram a transporte meu, nem do rapaz, nem na ida, nem na volta.

Isso pode significar que parte das pessoas da praia não interessaram aos alienígenas e estavam la congeladas e estado de estupor enquanto os exames transcorriam no interior da nave nas pessoas escolhidas. Mas também, você verá na próxima frase que é possível que essas pessoas estivessem em “modo de espera” para serem levadas e examinadas, após Clélia e o rapaz serem removidos.

Dr. Silvio Lago – E como foi o transporte na ida e na volta?

Clélia – Fui primeiro. Eles tiram das pessoas que fica na praia, tiraram tudo… entendeu?

Dr. Silvio Lago – Perfeitamente.

Clélia – Daí, ele se aproximaram de mim. Depois, do rapaz, da mesma forma…

Dr. Silvio Lago – Pela mão?

Clélia – Não, não foi pela mão. Eles carregaram pelos braços, com as mãos molhadas.

Dr. Silvio Lago – Com as mãos molhadas?

Clélia – Sim. Do objeto até o local onde nós estávamos.

Dr. Silvio Lago – Qual era exatamente a seção?

Clélia – Não dá para ver. Não dá para ver direito, porque o material é compacto (opaco?), a mesma matéria que invadem o objeto envolve os tripulantes.

Dr. Silvio Lago – Aquela neblina?

Clélia – Aquela neblina.

Dr. Silvio Lago – Era uma pessoa ou eram duas, as que levaram vocês?

Clélia – Duas.

Dr. Silvio Lago – Uma de cada lado?

Clélia – Uma de cada lado.

Dr. Silvio Lago – A ponte dava passagem para três pessoas?

Clélia – Não dá para entender.

Dr. Silvio Lago – E na entrada do aparelho? Você via porta?

Clélia – Quando chegamos perto, uma porta se abriu. Uma, não. A porta se dividia, como se fosse uma porta mágica.

Dr. Silvio Lago – Uma para cada lado?

Clélia – Uma para cada lado. Depois ela fechava.

Dr. Silvio Lago – Depois abriu outra?

Clélia – Depois, tinha outra, antes da passarela.

Dr. Silvio Lago – Era o corredor circular?

Clélia – Era da mesma forma do objeto.

Dr. Silvio Lago – Você passou por mais duas portas?

Clélia – Passei. Passei a primeira, depois, a segunda.

Dr. Silvio Lago – Antes de sair, vocês passaram outra vez pelas mesmas portas na saída?

Clélia – Sim.

Dr. Silvio Lago – O que a pessoa falou? Falou nome dela?

Clélia – Não.

Dr. Silvio Lago – Falou o seu nome?

Clélia – Falou que sabia como (por quem) tinha processado (pela máquina) (muito baixo).

Dr. Silvio Lago – Fizeram uma combinação para mais tarde?

Clélia – Foi o que ele falou.

Dr. Silvio Lago – E como é que é? Você dava uma nota especial, um número?

Clélia – Não. Ele disse que havia feito o registro.

Dr. Silvio Lago – E como é que vão chamar você?

Clélia – Ele falou para mim: “você vai saber seu registro”.

Aqui há algo de novidade. Ela foi “cadastrada”. Imagino que isso não seja nem um pouco comum em outros relatos de abdução. Uma peculiaridade desse caso. 

Dr. Silvio Lago – E você vai saber se o registro?

Clélia – Sim.

Dr. Silvio Lago – Qual é?

Clélia – 3. S R K O.

Dr. Silvio Lago – O que quer dizer isso?

Clélia – Isso é o que ficou lá, para o registro meu.

Dr. Silvio Lago – E quando vão chamar você?

Clélia – Eu não sei.

Dr. Silvio Lago – Agora, Clélia, você vai despertar daquela fase chamada a amnésia (esquecimento) e vai contar tudo aquilo que eles não permitiram. Quanto tempo você ficou dentro da nave?

Clélia – Umas 3h30.

Dr. Silvio Lago – Mas, estamos aqui com vocês há mais de uma hora. Você não acha que tem mais ( coisas), que você não teve oportunidade falar ainda? Agora, você está falando com a permissão deles. Agora você vai vencer e vai poder relatar, pois você só está porque eles a permitiram, não é verdade? Já não há razão para conservar essa amnésia.

Clélia – Não há tempo para viver naquela sala. A sala que eles falaram que era sala de comando do que me fez várias perguntas sobre nós.

Dr. Silvio Lago – Você está naquela sala, naquela data, vivendo com realismo total, sem perder detalhes.

Clélia – Ele perguntou como era que nós vivíamos.

Nesse ponto o alienígena parece demonstrar interesses além dos biológicos que vinha apresentando. Começa agora uma coleta de dados sociais. Como essa coleta de dados ocorre posteriormente a geração de uma “matrícula” da abduzida, eu creio que isso possa indicar apenas uma curiosidade, ou na verdade é uma pergunta de preâmbulo para o alien chegar no assunto que deseja e que permeia boa parte dos relatos de abduções amistosas dos anos 50 aos 70. 

Dr. Silvio Lago – Mas, você não deu detalhes sobre como era a vida dele. Você não perguntou também não?

Clélia – Perguntas foram só feitas a mim.

Dr. Silvio Lago – Você não fez nem uma pergunta à ele?

Clélia – Não me foi permitido fazer perguntas.

Dr. Silvio Lago – Como foram as perguntas deles?

Clélia – Perguntaram como era nossa vida de um modo geral. Eu perguntei por quê. Porque o homem é muito agressivo, porque ele está sempre assim, de modo geral… uma pessoa que só pensa em guerra, só pensa em ferir. Eles disseram que este era o motivo primordial para entrar em contato com as terrestres… e que, através de mim, eles iriam colher muita coisa sobre o homem, sobre a maneira que a gente vive aqui, na Terra. Eles disseram que não poderiam, sob hipótese, alguma descer em qualquer lugar, (mas, sim) água, onde houvesse grama e mar. Mas que haveria sempre um meio de comunicação. E eu perguntei a eles se, um dia, ele poderia comunicar-se comigo, porque eu estava louca, doidinha, para levar alguma coisa dali de dentro, que era para provar a todo mundo que eu tinha estado ali. Ele disse que não, que não era o momento certo, que eu tivesse paciência, porque, quando esse dia chegasse, eles iam ver sim, mas não apenas um objeto e sim um documentário, um documentário para eu levar a quem quisessem que eu o levasse. A quem posso levar, se não conheço ninguém? ele me respondeu: “Mas você conhece. E vai saber a pessoa certa para entregar. É por este motivo que você vai passar por uma amnésia”.

Então enfim o alien chega na parte da questão moral. Essa discussão moral sobre o ser humano ameaçando o mundo, ameaçando se matar, as guerras (bombas atômicas?) estarem ameaçando esse e outros mundos. Isso é relativamente comum nos relatos de abdução amistosa, e é parte integrante da experiência arquetípica do abduzido. Ele é alertado sobre os perigos. Recebe mensagens de união dos povos terrestres em rol de nossa evolução, como no caso Paulo Coutinho. Essa é uma espécie de mensagem transmitida a ele de diferentes maneiras, pode ser um video que ele vê, uma imagem inspirada na mente dele, o alien pode dizer a ele sobre isso… Enfim, é bastante comum, chegando a ponto de estabelecer a base para uma hipótese instigante: Seriam muitas abduções apenas uma “presepada” elaborada por alienígenas preocupados com a Terra, com finalidade de deixar as vitimas como mensageiras desses avisos?   

O desejo de Clélia de levar um “souvenir” não é exclusividade desse caso. Na abdução de Antônio Villas Boas esse desejo aparece. Sabendo que ninguém iria acreditar em sua história de fazer sexo com um ser extraplanetário à força numa nave, Antônio tentou roubar um tipo de cubo de metal que viu numa bancada. Ao agarrar o cubo para literalmente furtar da nave, o veículo deu um violento solavanco, o que nos indica que o cubo tinha uma função no controle do veículo. Isso deixou os alienígenas putaços, e eles meteram a porrada irritados e eles bateram nele. 

Outro fato peculiar deste caso é o grau de interferência alienígena. Que eu conheça nenhum único caso chegou aos pés desse em termos de interferência. Aliens entregando um documentário sobre eles para alguém da Terra? Soa incrível. 

Dr. Silvio Lago – Mas ficou certo que vocês você se encontrar outra vez?

Clélia – Eu acredito que sim.

É um fato comum que abduzidos sejam sistematicamente raptados, bem como seus parentes. Essa hipotese parece corroborada com as pesquisas de David Jacobs e Budd Hopkins. 

Dr. Silvio Lago – Por que?

Clélia – Porque eu já encontrei a pessoa.

Dr. Silvio Lago – Já encontrou ?

Clélia – Já.

Dr. Silvio Lago – Como foi isso?

Clélia – (calada).

Dr. Silvio Lago – Quem é a pessoa? É daqui da Terra?

Clélia – É daqui da terra…

Dr. Silvio Lago – Você já teve contato com ele, não?

Clélia – O que ele vai me dar tenho que entregar uma pessoa.

Dr. Silvio Lago – Um objeto, qualquer coisa ?

Clélia – Eu tinha que entregar a uma pessoa. Eu disse que não conhecia ninguém.

Dr. Silvio Lago – Um momentinho. Espere aí, deixe… ajeitar aí a fita (da gravação), para ver todas as coisas que constituíram aquela fase de amnésia. Você vai relembrar, vai reviver de novo, vai viver de novo. Oh, Clélia, veja bem, vá falando tudo o que aconteceu de importante naquela fase do amnésia.

Clélia – Foi nessa sala que achava bonita e interessante. Tinha vontade de carregar, uma vontade imensa…

Dr. Silvio Lago – O que você queria mais carregar de lá?

Clélia – Qualquer coisa, qualquer coisa.

Dr. Silvio Lago – Que objeto era?

Clélia – Qualquer coisa.

Dr. Silvio Lago – Qualquer coisa… que objeto você estava vendo?

Clélia – Qualquer coisa.

Dr. Silvio Lago – O que era que tinha ido mais importante?

Clélia – Tinha uma coisa que eu achava que era adorno. Tinha uma parede, eu dizia assim para mim que esse material não existe na Terra, vocês não têm esse material. Eu tocava em tudo o que achava bonito e pedia. Ele dizia que: “Não pode. Não deve carregar nada, porque não vão acreditar em você. Ainda não é chegado o tempo certo para você ter alguma coisa. Vai ter uma coisa de grande base, um documentário para entregar a alguém”. Eu disse: “Mas eu não conheço ninguém”. “Mas não vai conhecer e vai entregar à pessoa certa, certinha. Você vai passar por uma fase de amnésia. Durante essa fase de amnésia, você vai passar por muitas sortes e sua vida. Sua vida vai se modificar e você vai sentir tudo isso. Você vai receber o seu código, vai receber instruções, receber ordens para vir a determinados lugares, para ter o que você precisa ter. Muitas coisas vão acontecer.

Isso é incrivelmente interessante e a essa altura alguém pode estar de posse de um documentário sobre a vida em outro planeta. Será? Por outro lado aqui esta também algo que coloca em xeque esse caso como um todo. Não sei se um abduzido em transe hipnótico profundo teria condições de não revelar ao hipnotizador por vontade própria quem é a pessoa que vai receber o documentário. Então não sei. Essa parte acho um pouco suspeita do caso, podendo inclusive ter sido revelada e talvez por razões de investigação suprimida do registro da regressão. É um hipótese. Infelizmente todo mundo já morreu e não dá pra saber. Eu não creio que Clélia estivesse inventando tudo, porque nessa altura dos acontecimentos não havia a cultura ufológica disseminada. Ao ponto de que o primeiro caso considerado “a primeira abdução” no mundo é o Betty e Barney Hill, que só vem a acontecer cinco anos depois desse caso. Com o volume de similaridades entre os elementos das duas abduções, seria deveras impróvavel que Betty e Barney estivessem copiando um caso obscuro ocorrido numa minúscula e inexpressiva cidade do Brasil. 

Dr. Silvio Lago – Mais alto.

Clélia – (repete) “E muitas coisas vão acontecer”.

Dr. Silvio Lago – A mais? Já se passaram vinte anos. Agora você pode falar todos as coisas?

Clélia – Posso falar sobre qualquer coisa?

Dr. Silvio Lago – Falou tudo o que tinha que falar ou tem alguma coisa que você não falou ainda?

Clélia – Foram feitas perguntas sobre nós, nossos procedimentos aqui na Terra, sobre o movimento aqui nosso. Que o aspecto era tão ruim… era a guerra, maldade… necessidades. Esse é o ponto primordial. Ele se agarram demais nisso. Por que acham que não podem, de maneira alguma, se aproximar do homem enquanto esse pensamento existir, de agressão. Porque eles têm uma força muito grande para destruir o homem.

Novamente volta a “mensagem” essa mensagem recorrente e importante. Sobre como nós estamos sendo um problema que nos afasta de uma evolução cósmica. Essa mensagem é tão intrigante que até um astronauta recebeu essa mensagem durante uma missão no espaço. O mais curioso é que essa mensagem vem sendo passada não por uma tipologia, mas por várias, o que talvez indique uma espécie de senso comum extraplanetário sobre o que estamos fazendo.  

Dr. Silvio Lago – Que tipo de força? Vocês sabe? Ele falou alguma coisa, de uma ideia de que força é essa?

Clélia – Deu sim.

Dr. Silvio Lago – Como é que você está? que tipo de energia? eletromagnética?

Clélia – Ele deixou transparecer uma coisa… é mental, a força mental que eles têm é grandiosa.

Nesse caso aqui creio que a abduzida estivesse especulando livremente, sem certeza. 

Dr. Silvio Lago – Não falo mais sobre uma possível ocupação de outro, outro espaço que não o nosso?

Clélia – Falou que eles são de outro planeta.

Nessa parte então o alien entra formalmente no grupo dos alienígenas como o do caso Baependi, o Caso do casal Hill entre outros que formalmente admite morar em outro planeta. 

Dr. Silvio Lago – Mas, do mesmo espaço? No mesmo universo?

Clélia – Do mesmo universo.

A pergunta seguinte parece não fazer sentido na ordem dos questionamentos. Acho que é porque provavelmente houve algum problema na fita e uma parte da conversa se perdeu. 

 

Dr. Silvio Lago – Não pessoal?

Clélia – Não perguntei.

Dr. Silvio Lago – E a época agora é mais favorável?

Clélia – Sim, é mais favorável.

Dr. Silvio Lago – O homem está melhor?

Clélia – Está mais acessível, já aceita o ponto de vista sobre os discos voadores.

Dr. Silvio Lago – Vários, para todo mundo ver?

Clélia – eles já estão descendo, vários.

Dr. Silvio Lago – Fazendo o que? Permanecendo aqui na Terra, fazendo o que?

Clélia – Estão fazendo estudos sobre a Terra.

Dr. Silvio Lago – Como é que você sabe disso tudo?

Clélia – Como eu sei?

Dr. Silvio Lago – Sim.

Clélia – Porque…

Dr. Silvio Lago – Por que eles não conversam com os cientistas, que podem dar informações mais precisas? Conversam com pessoas, assim, inteligentes, mas que não tem um preparo técnico. Como você, por exemplo. Se ele perguntar qual a constituição do seu sangue, você não sabe dizer. Se eles conversassem com médicos, por exemplo, teriam informações melhores. Entendeu isso?

Clélia – Entendi.

Dr. Silvio Lago – Se ele conversa com um químico, com físico… quais são as forças que tem aqui, (sobre) matemáticas usadas, sobre outros espaços, outras coisas…

Clélia – É ambições desenfreadas. Porque essa pessoa que o senhor está falando seria de uma ambição desenfreada, querendo tirar proveito disso. Porque não há número de pessoas que se dedicam de uma largura (base moral) toda científica.

Foi uma boa resposta, mas não sei até que ponto essa resposta foi pensada previamente. Há casos com todo tipo de pessoas. O que me intiga mais é por que casos dos anos 50 a 70 os aliens eram mais acessíveis a bate-papos filosóficos e depois se tornou quase que uma ação sistemática, pouco humana, com mais predominância de tipologia alfa, com aliens implantando, recolhendo sêmen, sangue e amostras e devolvendo as pessoas sem grandes conversas ou explicações. Ou pode ser que isso é só uma percepção errônea. Talvez essas abduções amistosas aconteçam ainda, mas os abduzidos não vem mais a publico relatar suas histórias intrigantes com medo, ou o que é ainda pior: Acontece e ninguém liga. 

Dr. Silvio Lago – Você disse que falou com um deles mais uma vez, ou não entendi bem. Falou com ele mais uma vez?

Clélia – Falei só naquela época. Na outra vez, eu tive a impressão de que estivesse sonhando.

Dr. Silvio Lago – Qual é a diferença? Qual a diferença do sonho e essa experiência que você viveu?

Clélia – A experiência, a experiência da praia foi ruim. Eu sentia dores e, na outra, não.

Dr. Silvio Lago – Qual foi a outra?

Clélia – A outra, estava em casa, deitada. Procurei ficar bem calma, sem ruído nenhum, não tinha ninguém em casa. Então, fiz todo o possível para entrar em contato.

Dr. Silvio Lago – Assim foi depois o terceiro ultimo dia, não foi? Então, conta lá o que aconteceu.

Clélia – Então, senti uma paz, uma coisa muito boa. Mas eu não dormi, eu não dormi. Eu estava com as pálpebras cerradas e vi aquele rosto na minha imaginação… exatamente igual…

Dr. Silvio Lago – Na sua imaginação, você disse? Como é que você pode fazer a diferença entre a sua imaginação e tudo isso que você relatou, que viveu? Qual é a diferença entre a sua imaginação e a coisa real, vivida?

Clélia – Qual é a diferença?

Dr. Silvio Lago – É!

Clélia – A diferença é que saí para ver uma casa e me assustei na rua. Em casa, eu estava calma, eu estava “buscando aquilo!…” Eu mesma estava desejando. A diferença é esta.

Dr. Silvio Lago – Você acha então que tivesse desmaiado por qualquer motivo, inclusive após ter ficado no sol muito tempo e tivesse sonhado com isso tudo? É possível?

Clélia – Não, não. Eu não desmaiei.

Dr. Silvio Lago – O sol não a fez desmaiar?

Clélia – Não.

Dr. Silvio Lago – Não desmaiava nem depois?

Clélia – Não.

Dr. Silvio Lago – Só poderia ser um sonho se você houvesse desmaiado e sonhado nesse período. Mas isso não aconteceu, não é verdade?

Clélia – É.

Dr. Silvio Lago – Você tem vontade de um contato, então, maior com ele?

Clélia – Tenho.

Dr. Silvio Lago – Então, venha cá, vamos fazer o seguinte, estar numa condição, num estado… Agora, você vai repousar uns minutos mais e você vai esperar, nesses minutos. Mas, vamos pedir a nossos amigos se eles querem aproveitar você num estado de receptividade, se eles querem dar alguma comunicação, fazer crítica ao trabalho que nós estamos fazendo. Sugerir outras coisas e complementar tudo isso sobre você. Coloque-se como um canal passivo, autêntico, para receber qualquer mensagem, porque você está num estado ideal, justamente para isso. Porque seu consciente não está atrapalhando você. Vai repousar bastante agora uns minutos mais. Quando você me ouvir falar novamente, você estará em condições. Acompanhando este trabalho que você já falou até agora, é sinal de que eles estão de acordo, que dão permissão. E então aconteceria isso e depois que falasse, você serviria de canal. Se eles quiserem dar uma mensagem, eles poderiam fazer agora, quando você voltar a falar. Então, descanse um bocado.

– Foi intercalada uma pausa de meia hora

Dr. Silvio Lago – Então você está exatamente em condições melhores para servir de canal. A qualquer interferência de nossos amigos que querem manter contato ou criticar, ou acrescentar, ou dar sugestões, enfim, em suma, estamos aqui, inteiramente a serviço deles, à disposição. Demos tempo para que você fizesse canal de comunicação, de você com aqueles mesmos seres que, por ventura, queiram aproveitar seu estado favorável para canal. Qualquer um pode se aproveitar de seus lábios, para conversar conosco, seu aparelho vocal.

Clélia – Não acredita, não acredita não…

Dr. Silvio Lago – Ah! Tem que ser fora, não será nas condições em que você está agora?

Clélia – Não!

Dr. Silvio Lago – Por que essas condições não favorecem o contato? Nós estamos aqui bem, com a melhor intenção, ajudando você… isto não serve, não facilita a comunicação?

Clélia – Facilita. Mas, para vocês não vai ser considerado válido. Eles querem uma coisa maior, prova material não existente aqui na Terra.

Dr. Silvio Lago – É importante para nós, mas, se eles tivesse uma mensagem que der uma substância… que continuem… Isto já seria uma excelente… Se eles dissessem: “Tal dia, tal hora, em tal lugar, vocês terão aí um avistamento da nossa nave”. É possível fazer isso?

Clélia – Eles acham que isso não é necessário porque eles já tem feito isso várias vezes, em vários lugares e está ficando de maneira mais acentuada cada vez mais.

Dr. Silvio Lago – Muito bem. Então vamos esperar que eles encontrem uma solução para isso. Como é que está agora? Dorme?

Clélia – Durmo.

Dr. Silvio Lago – Em estado de hipnose ou está acordada?

Clélia – Durmo em estado de hipnose.

 

Bem é isso. Espero que tenham gostado desse caso peculiar ocorrido em Niterói. Caso alguém tenha mais informações fique à vontade para usar o espaço dos comentários para suas observações.

O sesacional caso aqui relatado e a transcrição da hipnose de Clélia, foram retirados do não menos excelente, site Fenomenum. 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Sensacional! Parabéns! Ela mencionou relatos em Magé, que coincidentemente foi alvo de um hoax mês passado. Alguns sites disseram que um disco caiu lá.

  2. A prancha na parede. Eu me lembro. Depois que vi a bola de luz e névoa no céu e o tempo parou. Estou deitado na prancha igual uma prateleira. Sinto algo na perna esquerda, é uma agulha e estão tirando um pouco de sangue arterial por uma mangueira fina abaixo do joelho. Passam dois rapazes a minha esquerda, jovens. Parecem com os porto-riquenhos do Menudo (penso). Usam só uma bermuda colante preta. Entram por uma porta deslizante a minha esquerda deste apertado corredor. A frente desliza outra porta. Um ser humano…não…é magro como um inseto. E usa uma máscara igual aquelas de gás da Segunda Guerra, que vai até o “umbigo”. Apaguei. Fico de pé e abro os olhos, entorpecido, desmemoriado. Agora de volta a mata.

  3. O engraçado é que os fatos de abduções são semelhantes aos milagres da bíblia, só ocorreram em épocas que eram fáceis de inventar algo e difícil de verificar sua veracidade. A quanto tempo que não ocorre um caso famoso de abdução?

  4. Cara, tem como dar uma melhorada na revisão textual ? Gostei muito de ter lido, mas a maneira com que está escrito dificultou um pouco a leitura.

    Além disso, eu gostaria de relatar um caso de avisamento que tive, por volta dos meus 11 anos. Estava toda a minha família, inclusive. Tínhamos fotos, mas elas se perderam num cd que arranhou todo.

  5. Esse é o Mundo Gump que conheço que estava sentindo tanta falta com excelentes histórias. Agora precisa terminar o conto do Experimento Carson (acho que é esse o nome).

    • Acho engraçado como os casos mais antigos envolvem extraterrestres humanos, enquantos os relatos posteriores costumam revelar aliens de espécies claramente não-humanas.
      Eu acho isso um sinal de que extrarrestres não nos visitam.
      Afinal, as histórias costumam ser limitadas à ficção de cada época.
      Na década de 50 as pessoas talvez não conseguissem imaginar seres inteligentes muito diferentes de humanos.

      Eu ainda estou do lado do Michael Shermer, autor de Por que As Pessoas Acreditam em Coisas Estranhas?

      • Mas aliens com tipologia bizarras eram relatados naquele tempo TB e aliens de tipologia similar a humana ainda ocorrem hoje. A realidade que a casuística revela, é meio que o oposto do que vc disse. Mas o que me parece factual é que aliens de tipologia similar a humanos entraram em declínio em termos de representação midiática. Talvez porque aliens que parecem pessoas vestidas com as roupas do show do ABBA não transmitam muita credibilidade nos filmes, pelo menos não quanto reptilianos ou greys.

        • Acho curioso também como há uma discrepância quanto as supostas intenções alienígenas.
          David Jacobs e Budd Hopkins (que inclusive foram citado no post) afirmam que eles são bem maldosos e inclusive têm um plano de dominação.
          Já Steven Greer, ele afirmou categoricamente no documentário Unacknowledged que não há qualquer evidência de que os extraterrestres nos façam mal.
          O que acha?

          • Acho que o termo Extraterrestres coloca centenas de milhares de seres num mesmo balaio e é daí que vem o problema. Greer foca os esforços de comunicação num tipo de ser enquanto Hopkins estudava casos de abduções violentas. Muitas criaturas usam o ser humano como cobaias para investigações genéticas e há quem diga – até como alimento – enquanto uma significativa parcela de contatos se dá onde o alien CAGA E ANDA para o ser humano, e muitas vezes acaba reagindo em função da ação humana no encontro, como no caso Crixás, ou mesmo em abduções passivas como no caso Baependi (Arlindo estava por acaso no lugar onde os aliens procuravam uma “zurca”).
            Quando a gente pega a casuística e vai lendo e lendo e caso após caso, a sensação que dá é que a Terra parece muito com Tatoonie, o planeta natal do Luke Skywalker em Guerra nas estrelas. Em termos planetários de influência galática a Terra é completamente MEDÍOCRE. Mas… Por que diabos existe uma profusão bizarríssima de espécies vindo aqui? A gente vai pegando casos, é um alien mais esquisito que o outro, é uma profusão insana de naves, alien curando gente de doenças graves, alien arrancando vísceras e olhos de pessoas, alien chamando a pessoa para “passar de disco voador”, alien só simplesmente fazendo perguntas no melhor estilo jornalista, e as formas desses seres varia de criaturas que parecem uma geléia (como o monstro de Omsk) a seres esquisitos com uma espécie de prosbócide na cara como os Abdutores de Pascagoula, a seres que parecem gente dos casos adamski/meyer, greys baixos, greys altos, ciclopes do sagrada família, seres de luz de um porradão de casos, cabeçudos, anões com boca de xereca, seres peludos que lembram o chewbacca com capacetes em forma de esfera na cabeça, seres com roupas infladas como o boneco da Michelin… É uma doideira.

    • o relato esta escrito da mesma forma pq são reproduções do boletim oficial do grupo que pesquisou o caso. Sem falar que a hipnose regressiva não pode e nem deve ser modificada por ser uma gravação. Eu acho o relato interessante por dar detalhes demais além de um monte de coisas “bater” com outras abduções, inclusive de casos famosos no exterior. Mas obviamente não pode ser considerado absolutamente verdade, pois não pode ser provado. A única prova física desse relato é o relógio quebrado.

      • Talvez os visitantes que executam abduções sejam os mal-intencionados. Enquanto aqueles benevolentes nos deixem em paz, sem arriscar contatos conosco.
        Penso que seja uma situação análoga a dos índios isolados na Amazônia. A princípio, o plano é deixá-los sozinhos, essa é a política da FUNAI. Mas isso não impede que extrativistas tenham encontros hostis com eles.

    • Stanton sempre duvidou do Lazar. Sempre achei a história do Lazar meio factível, meio fantasiosa. Muito do que até então parecia especulativo foi se confirmando dando um pouco mais de credibilidade ao Lazar, mas eu não sei se realmente Bob foi tão influente quanto ele quer parecer ter sido. Acho viável uma hipótese de que muito que Bob conta como ter visto e vivido ele apenas ouviu falar lá dentro. Acredito firmemente que ele teve acesso à S4, mas não estou seguro que o nível de acesso dele era tão alto. Nesse novo documentário, eu esperava mais comprovações que Bob te e mesmo o passado apagado. Como uma pessoa estuda 5 anos de faculdade e vem a público dizendo que apagaram seu passado e não tem um único fdp pra aparecer e dizer “ei, eu estudei mesmo com esse caboco aí!”… Mas algumas coisas que ele fala sobre a nave, vc acha correspondência em relatos de abduzidos como no detalhe da ausência de quinas, estatura da nave, etc. Não dá pra fechar grande veredito. Agora eu tenho um post aqui onde eu fiquei um bom tempo vagando pela área da S4 com o Google earth e achei rastros de caminhão que saem da estrada, vagam malucos pelo meio do nada no deserto e chegam numa “cabine” que parece ter uns 2,5×2,5m no meio de porra nenhuma. Dali, os rastros seguem até uma parede de pedra na montanha e somem.

  6. Olá, não entendi duas coisas. O caso somente foi pesquisado quase 20 anos depois do incidente? E na frase “Apesar disso, sabe-se que ele perdurou das 11:00 às 16:00 totalizando 3h, aproximadamente. ” isso dá mais que 3 horas.

  7. “gente dos casos adamski/meyer”

    Fui dar uma olhada nesses casos. E ambos são fraudes. Adamski usou uma chocadeira de ovos para simular um disco voador.
    Quanto ao Billy Meyer, é um caso tão ridículo que algumas fotos claramente são objetos de casa.

    • É verdade. O engraçado é que o monstro do filme “robot monster” era praticamente a mesma coisa do bicho que apareceu na Venezuela. Só que o de Caracas era magro. Nesse caso eu acredito que pode sim ter ocorrido uma contaminação midiática que afetou a descrição do caso, pois “Robot Monter” saiu em 53 e o caso da Venezuela é de 54.
      https://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/1950/caracas
      Eu nunca consegui determinar se Robot Monster teria sido exibido em caracas antes de novembro de 54 para afetar o caso, porque naquele tempo a distribuição cinematográfica levava muito tempo, o Brasil que era muito mais desenvolvido que a Venezuela nos anos 50, levava às vezes três anos para exibir os filmes norte-americanos e isso perdurou por décadas e décadas. Vide Et, que em plena década de 80, com toda tecnologia cinematográfica e hegemonia da MPA nos cinemas brasileiros, levou um ano para o blockbuster ET passar aqui.

      • Você ficou sabendo que o Adamski usou uma chocadeira de ovos para simular um disco voador?
        O Meier é outro mentiroso, um dos supostos discos claramente se parece com um chuveiro!

  8. Foi uma das melhores histórias já lida. Fiquei impressionado com esse relatos dessa mulher e o quanto foi corajosa, calma, sei lá.

  9. Caramba Philipe que foda!!! muito bom. Gostaria de te perguntar o que você acha dos contatos em sonhos, tipo projeção astral? Faz uns 3 anos que eu comecei a ter algumas e tive uma percepção de abdução física uma vez apenas durante a noite, foi uma sensação muito estranha, eu despertei e tive plena certeza de que não estava na minha cama, que estava em outro local, senti um certo desespero, quando ia abrir os olhos, eu ouvi um barulho e percebi duas “pessoas” do meu lado e apaguei, acordei com a lembrança, depois disso no outro dia eu tive uma projeção em que me falavam que sim eu havia sido abduzida juntamente com meu parceiro, e que ele tinha uma marca na nuca de uma feridinha, pois não é que ele estava mesmo com a marca e não se lembrava onde tinha machucado. Eu não gosto muito de falar sobre isso, porque tenho medo de ser tirada de doida, participo de um grupo de Ufologia e leio e estudo de maneira independente, confesso que as vezes é difícil entender porque essas coisas acontecem.

    • Eu acho super interessante. O fenômeno é muito amplo e variável em uma multiplicidade de espectros. Não é o campo que eu investigo exatamente, mas reconheço que há de fato um espaço “cinzento” aí entre a projeção astral, a paralisia do sono e a abdução extraterrestre. Um exemplo interessante, no episodio passado do Hangar 18 o Zoucas contou o relato de uma amiga que passou por algo bem similar ao que você relata, onde ela era imersa num liquido. Ela mesma inicialmente pensou que poderia ter sido um sono/projeção mas eis que ela “acordou” e cuspiu no chão o equivalente a um copo inteiro de água. Como isso é possível? Há aí um estranho paradoxo de uma evidência fisica num contexto que sugere uma experiência transcendental.

  10. Eu sugiro que você faça um link com outro caso de avistamento que ocorre no mesmo período em Praia Grande, Itaipu, São Paulo. Houve avistamentos por uma guarnição de um Grupo de Artilharia de Costa por volta do mesmo período dos acontecimentos do caso Clélia. Inclusive as naves tem semelhanças.

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