O intrigante caso do homem que tinha a cabeça vazia

Ao realizar um exame de imagem, os médicos não podiam acreditar: Ele praticamente não tinha cérebro!

Essa é uma situação médica extremamente incomum, que nos leva a refletir bastante sobre a questão da localização da consciência no ser humano.
Trata-se do “Caso do Homem com 90% do Cérebro Ausente”

Esse era um homem francês de 44 anos, que levava uma vida aparentemente normal, até que foi ao médico queixando-se de uma leve fraqueza na perna esquerda. Para surpresa dos médicos, exames de imagem revelaram que seu crânio estava preenchido majoritariamente por líquido, restando apenas uma fina camada de tecido cerebral.

O cara praticamente não tinha cérebro!

Descobriu-se que o paciente sofria de hidrocefalia, uma condição em que há acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano no cérebro.

Acredita-se que esta condição tenha se desenvolvido ao longo de seus 30 anos, erodindo gradualmente o tecido cerebral.

Mas era muito intrigante, porque até então acreditava-se que o cérebro humano era mais ou menos como um computador, com áreas específicas para funções específicas, como a área de broca, que comanda a linguagem, e etc. Por essa logica vigente, esse homem sequer deveria estar vivo, já que o cérebro dele chegava a lembrar o meme da cabeça do Homer Simpsom.

Contrariando tudo que se sabia, ele tinha uma vida normal apesar da condição. Ele  trabalhava como funcionário público. Era casado e tinha dois filhos, apresentava um QI de 75, ligeiramente abaixo da média, mas dentro de uma faixa plenamente funcional.

Desafiando Teorias da Consciência –  Este caso questiona muito do que se imaginava saber  sobre a consciência, que frequentemente a associam a regiões cerebrais específicas. O fato de o paciente manter a consciência com tão pouco tecido cerebral sugere que nossa compreensão atual pode estar incompleta.

Assim surgiria uma nova teoria:

Teoria da Plasticidade Radical

O psicólogo cognitivo Axel Cleeremans propõe uma hipótese alternativa: – A consciência não é inata, mas aprendida pelo cérebro repetidamente – Ela pode ser flexível e desenvolvida por diferentes regiões cerebrais.

“A consciência é a teoria não-conceitual do cérebro sobre si mesmo, adquirida através da experiência”

Este caso extraordinário tem implicações significativas:

Plasticidade Cerebral: Demonstra uma capacidade de adaptação do cérebro muito maior do que se acreditava anteriormente

Localização da Consciência: Sugere que a consciência pode não estar ligada a uma região cerebral específica, mas ser um processo mais distribuído e adaptável

Potencial de Recuperação: Oferece esperança para casos de lesão cerebral, indicando que o cérebro pode compensar perdas significativas de tecido.

Muito Gump, né?

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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