O caso, que teve Tiago Machado Metzner como protagonista completou 54 anos esse ano. Essa data marca o dia em que um OVNI – Objeto Voador Não Identificado pousou na cidade de Pirassununga em plena luz do dia, diante de dezenas de testemunhas, e o caso desse contato imediato de terceiro grau teve reconhecimento internacional. É o caso com maior documentação sobre OVNI no Brasil mas nunca foi publicamente divulgado e nem explicado pela Aeronáutica.
De extraordinária repercussão, o fato ocorreu no dia 6 de fevereiro de 1969, em área do antigo IZIP – Instituto de Zootecnia e Indústrias Pecuárias -, atual Campus Fernando Costa da USP de Pirassununga. Foi e continua sendo objeto de estudos e pesquisas da Força Aérea Brasileira e organizações internacionais.
Pela sua natureza, os casos de contato de 3º grau com extraterrestres constituem uma fonte de pesquisa inesgotável.
O caso Tiago Machado, como ficou conhecido entre os milhares que integram os dossiês ufológicos internacionais, possui a particularidade de ter tido uma sequência.
Três anos depois de sua experiência, Tiago foi procurado por uma mulher que se apresentou como “alguém do disco voador” e novamente presenciou acontecimentos perturbadores.
CONHEÇA O CASO
O fato ocorreu na manhã do dia 6 de fevereiro de 1969, na Vila Pinheiro, em Pirassununga. Thiago Machado tinha 19 anos e trabalhava como vendedor ambulante de uvas.
Eram 7h30. Ao acordar, ouviu a vizinha Maria dos Santos falando sobre algo reluzente que havia pousado nas imediações do portão de acesso ao IZIP, a cerca de 600 metros de sua casa.
“Saí correndo pra ver. Entrei em casa, apanhei o binóculo de mamãe e vi um negócio lindo, um objeto prateado. Chamei várias pessoas para irem comigo, mas ninguém aceitou. Até que Francisco Hanser, um alemão que era porteiro do IZIP, decidiu me acompanhar.”
E os dois seguiram mata adentro.
FRENTE A FRENTE COM O OVNI
Como a vegetação era espessa, a certa altura se separaram. Um grupo de pessoas, posicionado acima da região que exploravam, gritava de modo a dirigi-los para o ponto onde estava o objeto.
Subitamente, a uma distância de 10m, Tiago defrontou-se com a visão incrível daquele aparelho bem diante dele.
“Parecia ser de alumínio e tinha o formato de um prato sobre o outro. Em cima havia uma cúpula e ele estava apoiado sobre um tripé. Da cúpula abriu-se uma janela por onde saíram flutuando dois tripulantes em minha direção, que pousaram no solo. Notei que ainda havia dentro da nave mais dois serem observando-me através de uma espécie de para-brisa.”
Pela sua descrição, tinham 1,50m de altura, trajavam roupa colante, aluminizada, que lhes cobria o corpo dos pés à cabeça. Eles vieram flutuando um de cada vez e pousaram com suavidade no solo.
Vendo que eles eram “pequenininhos e fortinhos” Tiago pensou em se agarrar com um daqueles seres para “mostrar para o povo”.
Através de um visor que traziam sobre o rosto, Tiago pode observar a pela lisa amarelada e uma cicatriz em cada bochecha.
O olho esquerdo ficava um pouco acima do direito, tinham os lábios finos e o nariz achatado; a cor dos olhos era amarelo-escuro sendo que não apresentavam pupila, esclerótica ou cílios.
Os dois tripulantes deram 3 passos à frente e o garoto deu um, ficando, assim, a uns 8 metros, frente à frente, quando entabularam “conversação”. Eles emitiram sons graves guturais e roucos,que pareciam sair de uma espécie de “tromba” que se movimentava na parte inferior da “mascara” de cada um, ao falar.
Por uma espécie de tubo que saía do visor, Tiago ouviu sons graves e roucos emitidos pelos seres, em suas tentativas de comunicação. (Nota: Uma descrição de voz semelhante, extremamente grave e em língua incompreensível aparece no caso Sagrada Família)
Os dois tripulantes avançaram três passos e Tiago perguntou-lhes de onde vinham.
“Um deles fez um círculo com os braços, girando para cima e para baixo suas mãos. Perguntei novamente e ele respondeu com os mesmos gestos. Aí ele falou comigo, mas não consegui entender nada – era uma voz super rouca.”
Tiago começou a ficar nervoso e, instintivamente, acendeu um cigarro. Nesse momento, o rapaz tirou um cigarro do maço que estava no bolso da camisa e o acendeu, o que foi observado com grande atenção pelos quatro seres, que se entreolharam e trocaram palavras entre si. Tiago pegou o maço, que ainda tinha 14 cigarros, e jogou na direção dos seres. Um deles, sem desviar os olhos do garoto, apanhou-o com uma certa dificuldade. Quando a mão do tripulante estava a uns 10 cm do maço de cigarros este moveu-se sozinho, sendo apanhado pelo ufonauta. Após isso, ele levou o maço de cigarros até a altura da coxa e como num passe de mágicas este desapareceu. Diante desse fato, dois deles riram, mostrando dentes enegrecidos e diferentes.
Os cosmonautas chegaram mais perto de Tiago, que logo deduziu que seria convidado a fazer uma viagem no disco voador.
“Eles tinham intenção de me levar, e eu então tirei o binóculo para deixá-lo no chão como uma marca, um aviso de que eu tinha sido levado”
Assustados com o gesto os seres recuaram, sempre de costas para a nave. Ao mesmo tempo, Francisco Hanser e diversas pessoas vinham se aproximavam gritando pelo amigo, em atitude claramente agressiva, jogando pedras, latas e coisas que achavam pelo caminho na direção do disco voador.
Os seres deram um pulinho, elevaram-se no ar e foram entrando no disco voador.
“Um deles ficou a meio corpo fora da cúpula e dali tirou um aparelho que eu nunca iria imaginar que fosse uma arma. Girando uma alavanca, atingiu-me com um “jato paralisante” (uma chama azul) na perna direita. Eu fiquei neutralizado, duro como uma estátua. Em dois segundos eles saíram dali. Pousaram depois na fazenda Bela Vista (essa é outra história), onde também foram vistos por outras pessoas.”
A mãe de Tiago, Maria Machado Metzner, e duas vizinhas, Maria dos Santos e Ana Maria Creonice, encontraram-no 40 minutos depois “abobalhado”, pálido e suando copiosamente, sem conseguir manter-se em pé. (Efeitos físicos bastante semelhantes aos descritos ao final da experencia do caso Paciência)
No local da aterrissagem do objeto a vegetação estava amassada num circulo de quatro metros de diâmetro e, dentro desta área, 3 buracos, correspondente às conchas nas quais se apoiavam as pernas do tripé. Tiago nesse dia ingeriu de 3 a 4 litros de água e dormiu muito. Nos dias seguintes ainda tomou água em abundância.
Tiago, com a perna direita paralisada, foi levado a Santa Casa de Misericórdia e, posteriormente, ficou sob a responsabilidade da FAB.
A partir daí, passou por uma infinidade de exames, físicos e psicológicos. Prestou diversos depoimentos e foi transferido para o Rio de Janeiro, onde recebeu tratamento de acupuntura para recuperar sua perna.
O tenente-coronel aviador Gilberto Zani de Melo, da 4a Zona Aérea, iniciou as investigações do caso, que também atraiu a atenção de organizações internacionais.
Foram tiradas as medidas do local em que o objeto pousou (4m de diâmetro), recolheram-se amostras da vegetação e do solo. Enfim, a FAB procedeu todas as medidas e recursos necessários a este tipo de ocorrência.
As evidências não deixavam margem a dúvidas. Tratava-se de um autêntico caso de contato de 3º grau, cuja vítima nunca dera importância à realidade dos discos voadores.
Segundo relatos, mais de 60 pessoas teriam visto o objeto pousar naquele matagal naquele dia.
Apenas Tiago e o porteiro do IZIP tiveram coragem de ir vê-lo de perto. Tiago encontrou a nave e, logo depois, várias pessoas vieram atrás dele com paus e pedras, quando a nave levantou voo e foi embora decolando em altíssima velocidade em direção a fazenda Bela Aliança.
Tiago conta que somente quando a nave partiu a força que o manteve paralisado foi desligada e ele caiu.
RÁDIO DIFUSORA
Os radialistas Cherubin Jota e José Carlos Elmôr, da Rádio Difusora de Pirassununga, ao se informarem dos fatos, se dirigiram ao IZIP. A essa altura, o OVNI já não estava no local.
Lá, encontram Tiago no chão, com uma mancha na perna direita, dizendo que havia sido atingido por um dos seres que ali estiveram. Visivelmente abalado, ali mesmo concedeu sua primeira entrevista, tentando explicar ocorrido.
Zé Carlos e Cherubim Jota voltaram a emissora para colocar a matéria no ar. Logo depois, ao retornarem ao IZIP, lá encontraram muitas pessoas que para lá se dirigiram, após a divulgação da noticia.
Segundo José Carlos Elmôr, tudo foi muito rápido. “Não houve tempo de preservar o local, o que só ocorreu com a chegada dos oficiais e do fotógrafo da Aeronáutica. Mesmo assim todas as providencias foram tomadas para preservar as evidencias ali constatadas.
CASO TIAGO MACHADO: A HISTÓRIA CONTINUA
“Certa noite do ano de 1972 (Tiago não se lembra do mês e dia exatos), um táxi parou em minha casa, com uma senhora que queria falar comigo. Eu nunca tinha visto aquela pessoa. Ela entrou em casa – o táxi ficou esperando – e disse para minha mãe: “Eu queria conversar com seu filho”. Ao vê-la, disse que não a conhecia e perguntei: “Quem é você?”. Ela respondeu que era do disco voador e queria falar comigo.”
Tiago conta que ficou tomado de pânico, pensou em deter a mulher e chamar a polícia. E ela, comentando que ele estava muito nervoso, retornou ao táxi dizendo que voltaria no “dia 2” (Tiago esqueceu o mês), às 14h30.
A visitante era quase loira e trajava uma roupa bastante surrada, “aquelas roupas de ban-lon que se usavam na época”, e calçava sandálias amarelas, bem judiadas”, especificou Tiago.
Ele, sua mãe, seu sobrinho e o vizinho procuraram depois o taxista, na tentativa de achar uma pista qualquer daquela mulher. E foram até a rodoviária, onde ficava o seu ponto.
“Conversamos com o rapaz do táxi e ele informou que não levou nenhuma mulher a minha residência. Mas os seus amigos o acusaram de ter saído com uma mulher para a minha casa. E ele (o motorista) teimou que nem saiu do seu ponto.”
Essa estranha discrepância entre o que os companheiros do ponto de taxi diziam ter visto e o próprio motorista negar, poderia indicar que ele estava sob controle mental? Acho essa uma hipótese que deve ser considerada.
A MULHER REAPARECEU
No dia do novo encontro com a tal mulher, Tiago estava em São Paulo. Exatamente às 14h30, ele viajava num trem que seguia para o subúrbio.
E teve nova surpresa:
“Ela apareceu dentro do trem e veio conversar comigo. Tentei segurá-la, mas ela deu uns três passos, assim na minha frente, e desapareceu!”.
Tiago procurou um médico da FAB, contou o ocorrido e recebeu esclarecimentos e instruções para o caso de a mulher tornar a aparecer. Entretanto, nunca mais ele foi procurado ou teve uma nova experiência com extraterrestres.
No programa Mesa Redonda da Rádio Difusora de Pirassununga, no dia 6 de fevereiro de 2014, em sua primeira entrevista para uma emissora de rádio, ao ser questionado sobre a continuidade dos fatos, além dos já citados – da mulher que o contatou em sua casa e depois no interior de um trem em São Paulo apresentando-se como sendo do disco voador -, Tiago disse que, por determinação da Força Aérea Brasileira, não estaria autorizado a tecer qualquer comentário sobre o assunto.
Uma coisa que me intriga nesse caso está relacionado justamente com essa mulher. Ela parecia humana, logo, totalmente diferente das criaturas da nave descritas pelas testemunhas. Por que ela insistia tanto em falar com ele ao ponto de se arriscar numa abordagem direta?
Há rumores de que os contatos posteriores continuaram a ocorrer com Thiago Machado até a morte dele, mas ele parou de relatar à imprensa, talvez com medo de ser alvo de piadas.
TESTEMUNHOS ADICIONAIS
O médico pirassununguense Dr. Henrique Reis, na entrevista que concedeu à SBEDV – Sociedade Brasileira de Estudos sobre Discos Voadores -, no dia 19 de maio de 1973, declarou que no mesmo dia da ocorrência examinou Tiago Machado, dos pés à cabeça na Santa Casa de Misericórdia de Pirassununga, durante uma hora, não encontrando nada de objetivo na perna ou no corpo.
Achou normal a pressão sanguínea, a temperatura e a respiração de Tiago. Ele notou apenas que o rapaz estava com o corpo duro e piscava muito, o que interpretou como pitiatismo. Acrescentou ainda que, a posteriori, acha realmente ter havido algum episódio com Tiago ligado a discos voadores.
D. MARIA – Maria dos Santos, vizinha de Tiago, relata que no momento em que o caso ocorreu estava arrumando o filho para levá-lo ao colégio quando olhou para a janela e viu nas terras do IZIP – Instituto de Zootecnia e Indústrias Pecuárias, do outro lado da Vila Pinheiro, um objeto muito reluzente, em formato de bacia emborcada, subindo e descendo numa altura de 2 a 3 metros do chão. Ela viu quando Tiago entrou no mato a procura do objeto.
Uns 30 ou 40 minutos depois chegou um menino correndo, esbaforido, para dizer à mãe do rapaz que ele estava morrendo no alto do morro. D. Maria e outra vizinha, Ana Maria Cleonice, acompanharam a mãe do rapaz, dona Maria Machado Metzner mato adentro a procura de Tiago.
Encontraram-no caído, de olhos abertos, mas “todo abobalhado” pálido, suando copiosamente e repetindo sem parar: ” – Água, água, água…
Não se aguentando em pé ele foi arrastado pelas três senhoras para a casa mais próxima, do Sr. Francisco Hansen. Como ele começou a balbuciar palavras referentes ao ferimento da coxa, Maria dos Santos rasgou suas calças na perna direita onde constatou um vergão esbranquiçado, como se fosse produzido por uma chibatada.
A polícia foi avisada e acabou levando o jovem até o hospital. Segundo Dona Maria, ao ser levado para a Santa Casa, o médico Dr. Henrique Reis viu apenas as roupas rasgadas de Tiago e teve uma impressão errônea do caso, mandando-o embora.
Às 17 horas daquele dia, o pessoal da Escola de Aperfeiçoamento de Aeronáutica, sediada em Pirassununga, chegou à casa de Maria Metzner, fazendo perguntas e desenhos de acordo com indicações da própria vítima.
Saíram logo depois e voltaram, por volta das 18 horas, com o Dr. Henrique dos Reis que, sozinho no quarto com Tiago, submeteu-o a exame.
Dona Maria acrescentou que, tanto ela como outras duas vítimas que acudiram o rapaz passaram três dias consecutivos sem se alimentarem, bebendo apenas água e nervosas com insônia.
As marcas do objeto deixadas no solo:
RECONHECIMENTO MUNDIAL
O caso de Tiago Machado é reconhecido e classificado pela ufologia mundial como de terceiro grau, quando há algum tipo de comunicação entre o OVNI e o observador.
O caso de Pirassununga repercutiu e chamou a atenção de pesquisadores da Associação Brasileira de Estudos de Civilizações Extraterrestres, representada por Willi Wirz, que entrevistou as testemunhas do fato e, mais tarde, redigiu um relatório encaminhando-o a Londres.
Entre os últimos documentos do caso Tiago Machado, está um e-mail de março de 2006, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, que responde um questionário feito pelo ufólogo sobre o caso de 1969. Nesta resposta, o departamento disse que possui no arquivo, um relato pessoal sobre o mencionado o fato, em papel sem timbre oficial, sem data da sua produção e origem descrita.
Mas, de acordo com o decreto n.º 4553, de 27 de dezembro de 2002, que dispõe sobre a “salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado, no âmbito da Administração Pública Federal”, o material não poderia ser fornecido e respondido por ser considerado sigiloso.
Tiago faleceu no dia 9 de maio de 2020 na cidade de Santo André, onde foi sepultado.
Lembro que o suposto alienígena do caso Amicizia também usava roupas estilo ban-lon, assim como a mulher que procurou ele em casa, e o disco também tinha uma cúpula em cima.
Se o contato tivesse sido feito com chimpanzés seria mais proveitoso.
Um chimpanzé não poderia ter relatado nada depois.
História interessantíssima! Sempre quando eu leio esse tipo de coisa eu fico pensando que esses “aliens”, com os quais o povo tem contato, provavelmente sao uma espécie de clones ou “robôs orgânicos”, criados especificamente para a exploracao espacial.