Normalmente, prever a data da morte é tarefa dos místicos. No entanto, Abraham de Moivre foi um matemático para quem toda a vida consistia em números. Porém, foi precisamente graças a isso que o francês conseguiu calcular o dia em que deixou para sempre o mundo mortal.
O pobre gênio
Abraham de Moivre, nascido na França em 1667, estudava numa academia protestante quando se interessou por matemática.
Ele estudou essa disciplina sozinho por muito tempo, mas não foi por isso que teve que deixar sua terra natal. A opressão dos protestantes que não queriam se converter ao catolicismo forçou de Moivre a se mudar para a Inglaterra, onde começou a lecionar Matemática. No final, o francês foi notado em um país estrangeiro, e Isaac Newton até se tornou amigo dele.
Abraham de Moivre não parou por aí. Entre as aulas, conseguia estudar as obras de cientistas famosos, para os quais sempre carregava no bolso páginas arrancadas de seus livros. No entanto, as universidades não queriam contratar um francês, por isso, até ao fim dos seus dias, de Moivre levou uma existência miserável, interrompendo-se com aulas particulares, que dava a todos nos cafés britânicos. De Moivre também completava a renda jogando xadrez.
Contribuição para a ciência
Enquanto isso, como escreve A.P. Yushkevich, autor da publicação “História da Matemática”, Abraham de Moivre foi admitido na Royal Society por sua contribuição à ciência. Segundo a lenda, até mesmo Isaac Newton encaminhou aqueles que lhe fizeram perguntas que ele não conseguia responder a De Moivre. Não é de surpreender que o matemático francês posteriormente tenha se tornado membro de várias outras sociedades científicas na Europa. Mas o reconhecimento do gênio veio, talvez, somente após a morte.
Entre os méritos de Abraham de Moivre, os cientistas modernos costumam listar seu trabalho no campo das séries, teoria das probabilidades e números complexos. Além disso, o matemático francês comprovou um importante teorema que recebeu seu nome. Quanto à teoria dos números complexos, de Moivre derivou regras para exponenciação e extração de raízes de números complexos. Esta fórmula, baseada na fórmula de Leonhard Euler, também recebeu o nome de Abraham de Moivre.
Data da morte
Em geral, para Abraham de Moivre o mundo inteiro consistia em números. Portanto, não há nada de incomum no fato de De Moivre ter se comprometido a calcular a data de sua própria morte.
Pelo menos é o que afirma a jornalista Svetlana Zernes no seu livro “Grandes Curiosidades Científicas”. O cientista viveu uma vida longa e morreu aos 87 anos. As causas exatas de sua doença não são divulgadas pelos historiadores, mas é sabido com segurança que de Moivre morreu durante o sono.
Alguns meses antes, Abraham de Moivre percebeu que começou a dormir mais. Além disso, a duração do sono aumentava todos os dias em 15 minutos. De Moivre recorreu a uma progressão aritmética, graças à qual calculou a data exata em que seu sono seria de 24 horas, ou seja, um dia inteiro.
Foi neste dia, 27 de novembro de 1754, que De Moivre deixou este mundo para sempre. Seu corpo foi enterrado em Londres, onde passou os últimos anos de sua vida.
Ele acertou.
O cálculo da morte foi até fácil kkkkkkk só somar as horas normais de sono + 15 minutos por dia, até somar 24 horas